Reunion [aberto para bruxos!]

Bruxos Mensagens : 142 Data de inscrição : 12/10/2008

Sim, sempre falavam e a garota da vez foi justamente a novata. Tinha ouvido falar dela, lógico, Robert era daqueles homens extremamente ligados à família. Dizia sempre que ela deveria ficar junta e blábláblá. A garota parecia meia confusa, um pouso perdida e ainda que estivesse em torno de todo mundo, parecia só. Não tirava sua razão. Seja lá de onde tivesse vindo, teria vindo de algum lugar maior e mais interessante que Carmel. De onde tivesse vindo, não era forçada a comparecer a reuniões tediosas e bizarras como aquela em especial. É, em algo eles combinavam, Hanni também não estava ali por vontade própria. Não mesmo. Preferiria estar na biblioteca velha, pulando algum muro, quebrando alguma regra ou até mesmo dormindo. Detestava discutir o destino do pacto. Era sempre a mesma coisa. Os Wilde, sempre estavam dispostos a defender e a guardar o segredo, eram muito tradicionais e em geral bem simpáticos. Diferente dos Carey, que na opinião de Hannibal, eram o câncer do todo o clã, tinham o rei na barriga e se achavam o centro do universo, mas eram bem convincentes quando queriam. Os Nurse, eram os em cima do muro. Parte queria se declarar ao mundo e parte achava que viver às escondidas tinha suas vantagens. Hanni se perguntava para qual lado afinal eles cairiam. Os Good eram uma cópia menos forte e menos determinada dos Carey, eles conseguiam ser bem chatinhos quando queriam. Os Martín, por sua vez, eram os anjinhos do clã, se dependesse de toda a benevolência dos bruxinhos, a espécie jamais iria para frente. A diferença de ambas as famílias geralmente causava o clima tenso das reuniões, mas naquela reunião em especial o clima estava mais amigável que o normal. O que aliás, podia ser bem cômico.

Ergueu as sobrancelhas quando a novata se aproximou de forma tão... Gentil. Ela não o conhecia, fato. Ele não podia dizer que a conhecia, apenas sabia seu nome, sua origem e sabia sobre sua família toda, mas ora, ele fazia parte dela, não? Não sabia se eram primos de primeiro, segundo grau, ou se é que eram primos de fato. Tudo o que sabia era que a garotinha era uma graça e que precisava mesmo conhecer o lado interessante de Carmel. Não seria sacrifício algum apresentá-la para o que Hanni chamava de “O lado quente de Carmel”. Ela ficaria ainda mais bonita no banco de sua BMW do que na casa de Eve Wilde, fato. Descruzou os braços e abaixou os olhos para olhar Brooke Hoew. Abriu um sorriso de canto, sim, Hannibal podia ser simpático quando queria, mas era um rapaz cheio de personalidade, o bastante para conseguir ser sarcástico, simpático e irônico ao mesmo tempo. Mas a menina era lindinha e era da família, ela merecia um esforço pessoal da parte de Hanni.

- Hey Priminha. – disse com um sorriso gentil no rosto. A reunião em si parecia não ter começado ainda, o que aliás, era uma merda. Quanto mais demorasse para começar, mais demoraria para terminar. Infelizmente o convite da garota não o interessou muito. Realmente não se via fazendo apresentações e nem conversando com muita gente ao mesmo tempo. Não fazia isso com muita freqüência, e muito menos em uma reunião. Não que não levasse o pacto a sério, levava e muito. Não tinha nada contra ninguém ali. Apenas era diferente. Não era muito falante, não que todos eles, mas bem que poderia ter uma boa conversa com a priminha. – Não, eu não quero atrapalhar nada – mentiu. Poderia tacar uma bomba na casa de Eve só para poder ir embora. – Sou meio tímido, sabe como é?. – mentiu de novo. Não era tímido, era apenas seletivo demais. Deu um sorriso meio maroto e passou a mão nos olhos. – Mas... Por que você não se junta a mim? Posso te falar mais sobre a família... – Nunca subestime a capacidade que Hannibal Hoew tem de ser persuasivo. A garota não parecia estar a fim de falar sobre si, e pudera, ela acabara de chegar, deveria estar curiosa, pronta para coletar qualquer informação que pudesse. Informações que o jovem Hannibal poderia dar a ela de muito bom grado. Afinal, ninguém melhor que falar sobre os Hoew do que um legítimo membro.

Não queria ser deselegante e roubar a “prima” da companhia das pessoas, assim como não queria estragar o papo dos coleguinhas com seu humor meio negro. Por esse motivo, deixou seu convite no ar, deixando subentendido. Virou a cabeça para observar outro ponto que não fosse a garota. Sim, talvez fosse meio seco, mas era o jeito dele. Não fazia bem o tipo que insistia. O convite fora feito, ninguém melhor para dar as boas vindas à garota que ele, se ela quisesse, ali estaria Hannibal Hoew.

Bruxos Mensagens : 175 Data de inscrição : 24/09/2008

O clima na reunião era absolutamente mais despretensioso do que eu achava que seria. Acho que o fato de que as pessoas mais jovens estavam lá presentes, e, como não têm muita vivência com as rixas familiares, não estão imbuídas de um sentimento malicioso perante os outros.

Eu analisava cada pessoa minuciosamente.

Cada um tinha seu lado que mostrava exatamente de que família veio, afinal, é quase impossível não carregar um laço hereditário com seus consaguíneos.

Nós, os Wilde, apesar de toda a disparidade, ainda somos muito parecidos, e logo uma atmosfera de cumplicidade se espalhou por entre os nossos que ali estavam.

Também havia muitos representantes dos Hoew, incluíndo a mais nova pessoa que havia chegado. Hannibal. Olhava de soslaio as ações dele perante aquela reunião, e também, perante Brook, que foi falar com ele. Ele parecia entediado. Além de Brook e Hannibal, Oliver também era um Hoew. Bem, deste último eu creio que possivelmente posso ter me interessado mais que o aceito.

As Nurse chegaram juntas. Eu gostava muio delas, em virtude da amizade entre as famílias, eram realmente pessoas boas, pelo menos eu assim esperava.

Dos Martin estava apenas um rapaz mais novo, Edward seu nome, mas, só por ser um Martin, ele devia ser uma pessoa boa, fazendo jus a sua família.

Por fim, se encontrava um representante dos Carey. E bem, ele já veio mostrando a sua família.

Phil então fez um sinal com a cabeça. Era a hora de começar a reunião, esperando ou não por mais pessoas. Então, fiz sinal para que a música ambiente parasse de tocar, e me levantei, alterando o tom da minha voz, para algo muito mais altivo.

-Acho prudente começarmos logo a reunião, queiram me seguir, por favor.

A sala de reuniões ficava em uma ante-sala. Era lindamente decorada, com o brasão dos Wilde desposto em cima da grande mesa, na parede. Logo circundado por ele, estavam em réplicas levemente menores, todos os outros brasões de famílias bruxas. A mesa era enorme, comportando 20 pessoas, 10 de cada lado, e tendo mais dois lugares em cada uma das extremidades. Era pintado com uma parede vermelho-rubra, e com colunas vitorianas. Sem lugares para simplicidade, o local era bastente ostensivo.

Entre os mais novos estava uma situação do tipo ''Estou de volta À Era Medieval?. Eu ri com meu pensamento, e falei.

-Bastante clichê, não? Sentem-se, por favor.

Eu tomei meu lugar à cabeçeira.

-Sem mais delongas, daremos início à Reunião.- falei, altiva novamente.

-Bem, em princípio, quero voltar a enfatizar , principalmente entre os mais novos, que, em hipótese alguma, a identidade dos bruxos podem ser reveladas. Vocês devem ter ouvido as histórias da Inquisição, e como fomos tirados de nossa terra.- dei um espaço, e então voltei a falar:

-Entretanto, temos outro assunto a falar: Há um aumento considerável de atividade paranormal aqui em Carmel, concomitantemente com o aumento de Deslocadores e Mediadores.- parei por um momento para analisar a face de todos. Por sorte, todos sabiam do que eu estava falando. Ou ao menos uma noção.

-Bem, como sabem, os Mediadores e Deslocadores sabem sobre o nosso segredo, e esse aumento de atividade pode levar a um perigo em potencial, de ter nossa magia descoberta. Precisamos andar atentos a isso tudo.- inspirei,e dei mais um tempo para que todos assimilassem a história.

-Algum dos presentes tem alguma dúvida, ou quer suscitar algum tópico fora do assunto em questão?

Bem, essa era uma reunião, certo?

Bruxos Mensagens : 397 Data de inscrição : 24/09/2008 Idade : 33

Beeeem, eu definitivamente estava arrastando uma asa pro antigo novato, mas definitivamente esse novato me chamou atenção.
A começar pela forma de falar comigo logo quando eu cheguei

- Hey Priminha.

Eu sorri. Oh mais um Hoew! Que divertido!
Logo após ele continuou a falar, dessa vez, sobre minha pergunta:

-Não, eu não quero atrapalhar nada – Sou meio tímido, sabe como é?. – Mas... Por que você não se junta a mim? Posso te falar mais sobre a família...

Ow, mais um tímido. Acho que ser expansivo não era uma característica muito.... bruxa, pelo menos além de mim, não conheci os que fossem.

-Ah, seria uma ótima idéia. Eu meio que... tô meio perdida aqui, entãão, ia ser legal alguma ajuda.-Falei dessa vez, meio tímida. Pra tudo tem uma primeira vez afinal.
Mas antes que algo mais pudesse ser dito, Eve começou a falar:

-Acho prudente começarmos logo a reunião, queiram me seguir, por favor.

-Ow, bem, melhor irmos priminho.-Dei um sorriso de canto, meio decepcionado.
Oh, bem, eu queria informações, afinal, eu realmente estava perdida nessa história toda.

Eve nos levou a uma sala, e QUE sala. Lá havia uma mesa enorme, a qual nos sentamos. Me sentia um membro da Távola Redonda. Essa história de Pactos, e bruxos estava começando mesmo a ficar interessante.
Peguei uma cadeira, no lado oposto ao qual Eve estava, e comecei a prestar atenção ao que ela dizia.

-Sem mais delongas, daremos início à Reunião.

-Bem, em princípio, quero voltar a enfatizar , principalmente entre os mais novos, que, em hipótese alguma, a identidade dos bruxos podem ser reveladas. Vocês devem ter ouvido as histórias da Inquisição, e como fomos tirados de nossa terra.

-Entretanto, temos outro assunto a falar: Há um aumento considerável de atividade paranormal aqui em Carmel, concomitantemente com o aumento de Deslocadores e Mediadores.

-Bem, como sabem, os Mediadores e Deslocadores sabem sobre o nosso segredo, e esse aumento de atividade pode levar a um perigo em potencial, de ter nossa magia descoberta. Precisamos andar atentos a isso tudo.

-Algum dos presentes tem alguma dúvida, ou quer suscitar algum tópico fora do assunto em questão?

O....K....
Seria sacanagem demais levantar minha mão e perguntar o que diabos era aquilo?!
Descoladores? Mediadores?
Que diabos?!

Fiquei realmente feliz de meu primo estar a meu lado, e cochichei muito baixinho:
-Vou fingir que faço idéia do assunto ao qual ela fala, e depois você me explica. Se importa em fazer este humilde favor a sua priminha perdida?-Falei com um olhar de cachorro abandonado irresistível.

Eu estava perdida, e precisava de informações. Hora de usar meus dotes de garota.

Bruxos Mensagens : 142 Data de inscrição : 12/10/2008

A priminha não era bem como ele. Ela não parecia se incomodar com a reunião, com as pessoas presentes nela e talvez por não saber quem era Hannibal e sobre a forma como ele se comportava, ela era realmente muito gentil. O negócio era que a prima estava sendo legal demais para uma primeira aproximação, o que o deixava realmente intrigado. Ela era sempre assim ou estava tentando se aproximar por ser uma novata na cidade? A pergunta ficaria pra depois, agora o que importava era que ela estava disposta a ficar ao lado do Sr. Instável. Hanni abriu um sorriso meio torto e balançou a cabeça para a garota. Sim, ela teria não só uma ajuda, ela teria toda a ajuda que precisasse e quisesse. E não só de Hannibal; Os Hoew eram em geral bem hospitaleiros. Antes que pudesse responder com um: “ótimo”, a dona da casa, Eve, decidiu apressar a reuniãozinha. Bem sabia que nem todos estavam presentes, mas de qualquer forma, não daria para esperar mais. Hanni colocou as mãos no bolso e acompanhou a bruxarada pelo corredor que levava à sala de reuniões. Foi andando devagar e ao chegar ao aposento, sentou-se na cadeira ao lado de Brooke. Era cômodo, claro, ela sentou bem ao lado de Eve o que o forçou a ficar calado e sério enquanto a mesma saiu falando.

Como imaginou, o PACTO. Era claro que a identidade dos bruxos não podia ser revelada, e muito menos seus dons. A verdade era que o mundo não estava preparado para saber sobre eles. Caso algum dos bruxos caísse nas mãos do governo ou da medicina, o estrago seria feio. A verdade é que viviam em um mundo capitalista demais para entender o sobrenatural. Precisavam manter aquilo tudo em sigilo por enquanto, e com razão. Mas Hannibal não teria certeza se iria esconder para sempre, um dia quem sabe sua cabeça mudasse. Era algo chato demais. Todas as reuniões falavam daquilo, ele já tinha decorado todo o pacto, todos os arquivos e todos os documentos. Era até chato revisar isso a todo instante.

Para a sua surpresa, porém, outro assunto seria abordado na noite. O aumento de atividades sobrenaturais em Carmel. Para ser mais claro, o número de paranormais por ali. Sim, paranormais era o nome que ele dava às criaturinhas que falavam e viam gente morta. Que coisa mais mórbida. Hannibal de forma alguma se sentia ameaçado por aquela gente. Era algo estranho. Não gostava deles, verdade, achava-os esquisitos e pudera, sair por aí vendo espíritos não era algo muito bacana. O mais sério, porém, era que aqueles esquisitos podiam sentir os bruxos, sabiam sobre eles. E assim, o cuidado precisaria ser dobrado, dobrado não, triplo. Prestava muita atenção, até porque, por mais chata que a reunião fosse, tinha que confessar que ela era essencial. Sabe como é, manter a ordem por ali.

Não se surpreendeu quando a prima boiou. É, com motivos. Era coisa demais, ela teria oportunidade de saber de tudo. Sorriu quando a garota virou para ele e sussurrou para que somente ele ouvisse. Aquele povo falava tanto que não se surpreenderia se já pensassem besteira. Mais seria hipócrita se por um acaso se importasse com o que diziam, logo ele que já fizera tanta merda, merda para adubar a vida toda. Sorriu em resposta. – gosta de café? – sussurrou de volta. O resto não precisava ser dito, era simples e óbvio: tome um café comigo e eu te conto tudo. E de fato, contaria. Mas não no momento. Cruzou as pernas de modo meio largado e pigarreou, sentia que precisava dizer algo, mas geralmente era meio antipático quando falava em público. Decidiu ficar calado, era meio claro que suas opiniões podiam não ser como a do restante do grupo. E suspeitava que não fossem. Olhou em torno da mesa, se perguntou se alguém se manifestaria, e por enquanto, nada.

- Aconselharia não usar magia em locais públicos. Seria o mais sensato a ser feito. Eles estão em número significativo mas é fato que estamos em um número muito maior. A escola por exemplo. Eles sentem a presença de espíritos, não? Uma mágica, por mais boba que seja não passaria despercebida. E a relação que possuem com humanos pode ser um tanto liberal, assim me pergunto até quando poderiam ficar de boca fechada sobre nossa existência. Mas tirando isso, não vejo onde eles nos trazem algum risco. De qualquer forma, todo cuidado é pouco. Fato. – Abriu um sorriso amarelo ao finalizar. Era a primeira vez que se manifestava e podia sentir o peso dos olhares da mesa em si. Sim, ele era um Hoew, tinha um certo instinto de liderança dês de que nascera. – Em nome da família Hoew eu tomo a liberdade de apresentar Brooke para aqueles que não a conhecem. Ela e a mãe que não pôde estar presente, vieram de Milão para se juntar a nós. Suponho que elas não sejam as únicas novatas, mas em fim, tomo também a liberdade de parabenizar Eve por seu novo posto. – disse em uma tentativa de ser gentil, mas a elegância e a educação faziam parte de sua personalidade. Pode notar uma certa surpresa de Brooke por ver que ele sabia um pouquinho mais do que aparentava. – Tenho certeza que você representará bem os Wilde, Eve. – disse com um sorriso de canto e virou-se para observar o relógio de pulso. Já tinha falado o suficiente para uma só noite e agora a vontade de sair dali ficara ainda maior.

Bruxos Mensagens : 94 Data de inscrição : 27/09/2008

Eu estava entretido na conversa que acabei nem percebendo que a casa encheu de bruxos. Na verdade minha atenção não estava nem tanto na conversa quanto eu esperava que estivesse. Eu não sei dizer bem o motivo pelo qual a anfitriã dos Wilde estava chamando tanto a minha atenção. Não que eu estivesse interessado nela, mas a sua beleza era diferente das que eu ja havia observado aqui por Carmel, talvez seja até por ela ser jovem e ter toda essa responsabilidade de carregar o nome dos Wilde consigo.

Interrompendo meus devaneios Brooke se ausentou para falar com um novo rapaz que havia chegado, mais um de nós, Hoew. Parecia ser bem retraido, estava isolado, ou apenas não gostava de se misturar mesmo, muitas garotas, muitas perguntas, isso as vezes chega a amedrontar um rapaz, eu sou um exemplo disso, quando cheguei me senti igual a ele, mas são todos muito bem sociaveis, pelo menos de primeira impressão.

Antes que eu pudesse falar ou fazer alguma coisa, Eve se levantou convocando todos para a reunião, a seguimos para uma sala bem grande com uma mesa enorme que trazia os brasões de todas as famílias, e principalmente dos Wilde que ficava acima da mesa. Me sentei perto de Brooke e do novo Hoew que chegara quase agora, claro, sentaria perto de minha família, caso houvesse algo para comentar eu estaria por ali.

Logo Eve, começou a explicar o que havia com os bruxos, que deveríamos continuar o sigílio dos poderes, que eles não deveriam ser manifestados e para tomar um cuidado maior pois os Mediadores e Deslocadores estavam crescendo cada vez mais. Hannibal era o nome do novo Hoew recém chegado, que não hesitou em falar o que estava pensando a respeito as palavras de Eve.

- Aconselharia não usar magia em locais públicos. Seria o mais sensato a ser feito. Eles estão em número significativo mas é fato que estamos em um número muito maior. A escola por exemplo. Eles sentem a presença de espíritos, não? Uma mágica, por mais boba que seja não passaria despercebida. E a relação que possuem com humanos pode ser um tanto liberal, assim me pergunto até quando poderiam ficar de boca fechada sobre nossa existência. Mas tirando isso, não vejo onde eles nos trazem algum risco. De qualquer forma, todo cuidado é pouco. Fato.

Em nome da família Hoew eu tomo a liberdade de apresentar Brooke para aqueles que não a conhecem. Ela e a mãe que não pôde estar presente, vieram de Milão para se juntar a nós. Suponho que elas não sejam as únicas novatas, mas em fim, tomo também a liberdade de parabenizar Eve por seu novo posto.

– Tenho certeza que você representará bem os Wilde, Eve.

All right, Hannibal estava bastante certo em suas palavras. Eu apenas completei a sua idéia antes que alguém, ou até mesmo Eve pudesse falar algo.

- Hannibal eu concordo com você, e ainda acho que para proteger bem o NOSSO próprio nome, deveríamos usar a magia somente em casos extremos, ou em caso de treinamento em um lugar adequado, imagino que cada um aqui tenha um lugar em que treina seus poderes sem que sejam perturbados e sem que alguém esteja vendo. Acho que isso deveria ser feito pois somos nós mesmo que estamos em risco, e caso algum mediador ou deslocador viesse a saber quem somos, quem é que tem os poderes, isso poderia se tornar um conflito. - tomei um ar e completei olhando somente para Eve dessa vez.

- E Eve, como Hannibal disse, eu não vou ficar bajulando você, mas você está fazendo um ótimo trabalho! - falei abrindo meu sorriso torto a ela, e um tanto quanto sem graça.

Bruxos Mensagens : 175 Data de inscrição : 24/09/2008

Enquanto eu entrava na imponente sala de reuniões, senti que, impreterivelmente eu iria ficar um tanto quanto nervosa. Bem, primeiro por ser a primeira reunião que eu presidia, segundo porque o assunto a tratar era de extrema importância.

À medida que eu falava, notei que algumas pessoas (lê-se Brooke) não estavam entendo nada do que eu dizia. Mentalmente fiz uma nota para falar com ela depois. Não poderia parar a reunião para explicar tópico por tópico do que estava acontecendo. O assunto era demasiado importante para ser dito sem mais delongas. E assim foi feito.

Eu dei uma brecha para que outros tomassem parte sobre o assunto que eu havia comentado, e não foi surpresa que Hannibal tomasse a parte primeiro.

- Aconselharia não usar
magia em locais públicos. Seria o mais sensato a ser feito. Eles estão
em número significativo mas é fato que estamos em um número muito
maior. A escola por exemplo. Eles sentem a presença de espíritos, não?
Uma mágica, por mais boba que seja não passaria despercebida. E a
relação que possuem com humanos pode ser um tanto liberal, assim me
pergunto até quando poderiam ficar de boca fechada sobre nossa
existência. Mas tirando isso, não vejo onde eles nos trazem algum
risco. De qualquer forma, todo cuidado é pouco. Fato.

Eu assenti com as palavras que ele havia proferido. Com certeza que nós não devíamos usar magia, especialmente em locais públicos. Seria correr um riso enorme, e, era um bom conselho para os novatos principalmente.

Quando eu estava prestando atenção aos meus pensamentos, Hannibal continuou a falar.

Eu ergui uma sobrancelha, supresa pela sua educação.

Em nome
da família Hoew eu tomo a liberdade de apresentar Brooke para aqueles
que não a conhecem. Ela e a mãe que não pôde estar presente, vieram de
Milão para se juntar a nós. Suponho que elas não sejam as únicas
novatas, mas em fim, tomo também a liberdade de parabenizar Eve por seu
novo posto.

-Bem, Brooke, espero que tenha se sentido acolhida nessa pequena amostra de reunião, e qualquer coisa, pode vir falar comigo, não se preocupe, além do que, em se tratando de qualquer assunto, relacionado ou não à magia, estou a disposição.- e me virei para os restantes- -E isso é extensivo a todos nessa mesa.- disse, sorrindo.

Hannibal voltou a falar, dessa vez me parabenizando pela liderança, seguido de Oliver, que disse:

- Hannibal eu concordo com você, e
ainda acho que para proteger bem o NOSSO próprio nome, deveríamos usar
a magia somente em casos extremos, ou em caso de treinamento em um
lugar adequado, imagino que cada um aqui tenha um lugar em que treina
seus poderes sem que sejam perturbados e sem que alguém esteja vendo.
Acho que isso deveria ser feito pois somos nós mesmo que estamos em
risco, e caso algum mediador ou deslocador viesse a saber quem somos,
quem é que tem os poderes, isso poderia se tornar um conflito. E Eve, como Hannibal disse, eu não vou ficar bajulando você, mas você está fazendo um ótimo trabalho!

Eu não pude deixar de me sentir estranha, não pelo fato dele ter falado isso, mas pelo fato de ter sido ele- que falou. Oh, oh.

Eu respirei fundo, agradecendo aos dois.

-Bem, obrigada pelas suas palavras, eu estou fazendo o meu melhor para dar continuidade a essa missão de família.- finalizei sorrindo.-Acho que agora o assunto acabou, se alguém mais quiser falar algo, esteja à vontade. Se não, os que quiserem podem ir embora, ou senão ficar mais um pouco, para confraternizar.- terminei, olhando de soslaio para Oliver. Eve, olha bem o que está fazendo...

Bruxos Mensagens : 6 Data de inscrição : 29/09/2008

Kristas havia entrado na sala empurrando o garoto que protestava, sabia que ele não ficaria muito feliz com ela, mas, não se importou muito, apenas murmurou um “Desculpa”, parando de empurrá-lo. Apresentou-se rapidamente à anfitriã, provavelmente alguma prima distante, e foi para um canto próximo a uma das janelas, onde ficou observando um pouco as pessoas que se encontravam no local e outro pouco o movimento da rua. Escutava partes das conversas, sem se prender em nenhuma especificamente. Tentava prestar mais atenção naqueles de sua família, sem participar muito dos assuntos tratados. Não demorou muito e todos seguiram Eve até outra sala, onde seria a tal reunião.

“Nossa, que tudo!” –pensou, reparando na decoração do local, era fascinada por aquilo. Apesar de ser aparentar bastante antiga, não podia negar que era bela. Sentou-se em uma das cadeiras, na verdade afundou nela, não gostava de chamar muito a atenção para si, embora isso acontecesse pelo fato de ser um pouco atrapalhada. A reunião começou e ela se forçou a prestar atenção no que era dito, afinal, teria que repassar tudo para seus pais quando chegasse em casa. Notou que a líder de sua família parecia nervosa com tudo aquilo, mas não a culpou, ela também se encontraria da mesma forma, ou pior, caso estivesse em seu lugar.

De todos os assuntos tratados, o que mais lhe chamou atenção foi o aumento de atividade paranormal, Deslocadores e Mediadores em Carmel. Ainda não havia visto nada tão fora do comum para que o aumento fosse justificado, a não ser, é claro, aquela reunião com todos aqueles bruxos. “Guardar o segredo, não usar magia em público, ter um lugar para treinar... Ok, consigo sobreviver a isso.”-pensou, teria que arrumar um quarto para treinar, mas isso era o de menos no momento. Virava o rosto de um para o outro, enquanto eles debatiam, até que um deles apresentou uma das garotas. Sorriu para a mesma, ela lhe parecera bastante simpática antes, na outra sala, apesar de não terem se falado.

A reunião foi encerrada logo após isso, bem, pelo menos logo após os elogios direcionados a Eve, seria até engraçado caso ela não estivesse tão nervosa. Refletiu sobre o convite para ficar, não estava com muita vontade de voltar para a casa, sabia que, se chegasse tarde, só teria que fazer o “relatório” no dia seguinte e isso lhe pareceu interessante. Permaneceu sentada, esperando para ver quem ficaria para a confraternização.

Bruxos Mensagens : 10 Data de inscrição : 25/09/2008

A conversa com Phillip sempre conseguia ser extremamente estimulante. Nos conhecíamos desde que eu era jovem, e tenho certeza que ele sabia grande parte do que eu já havia aprontado nessa vida. Ele próprio havia sido meu cúmplice algumas vezes. Ele era um bom amigo, mas com o tempo havíamos perdido o contato. Eu pude perceber o quanto ele cuidava de Eve, conforme as pessoas iam chegando, ele parecia conhecê-la muito bem. Ela estava com o grupo dos jovens e a responsabilidade da garota era enorme. Eu sabia bem pelo que ela estava passando. Minha mãe morreu quando eu tinha 27 anos, eu já estava casada e já tinha a responsabilidade de 3 filhas. Para Eve devia estar muito mais difícil. Ela mal havia saído da adolescência e já ter que assumir um cargo como esse.

_ Você deve estar orgulhoso dela - comentei ao ver a desenvoltura da moça enquanto conversava com todos, ao que ele assentiu.

Cada vez mais pessoas chegavam e em sua maioria eram todas jovens. Me senti um pouco deslocada nesse ambiente. Sorte poder conversar com Phill. A reunião propriamente dita começou em seguida. Me sentia entre Corinne e Morgan. Eu conhecia muito bem aquele assunto, como não podia deixar de ser Eve, sendo a anfitriã da reunião esta noite, nos lembrou sobre o pacto e reforçou sua importância. Apesar de saber a real importância daquilo há muito tempo me permiti ouvir sem contestar, sempre era bom reforçar. Dois dos meninos falaram sobre a importância de se manter anônimos, não realizar magia em público. Eu imagino que ninguém iria gostar de acabar como cobaia em algum laboratório, portanto todos seguiam essa sugestão desde que me entendo por gente e descobri do que era capaz. Mas essa era a reunião dos jovens então me mantive calada.

Eu havia escutado algo sobre essa movimentação anormal do próprio Phillip que havia entrado em contato comigo dias antes. Isso realmente me preocupava. Não me agradava a idéia de ter a nossa identidade revelada e por mais que a família Nurse se dividisse nessa questão eu preferia manter tudo em segredo, não gostaria que minhas filhas fossem tratadas como aberrações pelas pessoas que não entendiam coisas diferentes. Mas o que precisava ser falado todos já tinham dito. Se fosse necessário ressaltar alguma coisa haveria outras oportunidades. Agora era hora de voltar para casa, as meninas poderiam ficar se assim o desejassem.

_ Deli, querida, eu vou para casa. Acho que isso agora se tornou uma reunião para os mais jovens. Você e suas irmãs vão ficar? - ao que ela assentiu pedi a Phillip que me chamasse um taxi, deixaria o carro para as meninas.

Bruxos Mensagens : 397 Data de inscrição : 24/09/2008 Idade : 33

Bem, após chegarmos a sala de reunião, Eve começou seu discurso sobre a situação da bruxaria em Carmel, a qual eu ouvia atentamente, mesmo não conseguindo entender muita coisa.
Mas foi uma palavrinha de Hannibal que me fez querer enterrar-me completamente...

– Em nome da família Hoew eu tomo a liberdade de apresentar Brooke para aqueles que não a conhecem. Ela e a mãe que não pôde estar presente, vieram de Milão para se juntar a nós. Suponho que elas não sejam as únicas novatas, mas em fim, tomo também a liberdade de parabenizar Eve por seu novo posto.

Dei um aceno simpático pra esconder a cara de total... pânico. Very Happy

Após isso outros líderes falaram, e por fim Eve concluiu toda a reunião.
Até que havia sido rápido.
A líder dos Nurse se retirou logo após o término da reunião ficando somente os jovens bruxos.

Ao sair da sala, cochichei para Hanni num tom meio irritado.
-Sabe, você como uma pessoa tímida deveria entender que outros tímidos não gostam de ser apresentads em público!-E suspirei.

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