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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyQui Dez 04, 2008 10:35 pm

Ellie permanecia calada enquanto a música agitava-lhe os tímpanos.

O som era agradável e acolhedor, algo que você somente admira caso não queira estragar a magia de tal coisa.

E ela admirava, admirava como se estivesse em um espetáculo teatral, onde as pessoas eram os atores e ela a única espectadora, que assistia com uma tranqüilidade aterradora para alguém que iria acabar com o espetáculo dando a ele um clamor de dramaturgia em seu ato final.

Por deibaixo dos panos quentes de sua vestimenta guardava seus segredos. Segredos que seriam revelados naquela mesma festa, dentre tantas pessoas, dentre tantos espectores que deixariam o palco para assumirem a arquibancada e assistirem de perto todo o sangue que seria derramado.

Sentiu-se desconfortável e desencontou-se da coluna, andando alguns passos à frente e ecoando sobre seu salto.
Parrish se apossou de uma taça e trouxe-a para si, girando nos calcanhares para voltar de onde viera.

“Preciso disso.”

Pensou, sentindo sua boca seca e sedosa de algo amargo.

Tirou a máscara que lhe tampava o rosto e levou a taça até os lábios voluptosos, deixando que o líquido gelado escorresse por inteiro sobre sua garganta.

Não era uma acólatra, uma viciada ou drogada, somente tinha o desejo de saciar suas fraquezas, estas que eram tão inocentes quanto seus verdadeiros crimes.

“Já são mais de cem.”

Falou para si mesma, relembrando cada morte que retemperava em suas memórias.

Mas só uma lhe pertubara tanto...

As imagens daquele hospital alastrou-se por seus pensamentos:

O vermelho líquido escorrendo da maca....

A respiração forte em seus ouvidos...

A luz da lua que sobrecaia em seu corpo e iluminava seu revolver...

E ainda mais pior, podia ouvir ecoar em seu ouvido o mesmo grito abafado que ouvira naquela noite, o mesmo grito familiar daquele que acabara de matar, o mesmo grito que não poderia ser solto por um corpo inerte, perfurado por tiros.


Ellizabeth abriu os olhos rapidamente, antes que o grito ressoasse de novo em seus pensamentos.
Os olhos azuis líquidos, pareciam ainda mais líquidos quando perdidos em lágrimas.
Mas ela não chorava, não se permitia chorar e mesmo que a angústia lhe fustigasse o coração pequeno as lágrimas eram impedidas de cair com a mesma ferocidade com que se obrigava a afastar tais lembranças

“Se eu pudesse me arrepender de algo em que fiz na vida, me arrependeria de não tê-lo matado antes que a demência tomasse conta de si.”

Pensou com um sorriso formando em seus lábios. Um sorriso maníaco que inundava seus olhos e preenchiam seu rosto alvo e anguloso.

Estava alcançando o auge de sua insanidade, mas não deixava resplandecer tais loucuras por entre sua casca imperscrutável de hipocrisia.

Era uma ótima atriz, tal que ninguém nunca soube de todos seus crimes incondicionais. Morava a mais de quatro anos em Carmel e mesmo em uma cidade daquele nível populacional não souberam desvender os mistérios de tantas mortes.

Tantos pensamentos passavam por sua mente.

Mordeu o lábio inferior e deixou a taça em uma bandeja qualquer que passava em sua frente.
Girou o corpo para que tivesse uma vista melhor das pessoas e viu ao longe que um rapaz a fitava.

Não sabia quem era e não se deu ao trabalho de repará-lo.

Não iria se divertir esta noite. Não desta forma e não com alguém que pudesse estragar seus planos maquinados.

Teve o ímpeto de se dirigir até o jardim e assim o fez.

Passar o tempo caminhando por entre a festa insípida lhe parecia uma idéia aceitável, se misturar talvez fosse melhor do que se isolar e talvez chamasse menos atenção.

“Ninguém nunca vê o que está na cara.”

Meditou e assim alcançou a janela alta que dava passagem para a gélida noite daquele dia.
Assim que se aproximou o vento ríspido beijou-lhe a face e acariçou seu cabelo, fazendo que flutuasse ao rítmo da brisa.

Aproveitar aquela festa parecia uma idéia aceitável...
Já que logo mais não poderia desfrutar de tais acomodidades senão de gritos histérios invadindo-lhe os ouvidos.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySex Dez 05, 2008 8:32 am

Quando eu segurei na mão dele não pensei ao certo o tipo de reação que poderia causar nele, na verdade, eu não sabia de nada, não tinha a mínima noção do que estava fazendo. Eu detesto quando simplesmente penso nas coisas e faço, sem prestar a menor atenção no que exatamente estou fazendo ou com quem. É algo reprovável, mas extremamente inconsciente da minha parte. E sempre tenho que arcar com todas as conseqüências mais tarde, mesmo que os meus atos tenham sido – o que não são na maioria das vezes – inocentes ou simplesmente impulsivos.

Eu adorei a experiências de poder tocá-lo, foi algo completamente surreal pra mim, porque nunca havia feito isso antes com o tipo de vontade que eu tinha agora. Bom, eu sempre soube que poderia tocá-los, digo, os fantasmas, e já me ocorreu de realmente tocar em alguns deles, sempre muito por acaso já que eu nunca gostei de manter nenhum tipo de contato físico com eles, apenas o fato de poder vê-los vagando por todos os cantos já me aterrorizava, tocá-los nem pensar.

Eu estava ansiosa pelo o que ele faria com nossas mãos unidas e, ao mesmo tempo, receosa, porque eu sabia que havia passado dos limites, uma vez que contato físico nunca foi muito uma realidade entre nós. O fato é que ele não apenas aceitou a minha ousadia em tocá-lo como, também, apertou nossas mãos, entrelaçando-as. Eu não tinha outra reação a não ser estremecer diante da força que ele aplicou sobre nossas mãos e do contato de nossas peles. Eu podia ser uma mediadora, mas eu sempre tinha umas sensações diferentes das que tinha com os humanos comuns.

Alguma coisa ali estava errada, isso era mais do que visível. Ele estava se inclinando perigosamente na minha direção, de forma que nossos rostos ficaram a apenas alguns poucos centímetros de distância. Minha respiração, no mesmo instante, com aquela possibilidade de nossos lábios se encontrarem, se tornou descompassada. Perdi completamente o foco de qualquer coisa que estivesse ao nosso redor, era como se até meus pensamentos tivessem se bloqueado.

- Você tem medo de mim? – ele disse isto em sussurro profundo, quase inaudível para mim.

Eu não sabia o que pensar daquilo, muito menos o que fazer diante daquelas palavras. Eu sabia apenas que deveria reagir, paralisada do jeito que estava iria deixá-lo entediado muito em breve. A única coisa que me veio à cabeça, naquele momento, foi imitá-lo quanto a curvar o corpo perigosamente na direção dele. Era uma manobra arriscada demais, mas eu não estava raciocinando direito, então não estava me importando se fosse ser bem sucedida ou não naquilo.

Aproximei meus lábios dos dele, pelo menos aquela máscara permitia que eu pudesse tomar aquele tipo de atitude. Espera, eu realmente estava pensando em beijá-lo?! Mas, quando muito próxima do meu alvo, ele simplesmente recuou. Eu suspirei decepcionada, parecia que eu finalmente havia caído na real e entendido o que estivemos prestes a fazer.

Ficamos em silêncio por muitos segundos, sem qualquer tipo de reação diante da situação em que nós mesmos nos colocamos.

Meu peito parecia inflar e desinflar de uma forma que me deixou um pouco assustada, minha respiração estava ofegante ao extremo e parecia se intensificar cada vez mais conforme eu remoia o quanto estivemos perto de selar nossos lábios. Aquilo não seria muito correto, e talvez não fosse uma experiência muito interessante. Bom, eu não sei o que esperar de um fantasma, talvez essa coisa de que podemos manter contato não seja válida para beijos ou coisas do gênero... quem vai saber, não é?! Eu teria que experimentar para dizer, na verdade. Mas aquela chance havia se esgotado, agora.

- Hãã.. É Josh... – ele quebrou o silêncio, dirigindo-se a mim com uma voz um pouco rouca, era visível que ele deveria estar um pouco constrangido e, como eu estava estupefata, acabei não dizendo nada após a declaração dele - Digo, você me chamou de fantasma, pensei que gostaria de saber que me chamo Josh... Fuller

Ótimo, agora eu sei o seu primeiro nome. Eu estive ansiando bastante por essa informação, mas não tinha coragem suficiente para perguntar a ele, pensei que talvez parecesse uma grande falta de consideração minha por conhecê-lo a tanto tempo e não saber seu nome, verdadeiramente. Mas ele estava agindo como se REALMENTE não soubesse. Mas eu sabia, pelo menos a parte do Fuller eu sabia. Sorri simpática pra ele, lembrando que ainda estava segurando uma taça de champanhe cheia nas mãos.

- Josh, gosto desse nome. – disse a ele, levando à taça aos lábios e bebendo um gole pequeno. – Prazer em conhecê-lo, Josh! – completei, rindo fraco e ironizando, já que eu o conhecia, na verdade.

Era bom saber que agora eu poderia chamá-lo pelo primeiro nome, e não mais usar de adjetivos que, para ele, tenho certeza que soam um pouco rudes visto que sua condição de morto deve ser desconfortável, uma vez que ele simplesmente está vagando pela Terra sem um motivo aparente para isso, quando deveria estar em algum outro plano qualquer... descansando em paz, talvez?!

- E... Você? - eu o ouvi me perguntar, quebrando meu momento divagação. Era um pouco difícil manter a compostura diante daquela voz sussurrante e rouca, soando tão próxima dos meus ouvidos. - Não estou me saindo muito bem, não é?

Nossos rostos podiam estar mais longes do que outrora, sim, mas nossos corpos ainda estavam próximos, mesmo que não relassem um dedo sequer um no outro. Ele despejou um sorriso tão tímido que senti meu corpo ficar mole diante de sua imagem, ainda mais quando ele apoiou os cotovelos sobre as pernas e manteve a cabeça pendendo para baixo, de forma que eu não pudesse mais vez suas expressões.

Era uma pena, porque eu tinha acabado de alargar um sorriso imenso nos lábios, o desfazendo no mesmo instante em que ele se voltou para mim, novamente. Agora eu tinha que confortá-lo, ele estava se saindo maravilhosamente bem, eu queria poder dizer isto a ele. Mas, afinal, que piada foi aquela perguntando o meu nome?

- Não, você é ótimo nisso. – disse a ele, tentando parecer simpática. – Essa situação é mesmo um pouco desconfortável, mas talvez a gente devesse relaxar um pouco, quem sabe!

Certo que nem eu mesma sabia o que exatamente eu queria dizer com relaxar.

- Digo, nós não precisamos falar da sua morte nem nada do tipo. – tentei me explicar, mas estava nervosa e minhas palavras saíram um pouco atropeladas. – Viu, eu também não estou me saindo muito bem.

E foi a minha vez de sentir vergonha das besteiras que estava dizendo e da total falta de postura diante dele.

Eu só esperava que aquele sorrisinho faceiro brincando nos lábios dele significasse algo mais e não um tipo de deboche pelo papel de idiota que eu estava fazendo.


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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySex Dez 05, 2008 11:27 am

Quando pensei que tudo havia chegado ao seu limite não estava preparado para a reação dela e nem para a minha reação.

Eu ainda permanecia naufragado em meus "porquês" e "como", sem nem conseguir me virar para fitá-la de novo. Me senti impedido de ver sua expressão que, no meu íntimo, tinha certeza de ser algo como decepção ou pena.

Ao me aproximar tanto dela não pensei que fosse retribuir a minha ação. Eu mantinha a esperança de que o único desassisado dali fosse eu, mas se ela se deixava levar pelas conversas de um fantasma parvo era porque tinha tão menos juízo que pudesse imaginar.

Fiquei pensando se isso era bom ou ruim. Não que eu fosse aproveitar dessa necedade, mas era acolhedor saber que eu não estragara tudo com minha tolice.

Ao menos achei que não, já que quando me virei vi um sorriso brincando em seus lábios rosados. Ela estava sorrindo e eu admirado. Me perdi em seu sorriso que nem percebi quando sua voz doce tocou em meus ouvidos.

- Josh, gosto desse nome. – disse ela, levando a taça de champanhe à boca – Prazer em conhecê-lo, Josh! - ela riu, com uma ponta de irônia que não pude entender porque.

Meu deus, como ela é absurda!

Pensei sorrindo.

Como ela podia rir depois do que aconteceu? Depois de eu ter sido tão incoerente? - no melhor do vocabulário.
Como podia?

Eu não sei, só sei que sorri com isso e adorei a forma como ela se dirigia a mim, me tratava como se nos conhecêssemos à tanto tempo, à tantos anos.

Eu gostava dela porque podia me ver, gostava porque podia me entender e porque junto dela eu não lembrava de mais nada, nem mesmo na minha antiga colega de quarto lá na Inglaterra.

Meus pensamentos eram inaceitáveis, meus sentimentos imperdoáveis.
Como eu poderia sentir alguma coisa por ela?
Era injusto, injusto comigo mesmo e com ela, já que eu não teria nada em troca e nem poderia exigir ter.

Balancei minha cabeça e tentei não pensar nisso.
Não pensar em como estava sendo tolo.
Não que eu nunca tenha sido, eu sempre fui um idiota, se quer saber.
Idiota por confiar em todo mundo, idiota por achar que podia confiar em todo mundo e idiota por sempre me ferrar quando confio em todo mundo.

Frases de uma mente pertubada!

Acho que eu deveriar me jogar num canto e chorar... Claro, se eu conseguisse chorar, já que meu ego era inflado o bastante para pensar que não era merecedor de lágrimas.

Eu rodiei tanto que acabei fugindo do tema central: eu, a garota e minha vontade incessante de pular sobre ela.

Eu parecia um animal, depressível.

Fiquei pensando se ela também me achava depressível, quando disse:

- Não, você é ótimo nisso. – maravilha, agora sim ela parecia ter pena de mim, por mais que seu tom fosse de simpatia – Essa situação é mesmo um pouco desconfortável, mas talvez a gente devesse relaxar um pouco, quem sabe!

Relaxar...

Isso ficou zunindo em minha mente.

O que ela queria dizer com relaxar?

Eu tinha algumas idéias bem pertubadoras sobre relaxar, mas não ia ser petulante o bastante para manter tais pensamentos em minha cabeça, não ao lado de uma dama, ainda tinha uma coisa que eu apressiava muito e se chama: respeito.

- Digo, nós não precisamos falar da sua morte nem nada do tipo. – sua explicação cortou meus pensamentos e me concentrei enquanto prosseguia . – Viu, eu também não estou me saindo muito bem.

Eu sorri, não como deboche ou sarcasmo.
Sorri porque ela me fazia sorrir, ela me fazia feliz, por mais que felicidade não se aplicasse a alguém que 'vive' a mais de vinte anos num mundo paralelo onde ninguém pode o ver. Um mundo onde eu tive que me adaptar e aprender da pior forma possível o que era morte.

Não quis imaginar isso, não precisava de um flash back dos meus últimos vinte e oito anos, já que eles pareciam bem acordados em minha mente.

Voltei meu rosto a uma expressão séria, mesmo que mantivesse meus olhos divertidos, então disse

- Bom, deveria me dizer como relaxar então, já que eu passei os últimos anos da minha morte sem nem saber o significado dessa palavra. - eu ri, descontraído e continuei - Está se saindo bem melhor que eu, acho... Pelo menos sabe o que está fazendo. - voltei a minha postura normal e a fitei sorrindo.

Eu achava que ela sabia o que estava fazendo, apesar de duvidar que ela não tinha a menor noção de que estava falando com um fantasma de um cara maluco que além de ser diferente de todos os humanos é diferente de todos os espectros também.

Ela falava tão persuasiva e animada, que eu me permiti somente ouvir o que ela dizia por um tempo.

Já não podia mais conter o que sentia, nem podia esconder isso dela, já estava escrito na minha cara embasbacada que eu sentia algo forte.
Não podia mentir nem pra mim mesmo e não pude me conter em fazer algo que estava fugindo às minhas regras à algum tempo.

- Posso tentar uma coisa? - perguntei me inclinando novamente para o seu lado. E desta vez ela não ficou rígida ou avançou. Ela somente me deixou aproximar e fechou os olhos enquanto eu sentia seu hálito fresco cada vez mais próximo do meu rosto.

Já não estava pensando em mais nada, só na distância inesistente entre nós e nos seus lábios macios bem próximos aos meus.

Agora eu não me afastei ou disse qualquer coisa débil que pudesse estragar o clima, me deixei levar e antes que percebesse já podia sentir os suspiros baixos dela enquanto minha boca capturava a sua e eu apreciava seu gosto doce.

Se eu tivesse um coração ele teria entrado em erupção e explodido no mesmo instante em que ela retribuiu meu beijo.

Fazia tanto tempo...

Mas eu soube, naquele momento, que nunca havia beijado alguém daquela forma, de forma tão desejado e proibida.

E me vi de novo em uma situação em que não sabia se atirava em minha cabeça e me matava de novo, ou se seria eternamente grato a minha falta de controle e escrúpulos...

Só que não era uma discussão que eu teria comigo mesmo, não agora.
Não quando eu não conseguia me afastar dela e sentia o beijo cada vez mais intenso, enquanto meu corpo se inclinava acima do seu.

Aprendi uma lição naquele dia:
Não só a vida é injusta... A morte também era!


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Beatricce Del Vecchio
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySex Dez 05, 2008 3:14 pm

Eu andava por entre as pessoas, influenciada pelo ritmo sistemático das batidas medievais que sobrevinham dos arranjos que inebriavam o salão. As pessoas estavam todas absortas em seus próprios refúgios. Algumas prestavam mais anteção do que deviam na vida de outras pessoas, enquanto outras simplesmente não ligavam para mais nada. Umas com a sensação de que a festa não estava tão agitada quanto devia, outras de que a noite estava passando rapidamente. É muito complexo o sentimento diverso que uma mesma oportunidade abala sobre pessoas diferentes, a personalidade é algo totalmente adverso e imprevisível. Era absurdamente impressionante como as pessoas são diversas em suas atitudes e pensamentos.

Não sabia o porquê daqueles pensamentos estarem habituados na minha mente naquele momento, na verdade, eu apenas estava ali para seguir o fantasma que, supostamente, queria me falar alguma coisa. Não passou muito tempo até que eu visse uma coisa que realmente me chamou a atenção. Na verdade, não foi apenas algo. Enquanto eu andava lentamente[sim, eu havia desistido que toda a pressa] até os jardins da mansão [o cara que eu estava seguindo era um fantasma, deve estar morto há anos, esperar um tempo a mais não vai matá-lo]. Eu já havia notado as pessoas falando com fantasmas antes, mas eu não havia realmente notado o quanto deles havia aqui. Era muitos, muitos mediadores e fantasmas, mais do que eu realmente já havia conhecido. Város pequenos grupos, ou em pares, estavam em volta de todo o salão, fato este que se tornava mais notável enquanto me dirigia até lugares mais remotos, seguindo o fantasma. Sinceramente havia alguma coisa em Carmel diferente.

Eu enfim cheguei até o jardim, que, previsivelmente, estava tão arrumado quanto o salão. Olhei para os lados, a fim de encontrar no meu campo visual o fantasma desconhecido. Segui minha linha de visão, até encontrá-lo. Ele, por sua vez, estava parado perto de um casal, um rapaz, visivelmente tentando impressionar a mocinha bonita que estava em sua frente. Patético!. Inacreditavelmente, o fantasma fez sinal para que eu parasse de modo a sair da linha de visão deles, mas que eu ainda pudesse olhá-los e ouvi-los. Eu sinceramente estava acreditando que isso iria dar muitos problemas, mas eu estava disposta a fazer aquilo essa noite, já que, havia chegado até aqui, tinha que terminar o assunto.

Me postei próximo a eles, e fiquei ouvindo o que o rapaz estava falando.

Embora muitos não acreditem nessas impressões deixadas no plano dos vivos, elas existem. Eu sou capaz de te afirmar que muitos ainda podem vê-los.

Espera! Como é que é? Do que ele estava falando? Eu estava realmente com meus pavilhões auditivos saudáveis? Eu olhei assustada para o fantasma, enquanto ele deu um olhar significativo. Me postei um pouco mais perto do rapaz, para tentar ouvir melhor a continuação daquela que estava me parecendo uma história extremamente interessante

-Carmel tem uma grande concentração de paranormalidade e até mesmo quem não é muito sensível a essas coisas, sente.

Agora as coisas estavam começando a realmente ficar mais estranhas. Pelo simples motivo de que ele realmente estava certo. Será que ele poderia ser..... Prontamente o fantasma respondeu a minhas perguntas. Ele se prostou na frente do rapaz, e esse não esboçou nenhuma reação, nem ao menos olhou para o fantasma. Ele não podia vê-lo.

Eu ainda não encontrei ninguém assim, mas...

E Então a garota o interrompeu, e, aparentemente iria beijá-lo, porém, sussurou algo em seu ouvido e se foi. Confesso que eu ri baixinho, pois aquela cena era realmente engraçada. Homens podem ser tão idiotas...E aquela ali com certeza sabia disso. Então eu saí de onde eu estava. Tinha dúvidas se iria confrontá-lo, ou se era melhor que eu fosse embora. Me decidi por olhar, analisar mais a situação. Então eu começei a visualizá-lo, talvez tirar de suas atitudes alguma resposta para o que ele realmente era. Com certeza tinha algo de estranho ali. Olhei-o com atentamente. Surpreendi-me quando ele encontrou seus olhos com os meus. Ficamos durante alguns segundos nos entreolhando, enquanto, depois, ele foi , finalmente embora. Assim como o fantasma.

Eu sabia que a noite havia acabado ali, mas não as dúvidas. Ah não, aquela história ainda tinha muitas páginas a serem escritas, e eu não iria descansar até saber todos os parágrafos. E com esses pensamentos, fui embora.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySex Dez 05, 2008 5:31 pm

Eu deveria, pelo bem da humanidade – da fantasmagórica também-, andar com alguma placa escrito em letras bem legíveis: CUIDADO, GAROTA INSANA! NÃO PUXEM ASSUNTO COM ELA SOB HIPÓTESE ALGUMA! Porque ela tende a falar coisas que não deve e você pode se constranger com as ousadias subconscientes dela. Essa sou eu, oi!!

O que eu queria dizer, afinal, com aquele maldito “... talvez a gente devesse relaxar um pouco...”

Sim, porque não foi uma sugestão muito comum, na verdade, ela daria ótimos duplos, triplos, sentidos. Não que tenha sido essa a minha intenção. Poxa, ele é um fantasma, que tipo de chances eu poderia ter com ele? O fato de que já nos conhecíamos não significava nada, ou pelo menos não estava significando nada... porque ele não parecia nem um pouco motivado em tentar algum tipo de situação nova. E eu só estava fazendo papel de boba dizendo coisas incoerentes.

Eu tive plena certeza de que tinha mesmo agido a mais insana possível naquela conversa quando, se voltando para mim, sua expressão estava séria. Senti meu estômago se revirando em um nervosismo um pouco desconfortante porque eu não queria ter estragado a nossa conversa informal. Mas, então, eu o escutei dizer, desfazendo qualquer ponta de decepção comigo mesma que eu estivesse sentindo naquele momento.

- Bom, deveria me dizer como relaxar então, já que eu passei os últimos anos da minha morte sem nem saber o significado dessa palavra. – ele disse, rindo de uma forma um tanto despojada demais para quem eu jurava não ter gostado do meu comentário sobre “relaxar”. – Está se saindo bem melhor que eu, acho... Pelo menos sabe o que está fazendo. – ele completou, ajeitando-se sobre o banco e não mais naquela posição em que estava com a cabeça pendendo sobre os joelhos.

Eu suspirei pesadamente, sorrindo bem fraco, afinal, ele não havia ficado irritado com aquela coisa toda e, mais do que isso, até estava levando bem a sério. Eu tentei formular algumas definições para o meu termo “relaxar”... mas não consegui encontrar nada que o definisse realmente.

Relaxar = chega mais perto, fantasminha.
Relaxar = vamos fazer de tudo, ok?!

Relaxar = não se acanhe, você tem passe livre aqui, querido!

Não! Não! Não! Isso não está certo. Eu não deveria estar pensando assim.
Bom percebi que ele esperava que eu realmente explicasse a ele. Como eu mesma havia me metido nessa, eu mesma iria sair. Só não sabia ao certo como.

- Bom, você está morto, certo? – perguntei a ele, não esperava uma resposta realmente, e ele não deu mesmo, apenas continuou me observando, em silêncio. - Nós podemos fazer... hum... algumas coisas interessantes pra passar o tempo... talvez a festa seja bem melhor aqui dentro e não lá fora.

O que eu estava fazendo? AH, Maldição! Parece que quanto mais eu abro essa boca mais merdas tendem a sair dela. Eu queria dizer a ele que talvez pudéssemos conversar sobre coisas interessantes... mas do jeito que eu havia dito, tenho certeza de que ele deve ter entendido tudo errado.

Veja bem, eu não sei porque estou me preocupando com isso. Ele não é do tipo de rapaz que, ao receber uma indireta dessas – não que tenha mesmo sido uma indireta –, simplesmente cai em cima. Ele é um cavalheiro, eu percebo isso não apenas em seu estilo, suas roupas tão comportados, mas também porque ele emana um ar de 'ser respeitador'. Eu não tenho que me preocupar com as duplas interpretações das minhas frases. Ou pelo menos era isso que eu pensava antes de ouvi-lo falar, novamente:

- Posso tentar uma coisa? – ele perguntou, ao mesmo tempo em que aproximava seu corpo do meu.

Ele pelo menos poderia ter esperado que eu respondesse àquela pergunta, mas não, simplesmente veio em minha direção, cada vez mais próximo e perigosamente atrevido. Eu não tinha razões para repreendê-lo naquela atitude, novamente os meus pensamos haviam se bloqueado e raciocinar pareceu ainda mais difícil do que manter o ar entrando e saindo dos meus pulmões. Eu queria ter dito alguma coisa, sabe, qualquer coisa mesmo. Mas eu permaneci estática, observando-o aproximar-se, seu rosto a pequenos centímetros de distancia do meu, de modo que nossas respirações, um pouco ofegantes pela situação inédita, colidiam libidinosamente contra nossas faces. Era uma sensação boa, apesar do meu nervosismo.

Eu não sabia ao certo o que esperar dele, naquele momento, embora fosse um pouco óbvio demais. Tudo o que consegui fazer foi fechar os olhos e deixar que meus pensamentos vagassem por qualquer universo alternativo que não fosse pensar nos prós e contras daquela situação. Antes mesmo que eu pudesse juntar as peças do quebra-cabeça e entender o que estava prestes a acontecer, senti os lábios dele pressionarem os meus.

Senti minha respiração se tornar ainda mais irregular, talvez eu devesse controlá-la melhor, mas era um pouco impossível com aqueles lábios finos e macios fundidos aos meus. Permanecemos com os lábios juntos por alguns curtos instantes, como se estivéssemos analisando aquele território incerto. Senti sua língua pedindo permissão e concedi no mesmo instante, ao menos aqueletipo de reação eu tinha.

Era um beijo intenso, ora terno, e delicioso de todas as formas possíveis. Como ele beija bem!! Eu não posso esquecer disso nunca, mesmo que esse seja nosso primeiro e único beijo.

Eu correspondi ao beijo o mais intensamente que estava desejando naquele momento, e sabia que ele deveria estar desejando tanto ou bem mais que eu, porque investia sua língua de forma possessiva através de meus lábios. Era uma batalha excitante que estava sendo travada por elas, digo, nossas línguas.

Quando eu menos notei, meu corpo estava pendendo lentamente para trás, e não havia apóio algum para que eu pudesse evitar. Ele estava se inclinando sobre mim e eu não tinha reações para impedi-lo. E nem queria, também.

Senti quando minhas costas encontraram o acento gelado daquele banco, assim como senti o corpo dele parcialmente sobre o meu, ele talvez devesse estar evitando me esmagar ou qualquer coisa do tipo. Suas mãos haviam agarrado os lados da minha face firmemente, era como se estivesse criando uma prisão inescapável para mim. Mas eu não me importava, ele poderia fazer o que quisesse comigo.

Mas eu sabia que as coisas não seriam tão simples assim, uma hora aquele sonho iria terminar e eu precisava pensar rápido em alguma coisa para dizer-lhe quando isso acontecesse. Eu meio que queria que ele escorregasse as mãos pelo meu corpo!! Pensamento insano, é pedir demais né?! Não, Espera!

Eu senti os dedos dele percorrerem a base do meu pescoço e roçarem de leve, com as pontas dos dedos apenas, sobre meus ombros, causando alguns arrepios involuntários. Como alguém morto há tanto tempo conseguia fazer essas coisas? Digo, na época dele isso era um tanto atrevido demais, e ele deveria estar se repreendendo agora por ter extrapolado os limites daquela forma.

Eu bem que disse... não disse?! Quando eu mordisquei de leve o lábio inferior dele – bom, eu sou um pouco ousada quando quero – eu o senti se afastar quase abruptamente de cima de mim. Fiquei um pouco sem ação diante da separação, na verdade, eu quase despenquei daquele banco.

Josh... é bom saber o primeiro nome dele... Josh se sentou sobre o banco, ereto e um pouco embasbacado com tudo. A iluminação estava cada vez mais fraca e eu já podia ver bem pouco das expressões dele, mas sabia que algum tipo de drama estava acontecendo ali, em seus pensamentos.

- Er... desculpe eu... – disse a ele, sentando sobre o banco novamente e só então dando conta de que estava de vestido. Vestido!! Olhe só a gravidade disso. – Você beija bem.

Claro que aquele último comentário eu fizera baixo para que ele não escutasse. Mas o sorriso esboçado nos meus lábios revelava que eu deveria estar pensando no beijo quentíssimo que havíamos trocado.

Uma vez insana, sempre insana!! Querem ver só?

- Pode me beijar de novo, se quiser... Josh. – disse a ele, sorrindo meio lábio.

De repente eu estava tão contente!
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySex Dez 05, 2008 6:40 pm

Eu tinha certeza de que se não tivessem me matado eu teria me suicidado.
Exatamente isso! Teria me matado, me afogado na privada e me matado, porque eu não poderia mais conviver com o fato de que estava estragando com a vida de alguém que não merecia.
Bom, quer dizer, eu estava estragando a vida daquela garota, porque estava me aproveitando dela, em todos os sentidos. Estava aproveitando porque eu sabia que isso não teria futuro, no entanto eu não me contive quando a beijei, foi um ímpeto um ato precipitado que poderia trazer muitas conseqüências.

Não me lembrei das conseqüências quando me deitei sobre ela, no banco frio daquela janela. Não me lembrei das conseqüências quando minhas mãos alcançaram seu rosto e meus dedos desceram por seu pescoço. E não me lembrei minuto algum, segundo algum de conseqüência qualquer quando minha língua deslizava em sua boca e ela retribuía meu beijo tão intensamente quanto eu.

Eu tinha certeza que ela estava se matando por dentro e pretendia me matar também quando tudo aquilo acabasse, então tive medo que acabasse.
Tive medo que se eu me separasse dela ela iria embora para longe mim e não sei se eu também não iria quando voltasse a encontrar algum resquício de juízo em algum lugar menos sombrio da minha mente.

Continuei a beijá-la sofregamente, um beijo molhado e quente, ela sabia beijar e bem, talvez fosse isso que me prendesse ali, talvez fosse isso que fizesse minha mão escorregar cada vez mais perigosa sobre seu ombro.

Eu parei, não podia continuar com isso ou iria longe demais, já estava indo, já havia ido longe o bastante em tê-la beijado daquele jeito tão... promíscuo.
Por mais que eu tivesse medo que ela saísse por aquela porta e eu não voltasse a vê-la, me afastei. E eu incrivelmente ofegava, bom incrivelmente para um fantasma que não deveria respirar, deveria?

E ela também arquejava quando se sentou ereta sobre o banco, da mesma forma que eu. Longe! Isso, longe era bom, longe era melhor, menos tentador e...

Droga! Droga! Droga!

Três vezes droga!

Isso porque eu pensava em palavreados bem mais ofensivos para mostrar minha indignação para com meus devaneios.
Não sei se estava indignado ou encantado.

Indignado porque isso não era certo, não deveria ser, mesmo que eu fosse vivo, na minha época não saíamos beijando as garotas no nosso primeiro encontro... Se bem que com a minha ex-quase-noiva a gente não só se beijou como...

Mas enfim, eu me encontrava mais encantando do que revoltado. Encantado por aquela que estava do meu lado. Era quase impossível me controlar e voltar a beijá-la, mas desta vez um fiz um esforço, um esforço maior que dependeu de me manter rígido e imóvel ao seu lado. Meus dedos apertaram as bordas do banco enquanto tais pensamentos vagavam em minha mente, pensamentos estes que foram cortados por sua voz melodiosa.

- Er... desculpe eu... – disse ela, se ageitando sobre o banco e arrumando seu vestido. Juro que pensei, naquele exato momento, que ela pediria desculpas e iria embora, iria pular por aquela porta e ir embora, mas o que ela me disse a seguir fez com que eu relaxasse com tais idéias e me deixasse formar um sorriso – Você beija bem. - duvidei de que ela tivesse visto que eu ouvi, pois ela formara um sorriso matreiro em seus lábios e continuou...

Um comentários antes de sua frase 'magistra'l: ou eu exercia um poder de persuasão que tornara a pessoa completamente insanas ou a menina linda ao meu lado era insana por natureza. Estava começando a acreditar na segunda opção.

- Pode me beijar de novo, se quiser... Josh. - ah meu Deus, você mesmo que me deixou aprisionado nesse mundo maluco onde eu só encontro coisas e pessoas malucas - na verdade essa última é particularmente mais linda e desejável do qualquer maluco que eu já tenha visto.
Isto, preciso ter uma séria conversa com o criador e saber por que diabos... Com o perdão da palavra... Por que céus, tinha que me colocar nessa situação?

É, era imperdoável o que eu estava fazendo, culpando ELE por meus erros, mas se eu não estivesse MORTO e se não estivesse vagando por AQUI nada disso teria acontecido.

De repente uma angústia tomou conta de mim.
E se eu não tivesse morrido e estivesse casado com uma mulher que não amo?
E se eu tivesse encontrado a pessoa da minha... morte e estivesse praguejando o destino por isso?

Não sei, só sei que minha vontade de parecer invisível era surpreendente. Não que eu não fosse invisível, mas sinceramente, eu não me sentia invisível agora, não ao lado dela e isso foi o bastante para que uma chama se iniciasse em meu coração e fizesse tudo dentro de mim superaquecer.

Pela primeira vez me sentia vivo quando estava morto e não iria acabar com isso perdendo a consciência e me entregando a meditações ineptas. Decidi formular uma frase e responder a ela, já que parecia assustada com minha demora em dizer algo, talvez achasse que eu sofria algum atraso mental, rezei para que ela não achasse realmente isso.

- Você é maluca. - eu falei rindo e vendo que ela levara na brincadeira – Tão louca quanto eu... - disse relaxando em minha postura, me permiti ser levado pelo momento – E não que eu não queria... Eu quero... Só que, não posso, não é certo e eu tenho certeza que não sou forte o bastante para parar, não por enquanto... - ótimo, eu tinha soltado tudo o que estava preso em minha garganta, despejei tudo em uma só frase incontínua e ainda acrescentei – Você nem me conhece moça... Não pode sair deixando que qualquer cara te beije, ainda mais um fantasma. - eu sorri e mais uma vez passei a mão pelo cabelo, nervoso com aquilo tudo, só esperava que agora ela não fosse embora e levando em consideração que até agora não fora, acho que não iria nunca mais...

E quer saber?

Eu gostava da idéia de tê-la ao meu lado... Mesmo que nós ficássemos ali para sempre, já que sempre é uma palavra que não se aplica a mim.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySex Dez 05, 2008 8:40 pm

Alex, Alex, Alex... Eu procurava no meio dos convidados o rosto já familiar de minha prima, mas nada. Alguns convidados meus conhecidos das familias bruxas estavam na festa, mas eu não tinha tempo de falar, agora. Mas, bem, tenho de admitir que Lindsay Paris sabe escolher bem as os covidadasos.. Mas eu não tinha mesmo tempo {que pena....} eu, tinha mesmo de encontrar Alex. Mas eu acabaria por encontra-la, ou ela encontrar-me a mim, então parei um pouco e fui buscar um pouco de ponche para beber e enconstei-me enquanto observava atentamente continuando á procura de Alex e observando as garotas da festa.

Passado algum tempo apenas olhando eu vi Alex vir em minha direcção e um sorriso enorme apareceu na minha cara. Eu admito que começava a gostar um pouco demasiado dela, mas era inevitavel não ficar encantado com o jeito de ser e o aspecto fisico de minha prima. Ela chegou ao pé de mim, com um dos seus sorrisos. Eu lhe dei um beijo na cara - Desculpe o atraso. Tinha umas coisas urgentes para fazer na faculdade - me desculpei - Ainda não acredito que nossa prima Juliet se vá casar com um Good. Com Paris Good... Alias, era sobre isso mesmo que eu precisava falar com voce, Alex... Quer ir falar para outro sítio mais... ahm.. sossegado? - ah, mentes impuras.. Eu disse falar

[off]Desculpe Aleh, falta de inspiração.. xP
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySáb Dez 06, 2008 12:03 pm

- Olha,você diz que morreu de repente,mas você sabe como morreu?

Ela nem mesmo é mediadora, está tão morta quanto eu, mas cá estou, explicando minha morte para uma... morta.

- Bem...- Recuperei o fôlego (força do hábito) e comecei a tentar me lembrar com o máximo de detalhes daquela noite.

- Eu estava vindo para a América, da França para a América, com meu pai e meu irmão, estávamos num navio... Minha família recebeu uma carta anônima dizendo que alguém iria me matar e que deveriam me tirar da cidade o mais rápido possível, então meu pai decidiu me trazer para cá, mamãe viria depois... Na França, em Paris onde eu morava, eu era cantora, atriz e bailarina, e mesmo jovem, fazia sucesso por toda a Europa, mamãe achava que era esse o motivo pelo qual me queriam morta. Eu era o sucesso em pessoa, eu era a melhor atriz, a melhor soprano da ópera, a melhor bailarina do espetáculo, eu era boa em tudo... Motivo de muita inveja.

Até eu estava perdida no que estava falando, pois enquanto eu falava, eu visualizava tudo, absolutamente tudo, o palco, a platéia de poltronas vermelhas, as pessoas aplaudindo de pé, as rosas que chegavam para mim no camarim com cartões de admiradores secretos, e então a minha festa de aniversário, quando aquela carta anônima chegou para acabar com tudo. Continuei.

- Numa noite, durante a viagem, eu saí do meu quarto no navio, fui para o lado de fora para ver a estrelas, eu estava muito triste por ter deixado tudo em Paris, então alguém tampou minha boca e disse 'Fique quietinha', depois eu só senti a água fria e as ondas feroses por cima de mim, e então... eu morri.

Falando tudo em voz alta, o nó na garganta era mil vezes maior.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySáb Dez 06, 2008 7:13 pm

Em todos esses anos da minha não-vida, eu já participei de muitas festas.

Vi o "teor" delas mudarem, indo de bailes com mulheres com metros e metros de tecido, e cavalheiros que não ousavam sequer tocá-las a festas em que homens e mulheres (e, às vezes, casais homossexuais) pareciam se egolir em cantos escuros.

Então, já que estávamos, com certeza, na época da segunda opção, vocês podem entender o meu choque, ao ver um baile de máscaras sendo realzado em pleno século XXI.

A decoração estava impecável, e eu me senti transportada para um pouco depois da época de minha morte.

Exceto pela música, claro. Aquele não era meu tipo de música favorita; machucava meus tímpanos, e, apesar de estar morta, eu senti uma pontada na cabeça, por ficar muito tempo ali, a música alta jorrando de alto-falantes no teto.

Olhei, surpresa, para um grupo peculiar não muito distante de mim.

Alguns mediadores, sem dúvida, e fantasmas também.

Aproximei-me cuidadosamente, esperando que eles notassem minha aproximação.

E eles o fizeram.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyDom Dez 07, 2008 6:46 pm

Bom, aquela situação não era apenas um pouco constrangedora, mas também um pouco assustadora, pelo menos pra mim. Alguma coisa de errado estava acontecendo ali, e não tenho muita certeza do que seja.

Aquele beijo foi maravilhoso, eu nunca havia beijado ninguém daquela forma. Talvez ele não tenha sido diferente de muitos outros beijos que eu já tenha trocado com outros garotos, mas havia um tipo inexplicável de sensações que eu nunca havia sentido antes. Isso talvez explique o porquê deu ter dito que ele poderia me beijar novamente... se quisesse... que fiquei claro!

Eu sei que aquele tipo de sugestão foi um pouco atrevida demais, ele deveria pensar que eu era uma garota fácil e dada. Mas isso não é verdade, eu só estava extasiada com o gosto daquele beijo. Eu ainda podia sentir os lábios dele contra os meus, aquela umidade deliciosa, nossas línguas em um jogo de pura sedução. Kat, você tem que se controlar, garota, e se ele não gostou do seu beijo?

Sabe, essa é uma possibilidade bem válida. Ele permaneceu em silêncio, me encarava de uma forma um pouco desnorteada, eu não entendia aquela quietude toda e temia que significasse algo de ruim. E se eu for uma péssima beijadora? Eu só espero que ele guarde esse tipo de constatação para si mesmo.

Tudo bem, eu estou exagerando nessas divagações, é claro que eu sei beijar, e muito bem, modéstia a parte. Mas e por que, então, ele não havia dito mais nada? Sabe, mais do que qualquer um, ele deveria saber que isso é uma tremenda falta de educação, ainda mais depois de você ter trocado salivas com uma pessoa.
Quando eu estava prestes a me convencer de que o problema era comigo mesmo e não com ele, eu ouvi sua voz, um pouco rouca e apressada, como se ele tivesse se esquecido realmente de falar comigo e houvesse acabado de se lembrar disso, precisando iniciar o diálogo com urgência.

- Você é maluca. – ele disse, havia um sorriso brincalhão em seus lábios, então, quem era eu para não achar graça em suas palavras? - Tão louca quanto eu... – ele completou, em seguida, um comentário bem divertido, na verdade, mas ainda não respondia ou solucionava minhas dúvidas. - E não que eu não queiria... Eu quero... Só que, não posso, não é certo e eu tenho certeza que não sou forte o bastante para parar, não por enquanto... – sim, agora sim ele estava solucionando minhas incertezas, e agora eu entendia porque ele não me beijou novamente quando eu disse que podia. Era tão linda a forma como ele se explicava. – Você nem me conhece moça... Não pode sair deixando que qualquer cara te beije, ainda mais um fantasma.

Aquelas últimas palavras soaram em um misto de rudeza e confusão, pra mim. Mesmo que ele tenha sorrido diante do que dissera, isso não foi o suficiente pra fazer com eu deixasse de me sentir uma completa idiota.

Uma garota fácil, do tipo que sai por ai aceitando qualquer tipo de cantada, que sai por ai aceitando ser beijada por qualquer cara, que sai por ai deixando que eles escorreguem suas mãos pelo seu corpo... uma garota que não se dá ao respeito. Essa sou eu... pra ele, claro. Mas não, nem de longe eu sou esse tipo de garota, e não era essa a minha intenção, digo, passar essa idéia pra ele. Não mesmo.

Eu não sabia o que dizer a ele. Permaneci estática, não tinha reações nem mesmo idéia do que deveria fazer.
Observei quando ele passou os dedos entre o cabelo, foi um gesto nervoso, simples, mas incrivelmente atraente. Todos os gestos dele, agora, eu podia perceber, pareciam atraentes a meu ver. Isso era absurdo, eu sei, mas era inevitável não deixar que meus olhares o analisassem tão criticamente daquela forma, tudo nele era interessante.

Ah, Deus, malditos hormônios. Desde o primeiro segundo que coloquei os olhos nele, pela primeira vez em 5 anos, eu senti esse fogo me consumindo, e foi nessa festa. Era uma grosseria da minha parte, sim, nosso passado nunca foi malicioso nem nada do tipo – tudo bem, eu era uma pirralha-, e agora estivemos até mesmo nos amassando em um quarto, sozinhos. Foi uma experiência boa, muito boa, por sinal.

Bom, eu só precisava decidir o que fazer, agora. Nada simples! Claro, nem tudo nessa vida é simples... ou nessa morte, no caso dele. E eu podia perceber o quanto ele estava nervoso com aquela situação.

Cerrei os olhos e o analisei por alguns instantes. O que ele deveria estar pensando que eu faria? Bom, eu estivera calada durante todo aquele tempo. Se eu pulasse no colo dele, seria bem aceita? E se eu desse as costas e me retirasse dali, ele nunca mais olharia na minha cara?

- Eu não costumo beijar qualquer um, Josh. Nem humanos, nem fantasmas... – disse a ele, ajeitando-me sobre o banco e percebendo que ainda estava segurando a taça de champanhe. Adivinhe só... estava cheia. – É essa a idéia que você tem de mim, então, Sr. Dono da Razão? – continuei, mas havia um tom grosseiro na minha voz, estranho, nem eu mesma entendia. – Você está terrivelmente enganado se pensa dessa forma. O que você viu lá fora, aquela hora... – disse a ele, apontando com a taça para a porta, eu estava me referindo aquela garoto que surgiu do nada e me tomou nos braços. – Aquilo não significou nada, eu fui... molestada por aquele brutamontes. Eu sou uma garota, droga, ele era bem mais forte do que eu, e caso não tenha percebido, porque vocês estava o tempo todo atrás de mim, eu tentei resistir àquele estúpido. – meu tom de voz estava exaltado, mas o que estava havendo comigo? – Você... – apontei para ele com a taça, de uma forma tão brusca que deixei um pouco do liquido vazar e cair sobre ele, que se assustou e recuou para trás. Ele não poderia sentir a umidade, mas ele parecia assustado, e fazia movimentos com as mãos como se pedisse calma. Que estúpido, eu estava calma. – Você... deveria ter me protegido daquele molestador de garotas indefesas. Mas não, você ficou apenas olhando com cara de tacho. Ele poderia ter passado a mão na minha bunda e você não teria feito nada. Você não serve pra nada, Josh. Nem pra beijar uma garota mortal. – despejei de uma forma rude, eu não sabia ao certo porque estava agindo daquela forma, era espontâneo até demais. – Eu disse que você podia me beijar... se quisesse. – minha voz parecia chorosa, agora, deixei que o copo escorregasse de meus dedos e caísse sobre o chão, estilhaçando-se. – Você não me beijou. Por que Josh? Você não quis? Você não quer? – que absurdo, de onde eu estava tirando coragem pra dizer aquelas coisas? Eu o ouvia negar meus pontos de vista, ele tentava criar explicações mas eu sempre o interrompia. – Tudo bem, Josh, eu ainda tenho uma festa pra curtir, e como você é um fantasma, ótimo, eu posso me divertir e você não. – chutei os cacos de vidro com minha sandália e me pus de pé, ajeitando o vestido, passando as mãos pelo cabelo e verificando se a máscara estava no lugar certo. – Tenha uma ótima morte, Josh, porque não procura algumas fantasminhas por ai? Vai encontrar algumas bem gostosas... e ai sim vai ser mais interessante que beijar uma garota ridícula e fácil que nem eu.

Nossa, como eu consegui dizer aquilo tudo? Respirei fundo, tentando acalmar os nervos. Me virei pra ir embora, dando-lhe as costas, estava nervosa e sentia uma vontade imensa de chorar. Eu era meio fraca pra esses tipos de situações. Mas então, no meu primeiro passo, pisei sobre a poça de champanhe e cacos de vidro, foi inevitável não derrapar. Isso mesmo, foi exatamente isso que aconteceu. Eu cai.

Por que eu tenho que ser assim? Eu não posso ser apenas uma loira linda e fabulosa, pegadora e perfeitinha?


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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyDom Dez 07, 2008 9:55 pm

Neil era até uma pessoa ''pegável'', devo admitir, mas, por mais que tenha sido interessante a conversa que havíamos tido, não era ele a pessoa com a qual eu esperava ansiosamente para falar.

Eu vi Mark ao longe. Sinceramente falando, ele era praticamente a versão masculina de mim. E talvez seja justamente por isso que estávamos nos dando tão bem, eram praticamente iguais. Fui até ele, sorrindo abertamente, sem deixar transparecer que talvez estivesse um pouco animada demais para esse encontro, ou mais do que eu realmente devia estar. Eu não devia me importar tanto, devia? Ele então me deu um beijo no rosto e foi logo falando:

Desculpe o atraso. Tinha umas coisas urgentes para fazer na faculdade - Ainda não acredito que nossa prima Juliet se vá casar com um Good. Com Paris Good... Alias, era sobre isso mesmo que eu precisava falar com voce, Alex... Quer ir falar para outro sítio mais... ahm.. sossegado?

Eu então, respondi a ele, não sem me dirigir antes até o garçom que estava próximo a nós e pegar duas taças de chamapanhe, dando uma a ele.

- Venha, aqui atrás tem um lugar mais afastado e deserto onde podemos conversar melhor- e fiz questão de enfatizar as últimas palavras, enquanto pegava a sua mão e o levava até um lugar mais afastado, enquanto piscava após falar aquilo.

Quando chegamos até o local, eu logo me debrucei na sacada, enquanto bebericava o champagne.

-E Então, Carey? Eu tenho uma impressão do que você vai falar, mas eu quero que seja você a me dizer, antes que minha fama de implicante aumente.- falei, olhando em seus lindos olhos.

Olha lá, Alex...olha lá...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySeg Dez 08, 2008 11:35 am

Ah eu tinha certeza, agora sim eu tinha toda certeza de que não existe na terra, ou no inferno, ou céu, ou purgatório - escolha seu preferido - pessoa mais débil que eu mesmo e sou ainda mais idiota por admitir isso e ainda continuar agindo como um completo e irreversível doente.

Certo, qualquer cara normal que tivesse ouvido da boca de uma garota fabulosa que poderia beijá-la se quisesse não iria pensar nem duas vezes até realizar o seu ''pedido''. Mas como este quem vos fala não é normal, nem mesmo se quisesse, eu tive que pensar zilhões de vezes até negar aquilo que eu mais queria e ainda não soube ser inteligente o bastante para explicar o porque disso...
Bem, talvez se ela tivesse um pingo de noção de que eu estou morto e ela viva - muito viva - eu não teria que abrir minha boca para falar besteira, sim claro, porque nem morto eu consigo manter essa matraca fechada.

Só que ela não pareceu se importar com a nossa ''pequena'' diferença quando diz respeito aos planos da vida e morte.

Então eu, o ser perturbado, tentei me explicar. O problema foi: Porque eu tinha que chamá-la de oferecida? Não eu que tenha dito com todas as palavras, mas a forma como eu coloquei aquela frase não facilitou nada em suas conclusões.
É perfeitamente óbvio que minha intensão, de forma alguma, foi chamá-la de oferecida - ou qualquer outra palavra pior que ela possa ter imaginado. Eu simplesmente tentei alertá-la de que não sou o melhor pretendente para alguém tão cheia de vida como ela.

Infelizmente, nunca fui bom com explicações.

E percebi isso quando ela se dirigiu a mim com uma aspereza que não podia ter reconhecido antes. Minhas pernas tremeram quando ela despejou todo aquele enxame de acusações e indignações.
Juro que naquele momento eu não sabia o que fazer e se pudesse eu gostaria de ter morrido de novo.
Foi a única vez que eu realmente odiei não estar vivo, foi a única vez que eu realmente odiei não poder morrer, morrer e não ficar vagando como um espírito medíocre.

- Eu não costumo beijar qualquer um, Josh. Nem humanos, nem fantasmas... – disse ela, se ageitando no banco – É essa a idéia que você tem de mim, então, Sr. Dono da Razão? – continuou, ela mantinha um tom grosseiro na voz, que me fez revirar por dentro. – Você está terrivelmente enganado se pensa dessa forma. O que você viu lá fora, aquela hora... – eu sabia que ela se refiria ao garoto na pista de dança e desejei poder voltar no tempo e quebrar a cara do mesmo – Aquilo não significou nada, eu fui... molestada por aquele brutamontes. Eu sou uma garota, droga, ele era bem mais forte do que eu, e caso não tenha percebido, porque vocês estava o tempo todo atrás de mim, eu tentei resistir àquele estúpido. – e eu não precebi, não percebi porque estava perdido demais em meus pensamentos estúpidos e isso talvez tenha sido o bastante para que eu aceitasse que realmente merecia tudo o que ela estava falando.
Eu ainda tentei me explicar, inutilmente...

- Me desculpe... Eu... Sei que você não gostou, mas...

– Você... – ela falou apontando a taça de champanhe para mim, de forma tão brusca que deixou o líquido cair sobre minha roupa e eu me levantei, assustado, assustado não com o que aconteceu, mas com o que ela dizia. – Você... deveria ter me protegido daquele molestador de garotas indefesas. Mas não, você ficou apenas olhando com cara de tacho. Ele poderia ter passado a mão na minha bunda e você não teria feito nada. Você não serve pra nada, Josh. Nem pra beijar uma garota mortal. – e eu senti uma coisa dentro de mim se desfazer. Não que eu tivesse um coração e ele pudesse se estraçalhar, mas eu tinha sentimentos e acho que estes sim estavam em frangalhos.

As palavras dela ressoavam em minha mente. Então eu não servia para nada? Então aquele beijo simplesmente não significou nada? Bom saber, agora além de morto, sou imprestável. Grande evolução!

Eu disse que você podia me beijar... se quisesse. – sua voz estava chorosa e mais uma vez aquela sensação de algo se quebrando dentro de mim. Ouvi o som do vidro se espatifando e olhei para baixo, notando que ela deixara a taça cair. – Você não me beijou. Por que Josh? Você não quis? Você não quer? – o que? Era isso que ela achava? Que eu não queria beijá-la?

- Está sendo absurda!! - tentei dizer, e ela realmente estava sendo. Como podia pensar que eu não queria beijá-la? Se eu não quisesse não teria o feito da primeira vez. - Como pode pensar isso? É claro que eu... - mas não pude continuar porque sua voz aspera me interrompeu.

– Tudo bem, Josh, eu ainda tenho uma festa pra curtir, e como você é um fantasma, ótimo, eu posso me divertir e você não. – senti que aquilo já tinha passado dos limites e percebi que ela não estava bem, seja pela briga ou talvez pelo fato de não poder parar em pé. Como eu pude deixar que ela bebesse tanto? Talvez se eu... Mais que diabos, eu odeio "talvez", talvez não é algo que funciona comigo, nunca funciona.
Ela se levantou, chutando os cacos da taça e arrumando seu vestido, logo depois disse
- Tenha uma ótima morte, Josh, porque não procura algumas fantasminhas por ai? Vai encontrar algumas bem gostosas... e ai sim vai ser mais interessante que beijar uma garota ridícula e fácil que nem eu. - eu iria dizer algo, dizer o que pensava, mas quando ela se virou para me dar as costas e voltar para a festa se deparou com a poça de champanhe no chão e antes que pudesse dar um passo, já escorregava rumo ao piso frio de mármore.

- Quer saber uma coisa... - falei enquanto lhe puxava com uma das mãos e segurava sua cintura com a outra. - Não vou deixar que saia daqui... - falei com um tom de comando na voz, enquanto ela tentava se manter de pé. Eu vi que ela não conseguiria parar sobre as próprias pernas, então a peguei no colo, mesmo sobre protestos, e a levei até a cama. Deixei-a lá, não de uma forma rude, nem mesmo cavalheira, somente a coloquei sobre o colchão e me sentei ao seu lado, distante. Não iria me aproximar e correr o risco de fazer alguma coisa... Inapropriada. Sim, inapropriada, já que no momento ela me achava um completo cachorro. - E mais... - continuei, mesmo com seus resmungos - Eu agradeço seu conselho, sobre procurar uma fantasminha qualquer, mas não vou fazer isso, e sabe porque? - perguntei sem esperar respostas - Porque te acho muito mais interessante, por mais absurda e mimada que seja. - ela já não me olhava com reprovação, acho que eu consegui amolecer seu coração, mesmo que ela não tivesse me perdoado totalmente, agora com certeza ao menos me entenderia.
Por via das dúvidas, antes que voltasse com o seu discurso confuso de antes, eu não deixei que falasse nada, no minuto seguinte minha boca já ia de encontro a sua e acho que ela aceitava tudo isso muito bem.

Droga! Eu sabia que iria fazer alguma coisa inapropriada... Só não pensei que fosse gostar... tanto.

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyTer Dez 09, 2008 4:55 pm

Eu juro que não sei como tive coragem de dizer todas aquelas coisas a ele. Foi uma ação espontânea, talvez mal pensada demais. Mas não havia mais nada que eu pudesse fazer para desfazer a situação, uma vez que eu já havia despejado todas as acusações sobre ele. Não que elas não tivessem fundamento, porque tinham... e muito.

Eu estava me sentindo uma completa idiota após aquele nosso beijo. E que beijo, por sinal. Mas ele havia criado uma atmosfera de total desconforto entre nós, e agora eu me sentia uma cretina por ter beijado um fantasma. FAN-TAS-MA!!! Não faz o menor sentido. Humanos e fantasmas não deveriam se beijar, na verdade, eles nem deveriam poder interagir dessa forma como eu interajo com eles. Tudo bem que não são todos, eu sou uma das exceções... mas, mesmo assim, mediadores ainda não deveriam beijar fantasmas.

Enquanto eu estava transbordando toda a minha ira sobre ele, eu podia ouvi-lo tentar criar frases, provavelmente discordando de mim ou tentando me impedir de dar continuidade ao desabafo. Eu precisava mesmo dizer todas aquelas coisas, e me senti mais leve depois que o fiz. Era como se eu tivesse livrado um peso imenso das minhas costas e, principalmente, da minha consciência. Mas eu ainda estava arrasada por dentro, estava me sentindo em ruínas sem saber ao certo o que pensar de toda aquela situação.

Mas então, pra piorar as coisas ainda mais, eu tinha que ter escorregado no champanhe sobre o chão e tinha que ter caído de bunda, não é? Parece que quando uma coisa dá errado, tudo tende a dar errado também. E comigo é sempre em dobro!!

Tudo bem, eu não vou mentir, aquela queda doeu bastante. Eu sentia minhas nádegas dormentes, a sorte é que não havia me cortado com os cacos de vidro da taça, porque ai sim eu estaria ferrada.

Eu sentia os formigamentos irritantes no meu nariz ameaçando um choro compulsivo, e tudo o que eu menos queria, naquele momento, era chorar, era demonstrar fraqueza diante dele. Mas que coisa, Kat, ele é um fantasma, você não tem que se importar dessa forma. Como se eu realmente estivesse sentindo alguma coisa por ele. Unf... eu estava agindo de uma forma que só uma garota apaixonada agiria diante do seu príncipe encantado, no meu caso, transformado em sapo.

- Quer saber uma coisa... – escutei ele falando, assim como senti suas mãos me erguendo do chão ensopado. Meu vestido já era, não gosto nem de pensar nisso. - Não vou deixar que saia daqui... – ele completou, era impressão minha ou ele estava querendo mostrar autoridade diante de mim? Mas que atrevimento, quem ele pensa que é?

Sob os esforços dele, fui colocada de pé mesmo com as minhas infindáveis relutâncias. Eu estava cambaleante, como se estivesse alcoolizada, o que não era verdade, porque eu havia bebido apenas uma taça e meia de champanhe, o que definitivamente não era o suficiente para me embriagar. O fato era que eu queria me esquivar dele de todas as formas possíveis, mas ele parecia determinado em realmente querer me oferecer ajuda. Entre muxoxos de irritação e movimentos bruscos com o corpo a fim de afastá-lo, foi quando senti meu corpo ser suspenso no ar e, quando realmente me dei conta, já estava aninhada contra ele, em seu colo.

Sim, isso era até mesmo um pouco absurdo, mas até que foi um ato legal. Digo, quantas garotas não dariam tudo para serem carregadas no colo por um... por um... por esse... hum... por um... FANTASMA!!!

Droga, quando é que eu vou cair na real e perceber que estou agindo como uma idiota? Sabe, eu sou do tipo que se ilude fácil, do tipo de garota que acha que um simples beijo realmente pode significar mais do que deveria. Bom, isso explica porque eu sou tão anormal e tão débil. Ok, xingar a si própria, agora, não vai ajuda em nada, não é mesmo. Exato!
O que fazer, então?

Eu tentei protestar, impedi-lo de fazer o que quer que tivesse em mente, mas não funcionou muito bem, ele não se afetava com os socos que eu estava aplicando sobre suas costas muito menos com as minhas palavras nada graciosas. Quando eu menos esperei, já estava sendo posta sobre a cama. Um pouco estranho deitar em uma cama sem saber quem exatamente passou por aqueles lençóis, mas eu estivera fantasiando enquanto ele me deitava ali e... se afastava. Ok, isso quebrou completamente o clima do momento. Eu esperava que ele pulasse em cima de mim como um leão faminto e completamente sedento por devorar sua caça... Eu... arrancasse nossas roupas e me possuísse ali mesmo de forma selvagem e possessiva.

Ahhh meu Deus!!!! O que está havendo comigo?! Nem trezentas chibatadas resolveriam meu problema de insanidade!!!

- E mais... – escutei ele dizer, parecia que muito tempo havia se passado desde sua última fala, mas percebi que havia sido apenas eu a deslocada no tempo, por alguma razão eu ainda estava soltando muxoxos baixos, porque eu não podia simplesmente me dar por vencida? - Eu agradeço seu conselho, sobre procurar uma fantasminha qualquer, mas não vou fazer isso, e sabe porque? – ele indagou, e quando eu finalmente estava prestes a arquitetar uma resposta decente e que não fosse xingamentos rudes, ele me impediu disso. - Porque te acho muito mais interessante, por mais absurda e mimada que seja.

Espera um pouco, vamos rever os meus conceitos aqui, um instante, por favor. Retiro aquilo que disse sobre as trezentos chibatadas... agora sim eu acho que escutei o que queria ter ouvido. Ele disse tudo aquilo mesmo? E onde estava aquele papo de que eu não deveria deixar que qualquer um me beijasse, uma vez que o “qualquer um” naquela história era eu? Embora ele não tinha dito isto dessa forma, com esse tipo de colocação, mas foi o que pensou.

Foi inevitável não deixar que um sorriso faceiro brincasse em meus lábios, apesar daquele “absurda” e “mimada”, eu sabia que eu era importante pra ele, ou que ele realmente estava falando sério quando dizia que eu era interessante.
O que eu iria dizer a ele, agora? Não fazia idéia, mas precisava manifestar alguma reação, já que eu estava sem nenhuma mesmo. Imediatamente, de forma... possessiva... meus lábios foram capturados pelos dele. Bom, se era isso que ele queria, quem era eu pra não retribuir, não é mesmo?

Aquele beijo pareceu ser mais intenso que o anterior, ele estava debruçado sobre mim mas nossos corpos não estavam colados, o que era uma grande infelicidade para mim. Pensei que talvez ele só estivesse evitando esse contato porque meu vestido estava molhado de champanhe, mas fantasmas não sentem umidade ou coisas do gênero. Então, que mal havia em puxá-lo para mais perto?
Muito... muito mal!! Você nem imagina o quanto. Mas eu não me preocupei com isso, eu nunca me preocupo com nada.

Apertei seu casaco com os dedos e impulsionei seu corpo para frente, até que ele se desequilibrasse e caísse sobre mim. Pensei que eu pudesse ser esmagada, mas ele foi mai rápido e se apoiou sobre o colchão de modo que nossos corpos ainda continuassem fundidos. Só havia um probleminha ali: onde eu colocaria as minhas mãos?

Hum, eu pensei em algumas sugestões bem interessantes... mas esquece, eu também não teria coragem disso. Então, resolvi simplesmente afundar meus dedos entre seus cabelos, puxando-os de leve. Eram tão macios, sedosos... e parecia que a cada novo puxão mais ele se empenhava em aprofundar aquele beijo. Dessa vez, nada de mordidas, Kat, foi isso que fez ele se separar de você, anteriormente. Bem lembrado.

Mas espera um pouco, quem acabou de mordeu meu lábio inferior foi ele. Talvez eu estivesse enganada com os meus conceitos sobre ele.
Senti que o seu peso sobre mim agora era maior, porque, na verdade, as mãos dele estavam acariciando meu rosto, de um jeito tão terno que senti meu coração derreter de admiração por ele. Ah, por favor, não deixei que eu me iluda.

Sabe, eu queria poder ousar nos meus atos, mas não sei se posso ser bem recebida se fizer isso. Por via das dúvidas, melhor deixar as coisas como estão. Ouvi passos do lado de fora daquele quarto, mas eu não tenho porque me preocupar com isso, eu sei que o salão ali fora está movimentado.

Até que ouvisse, também, batidas contra a porta. Ah, qual é o tipo de complô que os deuses tem contra mim? Sim, porque quando as coisas realmente esquentaram aqui, vem um engraçadinho e acaba com a minha graça. E a do Josh também.
Separamos nossos lábios ao mesmo tempo, ainda ouvindo as batidas na porta. Permaneci de olhos fechados, como se pudesse mentalizar para que aquele idiota fosse embora dali.

- Tem alguém ai dentro? - ouvi um rapaz dizer isso do outro lado da porta.

Certo, agora já era. Todo o nosso clima foi quebrado, e Josh já estava bem distante de mi, sentado contra a beirada da cama. Suas expressões estavam um pouco assustadas, e mantinha um silencio meio constrangedor.

- Se a gente ficar em silêncio eles podem ir embora. – eu disse ao Josh, em sussurros.

Bom, querem mais demonstrações de insanidade? Como assim se o Josh ficasse em silêncio? Ele é um FANTASMA!!! Ninguém mais é capaz de escutá-lo, além de mim. O que é bom, muito bom!!!

As batidas na porta etavam mais intensas, e eu temia ser pega ali, no estado em que estava.

- O que vamos fazer? – perguntei a ele.
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Victoria Hewson
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyTer Dez 09, 2008 9:21 pm

Certo. Tem certas coisas que podem chegar à tona em questões de sgundos, e aparentemente um turbilhão de fatos podem vir ao seu encontro, e, no final, você não souber o que foi que te atingiu com tanta força. Era assim que eu estava, nada menos, nada mais, simplesmente atordoada com tanta coisa que havia acontecido ao mesmo tempo.

Primeiramente surge uma fantasma, outra mediadora, outra fantasma, e começa a haver, sabe-se lá de onde surgida, uma discussão que eu, sinceramente, assisti de longe. Logo tomei por surpresa a reação de James, que, não sei porquê, simplesmente resolveu ir embora. Eu peguei aquilo com tanta supresa que não tive tempo de ter reação nenhuma, mas não havia gostado nenhum pouco daquilo.

E a conversa foi se estendendo, de repente, eu não sabia mais o que fazer, o que falar, na verdade, as coisas estava um pouco confusas na minha mente e não sabia na verdade como responder a isso.

Quer dizer, eu só tinha uma coisa a fazer.

-Eu acho que....acho que talvez as coisas sejam mais complicadas do que realmente podem ser explicadas em uma festa cheia de gente como essa. Se vocês quiserem, podemos nos reunir em algum lugar depois para conversarmos sobre essas coisas.- me virei para Loren- - Vamos trocar celulares para nos comunicarmos.....eu...tenho que ir...prazer em conhecê-las

Dizendo isso, saí atordoada da festa, para um lugar que eu sabia bem onde era..
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Loren Simon
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyQua Dez 10, 2008 10:31 am

Aquilo ainda continuava meio confuso para mim,quer dizer,de uma hora para outra,eu me vejo conversando com duas fantasmas,uma mediadora que está quieta e um fantasma que se enfureceu e foi embora,tudo isso,e ainda tentando ser discreta,afinal ali era uma festa, depois de tudo isso,Anne fez uma pergunta para a Bella de como ela tinha morrido,será que Anne tinha sido mediadora em vida?
Mas em todo caso,Bella começou a falar do que fazia quando ainda viva e como foi sua morte repentina,e depois a fala dela acabou,todos continuavamos em silêncio, até que vi uma pessoa com uma luz um pouco incomum,mais fantasmas?O que, diabos, Carmel tem? Aqui é o encontro de fantasmas,mediadores,deslocadores e sei lá mais o que do mundo inteiro?
Mas ao que parece nem todos notaram a presença já que Victoria começou a falar.
-Eu acho que....acho que talvez as coisas sejam mais complicadas do que realmente podem ser explicadas em uma festa cheia de gente como essa. Se vocês quiserem, podemos nos reunir em algum lugar depois para conversarmos sobre essas coisas. -e se virou para mim- - Vamos trocar celulares para nos comunicarmos.....eu...tenho que ir...prazer em conhecê-las.
Mal terminei de passar meu telefone e ela já havia saído,bom,agora só restava conversar com as fantasmas,ou perguntar quem era a outra ou parar de ser 'louca' e parar de falar 'sozinha' na festa e procurar algo para fazer.
Como não sabia o que fazer,me virei para Anne e Bella e disse:
-Bom,então vamos marcar em algum lugar para nos encontrarmos,mas isso fica para vocês e para Victória,porque não conheço Carmel o suficiente para marcar em algum lugar.-então me virei para a outra fantasma recém chegada ali no grupo -Posso ajuda-lá?
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyQua Dez 10, 2008 9:15 pm

Certo, eu não era lá a pessoa mais despendida a festas e a comemorações, mas aquela pequena cidadezinha estava cheia daquilo, e, por uma coisa ou outra, eu me encontrava, sem mais nem menos, já dentro de uma daquelas balbúrdias. Veja bem, eu odiava aquele climinha de popularidade, desfiles de roupas ridículas de grifes caríssimas cujo preço dava para alimentar uma criança da África por duas décadas, ou mais. Patético. Eu odiava isso, e era o que eu mais via.

Mas aquela era uma coisa diferente. Veja bem, a coisa que eu mais faço no mundo é ler. Eu leio demais, chega até a ser um vício, eu não consigo ficar um dia sem estar lendo alguma coisa, é impraticável, e, por ser um mediador, eu me interesso pelas coisas ''anormais''. Em minhas andanças, minhas anotações, eu estava realmente ciente de que os mediadores e deslocadores não eram as únicas coisas estranhas que existiam na Terra [não, vampiros realmente não existem, sinto desapontar, Edward está na ficção mesmo]. Na verdade, parafraseando Shakespeare, ''há mais coisas entre o céu e a terra do que crê nossa vã filosofia''. E sim, há mesmo. Estou falando de bruxos.

Não, não, nada de Harry Potter, talvez mais puxado para Anne Rice....mas sim, bruxos. Não que eu conhecesse algum, ou que soubesse muita coisa, mas eu sei bastante para querer ir até a festa de noivado dos Carey/Good[ falando nisso, coincidência estranha, os nomes dos noivos são Paris e Juliet....].

Lógico que eu tinha que entrar naquela festa, eu tinha meus próprios motivos que não são cabíveis de dizer agora, mas que eu tinha que investigar, ah, isso eu tinha. O convite eu arranjei com o sobrinho do tio do primo do irmão do parente mais distante do meu colega de quarto.Fácil!. A roupa foi alugada, todo de preto, com a máscara branca.

Saí de casa e cheguei na festa um pouco mais atrasado, no intuito de que todos já tivessem chegado. E assim foi. O local estava absurdamente imponente e deslumbrante, e, como sempre, as pessoas destilando seus venenos e exibindo seu dinheiro em forma de roupas, deprimente.

Enquanto meus olhos vaguevam o salão, eu a vi. A garota que eu havia encontrado no baile de homecoming. E de repente, por um flash de segundos, eu esqueci o que estava fazendo ali e fui até ela. Ela estava sentanda numa mesa, e então, por trás, suspirei de leve em seu ouvido.

-Milady...- ela se virou assustada, enquanto eu tirava a minha máscara.

O que está fazendo, Andreas?, eu não sei, só sei que era para fazer isso..
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyQua Dez 10, 2008 9:36 pm

Ai, mais festas. Parecia que tudo nessa cidade era haver com festas, comemorações, uniões, reuniões.
Os bruxos então, parece que só queriam saber de ter laços entre famílias opostas.
Qual a graça de você casar com seu primo de 20º grau da família tal?
Nenhuma!
Mas pra eles tinha.
Espero que minha mãe não queira vir com essa idéia também. A época de casamentos arranjados já havia passado. Diga Romeu e Julieta.
Há algumas semanas havia chegado um convite da festa de noivado de Juliett e Paris.
Sempre achei que Paris se casaria com Helena, mas enfim, men sucks.-Foi meu pensamento.
Não, meu Q.I. não é 0,0001, eu só estava com tédio e um pouco de TPM.
O que importava era que a festa era um baile de máscaras!
Ok, isso foi legal, eu AMAVA baile de máscaras!

Com semanas de antecedência fui pro procurar meu vestido, e minha máscara, e posso dizer que me agradei muito com ambos.

Cheguei na festa com muitos convidados já a aproveitando-a, mas nenhum que eu conhecesse, também, com máscaras seria muito mais difícil.
Resolvi me sentar então, escolhi uma mesa vazia e fiquei lá admirando a paisagem, quando de repente só pude sentir a voz em minha orelha. Devo dizer que fiquei bastante arrepiada. Quem nos dias de hoje chega a um desconhecido falando na orelha?!
Quando me virei, estava pronta pra xingar até a 12ª geração do ser humano, quando então ele tirou a máscara.
E digamos que assim como minha satisfação com minha roupa, estava neste exato momento.

-Milady...-Foi o que ele disse.

-O-oi.-Falei tímida levantando-me.
Ok, eu nunca ficava sem palavras, mas agora elas me faltavam. Não sei se era o nervoso de achá-lo, ou o nervoso de achá-lo com aquela roupa que... sejamos francas, deixava-o muito mais lindo.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptyQui Dez 11, 2008 11:32 am

Vesti minhas botas de combate e meu melhor vestido de festas. Apliquei as maquiagens mais pesadas que você possa imaginar no rosto e segui para a tal festa que tanto estavam comentando recentemente.

Meus amigos provavelmente já devem estar lá, me esperando. Eu estou atrasada porque não é nada fácil cuidar de uma produção dessas, eu tinha que estar vestida para arrasar, não é mesmo?! Corações, talvez.

Mas eu estou indo pra essa festa por uma razão maior, até porque eu não sou convidada e muito menos conheço os organizadores do evento. Meus amigos haviam dito algo como uma festa de noivado de pessoas muito importantes, italianos, eu acho. Não tenho muita certeza, mas isso não importa, de verdade, porque tudo o que eu quero é uma boa noite de algazarra.

E, só no caso de você realmente estar interessado em saber, os amigos em questão são os integrantes da minha banda de hard core.

Somos 4, no total, e nos damos muito bem. Somos os tipos de amigos inseparáveis, e também os tipos de pessoas incompreendidas não apenas pela família e pelas demais pessoas, mas pela sociedade Carmeliana também. Nós nunca saímos de Carmel, essa cidade é nosso lar desde o primeiro instante em que deixamos o útero de nossas mães, e, pelo jeito, será aqui que vão enterrar nossas ossadas. Nada muito filosófico, não é mesmo? Apenas uma triste realidade.

Eu sou uma garota extravagante no estilo, nas atitudes, e até mesma na comunicação. Conviver quase vinte e quatro horas por dia com garotos fez com que eu desenvolvesse um lado meio... masculino. Mas ele quase nunca se sobressai ao meu lado feminino, sim, porque eu sou sim feminina, e muito.

Hoje mais do que nunca, afinal, é uma festa importante, as pessoas que devem estar nela são importantes, e com certeza estão todas muito bem vestidas. Eu não posso ser a única ali com roupas que fogem do padrão, até porque isso pode denunciar a minha entrada nada legal na festa. Eu não tenho convite algum, mas isso não é problema pra mim, nunca foi. Tudo bem que eu prefiro entrar nos lugares tendo passagem liberada, mas quando isso não é possível, eu simplesmente apelo...

As ruas pela vizinhança estavam meio movimentadas hoje, e eu precisei ir caminhando por todo o caminho. Eu bem que pedi uma carona ao meu pai, mas tudo o que ele disse foi que estava atrasado para uma reunião de amigos bebuns ... depois dizem que não tenho razões pra ser revoltada. Unf!

Assim que cheguei próximo aos portões de entrada tentei passar despercebida pelos seguranças. Eles estavam todos mascarados e aquilo me pareceu bem ridículo, na verdade. Todas as pessoas que estavam se juntando a festa estavam mascaradas, mas eu não lembrei de levar uma máscara. Que se foda, eu vim aqui por um propósito diferente.

Só havia uma forma de conseguir chegar à propriedade sem entregar um convite: pular os muros laterais, os únicos que não estavam sendo monitorados. Me dirigi até eles, havia uma grande quantidade de carros passando por ali, mas eu não podia me acanhar por isso. Eu tenho prática em escaladas, essa vai ser moleza.

E foi, realmente. Quando me dei conta, já estava do outro lado e impecável em meu vestido preto, justo, bem acima dos joelhos, e minhas botas plataforma. Claro que estava com alguns acessórios extras também, como pulseiras e meu transversal. Meu penteado de sempre estava mais perfeito do que nunca: a franja de lado e os fios perfeitamente escovados. Eu estava bem produzida, hoje, se eu conseguir chamar a atenção de alguém, ótimo, mas eu não garanto corresponder.

Adentrei pela porta principal, ninguém havia percebido que eu pulara o muro e estava ali de penetra. Aquela decoração era deplorável, e as musicas terrivelmente mal selecionadas. Se tivessem contratado minha banda, essas pessoas estariam se divertindo bem mais. Talvez eu deixe um cartãozinho no final da festa, vai que eles resolvem dar um novo evento desses, e vai que eles realmente queiram diversão de verdade. Caminhei entre algumas mesas e algumas pessoas vestidas tão elegantemente que cheguei a me sentir inferior a elas.

Mas eu não sou do tipo de garota que inveja essas patricinhas cheias da grana. Eu tenho meu próprio estilo e sinto orgulho disso, porque a última coisa que eu quero é ser igual a todo mundo.

Caminhando por entre as pessoas, apanhei uma taça de champanhe que estava posta sobre uma bandeja que um garçom – mascarado, como todos ali – estava carregando. Champanhe não é minha bebida favorita, nem de longe... uma cervejinha ou, quem sabe, alguns drinks seria bem mais interessante. Mas tudo bem, eu sobrevivo.

Além do mais, em um daqueles quartos ali eu sei que vou encontrar todos os tipos de bebidas e drogas.

Meus amigos combinaram isso, digo, a festinha que vamos dar naquele quarto. É uma idéia bem ousada, porque essa festa parece ser de pessoas sérias, muito bem financeiramente e refinadas. Se formos pegos fazendo esse tipo de baderna, ai sim as coisas podem ferrar pro nosso lado. Mas nós gostamos disso, de correr riscos.
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Romeu Montecchio
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySex Dez 12, 2008 6:36 pm

Sempre fui um fã inveterado das sombras. O que melhor há do que a noite, a lua brilhante e esplendorosa ao centro de suas súditas, as estrelas? Que momento é o que me faz refletir sobre todas as coisas e a mim acima de todas elas? A noite é a hora em que me sinto inspirado; exultante e abrasado. As sombras conseguem, de jeito que nada mais faria, acender a minha paixão poesia e pelas palavras. Desde cedo que possuo esse profundo apreço pela noite. Não de forma estranha ou obscura. A noite é um momento estupendo que vale ser admirado sem pesares. Que não deveria ser vitima de todos os estereótipos ridículos que hoje existem. É uma hora bela do dia. São as doze horas mais intensas. Na maioria do tempo meus primos criticavam esta minha estima pelas sombras e acusam-me frequentemente de estar enfurnado nelas quando poderia estar curtindo e me divertindo com qualquer outra coisa que realmente valha a pena. Mas, repito a pergunta, que há de melhor? Sou um ser que nasceu diferente e nasceu para ser, começando pelo meu dom. Então, porque deveria eu me entregar às modas da vida? Porque ser igual a todos os outros quando se pode ser único?

Talvez eu não devesse ser tão diferente da maioria dos homens. Talvez, quem sabe, fosse melhor eu agir como todos eles agem. Mas o que eu tiraria de bom em agir desta forma? Além de não estar agindo de acordo com minhas próprias crenças e costumes, eu estaria desrespeitando a mim mesmo, por estar mentindo e enganando sobre quem eu sou. E mesmo que nesse momento seja tentador largar o peso que carrego sobre os ombros, carregá-lo será sempre uma tarefa que terei prazer em cumprir. Minha família é digna disso e assim o farei.

Me lembrei de meu pai, o grande e poderoso chefe dos Montecchio, que logo chegaria à Carmel possuindo apenas um objetivo: Vingança. Ele era forte, rude, carrancudo e sombrio. Agradeço a Deus por não ter sido criado por ele. Pois não duvido que crescesse sendo uma miniatura daquele homem amargo que insisto em chamar de pai. Porque, mesmo que o que ele me ofereceu em toda a minha vida foi dinheiro [meu avô foi o real responsável por eu ser o que sou hoje], ele ainda é meu pai e eu o amo. Não obstante, nós compartilhamos do mesmo ódio pelos feiticeiros que levaram embora meu avô.

Permaneci parcialmente imerso nas sombras daquela tão imponente mansão. Na verdade creio que não estava só parcialmente e sim completamente sob as sombras. De alguma forma, era aconchegante estar ali. No meio de tantas pessoas que eu execrava, mas mesmo assim experimentando a sensação do anonimato.

Mantenha seus amigos perto e mais ainda os seus inimigos. – Lembrei das palavras do tempestuoso Marcus. Concordo com o que ele diz. Aliás, por mais arruaceiro que ele seja, ele tem razão em várias coisas. Não quando essas coisas estão relacionadas a mim, mas ainda assim ele é ainda mais parecido comigo do que meus outros inúmeros primos que continuam na Itália.

Uma dança tradicionalmente italiana havia tido inicio. Eu conhecia muito bem aquele ritimo, a musica e toda a coreografia usada. Era uma bela dança, aliás. Mas creio que o meu interesse pela dança fosse uma quantidade a se considerar antes de eu vê-la.

Meu coração deu uma pequena cambalhota assim que meus olhos puseram-se sobre sua formosura. Me vi instintivamente inclinado sob a pilastra em que estava encostado. Sua presença no salão de dança era extremamente marcante e enviava fagulhas e choques elétricos até mim, fazendo com que meu corpo inteiro formigasse como jamais fizera. Ela dançava tão graciosamente quanto uma bailarina, só que ainda mais elegante e formosa ainda. Seus pés eram pássaros que lhe davam a impressão de estar voando ou deslizando livremente pelo solo. Suas mãos eram tão singelas, mas ainda assim dotadas de tal elegância que com certeza daria inveja em qualquer outro individuo do sexo feminino. Meus olhos repentinamente estavam irredutivelmente costurados a ela e a sua silhueta. Era não era apenas um colírio protetor para os meus olhos. Naquele momento eu soube que eu era dela e ela tinha de ser minha.

Puxei levemente um garçom que passava e lhe indaguei.
- Quem é aquela jovem que está enriquecendo o braço daquele cavalheiro? – apontei para o casal entre os outros.
- Não sei muito bem, senhor. Eu fui contratado apenas por hoje. – Deu as costas e voltou a sua rotina noturna de servir champanhe aos convidados.

Me vi novamente sozinho. Uma atraente garota morena que antes também estava imersa nas sombras, se fora com outra. Me movi novamente, indo para mais perto de onde se realizava a dança, mas afastado o bastante para que poucos me vissem. Meus olhos pousaram novamente nela. Em seu corpo belo que me atraia das formas mais extremas possíveis. Conter uma exclamação era praticamente impossível.

- Oh! Ela ensina as luzes a brilharem! Bela demais para o uso, muito cara para a vida terrena. No meio das outras convidadas parece uma pomba chamejante perto de corvos. Nenhuma é tão graciosa como ela. Vou procurá-la ao terminar a dança para que essa minha humilde mão toque as pulcras mãos dela. Porque só assim eu sei que dormirei. Meu coração, até hoje, teve a dita de conhecer o amor? Oh! Não, não, não. Até hoje não havia realmente descoberto o que é beleza.

Eu pensava em voz alta e não conseguia conter-se e nem evitar. E de certo eu não tenha de falar que, repentinamente, eu não estava ciente de nada naquela festa que não fosse ela. E só ela.

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySex Dez 12, 2008 8:51 pm

Eu dançava de modo mais alegre e sincero do que realmente havia estado desde que adentrei nessa casa, ou, até mesmo, desde que soube dos infortúnios que teria de passar durante o resto da minha vida. Eu estava dançando, mas não estava dançando com Paris, o meu noivo, não, eu estava simplesmente a dançar, com pessoas. Ali eu não era Juliet, a noiva, era alguém que não estava se importando mais do que acertar os passos da dança ritmada e bela. Era uma coisa muito boa para mim, ao menos naquela hora, me sentir alheia a todos os sentimentos destrutivos que perpassavam a minha mente durante aqueles dias, eu estava sendo mim mesma, e não imaginava que pudesse voltar a sentir tal coisa apenas com uma simples dança. É isso que imaginamos quando penas coisas podem realmente fazer tanta diferença ocasional, ao menos naquele momento.

Enquanto eu passava por aquelas pessoas, indo de encontro ao ritmo medieval daquela melodia provinciana, estava me divertindo, e agradecendo metalmente a Ann por ter dito que era meu dever dançar com Paris, que, por sinal, parecia estar se agradando tanto da dança quanto eu ou os presentes que ali agraciavam os salões com os passos conformes, bem, talvez nem todos assim, a notar certas coerografias desconexas com a tal, o que me fez rir mentalmente. Enquanto eu dançava, meus olhos se repararam em meu primo Tebaldo, olhando ferozmente para um dos lados do salão, imediatamente, como um gesto também ritmado à música, levei meu olhar àquela parte da Mansão, e, foi então que, apesar de estar rodopiando, e a música tocando, meu mundo parou.

Eu simplesmente esqueci de toda e qualquer coisa que estava passando ao meu redor quando a minha visão se deparou nele, era simplesmente inquietante ver tal criatura em meu campo de visão, e, mais ainda, olhando para mim. Deporei certo período de tempo para que meu coração se acostumasse com tal visão, e minhas pernas obedecessem aos meus mandos, mas, isso não aconteceu, eu estava em outro mundo agora, e só tinha olhos para aquele rapaz que se mantinha a minha frente.

O que eu fiz a seguir foi principalmente impulsivo e incoerente, além de ser totalmente desconforme, mas foi o que, naquela hora, meu coração me mandava fazer. E oh, mas que coisa, quem estaria falando em coração e sentimentos aquela hora? Parece-me mais que imergi em um mundo de devaneios romantescos que mais pareciam saídos de folhetins, mas, era exatamente assim que eu me sentia, como se, naquele momento, eu tivesse que ir até aquele rapaz.

Murmurei um ''volto logo'' para Paris, e me dirigi até onde o jovem se encontrava, por sorte minha ele estava um pouco fora do alcance de todos os olhares, de modo que eu poderia ir para lá, sem que ninguém percebesse. Oh, eu certamente parecia uma louca, andando com um olhar idiota, para algum ponto desconhecido, mas, parecia o destino que eu olhasse para Tebaldo justamente naquela hora e....Tebaldo!, parei para olhar meu primo, porque, ele certamente não poderia ver as minhas intenções, mas , para minha sorte, ele não estava olhando mais. Sim, até a sorte estava do meu lado, para que eu fosse ao encontro daquele jovem misterioso.

Enquanto eu andava, meus batimentos cardíacos ficavam cada vez mais arrebatadores, não ficaria surpresa que eu tivesse algum tipo de ataque ali, naquele momento, mas isso não me consumia, porque, se em houvesse algum momento mais propício para findar minha vida, com certeza seria aquele, aquele momento em que meus olhos se encontravam com os dele.

Eu andava, e temia em apressar meus passos, mas ao mesmo tempo estava seriamente desnorteada, Em que eu estava pensando, essa ainda é a minha festa de noivado, noivado!, mas isso não importava, não agora...não não, nada mais poderia importar agora, nada. Eu estava chegando mais perto, ele se encontrava com seus olhos em mim ainda, e meu coração batia aceleradamente, ele estava enconstado a uma pilastra, e, eu fiz o mesmo, mas do lado diverso. E ele estava ali, há alguns centímetros de distância, e, minha mente e meu corpo percebiam isso. Eu tremia.

Oh Juliet, o que você anda a fazer?
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Romeu Montecchio
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySáb Dez 13, 2008 12:40 am

Eu mal me movia, como se, por um acaso, se eu fizesse algum movimento brusco, ela fosse desaparecer para sempre, como se nunca houvesse existido. Meu corpo estava rígido e meus músculos tensos. Apesar disto, a vaga noção dos acontecimentos a minha volta que eu possuía era facilmente ignorada, devido a total atenção direcionada àquela tão radiante figura que se movia com tal graça, que me perguntei se ela existia verdadeiramente.

Como disse previamente, não estava dando muita credibilidade às outras pessoas ou aos seus comportamentos mas, por um instante, pude jurar que um moço mau-encarado de aparência carrancuda me olhava de maneira que poderia ser chamada de furiosa. Mas não perdi muito tempo retribuindo o olhar. Até porquê, é valido ressaltar, que eu tinha a mais bela das criaturas a alguns metros de distancia de mim. Que mais poderia importar? Porque eu gastaria meu tempo medindo os contratempos ou riscos da vida, quando posso ter o pulcro vislumbre daqueles cabelos, aquelas mãos e o corpo esguio da donzela de quem eu desconhecia o nome? Mas de uma coisa eu sabia, eu não tardaria a absorver este honorário conhecimento. Eu desejava com força que a dança logo acabasse, porque assim eu poderia ir a seu encontro, ou pelo menos factuar algum vinculo físico com ela. Na parte espiritual eu me via enlaçado; enfeitiçado. Mas ao mesmo tempo, eu não queria que a dança terminasse nunca. Pois era tão esplendorosa a forma com que ela dançava. Não de um jeito apelativo que muitas das moças atuais usam para impressionar os espécimes donos do cromossomo Y, mas de uma forma tão singela e natural que me parecia absurdamente atraente. Ela era sensual sem se esforçar. Na realidade eu pude ter certeza de que ela nem ao menos fazia idéia do quanto era agradável aos olhos. Não só os meus olhos, mas todos os outros pertencentes aos convidados da festa.

Como não notá-la? É como ignorar uma enorme pedra de diamante no meio de pedregulhos sujos. Simplesmente impossível e o homem incapaz de percebê-la é certamente o cego mais louco da face da Terra. E eu poderia ficar lá até o amanhecer, desejando que a dança acabasse, mas me deleitando com ela e querendo que continuasse ao mesmo tempo. E foi então que nossos olhares finalmente se cruzaram. Fogos de artifício imaginários explodiram diante de nós, como se fossemos as únicas pessoas da festa. De repente não havia mais ninguém. Apenas eu, ela e o desejo que crescia em mim a cada milésimo de segundo. Era se desconcentrou por um instante e eu exultei, completamente eufórico por ter agora a bela visão dos seus lindos olhos de âmbar. Eu queria sair dali e ir ao seu encontro e tocá-la. Senti-la.

Não demorou muito para que ela abandonasse a dança. Eu quase lamentei este fato, mas quando me dei conta de que ela me procurava com o olhar a cada momento enquanto se aproximava, esgueirando-se em minha direção, meu peito voltou a palpitar, aquela sensação nervosa e ao mesmo tempo eufórica que eu nunca pensei que sentiria.

Eu não a perdia de vista em momento algum. Seria um pecado fazê-lo, tenho certeza. Ela se aproximava cada vez mais, e me vi tão ansioso que levei algum tempo a notar quando que convidadas chegaram até mim, conversando animadamente e me fazendo as mais diversas perguntas. A maioria delas era de meia idade e, no momento em que voltei a olhar para a criatura linda que vinha a meu encontro, percebi que ela havia desaparecido. Dei atenção às senhoras por cerca de dois minutos e logo depois pedi licença e me ausentei da conversa fútil e enfadada.

A dança havia acabado e agora o salão parecia ainda mais cheio, já que as pessoas não estavam concentradas em um lugar só. Mas ainda assim não levei mais de cinco segundos para voltar a vê-la, que, por ventura, também me olhava. Umas pessoas passaram a minha frente, obstruindo rapidamente a visão dela, e tratei de me movimentar. E essa ação se prolongou por alguns minutos, mas não deixei de procurá-la em nenhum instante.

Depois de algum tempo nesse ritimo, vi que ela havia encostado-se em uma das paredes ornamentadas daquela tão bela mansão. A parede era formada por vários furos que pareciam ser esculpidos detalhadamente, mas o diâmetro não dava espaço para mais que um braço ou algo do gênero. Notei que ela procurava algo com o olhar, mas não me olhava. Me esgueirei até a mesma parede, só que por trás, no lado oposto. Quando lá cheguei, me maravilhei com o perfume inebriante que desprendia de seu corpo. Estar separado dela por apenas aquela divisória decorada era regozijante. Agi por puro impulso quando ela colocou sua mão perto de uma das fendas e, em um instante, havia capturado sua mão e puxado delicadamente para o lado oposto da parede.

- Se minha mão profana a santidade de tão lindas mãos, aceito com prazer a penitencia: Meu lábio, solitário e peregrino, demonstrará a devida reverencia.– E com isto, depositei um terno beijo na pele macia de sua mão.
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Josh Fuller
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySáb Dez 13, 2008 9:53 am

Eu sabia que havia passado do limite, mas o pior era: eu estava gostando.

Mesmo sabendo que era um fantasma em potencial a ser mandado para o inferno, eu simplesmente não conseguia conter meus impulsos.

Não só porque fazia... O que? Uns 20 anos que eu não beijava ninguém?
Bom, não só por isso, mas porque a garota, em especial, que eu beijava tão... intensamente... Não era normal. Não porque ela podia me ver, mas porque ela era tão, absurdamente, atraente. Digo, eu me sentia ligado a ela de alguma forma, como se uma energia existisse entre nós.

Bem patético, mas faz sentindo.

Eu senti suas mãos apertarem meu casaco e me puxar para mais perto. Eu não me forcei a afastar, nem me segurei. Só deixei que meu corpo fosse de encontro ao seu, me certificando de que não a machucasse.

A coisa estava realmente fora do controle e eu sentia que faria algo do qual me arrependeria depois, se o fato de eu a estar beijando daquela forma e minhas mãos percorrendo seu corpo ousadamente fosse um sinal.

Eu sou um ordinário. Apesar de que auto flagelação não faz o meu tipo, mas eu tinha que admitir que sou um puta ordinário.

Sabia perfeitamente o que estava a ponto de fazer, com quem e em que situação, mas simplesmente não podia parar.

Droga! Porque ela não me parava?

Quer dizer, sei lá, podia me empurrar e me chutar e meter o tapa na minha cara, qualquer coisa que me fisesse parar de beijá-la daquele jeito.

Não vou mentir que estava gostando, na verdade eu estava gostando muito, em especial quando ela passou as mãos pelo meu cabelo. Eu só aprofundei mais o beijo e minhas mãos escorregaram do seu rosto para o seu pescoço e ombro e...
Ótimo! Eu já estava começando a imaginar como ela seria por debaixo do vestido e pior, eu já estava começando a querer vê-la sem o vestido. Isso, realmente, estava me deixando numa situação uma tanto quanto... lamentável.
Se é que podem me entender - e espero que não possam.

Ela beijava tão quente e desejável. Qualquer um iria a loucura, especialmente caras como eu. Já estava sem fôlego quando me separei dela, mas não me afastei totalmente - antes eu tivesse me afastado por completo.
Minha boca percorreu toda a extensão do seu pescoço e ombro, para depois capturar seu lábios doces, com mais um beijo sôfrego e urgente.

Eu não me pensou em muita coisa enquanto minha língua dançava em sua boca, até que alguém interrompesse isso com uma batida brusca na porta.

Nos separamos instantâneamente e ainda estava arfando.

Não sei se me sentia feliz por isso ou com raiva.
Bem, de certo modo foi bom a interrupção, já que me poupou de fazer algo que só faria me odiar mais.
Mas por outro lado eu me sentia insatisfeito - e muito. Isso me dava raiva.

Ela permaneceu de olhos fechados e eu não sai de cima dela, não até uma voz do outro lado chamar:

- Tem alguém ai dentro? - Maldição!
Me sentei, bem distante, na beirada da cama, enquanto ouvia mais batidas incessantes
- Se a gente ficar em silêncio eles podem ir embora. - ela disse, obviamente se eu falasse não poderiam ouvir. Acho que ela percebeu isso um pouco tarde.

As batidas não paravam e eu senti que iriam entrar lá dentro a qualquer momento.

- O que vamos fazer?

- Shiuu! - eu fiz gentilmente, notando que as batidas cessaram - Acho que foram embora. - falei com o tom normal da voz, apesar de ter a cautela para que não me ouvissem, bem, não tenho culpa se velhos hábitos nunca mudam.

As batidas pararam por completo e eu suspirei tranquilo, olhando para ela mais aliviada.

- Acho que... Seria bom se descêssemos . - eu falei um pouco constrangido. Não que eu quisesse ter parado de beijá-la ou que não quisesse continuar, só tive medo de que voltassem lá e entrassem. Seria complicado pra ela ter que explicar o que estava fazendo deitada em uma cama com o vestido sujo de chamapanhe.
Notei seu olhar de desapontamento, mas ela concordou com a cabeça.
Antes que pudesse se levantar ouvimos um destrancar de porta e uma luz forte invadindo o quarto.

- DROGA! - eu falei sem me importar que aqueles homens escutassem. Estava mais preocupado com o modo com que olhavam para ela.
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Juliet C. Carey
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySáb Dez 13, 2008 12:04 pm

Deus, como eu não esperava sentir tal coisa de modo tão eufórico e repentino, pensava que tal sentimento apenas se restringia às penas dos romancistas mais devaneantes e inverídicos, pois sabia que não poderia existir tal sentimento, e sensação no mundo, e, se houvesse, estaria restrito aos santos, e não a simples pecadores terrenos como nós, mas, eu estava errada, e, como estava! E meus pensamentos já não respondiam a estímulos normais, estava inebriada pela simples noção de ter o olhar no rapaz a minha frente no meu campo de visão.

Enquanto eu andava para ele, notei que algumas outras mulheres o abordavam, mais velhas que ele, mas eu não consegui deixar de rir quando eu o vi tentando desvencilhar-se delas, na verdade, eu não queria que ele tirasse seu olhar do meu, e nem o meu do dele, era algo impensado naquele momento, desde a hora que eu o vi, ali eu soube que teria que chegar mais perto, era um desejo físico e mental, e certos desejos, não podem nem devem ser contrariados.

E assim fiz eu, alheia a toda e qualquer manifestação de outrem na festa, estava seriamente fascinada por aquele que agora estava mais perto de mim, e eu dele, entre todos os que estavam lá, meus olhares só eram recorrentes a um ,e apenas a um. Cada vez que eu mais perto estava, meu coração começava a palpitar de modo inverso e mais detalhado, eu não estava imaginando o risco que poderia estar causando naquele momento, e esqueci de Paris, Tebaldo, o casamento, tudo, nada importa, e nada mais irá importar, porque, naquele momento, o olhar que aquele jovem impetrava em mim, era maior do que qualquer outra coisa no mundo.

Não, eu não devaneio seguindo coisas improváveis, eu, que até há pouco tempo não imaginava que poderia existir o verdadeiro amor, estava ali.....e oh, amor, podia eu falar de tal sentimento agora? Aquele mesmo sentimento que eu achava ser superestimado por todos? Mas sim, se existia um amor entre homem e mulher, com certeza era aquilo, e, se tal sentimento não fosse amor, não sei mais o que seria. Estava eu pensando demais? Sendo sentimental demais? Sim, talvez, mas era isso que meu coração agora falava.

Estava mais perto agora, fiquei encostada em uma das paredes da Mansão, meu coração palpitava, enquanto minhas pernas tremiam, mas, nada me preparou para o que estava acontecendo. Senti que o jovem agora estava do outro lado, apenas uma divisória nos estava separando, estava tentando fazer com que minha respiração fosse normalizada, mas, ao sentir o seu perfume, tal fato não pôde acontecer, e, de repente, eu fui tomada por um sentimento ainda maior do que o anterior, se isso fosse humanamente possível, eu senti suas mãos, oh sim, suas mãos tão macias, pegando nas minhas, e, nesse momento, algo dentro de mim congelou, e ao mesmo tempo ardeu, como coisas tão conflitantes, mas que, naquele momento,aconteciam sem se excluir, eu ouvi a sua voz, ou seria a de um anjo?

Se minha mão profana a santidade de tão lindas mãos, aceito com prazer a penitencia: Meu lábio, solitário e peregrino, demonstrará a devida reverencia.

Não posso colocar em palavras o que eu senti quando seus lábios tocaram o dorso da minha mão. Suspirei fundo, enquanto saí detrás da pilastra, e, pela primeira vez, fiquei o mais perto dele que fosse possível, ele ainda segurava a minha mão, enquanto tentava encontrar forças para falar, em reposta ao que ele havia proferido.

Ofendeis vossa mão, bom jovem, que se demonstrou tão santa e reverente. Somente o paladino pega nas mãos dos santos. Esse é o beijo mais santo e conveniente.

E, naquele momento, senão antes, eu soube, tinha a certeza irrefutável, de que, eu era dele. Somente dele.
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Andreas Basset
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySáb Dez 13, 2008 12:17 pm

Certo, era algo totalmente fora do meu usal sair de uma ''missão'', e tentar fazer outra coisa, mas era verdade que aquele garota me tirava um pouco da rotina, e, também havia o ''magnetismo'' com que ela me atraía, não, não era nada físico [mas sem deixar de lado que ela é realmente bonita], mas era uma coisa a mais....muito a mais....

Então eu estava la, naquela festa, onde eu, seguindo meus escritos, anotações e tudo, achava que realmente poderiam existir bruxos. Tá, em que universo alternativo eu me encontrava eu não sei, mas, se podem exisir fantasmas e deslocadores, mediadores, e todos os outros ''ores'' do mundo, também tenho que dar crédito para a existência de bruxos.

Eu sabia que era uma coisa mais organizada do que a ''nossa classe'', portanto, em uma possível festa de uma famílai bruxa nobre, deveriam existir outros, certo? Certo, mas eu saí da minha linha de pensamento por causa da garota Brooke.


-O-oi.-- eu ri com o nervosismo dela.

E foi então que aquilo perspassou a minha mente. Será que ela estava aqui por....?

-Me concende uma volta?- falei, dando a minha mão, e fazendo um meneio para o jardim com a minha cabeça.

Poderia....?
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Brooke Hoew
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 EmptySáb Dez 13, 2008 1:11 pm

Ok, você nunca foi uma pessoa extremamente tímida B. agora não era a hora!- Mentalizei, depois da risadinha de Andreas pelo meu nervosismo.

Posso dizer que fiquei muito surpresa por ele ter aparecido lá, o que me levava seriamente e crer que... será que Andreas também seria um bruxo? *-*
Ooh ia ser uma surpresa muito agradável, seria sim.


-Me concende uma volta?

Juro que me controlei pra não ficar boba alegre, mas ele exercia algum efeito sobre mim, que eu não sabia qual era, só sabia que tinha. Oh hells.

-Ah, claro!-Respondi com um sorriso, segurando sua mão enquanto íamos para o jardim.

Oh que alegria *-*~
Estaria saltitando agora se não fosse humilhante demais u_u'

-Mas então, de onde conhece os noivos?-Eu sei, eu sei pergunta clássica e sem sentido, mas eu tinha de dizer algo. Idiota. @_@
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 4 Empty

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