The first look in Caramelo! [[rp fechado]]

Sabe, eu ainda ostentava a inútil esperança de poder persuadir meu pai a desistir de se aposentar. Ou melhor, ele poderia se aposentar, mas seria melhor se nós permanecêssemos em Boston. Bem, ou pelo menos eu achei que ostentava. Porque, sabe, quando eu vi Michelle chegando, tive certeza de que um terremoto iria acontecer a qualquer momento e eu seria engolida para as profundezas da terra. E não me chame de dramática! O fato é que eu nunca simpatizei muito com ela. Não que ela não seja uma garota legal, ou sei lá, tanto faz. Mas, ao que parece, uma ação quase sobrenatural nos repele. Anti-natural, por assim dizer. Meio demente isso, cara. De qualquer for,a ela estava lá passando as férias. Ela já morava na Califórnia e tudo mais, porém iria fazer o trajeto conosco.

Quando meu pai me disse que nossa viajem seria de carro, eu engasguei com meu suco de laranja e quase cuspi tudo na cada dele. Involuntariamente, é claro. Por, cara, nós nunca viajamos de carro. Yeah, meu pai tem uma BMW-3 e eu tenho um Gipe – sim, um Gipe, e daí? – preto que ganhei de aniversário de dezesseis anos . Olha aqui, um Gipe é altamente aconselhado para alguém que sai desembestada, seguindo fantasmas e encarando os lugares mais absurdos – e íngremes – possíveis! Mas em sim, dane-se, eu amo meu Gipe.

Continuando, depois que eu quase cuspi o suco de laranja, ele só disse que uma viajem de carro serviria para estreitar laços entre nós e “Michie”. Hunf, o cara é bem patético para um boxeador!
Como eu não pude fazer nada, só subi para o meu quarto, vesti minhas luvas de boxe e dei cerca de trinta socos na parede. Típico.
Depois de meu estouro de raiva e centenas de impropérios direcionados a Jackson e ao destino, meu pai simplesmente foi até meu quarto, me agarrou pela cintura com uma mão só, desceu as escadas e me jogou dentro do carro. E trancou. Eeeeu te odeio!

A viajem foi... tranquila.
Na verdade eu usei o meu Ipod a maior parte do tempo e me mantive alheia a qualquer acontecimento externo às divagações de minha mente. As vezes eu respondia alguma resposta de Michelle, tipo “Sim”, “Aham”, “Não” e nada que não fosse monossilábico. Meu mau humor era meu melhor amigo naquele momento. Ento, preferi me recolher a minha insignificância, naquele momento.

Depois de muito tempo, nós chegamos. A Viajem foi extremamente cansativa e eu amaldiçoei a decisão de a percorrermos de carro cerca de três vezes por segundo desde que deixamos Boston. Ingeri toneladas de batata frita, hambúrgueres para viajem e refrigerante enlatado. E pelo menos teve ISSO de gratificante no fim das contas.

Quando chegamos, a primeira coisa que eu notei foram as...
- Palmeiras! – Eu exclamei. Meu pai só riu e começou a falar algumas coisas sobre como Carmel era cheia de vegetação e então... – Praiaaaa!!– E, novamente, ele decorreu sobre a enorme praia da cidade. Cara, eu estava me surpreendendo. Ignorando Jackson, que ainda tagarelava, me forcei a falar com Michelle.
- Hey, já que você mora na Califórnia, porque é branca como... sei lá, leite? Você não deveria ser bronzeada? – Eu sei, era pra eu ser simpática. Mas eu estava sendo!

Durante a viajem com minha mãe,pensei em mil coisas e estava bem empolgada,posso dizer.Conversavamos muito sobre tudo que estava acontecendo e o que podia acontecer,e ela me preparou pra muitas coisas.Eu comentei que não tava gostando de passar muito tempo longe dela,mas ela prometeu resolver em breve.Eu não entendia mais nada.

Estavamos indo pra Boston pra ir a Carmel?Não fazia sentido,mas por mim tanto faz.
Mamãe me deixou na porta da casa de meu pai,e nos despedimos com beijos e um abraço apertado.Ela me prometendo que tudo ficaria bem.Não irei esquecer isso,mamãe u.u.
Desci do carro e a primeira que vi foi minha irmãnzinha esquentadinha *-*.Lógico que eu iria falar com ela primeiro:

- Caddieeeeee - com um sorriso forçado de propósito a abracei.Eu sabia que ela odiaria isso.- Que saudaaade,meu amoor - sei ser chata quando quero,eu sei.
Eu também não gostava muito dela,tinha algo errado e estranho entre nós.Mas eu não ligava muito pra isso,por mim tanto faz.

Conversei um pouco com meu pai sobre como eu estava na escola,e todas as outras coisas que os pais querem saber,após começarmos a viajem.E Caddie não participou dessa conversa super legal.
Enfim,começa a viajem.Olhava a paisagem bem pensativa nos próximos acontecimentos e poucas vezes conversava algo com meu pai.Fazia poucas perguntas a Caddie também,mas ela não comentava muito.Estranho eu não fazer amizade com ela,sendo que isso era tão fácil pra mim.Talvez porque eu não me interessasse nisso...

A viajem foi longa mas gostei.Tive tempo pra pensar em tudo o que eu gostaria muito de ter pensado antes,mas ainda era tempo.Chegamos!
Carmel,uma cidade não muito movimentada mas bem simpática e com tudo que todos precisavam pra viver.Tinha shopping,praias,mercados enormes,enfim.Era bem civilizado.Eu gostei.Enquanto ouvia papai falando sobre as qualidades da cidade,minha mente viajava em várias coisas que eu poderia e queria fazer... vai ser legal...

Enquanto ainda conversava com meu pai,ouvi Caddie interrompendo e perguntanto uma coisa que,embora curiosa,era inútil.



" - Hey, já que você mora na Califórnia, porque é branca como... sei lá, leite? Você não deveria ser bronzeada? "

Suspirei antes de responder.

- Eu não gosto muito de praia,e quando tomo sol fico vermelha ao invéz de bronzeada.Gosto disso...

Depois daí,entramos em nossa "nova casa",e eu pude escolher meu quarto.Tinham 2 iguais,com certeza um meu e outro dela,então não teria briga.Papai pensou em tudo --'.

x-x Na Casa de Eve x-x

Essa era a única hora que eu poderia ficar sozinha, na madrugada, sem ninguém para me incomodar, onde eu podia ficar deitada em meu quarto e ouvir música no iPod como uma pessoa normal, uma coisa que eu, de todos os modos, não era. Sim, porque eu sou uma bruxa, e, mais do que isso, eu sou a líder do meu clã, apesar de ser uma exceção, por conta da minha idade.

Mas era isso, eu era a líder da minha família, e eu tinha que honrar a lembrança de meus pais...Pais.. só de pensar neles minha angústia aumentava, não saber onde eles estavam, o que eles....

Decidi não pensar nisso, eu virei para o lado, enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto, vertiginosamente. Eu queria jogar tudo para o alto, viver, viver realmente.

Mas ao mesmo tempo que esses pensamentos vinham, iam embora, porque eu tinha um compromisso, uma responsabilidade, que envolviam não só a mim, mas também aos meus pais, e a toda minha familia, e, em maior escala, a proteção de um segredo secular que dependia do pacto entre seus líderes. E eu era um deles.

Aumentei o volume da música enquanto me virava de lado na cama, tentanto aumentar o bastante para não pensar em nada, e, secando as lágrimas, dormia para me preparar para o começo de um novo dia, onde eu teria muito trabalho...

---

O dia amanheceu, e a luz forte vinda do Sol, passava pela janela, batendo direto em meu rosto, me fazendo acordar, mas ainda cansada da noite anterior, havia tido pesadelos, coisa que estava ficando recorrente nesse últimos dias.

Eu me acordei, vesti uma roupa sóbria, mas mais jovial, de acordo com o que eu tinha que fazer hoje, coloquei uma calça jeans, uma blusa branca, e prendi meu cabelos em um rabo-de-cavalo alto, o que me fez parecer ter realmente a idade que eu tinha.

Desci, a fim de me encontrar com Phillip, e ele me orientar mais sobre hoje.

-Phillip, eu já estou indo, pode me passar de novo os dados?- falei, sem ânimo.

-Michele Wilde Fox, ela está vindo morar aqui com a meia-irmã dela, uma tal de Cadance Fox...Michele é filha de Luma.. o que você tem que fazer, basicamente, é saber se ela sabe ou não dos poderes, afinal, não podemos nos arriscar a quebrar o pacto.

Eu assenti, com um suspiro.

-Luma nunca mais nos contatou - Phillip continuou - - Mas acho que sua mãe ainda mantinha contato com ela, porém nunca soube...e, com a ausência dela, é seu de..

..Dever cuidar disso, Phillip, eu sei! Eu fui criada para isso...- falei, on interrompendo com impaciência.

Ele então se calou, e foi até a cozinha.

Eu suspirei, e falei um ''desculpe'' audível, enquanto saía de carro, e pegava meu carro, em direção a minha ''missão''.

---

x-x Na Casa de Cadance e Michele x-x

Cheguei até a agradável casa, sem saber realmente o que dizer...algo como -Olá, eu sou sua prima que você nem sabia que existia, e...uma coisa..você sabe que é bruxa?.

Bati a porta do carro com impaciência, enquanto descia, e ia até a porta de entrada. -Pense, Eve, pense!

Toquei a campanhia.

Hora de testar seus dotes de ser atriz, Eve...

Carmel é uma cidade agradável. Havia sol, havia mar e havia sorvete. E meu pai estava tentando tornar aquilo o mais fácil possível para mim, ponto pra ele. James Steel, ou como eu o chamava, pai, era um homem solitário e havia vivido como tal a vida inteira, mesmo quando eu ia o visitar em algumas férias, quando ele ainda morava em Jersey. Depois que ele se mudou para a Califórnia, há uns dois anos atrás, nossos contatos eram meramente via telefone, e eu não o havia encontrado de novo até o dia da morte da minha mãe.
E desde então estamos morando juntos em Carmel. Meu pai tinha uma casa legal. Ele fazia alguma coisa de engenharia que eu nunca fiz questão de entender, porque eu não iria de qualquer modo então não era como se ele não pudesse pagar a casa legal, mas eu sabia que ele preferia o apartamentinho que ele morava antes, perto do trabalho e tentei falar com ele que não me importava, mas ele insistiu que eu tivesse uma vida comum, numa casa, num subúrbio e perto da escola particular. É, escola particular, vai entender? De qualquer modo nós tentávamos levar a tal vida comum. Mas meu sendo como era e eu sendo como sou... diferente... Bem, vamos dizer que é muito bom que nem eu nem ele realmente precisamos de companhia, pelo menos humana, já que o fantasma da minha varanda ficava no pé o dia inteiro. Seu nome é Aidam e ele quer que eu encontre qualquer coisa na praia, mas a praia está sempre cheia então nós ficamos adiando e bem, ele me faz companhia, mas eu queria poder achar a tal coisa logo. O Aidam é legal, mas vai sempre me dar calafrios ver aquela figura esbanquiçada dele olhando pela minha varanda.
E foi exatamente assim que eu fiquei sabendo das novas vizinhas. Ele estava divagando, como sempre e eu estava na minha cama ouvindo musica com meus fones, olhos fechados tentando absorver a música, quando de repente sinto algo gelado batendo nas minhas orelhas. O Aidam brincando de tenta tirar meu fone, quando ele sabe muito bem que sem se concentrar devidamente não vai poder nem encostar neles. Fantasma idiota.
Eu perguntei muito irritada o que ele queria e ele anunciou que uma família havia se mudado para a casa da frente. Eu estava prestes a soltar um ''grandes coisas'' quanto ele comentou que achava que uma das pessoas da família o havia visto. Opa. Como assim? Quer dizer que entre as vizinhas tinha alguém como eu? Isso podia ser... Muito bom. Quer dizer, alguém que poderia me ajudar a resolver todos esses problemas com fantasmas certamente seria bom. Aidam entendeu meu sorriso e me olhou torto. Eu tive certeza que ele vinha falando com a minha mãe, principalmente quando ele falou que era melhor eu mudar de idéia, era EU quem iria ajudá-lo e se eu tentasse fazer outra pessoa fazer isso ele iria simplesmente sumir e assombrar pessoas por aí.
Eu não tinha a intenção de passar o Aidam adiante, ele era MINHA companhia, afinal. Eu sou anti-social, mas é bom saber que ele está lá de vez em quando... Assim, quando eu não estou trocando de roupa ou dormindo. Eu fiz um comentário, na verdade, resmunguei pra ele que não iria deixar ele fazer isso, antes de perguntar se ele achava que eu deveria ir me apresentar. Cara eu sou tão ruim com pessoas, eu acho que elas não vão gostar de mim. Ele apenas deu de ombros e sumiu, como se fugisse de mim mesmo, do fato de que eu poderia passá-lo adiante. Revirei os olhos e observei a porta da casa em frente por mais alguns minutos antes de descer as escadas sem incomodar meu pai.
Mas alguém chegou lá antes. Alguém que não era da rua. E alguém que me dava um tipo estranho de calafrios.

- Eu não gosto muito de praia,e quando tomo sol fico vermelha ao invéz de bronzeada.Gosto disso... – A resposta de Michelle quase me fez rir. Ou melhor me fez rir. Dei uma pequena gargalhada – que eu sabia que iria irritá-la – e depois revirei os olhos. Fiquei com vontade de perguntar que louco não gostaria de praia e sol, mas se eu a irrita-se e lhe chamasse de pimentão ambulante ela iria ficar brava, eu teria que dar uns murros nela, e meu pai iria me castigar. E os castigos do Jackson não são nada legais, cara.

Quando chegamos “em casa” [não que eu considerasse isso a minha casa mas, por hora, seria o lugar onde eu comeria e dormiria. Yeah, comer vem primeiro.] eu só abri a porta do carro, coloquei novamente os fones do Ipod no ouvido e balancei a cabeça no ritimo de Jenifer Lopez [Certo, eu gosto dela, assumo.] e fui em direção à casa, sem ao menos fazer menção de ajudar Jackson a trazer as inúmeras malas.
A casa era... simpática. Digo, parecia muito com aquelas casinhas de filme de romance, cheias de flores, verde e... verde. O fato é que eu nunca havia visto tanto verde na minha vida. Acostumada com o preto, cinza ou marrom da metrópole, era estranho ver tantas cores distintas em um mesmo lugar. Dei de ombros e dei uma volta ao redor de mim mesma para avaliar o bairro.

Era bonito, cheio de grama, arvores e casinhas. Ou casonas, digasse de passagem. A casa da frente era bem parecida com a nossa. Tinha um jardim bonito e... E um fantasma me olhando com cara de “hã”. É isso aí, ele estava encostado em uma das pilastras e olhando os novos visinhos. Dei uma olhadela rápida para ver se meu pai e Michelle estavam devidamente entretidos com centenas de malas e voltei a olhar o fantasma. Ele tinha a aparência jovial, até. Arregalou os olhos de tal forma que eu pensei que eles cairiam das órbitas. Mas aí eu me lembrei que ele não tinha REALMENTE olhos. Então, sem problemas querido! Arregale seus olhos o quanto quiser!
Eu sorri para ele, dei de ombros e fui abrir a porta da frente. Ele ficou bem estupefato e eu só ri comigo mesma. Depois eu cuidaria disso. Por hora, eu precisava pensar em como iria redecorar o meu quarto, pois eu tinha certeza de que o que me foi escolhido não iria me agradar muito.

E, dude, não agradou.
Ele tinha paredes cor-de-lilás em tons claros. E as demais partes eram cheias de branco, e bege, e branco e... bege. Caramba, meus olhos quase arderam em ver tanta claridade, juro. Talvez seja porque eu goste de escuridão e tudo mais. De qualquer forma, subi as escadas quase juntamente com Michelle [ela ainda passou na minha frente, saltitando]. Nossos quartos eram iguais, é claro. Mas eu daria um jeito de fazer Jackson trocar o dele comigo. Eu ainda podia ouvir Mich cantarolando alguma coisa do quarto ao lado quando sai e fui em direção às escadas. Eu iria dar uma olhada na garagem para ver se podia montar uma mini-academia e uns pesos suspensos para socar. Surpreendentemente, quando eu coloquei a mão na massaneta, a campainha tocou.
Putz, os visinhos aqui são rápidos, hein? Será que eles vão trazer uma daquelas tortinhas de maçã que nem nos filmes?
Mas não, a visinha não havia trago, eu percebi, depois de abrir a porta. Se apresentou como Eve Wilde e... ninguém sorriu. Foi chatice à primeira vista. Ewww, se eu não gostava muito de Mich porque sentia algo estranho entre nós, então eu não simpatizei nada com aquela garota. Passamos alguns segundos nos entreolhando e jogando farpas de aço uma para outra e depois ela se apresentou como Eve. Eu tentei dar um sorriso mas o que saiu foi ma mexida estranha de lábios. Depois ela me disse que iria querer falar com Michelle. Contive o ímpeto de rolar os olhos e gritei.
– MICHELLE, VOCÊ TEM VISITAAAA!!!! - Uau, ela foi rápida dessa vez.

Não esperei que a morena entrasse ou fizesse algo. Só saí da casa, passando por ela e fingindo que não a via. Estranho eu desgostar de alguém tão rápido. Ok, não é estranho, eu desgosto seeeempre das pessoas. u_u
Quando saí, olhei em volta e o fantasma da varanda havia sumido. Franzi o cenho e fui tentar abrir a garagem, que ficava de frente para a garagem da casa do fantasma.

Eu não gostava de sol e era feliz com isso.Ia a praia e piscina,mas preferia fazer outras coisas ao invéz disso.Sempre gostei da minha cor,minha mãe sempre me mimou e eu achava disso uma qualidade (?).Estranho,mas eu gostava ^^.

Entrei na casa olhando todos os cantos e detalhes,meio que encantada com tudo,menos pelo fato de morar com a Cadance -.-.Mas...algo dizia que coisas boas aconteceria mais do que coisas...com Cadance ^^.Enfim,fui direto pro meu quarto e amei a cor dele,eu nem precisaria por nada,ele era belo do jeito que estava.Lilás!Uma cor linda e mágica,amo.

Deixei algumas malas no chão e outras na cama,indo pra varanda ver a visão que teria do meu quarto.A casa da frente estava lá,tão bonita quanto a nossa.Será que alguém de legal mora alí? Só saberia com o tempo...
Voltei pro quarto e comecei a arrumar minhas roupas.Arrumando e pensando,lembrando de coisas...O que eu vim fazer aqui mesmo? .Não estavamos de férias,então eu deveria estar com minha mãe.Porque eu não estava mesmo?-.- .Eu não lembrava porque não tinha entendido uma palavra dos motivos dela.Tinha algo haver com o que eu era...Será que eu teria que fazer algo?Ahn...enfim



– MICHELLE, VOCÊ TEM VISITAAAA!!!! - Fiquei surpresa...

- Visita?Mas...não conheço ninguém aqui...como eu tenho visita? - Isso era estranho...Desci correndo e meio assustada,pra ver quem era.

Me deparo com uma jovem um pouco mais velha que eu,muito bonita e muito bem arrumada também.Gostei dela quando a vi logo de primeira vista,mas vai saber né?

- Hey... - não sabia o que falar,afinal,ela que veio me procurar -.-

Eu fiquei observando a pessoa que me dava os calafrios estranhos; veja bem fantasmas me dão calafrios, mas totalmente diferente desse que essa garota me fazia sentir. Era quase como se eu tivesse um medo dela. Fantasmas só... Me deixavam ansiosa.
Uma segunda garota abriu a porta, parecendo nervosa e deixou a outra entrar, gritando algo para dentro da casa e então saiu, tentando abrir a porta da garagem. Eu fiquei me perguntando se era dela que o Aidam havia falado. Ele falou "uma das moradoras", o que indicava que havia mais de uma, quando o senti soprar no meu ouvido. Eu sabia que era ele porque, bem, eu sabia. Ele me disse que era aquela lá mesmo. Ela o havia visto. Logo ela era como eu. Eu perguntei isso a ele e ele disse que "de certo modo." O problema com fantasmas é que eles às vezes sabem demais e nunca contam nada pra gente; têm essa mania idiota de charadas. Ele riu da minha frustração e desapareceu novamente. Eu reclamei baixinho com o nada e peguei a garota me olhando.
Oh, céus. Ela havia visto o Aidam.

Em geral, quando uma pessoa se muda para uma cidade, ela se sente totalmente entusiasmada e tudo mais. E, no primeiro dia de estadia na cidade, as pessoas geralmente saem, tomam milk-shakes, andam de patins ou até passeiam de mãos dada com suas mães pelo parque.
E o que eu faço? Eu vejo fantasmas!! -.-
Cara, como será que minha vira seria se eu fosse normal?

Depois de eu ter saído e deixado a morena com cara de poucos amigos sozinha lá na porta [ela que se arranjasse com Michelle!], fui ver como era a garagem. Não que eu tenha conseguido abrir a porta rolante com facilidade. Tentei cerca de quatro vezes antes que a porta se mexesse um centímetro. Uau, há quanto tempo ninguém mora aqui? As coisas não eram para ser assim, já que meu pai pagara para reformar o casarão e tudo mais, mas esse é o problema de casas velhas: Não importa o quando você reforme, ela sempre estará em decadência.
Até cogitei em ir embora dali e ir morar em algum lugar do mundo da cracolândia em Chicago, mas antes que eu pudesse devanear sobre a cidade do pecado... Eu senti.

Sabe quando você sente a presença de alguém, mesmo sem vê-la? Alguma coisa no ar, meio estranho. A porta já estava na metade do caminho, mas eu parei e fiquei olhando para o nada por uns... cinco segundos? Daí eu me virei. E vi o fantasma que havia visto há uns vinte minutos atrás. E ele não estava sozinho.

Foi a minha vez de arregalar os olhos. Não muito, só o bastante para que ela percebesse minhas grandes órbitas oculares direcionadas a ela. O fantasma sussurrou alguma coisa em seus ouvidos e logo depois desapareceu. Eu me perguntei se havia ingerido cafeína demais, mas então me lembrei que eu não tomava café e odeio Coca-Cola. Eu sei, me chame de lunática, mas odeio aquela coisinha preta e... e... com gosto de coca!
E, sabe, eu não sou uma pessoa que pondera muito. Na verdade eu ajo por impulso na maioria das vezes. E é por isso que eu atravessei a rua praticamente correndo.

- Hey!! Hey você! – Eu gritei razoavelmente alto, mas não o bastante para causar algum alarde ou algo assim. A garota estava onde o fantasma havia estado antes. Perto da pilastra e com os olhos um pouco arregalados de espanto. – Fala sério!! Você viu o carinha ali?? – Me referi ao fantasma e olhei para a porta da frente. – Hey coiso!! Fantasminha camarada? Apareça, precisamos bater um papo de três!!! – gritei para onde ele havia sumido.
- Cassilda! Você é uma Mediadora, não é? Eu nunca conheci outra. – Abstraí a minha mãe, já que eu era nova demais.
A essa altura a garota, que deveria ter mais ou menos uns dezesseis anos, me olhou como se eu fosse uma lunática total.

Eu mal tive tempo de notar que a garota havia visto o Aidam, porque ela começou a gritar (!) no meio da rua, sobre fantasmas e mediadores. COMO ASSIM? Ela é louca?

- Hey!! Hey você! – Fala sério!! Você viu o carinha ali?? - Hey coiso!! Fantasminha camarada? Apareça, precisamos bater um papo de três!!! - Cassilda! Você é uma Mediadora, não é? Eu nunca conheci outra.

Eu olhei para todos os lados, tentando garantir que ninguém havia ouvido que ela estava gritando, e fiz um gesto, assustada para que ela ficasse quieta. E fui até ela.


- Escuta... Tem uma sorveteria aqui perto. Você não quer ir lá e conversa calmamente?

Cara, ela ia me odiar depois dessa. Eu sei que ia.

Eu saí de casa naquele dia, para cumprir a obrigação que eu tinha para com a família, tentar saber se minha ''prima'', realmente é uma bruxa, se ela sabe que é, e se ela está sabendo que não deve dizer nada a ninguém, por causa do pacto existente, o que não seria uma tarefa nada fácil, já que eu não a conhecia, e eu não podia chegar do nada e dizer: ''Oi, eu sou sua prima, também sou uma bruxa...mas sim, você sabe né? Ahhh, e um detalhe, a gente não pode dizer isso a ninguém, senão somos caçados!'' . Maldito seja você, Phillip, da próxima vez venha dar um de tio legal para as pessoas.

O fato foi que eu me vesti, tentando parecer jovial, ou pelo menos, uma pessoa mais próximo do normal, seja lá o que isso significasse. Após sair de casa, parei com o carro na porta, e então fui até a entrada, tocando a campanhia.

Foi quando, quase que no mesmo momento, uma menina apareceu, sabe-se lá de onde, e ficou parada, próximo de onde estava, eu levantei a sobrancelha, e, pude notar, de relance, que ela estava quase como...temerosa.. Bem, não posso culpá-la, infelizmente eu tenho o poder de fazer isso com as pessoas, mas bem, eu não fui criada para fazer amizades.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, a porta se abriu, de lá de dentro uma outra garota, que eu tinha certeza não ser a Michele..bem, na verdade, eu não fui muito com a cara dela, tinha algo que parecia ser quase que intragável com relação à menina que havia atendido a porta. Com um suspiro inaudível, eu então me apresentei. Mas sem apertos de mãos, ou beijinhos no rosto, afinal, por mais que o pacto esteja em jogo, eu não vou me colocar em situações que eu certamente não queira estar. Mas a recíproca foi verdadeira, aparentemente a menina também não muito com a minha cara.

E então ela chamou Michele que estava lá dentro, a menina apareceu trazendo uma surpresa agradável com ela, a semelhança com minha mãe, quer dizer, na verdade com a mãe dela, mas como a minha e a dela eram bem parecidas, a semelhança era enorme. Eu havia puxado muito ao meu pai, os olhos claros, e esse olhar, de minha mãe, na verdade, eu acho que havia puxado o temperamento, antes, lógico, de ter sido tolhida de tudo para me entregar a esse papel de líder.

Eu fiquei meio perdida nesses pensamentos, quando a voz dela me acordou.

Hey...

Eu então, ia falar, quando notei uma movimentação do lado de fora, sem que ela percebesse, respondi, enquanto olhava de soslaio para fora.

-Ahn, hey...bem, desculpe-me aparecer assim de supresa, sem avisar, mas, quando eu soube que você estaria aqui, resolvi dar as boas-vindas..Meu nome é Eve, Eve Wilde, e somos primas.- falei, rindo.

Enquanto isso, eu pegava fragmentos da conversa lá fora.

Você viu ...Hey coiso!! Fantasminha camarada....nca conheci outra

Espere, eu ouvi direito? Fantasma? Então...Será que...

Tentei ao máximo continuar a olhar para Michele, mas agora já não raciocinava direito, será possível que isso seja possível...Era uma coisa que eu tinha que falar para Phillip. Fantasmas...

Isso era um assunto a ser tratado quando eu tivesse certeza das coisas, e a única coisa que eu tinha certeza agora, era que, além de prestar atenção em Michele, também teria que prestar atenção nas outras meninas..

Cheguei com um sorriso simpático e amigável,como eu sempre fazia com pessoas que não conhecia.Eu era assim,talvez isso me fizesse conseguir as amizades...enfim.Meu sorriso simpático dessa vez se misturava com uma curiosidade.O que ela quer...?E,hey,como sabe meu nome?
Logo iria descobrir...

Ela ficou meio pensativa enquanto eu me aproximava,o que me deixou mais curiosa.Felizmente não continuou pensativa após eu chegar mais perto e dizer algo.


-Ahn, hey...bem, desculpe-me aparecer assim de supresa, sem avisar, mas, quando eu soube que você estaria aqui, resolvi dar as boas-vindas..Meu nome é Eve, Eve Wilde, e somos primas.- - E riu no final.Como é?Eu tenho uma prima?Como assim?Quer dizer,minha mãe falava da nossa família,mas nunca detalhava muito e eu pensei nunca encontrar ninguém.


Eu fiquei uns 3 segundos meio congelada,e com o mesmo sorriso simpático,até despertar do choque e ficar feliz.Sim,eu estava feliz.Achei alguém da minha família que parecia ser legal,e todos esses anos só tinha minha mãe...
Espera...minha mãe é uma bruxa,assim como eu.E já me disse que descendia dos Wildes...será que ela...?Ahn,como vou descobrir isso?Não posso perguntar,dã -.-. - Pensei isso em menos de 2 segundos.Sabe quando vc liga os pontos tão rápido que não fica parada por muito tempo?Então...

- Nossa...ahn,eu não sei o que dizer.Entre- Disse sorrindo,sorriso de felicidade,meio radiante mas sem querer parecer uma bobinha.

Afastei-me da porta para deixa-la passar.Ao olhar pra fora,Cadance conversava com uma menina mais ou menos da minha idade.Eu tinha escutado algo,Cadance gritando algo,louca como sempre.Mas não prestei atenção,pois não me importava,e além do mais estava curiosa e perdida nos meus próprios pensamentos.

Enquanto eu falava com Michele (tentando em vão, ouvir mais da conversa das outras duas meninas), eu notei que ela parecia feliz em conhecer outra pessoa da familia, bem, e, apesar de tudo, eu não podia dizer que também não estava alegre com isso.

Mas eu tinha ido lá para avisar a garota de regras, e isso tinha que ser feito logo, a fim de evitar danos futuros, então, eu olhei nos olhos dela, intensamente, e me concentrei como nunca, para começar a brincar com meus poderes um pouco, era muito estressante fazer isso, porqe me deixava exausta, mas como estava pretendendo fazer isso apenas uma vez, me concentrei, e tentei ouvir seus pensamentos.

Espera...minha mãe é uma bruxa,assim como eu.E já me disse que descendia dos Wildes...será que ela...?Ahn,como vou descobrir isso?Não posso perguntar,dã

Eu então desfoquei meus olhos dos dela, e respirei fundo, enquanto me segurava na parte da porta, sem ela perceber, tentando recuperar um pouco da minha força, que logo foi restaurada, devido ao pouco tempo de uso desse poder.

Mas eu já tinha conseguido o que queria, pelo menos ela sabia de tudo, menos uma coisa para eu fazer!

- Nossa...ahn,eu não sei o que dizer.Entre

Ela falou, cortando meus pensamentos.

E então, eu entrei, e, querendo chegar logo em casa e tratar de todos os assuntos devidos para a reunião de hoje à noite, fui logo falando:

-Michele, escute, pelo que eu estou vendo aqui, você sabe que é uma bruxa, e bem, eu também!- falei, enquanto ela parecia absurdamente surpresa.

-Para encurtar o assunto, Michele, eu preciso que você saiba que nunca, em momento algum, pode falar isso para alguém que não seja bruxo, ou que você não confie, se você quebrar essa regra, vai por em perigo todas as famílias bruxas, está me entendendo?[b]- falei, ríspida.

E então percebi que talvez estivesse sendo grossa demais. Suspirei, e abrandei o tom da minha voz.

[b]-Bem, escute, mais tarde, irá acontecer uma reunião em minha casa.- tirei do bolso um papel e uma caneta, escrevendo um endereço. -Chegue pelas oito

E então, me virei para ir embora, falando alto, enquanto chegava perto do carro.

-Prazer em conhecê-la, prima!

E eu realmente tinha gostado de conhecer aquela menina, que tanto me lembrava a minha mãe.

Ela não chegou a sentar,e disse tudo muito rápido cortando minha felicidade bobinha.

Siim,ela era uma bruxa como eu,mas não deu tempo de falar alguma coisa a respeito disso.Eu só consegui dizer um " - Eu sei ",quando mencionou o fato de não poder contar isso pra ninguém.
Tirando um papel e uma caneta do bolso(me fazendo prender um riso,pois,quem andava com um papel e uma caneta no bolso?),me deu um endereço e me disse pra chegar pelas 8h.Uma reunião,ahn...Interessante.Será que esse era o intuito de minha mãe quando me fez vir pra cá?.

- Okay,estarei lá - Respondi com um sorriso confuso.
Ela saiu como se tivesse pressa.Não entendi quase nada.Mas foi...simpático,ouvir um " -Prazer em conhecê-la, prima! "
- É né...eu também - disse pra mim mesma,ainda confusa com a rapidez dela.

As horas se passaram e eu terminei de arrumar minhas roupas em suas devidas gavetas e armário.Os objetos que eu tinha levado também já estavam no lugar,eu levei tudo o que eu mais usava e precisaria,quase tudo,pois tinha me desfeito de muitas coisas na mudança.

- Preciso ir ao shopping dessa cidade ver o que tem de bom lá u.u - disse pra mim mesma.

Olhei o endereço mais uma vez,não era tão longe,dava tempo,eram 7h e pouco.Tomei um banho,me arrumei de forma apresentável a situação.Uma calça social mas moderna,uma blusa azul e uma jaqueta também meio social,tudo preto,menos a blusa.Você pode pensar que é muuita socialidade,mas até que não,a roupa era social mas moderna.Ficava muito bem em mim,dizia que eu ainda era uma adolescente mas...que não era qualquer adolescente.Eu gostava =p.Cabelos soltos e acessórios belíssimos e clássicos,tava ótima.

Passei pela sala e encontrei meu pai,disse que daria uma saída mas que ele não se preocupasse.Não o deixei falar nada e fui embora,se o deixa-se teria de inventar uma mentira e eu não tava muito criativa u.u.
Peguei um táxi e fui ao meu destino.

Chegando lá,toquei a campainha e esperei alguém atender.Enquanto isso olhava ao meu redor,que casa linda...