The Insider [fechado]

Faziam dois dias que eu ja estava nesse ovo de cidade intitulada de Carmel, eu me hospedei em um pequeno hotel que mais parecia um albergue, nada muito caro, mesmo porque não tenho condições nenhuma de pagar algo mais luxuoso, mesmo porque se eu tenho insônia e não durmo, não preciso de nada mais que um chuveiro e uma cama pra só encostar o corpo.

Eu tenho ótimos motivos parar estar nessa cidade, procurar por aquela que matara o meu melhor amigo Jonathan, era uma assassina mais conhecida como Ellizabeth, e John não fora seu primeiro e também não vai ser seu último caso, a não ser que eu a pegue antes, mas o que importa é que ela esta aqui em Carmel.

Eu ja havia rodado aquela cidade inteira de ponta a ponta,buscando locais, pesquisando, parei para ver quais eram os detetives, ou policiais, investigadores, whatever...que estavam cuidando do caso, era um rapaz e uma mulher, que posso dizer que faz bem o meu estilo, não por ser policial claro afinal ela é o oposto de mim, mas por beleza, mulheres inteligentes me atraem pois não falam asneiras.
Estava de dia quando eu a vi saindo do escritório policial de Carmel, ela é realmente uma mulher charmosa, e bem discreta.

Ela andou um pouco e foi em diração a uma ruazinha perto de um restaurante, eu como sou um tanto quanto rápido a segui sem ela perceber, ela acabou se atrapalhando e enganchando seu sapato no chão, para que ela não pudesse cair eu a ajudei se apoiar e olhando serio em seus olhos lancei, algo que talvez ela pudesse não estar esperando de um estranho.

- Ellizabeth está planejando matar mais alguém, eu sinto isso. Você deve ficar atenta a seus passos, essa cidade é pequena não deve ser difícil encontrá-la.
Você tem que acreditar em mim... eu vou esperar mais alguma movimentação e entro em contato com você novamente.

Falei a apoiando novamente no chão e me virando dobrei a esquina e sumi de suas vistas. Ela estava com cara de cansada e um pouco extasiada para me responder naquele exato momento, isso é até bom, se não ela ia começar a fazer um milhão de perguntas como todo policial...nome, quem eu era, da onde vim...entre outras coisas chatas. E o que importa nesse momento não é saber quem eu sou, e sim pegar Ellizabeth.

Meu salto havia ficado preso em uma das fendas do bueiro abaixo, como estava com uma quantidade considerável de pastas em minhas mãos, eu me desequilibrei momentaneamente, e, para minha surpresa, alguém me segurou, antes que eu caísse no chão. Quando olhei para cima, mal tive tempo de pensar, pois a pessoa falou uma coisa totalmente inesperada para mim.

- Ellizabeth está planejando matar mais alguém, eu sinto isso. Você deve ficar atenta a seus passos, essa cidade é pequena não deve ser difícil encontrá-la.
Você tem que acreditar em mim... eu vou esperar mais alguma movimentação e entro em contato com você novamente.

Eu apenas pisquei, sem saber ao certo o que falar, antes que meus pensamentos ficassem em ordem novamente, ele simplesmente sumiu. Quer dizer, não sumiu, mas dobrou a esquina com passos apressados.

Eu voltei a mim. Com um salto, saí correndo atrás dele, e , com um pouco de sorte, consegui acompanhá-lo até a esquina. Eu cheguei próximo a ele, de forma que quem visse de longe estava se deparando com conhecidos amigos.Enquanto meu rosto estava amigávell, minhas palavras e meu tom de voz eram ásperos.

- Não pense que vai me dizer uma coisa dessas e vai sair por aí sem que eu pergunte mais nada. Eu não sou idiota, sabia? Agora trate de despejar tudo que você sabe, antes que eu o prenda.- disse, segurando ''gentilmente'' em seu braço, e, levemente abaixando o terno para que ele pudesse ver a .38 em minha cintura.

Com um gesto eu apontei para um café que estava na esquina.

-Aceita um capuccino- disse, sarcástica, ainda n]o segurando.

Eu apenas sai dali mais rápido do que uma simples caminhada, mas algo me dizia que a minha conversa com a "dotora" não ia terminar naquele instante, eu queria poupar a minha apresentação.... mas acho que não deu muito certo.

Alguns segundos após dobrar a esquina e apertar mais o passo, eu escutei barulho de salto feminino bem acelerado atrás de mim e segurando meu braço um pouco forte demais para uma mulher ela me falou mostrando sua arma em sua cintura.

- Não pense que vai me dizer uma coisa dessas e vai sair por aí sem que eu pergunte mais nada. Eu não sou idiota, sabia? Agora trate de despejar tudo que você sabe, antes que eu o prenda.

Ai meu deus, era exatamente esse monte de perguntas que eu queria evitar, mas...eu sabia que uma hora isso teria que acontecer. Continuei sem resposta fitando os seus olhos azuis e ela completou apontando com uma mão para um café que havia na esquina e com a outra ainda esmagava o meu braço.

-Aceita um capuccino

Falou seca, e gentilmente esquivando meu braço de sua mão apertada, eu concordei com ela e falei.

- Dona Erica, (afinal eu já sabia seu nome por ela ser a investigadora do caso), - Eu aceito o seu convite, mas por favor seja discreta eu não quero que ninguém saiba que eu estou envolvido nesse caso, inclusive a principal peça do nossa quebra - cabeças...se é que você me entende.

Antes que ela pudesse despejar mais um milhão de perguntas eu fiz um jesto para que ela fosse na frente e eu a acompanhasse em direção ao café, e começei eu a despejar o mínimo possível sobre a minha vida.

- Muito bem, eu me chamo Paul David e sou de Zürich, Alemanha. E de certo modo eu tenho uma certa rincha com Ellizabeth.

Parei de falar me poupando um pouco enquanto sentávamos na mesinha um de frente para o outro, esperei então que ela falasse tudo que a sua mente conturbada estava querendo dizer.

Não creio que eu estivesse sendo muito prudente num caso daqueles, afinal, fui abordada por um homem que não conhecia, enquanto me dizia informações importantes a respeito do caso em andamento. A última coisa que eu deveria fazer era tomar café com ele. Mas eu o fiz.

- Dona Erica, - Eu aceito o seu convite, mas por favor seja discreta eu não quero que ninguém saiba que eu estou envolvido nesse caso, inclusive a principal peça do nossa quebra - cabeças...se é que você me entende.

Eu fiquei um pouco assustada ao perceber que ele sabia o meu nome, mas não demonstrei isso, nem por um segundo. Ele me parecia alguém que estava sabendo de tudo que acontecia por ali, mas não me parecia alguém perigoso, ou ao menos até indecoroso, pela forma que tratou o meu nome, e até mesmo me tratou, pois não reagiu ao me gesto insensato. Mas o mesmo tempo, aparências enganam, e esse é um caso que eu não posso arriscar nada.

-Eu não sou uma novata, rapaz! Sei muito bem o que fazer, e onde fazer, então poupe-me de seus comentários enquanto estou dirigindo esse caso- falei, rispidamente.

Nós estávamos chegando até o café, que ficava muito próximo, quando eu ouvi a sua voz.

Muito bem, eu me chamo Paul David e sou de Zürich, Alemanha. E de certo modo eu tenho uma certa rincha com Ellizabeth.

Enquanto ele terminava de proferir essas frases, estávamos nos sentando nas cadeiras, um de frente para o outro. Antes de falar qualquer coisa, decidi ponderar por um momento, mas talvez eu não devesse ter feito isso, porque, enquanto tentava decifrar a sua expressão, por um momento, me perdi em seus olhos azuis, que me olhavam tão seguramente quanto eu. Antes que ele pudesse perceber essa minha falha, fui logo dizendo.

Como vou saber que você realmente quer nos ajudar?- disse, colocando minhas mãos apoiadas no meu queixo, e lançando um olhar febril a ele. Agora era a hora dele me dizer a verdade.

Uooouuu!! Posso ressaltar que ela é um tanto quanto nervosinha com alguém que só pretende ajudar na investigação. Tudo bem que isso é típico de policial, mas eu não faltei respeito com ela em nenhum momento...ok, não que ela esteja faltando com respeito comigo, mas ela está sendo um pouquinho rude demais.

-Eu não sou uma novata, rapaz! Sei muito bem o que fazer, e onde fazer, então poupe-me de seus comentários enquanto estou dirigindo esse caso

Claro que continuei firme, e não aceitei suas provocações rudes, apenas continuei a fitar seus olhos enquanto ela soltava sua rispidez de uma vez só.

Como vou saber que você realmente quer nos ajudar?

OK, se ela estava indo direto ao ponto decidi optar então por ser tão objetivo quanto.

- Muito bem, serei bem objetivo...Simplesmente por eu não ser burro o bastante para me envolver em um caso policial...com policiais, para te dar informações erradas, ou apenas estar tirando uma com a sua cara. Eu não tenho tempo a perder com brincadeiras. - falei serio, e sem deixar de desviar o meu olhar dela, e logo completei.

- É necessário alguma justificativa maior? - terminei com uma pergunta, dessa vez fazendo uma cara de interrogação, afinal, ela não pode suspeitar de alguém que SÓ QUER ajudar...