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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

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Alice Hoew
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptySeg Dez 01, 2008 7:23 pm

Bom,quando eu pensei que ninguém fosse falar,eu já estava para sair quando ouvi uma risada e uma mulher começou a falar:
-Não se preocupe,-Nesse momento pensei,ouvi as desculpas,posso ir embora,mas aí ela continuou a falar- eu sou Eve Wilde, Oliver e Brooke Hoew, e Ann Stewart, muito prazer. Mas por favor, sente-se conosco, me parece que não está achando a festa tão divertida assim...
Bom,acabei aceitando o convite,até porque,na verdade,não sei porque aceitei ,não,não foi por educação,mas acabei sentando,acho que foi mais pela surpresa mesmo,já estava há um tempo na cidade e finalmente,eu conheci um,um não,dois Hoew,pessoalmente,é lógico que meu pai já conhecia boa parte dos Hoew,mas eu não,ou,pelo menos não conhecia os de Carmel,e fiquei feliz por isso,e bom lembrei que a...Eve,isso,a Eve tinha falado que eu não estava achando a festa tão divertida,bom,estava na hora de falar alguma coisa.
-Caramba,Hoew?Que surpresa,aliás,obrigada pelo convite- sei que isso soa meio estranho para uma adolescente de 18 anos,mas fui educada assim-e bom,não que esteja achando a festa chata,ok,a quem estou tentando enganar?É que não conheço ninguém aqui e ia tomar um ar ou sei lá,ir embora,mas se fizesse isso sem dar os parabéns, bom era capaz do meu pai me matar -só não mataria,porque ele não pode dar exemplos desse tipo- enfim,me desculpem novamente por derrubar a cadeira.
E,de repente,não sabia mais o que falar,apesar de sempre ser a que puxa o assunto, mas, não conhecia ninguém ali ainda para ir puxando assunto,até porque eu não poderia virar para um Hoew e falar sobre magia,porque por mais que eles já sejam grandinhos o suficiente para saber,mas vai que por alguma razão ainda não sabem que são bruxos?
Com que cara eu ia ficar?Então acabei ficando quieta e esperando alguém falar alguma coisa.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptySeg Dez 01, 2008 7:37 pm



OFF:
imaginação ‘0’ – sorry :\

Devo dizer que a intensa anormalidade que tomava conta do salão, já tomava conta de mim também. Basta um pouco de imaginação para saber que sentir-se incomodado com algo que não pode ver, tocar ou escutar, não era muito suportável. Um nó se formara na minha garganta e embora a noite estivesse nublada, sentia um calor passar sobre meu corpo. Meu avô dizia que eu, na infância, era dotado de grande sensibilidade. Com o crescimento, aquilo só aumentou, suponho. Posso sentir a presença de cada um deles, sentir o que eles sentem e embora não possa vê-los, sinto a aproximação dessas criaturas. Seria preocupante a presença deles ali, se não fosse tão cômico. Em um ‘evento bruxo’ os bruxos não tinham privacidade para usar suas peculiaridades nada discretas. Não era novidade... Nunca tinham essa privacidade mesmo. Eu no caso já estava acostumado a levar a vida secreta, mas o calor causado pela tensão só acentuava. Afrouxei a gravata borboleta do smoking e passei a mão na nuca. Meu conhecimento sobre os espíritos que rondavam Carmel era limitado, não era um assunto eu me interessava. Dês de que me contaram que esses espíritos de luz acabam por ter relações com seus supostos ‘salvadores’, fiquei enojado demais para obter mais informações. Digamos que enfiar a língua na boca de uma morta não seja algo que me atraia, mas é... Cada louco com suas manias.




Alex, a menina de cabelos castanhos e cacheados, natural da Inglaterra. Por algum motivo o país da garota aumentou a sensação de que a conhecia. Mas, chega de sensações confusas, eu precisava mesmo me distrair. Me livrar da vontade de sair dali, de quebrar o disco, de rir da dança antiga ou simplesmente de tirar Débora Mancuso dos meus pensamentos; a bruxa recém-nascida que mesmo estando tão longe de mim no momento, não saia da minha cabeça. Que diabos. O fato é que Alex tinha traços femininos, delicados... Parecia ser mais nova que eu, mas isso não era algo relevante no momento. O que importava era a pergunta que ela deixara no ar. Fazer o que? Bom, qualquer coisa... Eu só queria fazer algo e me livrar daquela sensação de desconforto.



- Inglaterra? Deve estar sendo difícil se adaptar a Carmel – disse abrindo um sorriso sutil enquanto me recordava rapidamente de Liverpool e dos bons momentos que passei ali. – Mas bom, qualquer coisa... – comecei com um tom despreocupado, analisando algumas opções. Meus hobbies certamente seriam perigosos demais para a moçinha. O modo como me divertia não eram muito recomendados para a ocasião. Bebidas, cigarros, rock, alta-velocidade, muros pichados e para encerrar com chave de ouro, um boletim de ocorrência em uma delegacia qualquer. Bons tempos aqueles... – Acho que minhas idéias não seriam apropriadas... – transformar a festa, mudar a música, surpreender as velinhas e acabar no quarto velho do sótão ignorando sermões. Definitivamente eu era um risco para a sociedade. –Mas me coloco a sua disposição esta noite, Alex. Hannibal Hoew, seu criado. – isso era extremamente irônico. Fiquei surpreso por meu ego permitir que a palavra ‘criado’ saísse. – Faço o que você quiser. Tem algo em mente?

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptySeg Dez 01, 2008 8:26 pm

Eu esperei a resposta de Hannibal, enquanto olhava o salão discretamente.
Um graçom passou por ali, e eu peguei uma taça bem cheia de champanha.
Meus olhos pararam num lugar, de onde eu pudever um brilho anormal.
Fantasmas.
De novo.
Eu gemi intenamente e pousei a taça, já enjoada demais para beber. Eram três ou quatro meninas, duas vivas e duas mortas. Uma menina estava com um fantasma ao lado dela.
E, dude, aquele fantasma não era de se jogar fora nem um pouco.
Foco, Alex! O que há de errado comigo? Primeiro Sebastian, na festa da Missão, e agora esse fantasma de nome desconhecido na festa de noivado de Juliet.
Melhor, o que havia de errado com aquela cidade? Parecia um cemitério ambulante ou algo assim. Eu nunca vi tantos fantasmas assim em só um lugar.
Aqui era, tipo assim, a Boca do Inferno? Daqui a pouco nós vamos ser alvo da Colheita?*
Okay, eu já parei.
Falando em Sebastian, eu não o via fazia um tempo... Mas, dã, talvez eu nunca mais voltasse a vê-lo. Ele não tinha uma obrigação de me ver ou falar comigo. Eu só achei estranho nunca mais tê-lo visto.
Eu preciso de ajuda psicológica. Eu estou mesmo pensando em fantasmas numa festa? Eu podia deixar isso pra mais tarde.
E foi o que eu fiz.
Hannibal ajeitou a gravata borboleta e balançou a taça ansiosamente. Quando mencionei a Inglaterra, parece que algo dentro dele foi acionado, e ele entrou em estado de nostalgia.
Eu arqueei as sobrancelhas que eu tinha tirado essa manhã, e continuei esperando sua resposta.
- Inglaterra? Deve estar sendo difícil se adaptar a Carmel – - ele disse, abrindo um pequeno sorriso.
- Você nem imagina como... - sussurrei, encarando os fantasmas.
– Mas bom, qualquer coisa... – ele pareceu parar para pensar um pouco, e acenou a cabeça, como se afastasse as idéias. – Acho que minhas idéias não seriam apropriadas... – ele continuou.
Eu me peguei imaginando as coisas que ele aprontava em outras festas; devia ter algo com encher a cara, fumar como uma chaminé e ouvir rock pesado.
E, bem, eu admito que só fiz essas coisas (nessa ordem) só uma vez, para nunca mais.
–Mas me coloco a sua disposição esta noite, Alex. Hannibal Hoew, seu criado. – ele prosseguiu, um leve tom irônico na voz.
Eu ergui minha sobrancelha de novo.
Ele disse, de verdade, Hoew?
Eu suspirei de frustração.
– Faço o que você quiser. Tem algo em mente? - ele inquiriu, olhando no fundo dos meus olhos.
- Qualquer coisa que inclua sair dessa festa, Sr. Hoew. A propósito, sou Alex Hoew. - eu ri. - Agora eu sei da onde te conheço. Mamãe deve ter me mostrado alguma foto, ou algo do tipo. E aí, vamos sair? - perguntei, indicando a saída com a cabeça e esperando a reação dele, ao descobrir que somos primos de (n+2) graus. - Ei, vamos lá. - eu disse, ainda risonha, e o puxando para o lado de fora; para a praia de Carmel.

Spoiler:


Última edição por Alex Hoew em Seg Dez 01, 2008 8:43 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptySeg Dez 01, 2008 8:39 pm

Aquilo realmente estava.....interessante.
Quero dizer,depois de aparcer mais uma mediadora e um fantasma,apareceu outro fantasma que se apresentou como Anne M. Hoew.
E a partir daí começou uma discussão entre as duas fantasmas,na qual eu resolvi não entrar inicialmente,e pelo que parece,James e Victória também não.
E nossa,a Bellatrix estava aqui há dois séculos,e a Anne há quatro,tudo bem,já vi fantasmas mais velhos que elas duas,mas me surpreende saber que mesmo aqui tendo muitos mediadores,ainda assim,tem muitos fantasmas,e uns que pareciam que nunca tinham visto semelhantes a ele.
Mas algo em Anne me intriga,afinal,os fantasmas quando nos vêem querem saber quem somos,e como vemos eles,e mais uma tonelada de dúvidas,e a única coisa que ela disse foi que nunca tinha ‘dado de cara’ com um igual a ela,ou seja,nunca tinha visto um fantasma,ou então ela já encontrou com um mediador,mas se ela já se encontrou com um mediador,o que ela ainda faz aqui?Enquanto dúvidas vão brotando na minha cabeça, a ‘conversa’ continua.
Aparentemente a Bellatrix explodiu conosco,mas bem,essa característica é típica de alguns fantasmas,não liguei muito,mas a Anne revidou em palavras,não em ações, o que me surpreendeu um pouco,afinal,quando eles ficam com raiva,podem provocar outro terremoto em Carmel.
Até que uma pergunta da Bellatrix me fez sair dos meus pensamentos:
- Bem,-Você até que pode estar certa, mas supondo, eu disse su-pon-do que você está certa, tem como eu sair daqui?
Epa,essa pergunta eu não entendi,quero dizer,eu entendi,mas não compreendi da onde ela queria sair,da festa?De Carmel?Do estado de fantasma?
E,certa sobre o que?Afinal,essa pergunta era voltada a mim,ou a Anne?
Tem horas eu me assusto com a minha capacidade de não pensar tão rápido em determinadas situações ,mas preferi ficar em silêncio novamente,mesmo já sabendo que estava na hora de fazer alguma coisa,ou de falar alguma coisa.
Além do mais,eu percebi que alguém nos encarava de longe,era uma menina,como eu ia dar uma resposta para Bellatrix?Ou eu poderia virar para Victória e dar uma resposta,rezando que Bellatrix entendesse que a resposta era para ela.
Admito,já passei por situações piores antes,mas hoje,não estava a fim de complicar as coisas,então aguardei que alguém mais falasse,e aí sim,abrir a boca novamente,nem que o próximo a falar seja fantasma.
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Bellatrix Marie Sanders
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyTer Dez 02, 2008 6:51 pm

Eu percebi a primeira moça olhando de mim para Ann, e de Ann para mim outra vez.
- Que foi, tá olhando o quê? Essa coisa de moderador pode me ajudar? Hun, du-vi-do.
Du-vi-do mesmo.
Uma pessoa, que vem do nada pra lugar nenhum e parece na minha frente via poder me ajudar, sendo que eu rodei o mundo todo. Eu disse todo, e nunca achei ninguém que me visse, ouvisse?
O máximo que eu recebi de comunicação da população mundial nos últimos dois séculos foram alguns 'Hn, que arrepio', ou 'Que frio que me deu agora, acho que vai chover, feche as janelas.'
Eu não posso negar que a idéia de ir para um lugar diferente, um estado espiritual diferente depois de tanto tempo neses que estou é algo que me assusta.
Quero dizer, eu já me acostumei com essa coisa de atravessas paredes e brincar de levantar árvores quando ninguém está vendo.
Mas e se do nada todos pudessem me ver? Mais ou menos como acontece agora.
Virei-me para a moçinha (Loren) e coloquei todos esses meus pensamentos em palavras.
- Eu quero saber se eu posso deixar de ser uma fantasma, e se eu deixar, para onde eu vou? E quem pode me mandar para lá?
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James Vandervoot
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyTer Dez 02, 2008 7:48 pm

Eu precisava realmente estar ali?
Para mim eventos sociais eram absolutamente inúteis e eu só estava ali à pedido da senhorita Victoria.
Um evento social que ainda contava com presença de fantasmas, incluindo uma fantasma mimada, cheia de si e que, aparentemente fora capaz de se alienar por 200 anos era mais do que minha já pouca paciência poderia aguentar.
Ainda mais depois de ouvir suas perguntas. Onde ele conseguiu se meter por 200 anos?

- Eu quero saber se eu posso deixar de ser uma fantasma, e se eu deixar, para onde eu vou? E quem pode me mandar para lá?

- Com o perdão da falta de respeito, mas o que andou fazendo por duzentos anos, ficou enfiada num baú? Estou aqui há dois séculos também e já encontrei tantos fantasmas quanto possível e alguns mediadores. Talvez se a senhorita tivesse se dado ao trabalho de olhar além do próprio mundinho, onde é o centro do universo, se desse conta de tais pessoas. - E me virei para a senhorita Victoria. - Me desculpe, mas isso é demais para mim.

E dando um beijo polido em sua face voltei ao meu navio. Sinceramente, tudo que eu precisava era de paz.
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Neil Acker
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyTer Dez 02, 2008 8:47 pm

Ok Neil, porque você sempre tem que acabar com tudo? Que idéia é essa de agir como uma velharia humana? Só porque você está em uma festa no estilo um pouco mais antiquado? Tenha dó! - É, vocês já podem perceber como ele faz sucesso com as mulheres quando abre a boca. Se eu pudesse dar um conselho a ele seria: Neil finja-se de mudo e apenas sorria. Você vai conseguir muito mais. Mas quem pode dizer que ele me ouviria? Nem gasto meu tempo.

Ele já estava com idéias derrotistas, de que a moça iria dar um sorriso amarelo para ele e sair dali. Neil tinha que se lembrar que as mulheres de hoje não gostavam dessas coisas. Bom, e ele não era expert nessa área. Mas para a sua surpresa ela sorriu, sim, sorriu e ele claro se animou perceptivelmente para depois murchar com a sua resposta. - È Neil, você é péssimo. Não tem como te definir melhor nesse momento. – Só que ela continuou e começava a ficar claro que Alexandra queria brincar com ele. Tirar uma com a sua cara, antes de ceder qualquer coisa. Fora exatamente isso que ele pensou. E isso o deixou bastante animadinho. Ela seria o tipo de mulher que ele deixaria pisar nele, só para aproveitar um pouquinho – Oh Gosh!

Com toda a certeza, ele também não estava com um pingo de humor pra dançar – aquela dança que ele não conhecia – tendo uma linda mulher lhe convidando para dar uma voltinha lá fora. Isso o fez pensar que ele não fora de todo mal. Estava melhorando em suas cantadas ou o seu charme estava se acentuando cada vez mais. -Claro, você está certa. Que diversão teríamos aqui com essa dança ridícula? - Deu uma pequena gargalhada de sua própria piada, parando rapidamente para não ficar mais idiota.

Alexandra enlaçou seu braço no de Neil e ambos saíram do salão. Ele tinha que tomar cuidado para não parecer um pavão, exibindo uma mulher como aquelas. Tentou ficar o mais sério e discreto possível. Para ele, cometer uma gafe era quase uma característica própria. Saíram silenciosos do salão. E eu quero lá saber de fantasmas? A festa está correndo bem melhor do que eu imaginei. Olhou uma vez para ela, que o olhou de volta, e sorriu de forma não muito aberta. Parecia até que ele estava aprendendo, né? Será que ele conseguiria ser sedutor uma vez na vida, sem as suas artimanhas? Conseguir ele conseguiria, mas tinha que aprender muito ainda.

Saíram para uma noite extremamente fresca, com uma lua enorme no céu, iluminando o jardim belamente. Neil olhou automaticamente para cima e decidiu começar o seu show. -A Lua cheia nos deixa mais sensíveis, mais impulsivos. São as noites onde coisas muito diferentes do que estamos acostumados a fazer ou ver, acontecem.- Baixou o olhar para ela e sorriu levemente. Ele era um bom leitor, para perceber que ela não iria cair naquelas baboseiras, então resolveu mudar de assunto. Entraria num assunto mais assustador. Colocou uma expressão séria em seu rosto e falou: -Não só os humanos vivos não é? Muitos dos que já foram e ainda vagam pela terra ficam um pouco eufóricos.- Neil nunca aprenderia mesmo. Ou será que aprenderia?
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Beatricce Del Vecchio
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyTer Dez 02, 2008 9:33 pm

-x-


Aqueles dias estavam sendo terrivelmente cansativos para mim. O voluntariado no hospital estava realmente me tirando toda energia que eu pudesse ter, na verdade, os problemas não eram tanto com quem estava lá, afinal, eu estava numa UTI, e, por mais seco e frio que isso possa soar, as pessoas que estão lá não são um exemplo de agitação. Não, meu problema não era com elas, mas sim com quem já havia ido. Ah sim, você não tem a menor idéia de quantos fantasmas terrenos podem ter num hospital, e numa UTI, mais precisamente. A minha quota estava terrivelmente avançada para um dia só, e eu não tinha certeza se aguentaria mais durante a semana. Era demais. Bem, mas a quem eu queria enganar? Eu iria aguentar sim, afinal, eu me propûs a isso. Era do meu dom e da minha profissão que estava falando.

Por tocar no assunto, as minhas pesquisas neurológicas é que devem ser a verdadeira essência do meu desgaste. Eu não estou conseguindo nenhum resultado efetivo como eu imaginava. À primeira vista, as ondas cerebrais emanadas de uma pessoa que é capaz de fazer o que eu faço, é normal, igual a de qualquer outro. Eu estava muito cansada em ter que manejar as pesquisas como eu estou agora : usando um laboratório precário da faculdade, e usando meus próprios scans cerebrais como parâmetros. Mas eu não tinha outra saída, não há como eu colocar no mural da faculdade um aviso do gênero: Precisa-se de mediadores para testes cerebrais. Favor contatar Beatricce no prédio de Neurologia I. Sem cabimento.

Às vezes eu páro e penso quando tenho tempo em se eu estou fazendo a coisa certa. Saindo da Itália, tentando a vida em busca de respostas que eu não tinha a mínima certeza de que poderiam existir. Quer dizer, eu pendo muito de modo analítico. Para mim, existe uma possibilidade disso que acontece comigo e com pessoas como eu, seja uma mera dinsfunção cerebral de distorce a realidade, surgindo ambientes virtuais dentro do ambiente da própria esfera neural. Algo puramente científico. Era isso que eu queria provar, mas tinha medo de que eu não conseguisse, por não ter como provar algo que não era verdade. E, sinceramente, era uma alternativa que eu estava começando a constatar com mais seriedade que antes, afinal, minhas pesquisas estavam indo de mal a pior. Mas eu não iria desistir, ao menos não até conseguir uma resposta, seja ela negativa ou positiva.

Eu na verdade não estava tão ausente assim das outras perspectivas sobre o assunto. Eu havia lido todo o tipo de literatura médico-cientifica para paranormalidade, e também estava absorta nas explicações teológicas e filosóficas sobre o assunto, atualmente, o que mais me interessava era a posição da Física Quântica, ela explica de maneira densa os assuntos espirituais. A física quântica (indeterminística), estabelece que o futuro é aberto e que cada enredo possível (por muito improvável que ele seja) acontece num determinado universo. Tudo é possível, de acordo com a física quântica: desde as coincidências mais banais aos fenômenos mais estranhos (levitação e outras magias). E era nisso que eu estava envolvida agora, na verdade era uma espécie de alento científico sobre meus fenômenos paranormais.

Mas quando se tem supostos fantasmas que precisam de mediador, numa UTI cheio de pessoas que precisam de você também, para que não acabe incluído no grupo dos primeiros citados, qualquer tipo de tempo livre para tais pesquisas torna-se raridade.

E foi justamente quando eu estava cuidando do procedimento padrão em uma das pacientes que eu o vi pela primeira vez. Era um rapaz alto, bonito, cabelos escuros, e idade por volta de 25 anos, tinha um semblante calmo, mas ao mesmo tempo altivo, e também estava envolto em um brilho azulado. Brilho azulado?. É, isso aí, ele era um fantasma. Um fantasma que precisava de minha ajuda.Eu respirei fundo, e me virei para ele, tendo o cuidado de olhar em volta para ver se havia alguém ali, acordado, ou olhando para mim. Nada.

-O que houve?- falei, calmente, olhando para ele. Para minha supresa, ele deu um risinho, e desapareceu. Ótimo, um fantasma que quer atacar ainda mais o meu juízo .

Ele passou uns dias sem aparecer, até que, certo dia, eu estava cuidando dos curativos do senhor Daniels, quando ele me apareceu novamente, dessa vez, usou de seus dons para pegar um jornal que estava na cabeceira, e mostrar para mim um página da coluna social que estava estampada. ''[i ]O noivado do ano: Paris Good e Juliet Carey fazem cerimônia suntosa para oficializar o compromisso.[/i]''. Olhei para ele, sem saber de nada. Ele somente me disse:

Você deve ir até a festa, Beatricce

Excelente, um fantasma que fala por códigos? Já não me basta a minha vida?

-x-


Não me pergunte o que foi que me levou até a loja de fantasias para alugar um lindo vestido lilás e preto, com rendas irlandesas formando mosaicos, aliado a uma máscara preta com plumas saindo do lado. Também não me pergunte o que me fez me arrumar, deixar o cabelo caindo em cascata , e os olhos maquiados com um arranjo de sombras escuras e marcadas, que faziam constrante com meus olhos verdes.

E não tenha a audácia de me perguntar o que me levou até a entrada da festa, devidamente vestida, e dando em cima dos rapazes que cuidavam da entrada, para poder passar sem que se lembrassem do convite, o qual, eu, certamente não tinha.

Alguém com certeza iria me pagar por isso

Mas eu estava lá. Olhei ao redor, mostrando minha supresa pelo adorno do salão, e pelas pessoas que estavam maravilhosamente vestidas, aliando-se à beleza infindável que brotavam daquela arrumação meticulosa. Ao olhar mais profundamente, notei que ali também se encontravam pessoas de brilho azulado. Umas sozinhas, outras falando com possíveis mediadores. Aquela não era uma cena recorrente, mas eu sabia que era uma coisa a se ver. Olhei mais perto, notando como as pessoas se comunicavam umas com as outras, mas meu olhar sempre recaía nos fantasmas e nos mediadores. Pensei longamente em me adentrar no grupo daqueles jovens, e pedir auxílio na minha pesquisa, mas alguma coisa me tirpu daquela linha de raciocínio. Alguma coisa não, alguém.

Ele. O fantasma que era o motivo para eu estar ali agora. Ele pousou seu olhar em mim, e, dando um sorriso de canto de boca, saiu em direção aos jardins da mansão. Ergui uma sombracelha, e decidi que o melhor a fazer era seguí-lo. E assim eu fiz. Saí apressadamente até a área externa.

Agora eu queria uma explicação. De uma vez por todas.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 9:48 am

Bom, aconteceu uma coisa muito estranha naquela festa! Ah, Deus... por que justo agora?? Sabe, a festa estava interessante. Não que ela não tenha se tornado bem mais significativa depois daquele fato... depois das minhas descobertas. Mas eu não consigo pensar em mais nada agora, senão na presença Dele neste salão.

Quando adentramos a mansão eu percebi o mesmo tipo de “quase” decepção nas expressões da Caddie e da Angel, o mesmo tipo que estava esboçado em minha face. Nós sabíamos que poderíamos nos divertir muito naquela festa, mas também sabíamos que seria um trabalho bem árduo encontrar alguma diversão ali, mas somos esforçadas, então isso não era problema algum.

As pessoas naquele salão eram todas tão elegantes que cheguei a pensar que elas deveriam achar que eu era alguma penetra ou coisa do tipo. O que não deixa de ser uma meia verdade, afinal, quem eram mesmo os noivos? Eu sabia que eu estava arrasando com meu vestido vermelho cor de sangue, mas aquelas garotas estavam usando vestidos longos!! Eu estava em uma tremenda desvantagem diante delas, mas eu sabia que eu iria arrasar bem mais corações. Afinal, eu tinha essas pernas lindas à mostra, e elas? Hunf! Indiscutível essa questão. E todos aqueles olhares masculinhos em cima de mim significavam algo, certo? Certíssimo!!!

Quando nós começamos a beber os champanhes que os garçons – gatíssimos – estavam servindo, foi ai que tudo virou do avesso. Foi ai que aquela festa começou a causar um pouco de claustrofobia em mim. Eu estava desfrutando deliciosamente daquela bebida, como era bom colocar álcool de verdade na boca. Os meus olhares recaíram sobre cada pondo daquele salão, buscando qualquer indicio de que aquela monotonia iria acabar em breve, mas consegui apenas me distrair o suficiente para não perceber um brilho intenso emanando de uma pessoa um pouco próxima dali. Era um rapaz. Olhando melhor eu poderia afirmar, com uma certeza absoluta, que era um homem, na verdade. E ele estava olhando pra mim, com aqueles seus olhos lindos, aquela pele tão alva... como a de um fantasma. E era exatamente isto que ele era! Talvez... o meu fantasma.

Ah, Deus, ele estava mais lindo do que nunca. Mas, espera um pouco, eu nunca reparei, antes, que ele era realmente lindo. Certo, essa história é bem confusa, realmente, mas fazia muito tempo que eu não o via, eu ainda era uma criança quando ele me deixou. Tudo o que eu sabia sobre ele era apenas seu sobrenome: Fuller. Eu o vi talhar a palavra na janela do meu quarto, uma vez, e sabia que este deveria ser seu sobrenome. Mas, além disso, eu mal sabia seu primeiro nome, de onde ele era, quem ele era, porque estava morto, o que fizera durante anos morando em meu quarto, porque desaparecera tão de repente de minha vida, e coisas do gênero.

Eu tentei me controlar assim que bati os olhos nele e o reconheci logo de cara, meus batimentos estavam tão acelerados que acho que as pessoas poderiam pensar que eram as batinas de algum psy ou algum hip-hop, e eu até as via à procura do som. Eu tentei me distrair com qualquer coisa, e os comentários engraçados da Angel e da Caddie, naquele momento, ajudaram muito. Não o bastante, porque quando eu menos esperei ali estava Ele, bem diante dos meus olhos. O que foi aquilo, afinal? Eu não gosto nem de pensar na possibilidade dele ter me reconhecido, mas eu não entendi porque ele iria agir daquela forma, como se realmente fosse invisível pra mim. Ele sabia que não era.

Mas, então, eu entendi que ele não fazia a menor idéia de quem eu era realmente. Eu só não entendia como, nem por que. Eu não acredito que eu tenha mudado tanto desde àquela época. Eu engordei tanto assim? Ah, Deus, eu deveria ter me transformado em uma baranga, eu podia ler isso nas expressões dele, ainda mais depois daquele suspiro tão profundo e entediado que ele soltou bem diante de mim.

Eu tive uma completa sensação de dejá vu com a presença dele, e não foi nada interessante, uma vez que eu não sabia o que fazer. Ir falar com ele? O que eu iria dizer, afinal? Eu sou uma dama, ele é quem deveria vir até mim!!

Apertei a taça de champanhe o mais forte que fui capaz, eu queria extravasar pelo menos um pouco do meu nervosismo. Será que a Caddie ou a Angel perceberam? De repente eu estava tão calada, os olhares vagantes, eu definitivamente deveria ter disfarçado melhor.

Eu só pensei em uma coisa, e era em dar uma volta e desaparecer um pouco de vista. Mas, pra minha surpresa, era exatamente essa a intenção das meninas. E, sem dizer mais nada, seguimos rumos diferentes. Ok, elas achavam que eu iria atrás de diversão, mas eu fui em busca de um pouco de ar fresco mesmo. Qualquer um teria percebido a minha mudança de humor e comportamento repentino.

Segui direto para a saída, esbarrando em algumas pessoas sem querer e esquecendo completamente de pedir desculpa a elas. Maldição, ele estava me deixando nervosa. Passei as mãos nos cabelos, alisando-os e pondo-os para frente, queria esconder meu rosto, eu sabia que estava rubra de vergonha. Mas eu não resisti à tentação de fitá-lo pelo menos uma última vez, foi quando eu percebi o quanto ele estava próximo. Mas que droga, ele estava na minha cola, nossos rostos ficaram à centímetros de distâncias. Sabe o que eu pensei? Que eu poderia beijá-lo se eu quisesse. Ok! Ok! Ok! Insanidades agora não!!

Ele estava me fitando de um jeito até mesmo indescritível. Havia curiosidade e interesse em seus olhares, mas ao mesmo tempo dúvida, eu podia ver as suas sobrancelhas franzidas.

Antes mesmo que eu pudesse dar um passo em direção à saída, fui rapidamente impedida por um corpo – digamos grande, másculo, atlético, perfeito etc etc etc -, que simplesmente me interceptou de supetão. Maldição, duas vezes!! Com aquela fincada brusca de minhas sandálias sobre o chão o inevitável aconteceu. Ele... o meu fantasma... o Fuller – me lembrem de descobrir o primeiro nome dele -... encostou em mim! Sim... ele esbarrou em mim... ele roçou o braço em meus ombros nus. Ah, Deus, aquilo foi demais. Parecia que uma corrente elétrica tinha tomado conta de mim... completamente!! Mas isso não foi muito legal, sabe... eu arfei assustada, e ele parecia igualmente aterrorizado. Se ele não tinha me reconhecido pelo menos uma certeza ele tinha: eu era uma mediadora, ou quem sabe uma deslocadora - ou uma fantasma??!

Eu juro que tentei impedir aquele corpo másculo – atraente – quando, no instante seguinte, avançou sobre mim, capturando meus lábios em um beijo avassalador. Eu não tinha a menor escapatória, ele não tinha apenas colado nossos corpos, mas estava segurando meu rosto, também. Aquele foi o pior beijo da minha vida!!!! Reparem, eu disse o meu pior beijo!! Porque ele beijava muito bem... mas eu não estava com a mínima vontade daquilo. Meu fantasma estava ali, eu sabia que estava, provavelmente estático e alarmado demais com aquela cena até meio estúpida.

Assim que o carinha finalmente encerrou o beijo, eu não tinha onde enfiar a cara. Tudo o que eu fiz foi esboçar minha pior expressão de desgostosa para o cara e buscar explicações para o acontecido.

- O que você pensa que está fazendo? – perguntei a ele, pondo as mãos na cintura e sentindo meus lábios dormentes pelas mordidas que ele havia me dado.

- Relaxa, gatinha. – ele disse, aquilo foi meio inapreciável, mas eu deixei passar. – Eu e meus amigos vamos dar uma festinha particular... – pronunciou bem próximo ao meu ouvido, mas eu sabia que qualquer um ali podia escutar. - ... Naqueles quartos ali... – e apontou para os ditos cujos... hum... interessante. – Vamos esperar por você lá!

Ah, Deus!! E agora?? A tentação é grande, eu confesso, e como eu queria que a Caddie e a Angel pudessem estar aqui. Elas aceitariam no mesmo instante, disso eu tenho certeza. Dizendo aquilo, o meu rapaz másculo desapareceu de vista, e me deixou na “pior” companhia possível. Eu queria ter dito melhor, mas eu estava tão nervosa que não combinaria nada com o momento. Eu só sabia de uma coisa: eu precisava dar um basta naquele jogo idiota, ele estava conseguindo me enlouquecer com aquilo.

Virei-me abruptamente em direção a ele e, ainda com as mãos sobre a cintura, perguntei o mais sussurrante que consegui, eu não podia chamar a atenção das pessoas ali, né?!

- Você está agindo como um idiota ou o quê? – perguntei a ele, tentando não corar o máximo que pude. – Será que dá pra falar alguma coisa?

Será que peguei pesado? Ele estava tão... lindo! Eu sou uma boba mesmo!
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 11:07 am

Ellizabeth andou por entre as luzes do poste, enquanto o vento cortante açoitava-lhe o rosto e fazia os longos cabelos castanhos bater violentamente contra suas bochechas.
Seus passos ligeiros pareciam suspeitos àquela altura da noite, mas sua pressa era insana para que concluisse um serviço perfeito.

A cada passo que Ellie dava, diminuiando a distância do seu caminho, sentia a coragem invadir-lhe o peito numa insolência pecável. Seus planos santos eram de uma santidade atroz que os tornara num crime incondicional.

Os olhos brilharam à medida que as luzes, acima daquela colina, ficavam mais perceptiveis. Crispou os lábios e diminuiu o andar quando notou a movimentação de pessoas na entrada.

Não esperava que fosse fácil, nunca era. Mas em seu âmago mantinha a esperança de que pudesse voltar para a casa e descançar sobre os braços cálidos de Hipnos, em um sono onde o ónus de sua consciência não a impedisse de sonhar.
Só que não seria assim, por mais que seu íntimo gritasse que poderia ser, não era.

Admirou a entrada da mansão antes de se aproximar dos seguranças. As paredes talhadas em calhau e com aspectos medievais pareciam imperiosas e gigantes ao se olhar de frente. Uma imensa porta de madeira separava o quente e acomodado interior da casa da fria e detestável escuridão do jardim.

Demorou-se antes de entrar para que pudese repassar o desígnio mais uma vez intencionando que não tivesse problemas.

“Logo! Mais uma vez.”

Pensou, apaupando o bolso de seu sobretudo a procura de algo que viria a ser o convite.

“Espero que o dinheiro esteja valendo a pena.”

Continuou, numa meditação quase inconsciente do que viera a fazer ali.
Encontrou o envelope vermelho e detalhado, então se dirigiu até os grandes homens que guardavam a fronteria daquela mansão.
Entregou o convite e tomou passagem por eles, não deixando transparecer seu nervosismo.

Ellie parecia peculiarmente tranqüila pelas suas verdadeiras intensões.
Tinha em seu rosto uma expressão de delicadeza e imparciliadade que não desmonstravam o sôfrego de seu interior.
Era como aquela casa. Fria e gélida por fora, com suas pedras e portões impenetráveis, porém anciosa e empolgada por dentro, iluminada.

Limitou-se a deslumbrar a decoração da festa. O vermelho mesclava com o dourado numa harmoniosa parceria e o mármore branco dos pisos tinha uma graciosa forma de se misturar com os detalhes mais chamativos.

Achou-se descolada dos demais convidados, todos usando vestidos longos e ternos risca de giz, máscaras e fantasias que faziam jus ao baile e seu tema.

Ela se vestia apenas com um sobretudo preto e nada mais debaixo dele, a não ser suas curvas bem dispostas ao seu tamanho.

O salto de sua bota ecoava dentre as pessoas, mas não chamava atenção entre a música mediavel - assim como toda a festa - que tocava ao fudo.
Sorriu para algumas pessoas e se deteteve em uma das colunas de mármore com as lajotas de uma cor dourada escura.
Procurou dentro de um dos bolsos algo que cobrisse o seu rosto e encontrou uma máscara. Uma que lhe cobria a boca e deixava os olhos claros expostos as luzes amareladas.

Não iria se apressar em concluir o ato que fora designida à fazer. Apenas teria a cautela de conversar com algumas pessoas e acompanhar os acontecimentos mais interessantes.

Não tinha pressa em matar, quanto mais demorado, quanto mais perfeito e cauculado: melhor.




Spoiler:


Última edição por Elizabeth Parrish em Qua Dez 03, 2008 5:39 pm, editado 4 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 11:09 am

Tudo aconteceu mais rápido que meu cérebro retardatário pudesse perceber.

Eu estava parado, junto a escada, admirando a garota com a taça de champanhe. Não sei porque, diabos, ela me olhava, mas eu podia notar seu semblante de confusão e receio.
Uma dúvida começava a ressoar em minha mente e suspeitei seriamente se ela podia mesmo me ver.

O medo tomou conta de mim. Nunca, em toda minha morte, eu conheci outra pessoa que me pudesse ver, senão Katrina. Eu sabia que existiam outros, mas não me dava ao trabalho de procurá-los, por costumavam ser muito... desagradáveis, com a minha espécie, digo.
Somente aquela garotinha de 12 anos teve paciência de entender o que eu desejava, na verdade, o que eu não desejava, que era contar minha história.
Acho que nem mesmo meu nome ela sabia, já que me limitava a dizer-lhe apenas o essencial, que na maioria das vezes, era nada sobre minha vida e morte.

Arrisquei-me a olhar novamente para a loura que parecia extremamente desconfortável, mas tão mais bonita quanto qualquer outra que eu vira por lá, mesmo que minha atenção tenha sido reservada somente a ela, dês de que entrei. O que era particularmente estranho, acho.

Tamanha foi minha decepção quando eu não a vi mais ali, segurando a taça. Ela havia sumido por entre as pessoas elegantes e as mesas enfeitadas. Cerrei meus olhos e percorri o salão, para vê-la, logo mais a frente, tomando caminho por entre os convidados, rumando até a saída - de fato, ela os empurrando, sem cerimônias.

Eu era e ainda sou excepcionalmente persistente. Fui atrás dela, atravessando mesas e causando caláfrios aos humanos, sem me preocupar com que eles sentiam, culpá-los por serem "sensíveis" a fantasmas eu não iria.

Alcanceia-a a no minuto em que ela se virou para me olhar, ou olhar seja lá o que, que lhe chamara a atenção. Nossos rostos ficaram separados por centímetros incontáveis e acho que se ela pudesse me ver, ou sentir de qualquer forma, teria me beijado. Não posso negar que faria mesmo, levando em consideração que ela é bastante, hum, linda - usando de uma palavra formal, por que, para ser sincero, pensei outra coisa.

Franzi meu cenho e olhei-a cheio de dúvidas. Eu ainda podia jurar que ela me via, não sei porque. Bom, talves porque ela me olhasse embasbacada ou porque se mantinha frígida sobre meus olhos matreiros, mas ainda sim acho que me via.
Ela se virou para continuar sua fuga, só que eu a impedi. Me desmaterializei e apareci, no instante seguinte, na sua frente.

O que veio depois me causou uma enorme surpresa.

Ela esbarrou em mim, como se eu fosse um dos humanos quaisquer que apressiavam a festa, esbarrou em mim. Trocamos olhares assustados e aquela situação aterradora me pegara desprevinido.

Como era possível que ela me tocasse?

Eu estava morto, havia puxado minha trouxa - na melhor forma de eufemismo que eu pudesse aplicar - e, no entando, ela ainda podia me ver e tocar. Claro que agora eu tinha certeza que ela poderia me ver, já que ela me tocou, ninguém encosta em alguém ou algo que não pode ver, não é?

Katrina nunca tinha me tocado, mesmo que pudesse me ver, ela nunca se aproximou mais que cinquenta centímetros de mim. Talvez porque eu não permitisse, já que ela só tinha 12 e eu era um homem de 20 anos morando em seu quarto. Não exatamente em seu quarto, mas lá eu passava boa parte da minha eternidade.

Eu não sei porque, mas sorri e ela - a loura - nem percebeu já que estava preocupada em continuar sua fuga precipitada.
Sorri porque pensei que agora ela puderia me beijar se quisesse.

Certo que é um tanto idiota pensar nisso, quer dizer, eu poderia pensar em: "Nossa ela pode me salvar!" ou "Nossa ELA VÊ FANTASMAS, que surreal!", só que ninguém poderia me processar por ela ser uma loura... chamativa. - ainda sim eu queria usar outra palavra, mas ia ser desrespeitoso demais.
Não fui o único a pensar isso dela, já que quando me voltei para fiá-la eu vi um rapaz a agarrando. Juro que minha vontade era de lhe partir a cara. Nunca, nem em minha época, um homem agarrava uma mulher assim, como se ela fosse fácil demais de se pegar.
Meu sangue - se eu tivesse um - ferveu quando ele pronunciou as palvavras:
"festinha particular" e a convidou para participar.

Imaginei se eu era antiquado demais ou se ele era canalha demais. Só que não pude pensar muito nisso já que a moça se aproximou de mim e disse:
- Você está agindo como um idiota ou o quê? – perguntou, fazendo minha expressão de pensativo de tornar débil. - Será que dá pra falar alguma coisa?

Acho que naquele momento não dava para falar nada, já que eu estava com o queixo caído.
Então ela podia mesmo me ver.

Grande descoberta!

Como se eu já não soubesse. Mas não esperei que ela fosse intrépida suficiente para se bater de frente com um cara morto.
Tentei voltar minha expressão normal e responder, de forma menos débil e mais sarcástica:
- Você saiu correndo, eu ia dizer o que? Não se vááá...? - acho que ela não gostou muito da minha irônia e do tom musical que eu dei para a última frase, valendo lembrar que minha voz estava bastante rouca por falta de uso. Mas ela pareceu mais nervosa do que com raiva.

Eu ri, achei bonita sua expressão de desespero e isso me lembrou um certo alguém...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 1:04 pm

Quando eu me virei na direção dele... do meu fantasma... eu realmente precisava acabar com aquela situação um tanto perturbadora. Eu não estava gostando daquele silêncio sepulcral, daqueles olhares que ele estava me dirigindo, eu preferia que ele realmente tivesse vindo falar comigo desde o início. Mas o que é que há, afinal? Ele morou durantes anos na mesma casa que eu, em Londres, e agora está fazendo esse papel de difícil e rude?!

Assim que eu pedi pra que ele falasse alguma coisa, realmente, eu desejava que fosse algo significativo, mas não nenhum tipo de ironia ou gracinha como aquela que ele proferiu:

- Você saiu correndo, eu ia dizer o que? Não se vááá...?

Eu acho que eu deixei bem claro o meu desgosto por aquela petulância, porque ele pareceu perceber minhas expressões irritadiças. Apertei minhas mãos ainda mais contra a cintura e o fitei compenetradamente, eu tentaria invadi-lo com meus olhares se isso fosse possível, mas não era, e não havia nada mais que eu pudesse fazer para diminuir a minha raiva.

Raiva não é bem o tipo de sentimento que eu deveria estar nutrindo por ele, agora, eu sei que não, mas estava sendo inevitável.

Pensando nisso, no quanto eu estava sendo grosseira com ele, suspirei pesadamente e foquei meus olhares nele, novamente, enquanto ajeitava minha máscara de plumas vermelhas sobre a face. Eu ainda estava segurando a taça de champanhe, e ela ainda estava parcialmente cheia. Isso é um crime!!! Por isso, levei a taça aos lábios e tomei, em um único e profundo gole, todo o conteúdo líquido que ainda havia restado ali. Senti o álcool descer asperamente pela garganta, e um bolo nervoso se formando ali, também, eu ainda estava sem reação diante do fantasma.

Pigarreei abafado e arquitetei o que realmente iria dizer a ele, eu ainda estava em dúvida se ele havia mesmo me reconhecido, mas da forma como se dirigiu a mim, tão intimamente com aquele sarcasmo todo, talvez soubesse quem eu realmente era.

- Ironias não são muito o seu forte, querido. – disse a ele, sorrindo meio lábio e tentando não demonstrar a tremulação das minhas mãos – Primeiro, eu não sai correndo, que fique bem claro. – disse, novamente, apontando um dedo bem diante dos olhos dele, com a mesma mão que segurava a taça vazia. – E, segundo, você deveria, sim, ter vindo falar comigo. O que você queria afinal? Me comer com os olhos? – suspirei cansada, acho que toda aquela dose altíssima de sarcasmo estava esgotando minhas forças.

Agora eu estava curiosa para saber o que ele iria responder depois daquela minha última indagação!
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 1:40 pm

O jeito como ela mantinha as mãos sobre a cintura, como gesticulava e falava, tudo era aterradoramente familiar, mas nada que eu soubesse ao certo naquele momento.

Ela ficou parada, pensando no que me dizer depois do show que eu dera e estava inteiramente convencido de que fora um idiota completa, já que não devia ter estragado minha única chance de conversar com alguém, especialmente, alguém como ela.
Não me refiro ao dom de ver fantasmas, mas seu dom de me mexer comigo.
Se eu tivesse um coração ele estaria dando piruetas a cada gesto que ela fazia com as mãos.

Essa moça olhava para mim de uma forma tão íntima e compenetrante, como se tentasse me desvendar e ver além do que eu aparentava. Me assustei com seus olhares, mas logo em seguida fiquei admirado com sua forma, como se fosse possível que mais alguma coisa nela fosse admirável.

Ela meditou um pouco, arrumou a máscara que lhe cobria os olhos impedindo que sua cor fosse vista, então bebeu o restante do champanhe que tinha em mãos e olhou para mim, pretendendo dizer algo.
Fiquei concentrado na taça que ela segurava e a minha vontade de beber alguma coisa alcoolica aumentou em proporções ilimitadas.

Ah se eu pudesse!
Ah se me minha condição permitisse!


Antes que percebesse, um dedo estava apontando para o meu rosto e os olhos enfurecidos dela encontraram os meus.

- Ironias não são muito o seu forte, querido. – disse ela e eu notei que seus pés não estavam tão firmes como sua voz. – Primeiro, eu não sai correndo, que fique bem claro. – continuou – E, segundo, você deveria, sim, ter vindo falar comigo...

E eu não ouvi mais, porque estava hipnotizado o suficiente para não tomar conta da minha consciência

- Seus olhos são lindos! - falei, mais como um murmúrio. Não pude controlar minha voz, quer dizer, os olhos dela eram realmente impressionantes, eram de um verde cristalizado e dependendo da luz pareciam até azuis. Me lembrava um pouco dos meus próprios olhos, mas eles não são tão líquidos como os dela.

Desviei minha atenção do seu olhar e tentei responder da melhor forma possível. Mesmo achando estranho o jeito como ela se dirigia a mim, como se fóssemos conhecidos ou coisa do gênero.

- Desculpa minha irônia, é uma coisa que não posso controlar! - falei rindo e passando a mão pelo meu cabelo -E como eu poderia falar com você se não tinha noção de que poderia me ver? Não sei se notou, mas não são todos que podem. - eu falei apontando para as outras pessoas e me lembrei da última coisa que ela disse, mesmo que não tivesse prestado atenção - Não estava te comendo... - parei e depois acrescentei nervoso - ... Com os olhos! Só achei estranha a forma como você me olhava, sendo que achei que não pudesse.

Tentei me explicar o melhor que pude, mas era díficil quando ela me olhava daquela forma tão... inexplicavel.
Suspirei e abaixei os ombros, confuso com tudo aquilo e esperando que ela pudesse me entender.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 3:03 pm

Sabe, eu lembro perfeitamente bem do Fuller... nós moramos em uma mesma casa por 12 anos!! Tudo bem que eu só tive idade suficientemente decente para notá-lo e admirá-lo aos 8 anos de idade, talvez? Contas, não... não é comigo! De qualquer forma, quando eu realmente estava certa de que ele era um fantasma e de que ele não deveria estar ali, dividindo o mesmo quarto que eu, e que, lógico, deveria haver uma razão para isso, explodiu uma bomba diante de mim: a separação dos meus pais.

Ao mesmo tempo em que eu me afastei dele, ele fez o mesmo comigo. E desde então nunca mais tínhamos nos visto. Quer dizer, não até hoje, até aquele momento.

Quando eu despejei toda minha fúria pelas gracinhas e ironias dele, após passados alguns poucos segundos, eu pensei tê-lo ouvido murmurar algo. Mas era de um sussurro tão profundo que eu não fui capaz de entender uma letra sequer. Eu só sabia que deveria ser algo interessante, pelo jeito como ele estava me fitando, seus olhares pareciam querer se fundir nos meus. Eu podia ver um brilho diferente cintilando nas Iris deles, mas logo desfiz essa idéia, seria meio impossível, certo?! Droga, ele está morto.

Eu estava tão perdida nessas divagações que nem mesmo percebi que ele estava entreabrindo os lábios e articulando seus próximos diálogos.

- Desculpa minha ironia, é uma coisa que não posso controlar! – eu o ouvi dizer, enquanto passava os dedos entre os cabelos sedosos, de uma forma tão... sexy!

Ele deu uma pausa considerável, seus olhares estavam um tanto ofuscados, eu sabia que ele deveria estar tentando não compenetrá-los muito nos meus. Por alguns milésimos de segundos pensei que estivesse fazendo um papel de ridícula com aquela máscara cheia de plumas, mas eu não podia tirá-la, a festa exigia que usássemos.

- Ah, ótimo... – iniciei, usando um leve tom de escárnio na voz, e senti a necessidade de completar, mas em tom baixo para que ele não escutasse – E será que antes de virar presunto você pelo menos controlava bem outras coisas?

De onde eu tirei isso? Santa Madre Tereza-de-Qual-cu-tá!!! Desde quando eu sou tão pervertida assim? Mas eu bem que queria que ele tivesse escutado...

Quando o visualizei, novamente, ele estava com um dedo apontado para o salão, ao nosso redor, e já preparava novos diálogos. Eu sentia uma trepidação desconfortável no estômago só de pensar na possibilidade de ouvir sua voz novamente.

-E como eu poderia falar com você se não tinha noção de que poderia me ver? Não sei se notou, mas não são todos que podem. – disse ele, voltando a me fitar.

Não. Ele estava certo. A maioria daquelas pessoas ali deveriam ser humanos. Eu acho difícil que existam muitos mediadores por Carmel, mas eu ainda penso em poder conhecer alguns que possam me ensinar os princípios básicos de uma mediação... durante todos esses anos ninguém nunca me explicou sobre isso.

Eu não tinha o que dizer a ele, nunca conversamos sobre o fato de eu poder vê-lo, e eu havia, até mesmo, descoberto naquela noite que poderia tocá-lo também. Isso bem que podia significar alguma coisa né?! Droga, quantas vezes vou ter que lembrar? Ele está morto, Kat!!

- Não estava te comendo... – ele disse, no que eu arregalei os olhos assustada e senti o ar me faltando - ... Com os olhos! – ele completou, e ai sim pude respirar aliviada, embora eu quisesse que a frase tivesse mesmo o primeiro sentido que me veio à cabeça. (Kat, se controle garota!) - Só achei estranha a forma como você me olhava, sendo que achei que não pudesse.

Eu ainda estava um pouco aterrorizada pela forma como ele iniciou aquele último diálogo, então foi quase impossível desfazer minha expressão pasma assim, de imediato. Dizendo aquelas coisas, daquela forma, ele parecia tão... atraente!! Ah Deus, por que será que eu não paro de prestar atenção naqueles cabelos meio bagunçados, naqueles lábios finos tão apetitosos, naqueles olhos meio esverdeados quase indefinível sua cor real, sua pele tão alva e até mesmo fantasmagórica...

Ah!! Porque eu tinha que ser uma criança estúpida naquela época em que nos conhecemos? Se eu tivesse percebido tudo isso antes, quando nós ainda morávamos juntos, talvez tudo fosse diferente hoje...

Eu o vi abaixar a cabeça, como se estivesse se resignando e, a partir de agora, eu decidiria se o entenderia ou não. Claro que sim, quer dizer, mais ou menos né?!

- É claro que eu posso vê-lo! – disse a ele, deixando escapar um riso de deboche do tipo “isso é meio óbvio, né? Eu sempre vi você, queridinho, esqueceu?!”. – O que está fazendo aqui, em Carmel, nessa festa? – indaguei a ele, realmente curiosa. –Por que você não arranja uma bebida pra mim, Sr. Cadáver? A minha acabou! – disse a ele, fazendo um biquinho birrento e mostrando-lhe o interior da minha taça, vazia.

Era tão divertido dialogar daquela forma com ele, uma vez que, no passado, eu era tão infantil que nem mantínhamos conversas decentes.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 3:53 pm

Pode-se imaginar que não é fácil para alguém como eu, que depois de anos sem falar com ninguém, ter que lidar com a situação em que havia me encontrado.

O problema não era falar com alguém e sim com esse alguém.

Então quer dizer que eu passei anos sem conversar nem tocar em ninguém e de repente aparece ela, tão bonita e... bem, muito bonita e eu posso fazer o que quiser com ela.
Quer dizer, se fosse um homem, ou alguém menos... desejável - por assim dizer - eu não estaria tão nervoso e cauteloso com minhas ações.
E se ela não me olhasse... Como estava olhando agora, talvez meu pulso - se eu tivesse um - não aceleraria tanto.

Quando eu acabei de dizer, de explicar tudo, me convenci de que tinha sido um completo idiota, já que ela parecia paralizada com minhas palavras. Acho que não escolhi as frases certas e tenha deixado ela mais cofusa, mas não parei de me achar um pateta.

Eu não sabia como agir na verdade. Quando conheci Katrina eu sabia, sabia porque era mais fácil lidar com alguém 8 anos mais que eu e não me causasse tanta atração, já que eu a considerava minha irmã mais nova.
Só que agora a situação era bem diferente, essa loura, essa que acabei de conhecer, ela era uma moça, uma dama, tinha mais ou menos minha idade quando morri então eu tinha que respeitá-la e conter meus hormônios, até porque eu estava morto e ela viva, muito viva!

Ah droga!

Tentei não pensar nisso enquanto ela dizia, com sua voz suave:
- É claro que eu posso vê-lo! – É, eu notei, era mesmo meio obvio – O que está fazendo aqui, em Carmel, nessa festa? – ela dizia tão amistosamente, como se tivesse me visto em outro lugar antes. Me assustei com essas palavras e limitei-me a não respondê-las, atentando somente a sua outra pergunta – Por que você não arranja uma bebida pra mim, Sr. Cadáver? A minha acabou! - ela falou apontando para a taça vazia e eu sorri de canto, era meio absurdo seu pedido, mas disse:

- Bom Senhorita Humana, eu achei mesmo que foi uma falta de delicadeza eu não ter te oferecido uma bebida antes, só que pensei que seria estranho se os outros, os que não podem me ver, se deparessem com uma taça de champanhe casualmente flutuando por aí. - eu ri e vi algumas pessoas lançando olhares intrigados em nossa direção. - Hã... Sei que vai parecer uma cantada... - eu sorri com a sua cara de espanto e continuei - Mas não é melhor a gente ir para um lugar menos cheio? Digo, se não se incomodar de parecer estar falando sozinha. - eu disse apontando para um homem que a olhava curioso.

Ela me disse algo antes que eu desmaterliazasse e aparecesse em um dos quartos da mansão. Não sabia qual era, mas tinha uma cor muito agradável de rosa salmão. Apesar das luzes apagadas recebia todo o banho lunar que resplandecia pelas cortinas brancas e caiam sobre um banco logo abaixo daquela enorme janela.

Sentei-me naquele banco, com os pés para cima e esperei ancioso para que ela chegasse. Não que eu tivesse segundas intenções... Bom, eu tinha, mais as guardava só para mim e não ia fazer nada... proibido.

Comecei a pensar na besteira que fiz e de não ter ido para o jardim, ou a cozinha, ou a biblioteca ou qualquer outro lugar que não fosse um atrativo para idéias maliciosas. Mas também não tinha culpa de ser o único lugar que não estivesse ocupado por pessoas desocupadas.

Respirei fundo me desvencilhando do pensamento e me assustei quando ouvi um clique na maçaneta. Virei-me para vê-la sorrir, enquanto entrava com cautela para que ninguém a visse.

Ela não podia fazer isso comigo, era injusto, muito injusto.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 4:29 pm

Ah, então era assim?

Eu estava falando com a moçinha (Loren) e esse cara que me dá coisas estranhas se mete na conversa? Ninguém nem estava falando nele, a ão ser que ele leia pensamentos e percebeu que eu estava intrigada com a sua presença.

Além de se meter a conversa ele ainda vem ser grosso comigo? Ah, muito engraçado.

- Com o perdão da falta de respeito, mas o que andou fazendo por duzentos anos, ficou enfiada num baú? Estou aqui há dois séculos também e já encontrei tantos fantasmas quanto possível e alguns mediadores. Talvez se a senhorita tivesse se dado ao trabalho de olhar além do próprio mundinho, onde é o centro do universo, se desse conta de tais pessoas. -Ele se virou para a outra moça, meu Deus! Quanta gente.- Me desculpe, mas isso é demais para mim.

Ah, mas isso não vai ficar assim MESMO. Tentei dizer mais alguma coisa à ele, mas ele simplesmente sumiu quando eu comecei a falar.

- Ei ei ei, onde pensa que vai Sr. mau-humor? - E então ele sumiu, assim, puuuf, no ar.

Eu não ia deixar barato. Tem algo de errado comigo e ninguém ajuda? Me virei para a menina outra vez (Loren). Mas as minhas palavras não foram cuidadosas, eu queria falar isso à ele. Aquele sem educação que me deixou falando sozinha.-Para a sua informação, eu não sairia perguntando para desconhecidos coisas como essas se eu já soubesse a resposta. Fato. Se eu soubesse o motivo de não ter visto nenhum fantasma com exceção de Alex nos últimos dois séculos, eu ão estaria perdendo tempo com criaturinhas implicantes feito você e seus amiguinhos aí. E se existem humanos que não podem ver fantasmas, já pensou na hipótese de fantasmas que não podem ver fantasmas?

Eu respirei fundo e fiquei arrependida, por ter sido grossa com quem não tinha nada com o fato de ele ser um mau educado de primeira categoria.

Talvez depois de todo esse tempo eu estivesse começando a ver fantasmas, mas antes eu não pudesse.

Como uma maldição ou algo do tipo, não sei.


Última edição por Bellatrix Marie Sanders em Qua Dez 03, 2008 8:20 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 7:55 pm

Homens são todos iguais, e isso é um fato incontestável. Debaixo da carapaça de toda uma confiança madurecida, está o instinto infantil de insegurança, perante uma situação não prevista. E, sinceramente, Neil não escapava a essa verdade irrefutável. Por mais que ele não demonstrasse abertamente que estava nervoso, era deliciosamente bom vê-lo com a expressão assusta e supresa com as minhas palavras. Ele deve estar pensando ter ''tirado a sorte grande'' esta noite. Típico.

Fomos então, meus braços entralaçados nos dele, até a parte exterior da mansão, que estava tão lindamente decorada, quando a parte de dentro. Realmente minha família tinha um jeito para mostrar opulência que só nós conhecíamos. Então, ao chegarmos lá fora, permanecemos um pouco em silêncio. Na verdade não quis falar p´rimeiro, deixei que ele tomasse o papel de ''cavalheiro'' e começasse um assunto, e assim ele fez.

A Lua cheia nos deixa mais sensíveis, mais impulsivos. São as noites onde coisas muito diferentes do que estamos acostumados a fazer ou ver, acontecem.-

Eu olhei para ele, levantando uma sobrancelha, sem saber porque diabos ele estava começando uma coisa dessas. Ou ele tinha realmente segundas intenções naquelas palavras, ou eu que estava pensando demais. Decidi dar um chance para a segunda opção, e continuei esperando ver o que mais ele iria proferir. Não demorou muito até que ele dissesse:

ão só os humanos vivos não é? Muitos dos que já foram e ainda vagam pela terra ficam um pouco eufóricos.

Tá, agora eu realmente me surpreendi, ele estava falando de quê? Humanos vivos? Como foi que chegamos a esse assunto? Eu então olhei, interessada para saber que tipo de rumo a conversa iria levar, sinceramente essa era a primeira vez que um assunto como esse surgia nesse tipo de situação. Um ponto a mais para Neil por conta de sua...criatividade?. Empreguei essa palavra simplesmente pela falta de uma melhor. Não definitavamente ele não era um cara totalmente comum.

Conversamos durante mais um tempo, enquanto ele entrava em assuntos totalmente filosóficos e estranhos. Por mais que eu soubesse que as coisas que ele falava não eram totalmente invencionices, eu sabia que ele não era ninguém paranormal. Sabe, pessoas diferentes conhecem pessoas diferentes. E ele, devo dizer, estava parecendo bastante normal nesse sentido para mim. E ele então continuou a falar, enquanto horas eu mostrava interesse, horas eu simplesmente olhava para ele sem realmente ouvir nada.

Então, de longe, eu vi o figura de Mark passando por trás de nós, mais ao longe, sem nos ver. Tinha alguma coisa em Mark que era realmente diferente, para falar a verdade, eu me sentia meio estranha perto dele, algo anti-natural para mim, que sempre fui igual em relação a todos os homens. Talvez fosse porque Mark era, ao mesmo tempo, tão igual e tão diferente de mim. Vai entender. O fato era que agora eu precisava parar de brincar. Eu tinha que discutir com Mark assuntos mais importantes. Neil vai ter que esperar. Infelizmente.

Então, enquanto ele falava, eu tapei sua boca levemente com o meu dedo indicador. Senti ele parando de respirar por alguns segundos, tomado de supresa pelo meu ato. Me aproximeu lentamente dele, olhando ora para seus olhos, ora para sua boca, de maneira provocante. Me aproximei de seus lábios, e fiquei a centimetros dele por alguns segundos, passei direito, e sussurei ao seu ouvido.

Sinto muito, fica para uma outra vez... - então, dei uma risada e saí ao encontro de Mark.

Ah, os homens...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQua Dez 03, 2008 9:52 pm

Eu jurei que ia falar algo,e ia mesmo,até porque Bellatrix disse algo como isso mais ou menos:
- Que foi, tá olhando o quê? Essa coisa de moderador pode me ajudar? Hun, du-vi-do.
Caramba!Aquela minha falação toda quando a conheci não esclareceu nada?Falei,falei, falei e ela não digeriu nada?O que pode ser uma ironia,já que não digere nada há anos,mas,ei,eu não estou falando nada,estou só pensando,antes que pudesse falar,algo que provavelmente não seria meio educado,porque não gosto quando fantasmas não prestam atenção ao que eu digo,afinal,eles tem todo tempo do mundo para prestar atenção ao que eu falo,enquanto eu,não tenho todo o tempo do mundo para repetir aquelas preciosas palavras,mas antes que pudesse falar algo,ela se virou para mim e soltou mais uma de suas perguntas:
- Eu quero saber se eu posso deixar de ser uma fantasma, e se eu deixar, para onde eu vou? E quem pode me mandar para lá?
Ok,não me recordo de ter falado muito sobre algo desse tipo,mas,como vou saber para onde ela vai?Afinal nenhum nunca voltou de lá para me dizer,até porque o meu trabalho é somente mandar eles para lá,agora,aonde é o ‘lá’ exatamente,eu não sei.
Antes que pudesse responder novamente,James decidiu falar,caramba,em matéria de falar,os fantasmas estão se mostrando mais rápidos que eu,toda vez que abro a boca para falar,eles já estão falando:
- Com o perdão da falta de respeito, mas o que andou fazendo por duzentos anos, ficou enfiada num baú? Estou aqui há dois séculos também e já encontrei tantos fantasmas quanto possível e alguns mediadores. Talvez se a senhorita tivesse se dado ao trabalho de olhar além do próprio mundinho, onde é o centro do universo, se desse conta de tais pessoas. Me desculpe, mas isso é demais para mim.
Dito isso,ele deu um beijo na face de Victoria e saiu.
Mas isso me deixou mais intrigada em relação a Anne,agora ela estava em silêncio também,mas,ela também veio aqui falando que nunca tinha encontrado alguém igual a ela,por 400 anos?Ela fez o que?Novamente,antes que pudesse fazer a pergunta,os fantasmas foram mais rápidos....
- Ei ei ei, onde pensa que vai Sr. mau-humor?
Essa foi a pergunta feita por Bella,mas que não teve resposta,já que James já tinha se desmaterializado.
E novamente,ela se virou para mim,com uma expressão,seria raiva?E disse em uma voz não muito educada:
-Para a sua informação, eu não sairia perguntando para desconhecidos coisas como essas se eu já soubesse a resposta. Fato. Se eu soubesse o motivo de não ter visto nenhum fantasma com exceção de Alex nos últimos dois séculos, eu não estaria perdendo tempo com criaturinhas implicantes feito você e seus amiguinhos aí. E se existem humanos que não podem ver fantasmas, já pensou na hipótese de fantasmas que não podem ver fantasmas?
O que eu fiz para merecer isso?Por favor Deus,eu preguei Jesus na cruz?Porque agüentar fantasmas tem horas me tira a paciência,porque eles ficam mau educados comigo?Tudo bem,em alguns casos com razão,mas o que fiz agora?
Com toda a calma que consegui juntar na hora,o que não foi muita,eu disse:
-Mesmo que esteja começando a achar que você não mereça respostas para as suas perguntas falando comigo nesse tom – é assim,que alguns fantasmas começam a pegar raiva de mim -mas estou de ‘tentando’ ficar de bom humor,então,olha,primeiro,não sei para onde você vai,mas sei que nós –e apontei para mim e Victória,que surpreendentemente ainda estava ali-mediadores que mandamos vocês,ou seja, você ainda está por aqui por conta de algo não resolvido e nós temos que te ajudar,mas para onde você vai,honestamente,eu não sei,alguns dizem que é para o inferno,ou purgatório, ou céu,ou o paraíso,cada um tem uma opinião própria a respeito disso.
E dei uma pausa,esperando que alguém falasse algo,mas acho que não esperei tempo suficiente,queria resolver logo,continuei falando..
-E olha,se eu sou uma ‘criaturinha implicante’ ,não perca o seu tempo como você mesmo diz,pode ir,mas se quiser esclarecer suas dúvidas,pode continuar,saiba que seu tom de voz ou suas atitudes não me assustam,já enfrentei piores,bem piores.
Bom,acho que agora ela ia ser mais simpática comigo,e se ela fosse,eu seria mais simpática com ela,é assim que funciona comigo,o sentimento sempre é recíproco,bem,nem sempre,mas na maioria dos casos,agora,decidi novamente ficar quieta,esperar o que alguém possa ter a dizer.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQui Dez 04, 2008 8:04 am

Depois da minha explosão de humor a menina Loren resolveu falar, e seu tom era tão simpático quanto o meu fora.

-Mesmo que esteja começando a achar que você não mereça respostas para as suas perguntas falando comigo nesse tom,mas estou de ‘tentando’ ficar de bom humor,então,olha,primeiro,não sei para onde você vai,mas sei que nós – ela apontou para a outra humana, e eu fiquei surpresa por ela ainda estar ali. -mediadores que mandamos vocês,ou seja, você ainda está por aqui por conta de algo não resolvido e nós temos que te ajudar,mas para onde você vai,honestamente,eu não sei,alguns dizem que é para o inferno,ou purgatório, ou céu,ou o paraíso,cada um tem uma opinião própria a respeito disso.

Ela pausou, talvez esperando que eu começasse outro discurso mau-educado, mas como eu não o fiz, ela continuou:

-E olha,se eu sou uma ‘criaturinha implicante’ ,não perca o seu tempo como você mesmo diz,pode ir,mas se quiser esclarecer suas dúvidas,pode continuar,saiba que seu tom de voz ou suas atitudes não me assustam,já enfrentei piores,bem piores.

Ah, então eu estou cara-a-cara com uma verdadeira super-homem? Le-gal.
Mas é claro que eu não falei, ela tinha razão no que tinha dito.
Eu queria muito esclarecer minhas dúvidas, e só iria conseguir se fosse mais bem-educada.

- Me desculpe, me desculpe.- Eu disse, e depois me sentei ao lado dela, arrumando minha postura e o tom de voz, deixando ambos de uma maneira mais sociável.- Okay, vou ser mais bem-educada daqui pra frente... Você diz... Algo que eu deixei por fazer? Não acho que há alguma coisa, sabe, eu morri de repente, talvez eu não deveria ter morrido daquela forma, ou talvez eu devesse ter ficado na França ao invés de fugir para a América com meu pai e meu irmão... Não sei como isso pode me segurar aqui na Terra.

Mas é verdade, não sei mesmo.

Esperei para a Srta. Sabe-tudo-de-fantasmas me dar uma resposta. Por mais que eu achasse que o que eu havia dito não teria uma.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQui Dez 04, 2008 9:43 am

Bom,aquilo estava sendo um pouco chato de presenciar,primeiro aquela mocinha age como se fosse dona do pedaço,depois quer saber se tem como sair daqui,ao que eu entendi que ela queria saber se tem como deixar de ser fantasma,depois,vira para uma das moças ‘vivas’ ali presente e quer saber se ‘essa coisa de mediador’ irá ajudar, depois o outro fantasma se cansa e vai embora,depois age um pouco mal educada com uma das mocinhas,nossa,não saber o nome deles ainda embaralha meus pensamentos,enfim, toda aquela conversa estava me cansando,e depois uma das que estava viva,ainda descubro o nome dessas pessoas,começa a falar de volta com a fantasma,e a fantasma diz isso por fim:
- Me desculpe, me desculpe.-Nisso,ela se sentou e deixou o tom de voz mais ‘simpatico’.- Okay, vou ser mais bem-educada daqui pra frente... Você diz... Algo que eu deixei por fazer? Não acho que há alguma coisa, sabe, eu morri de repente, talvez eu não deveria ter morrido daquela forma, ou talvez eu devesse ter ficado na França ao invés de fugir para a América com meu pai e meu irmão... Não sei como isso pode me segurar aqui na Terra.
Nossa,aquilo iria continuar a ser chato?Tudo bem,fui eu que vim aqui,mas nunca vi fantasmas em Carmel,em outras partes do mundo sim,mas não aqui,mas enfim,eu já sabia tudo que aquelas pessoas ali poderiam estar falando..
-Com licença,sem querer interromper nem nada,mas,primeiramente,como vocês se chamam?-Dei uma pausa e elas se apresentaram,depois me virei para que se apresentou como Bellatrix- Olha,você diz que morreu de repente,mas você sabe como morreu?
Ok,eu não deveria estar fazendo esse tipo de pergunta,já que não sou mediadora e nem fui em vida,mas,isso estava me cansando,e,aparentemente nenhum deles ainda apareceu aqui na festa,o que eu poderia fazer,se não tentar ocupar meu tempo aqui nessa festa com ‘algo útil’?


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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQui Dez 04, 2008 3:15 pm

Era quase inacreditável admitir a mim mesma que estava realmente bem diante do fantasma com o qual convivi anos e que achei que nunca mais o veria novamente. Pois bem... eu o estava vendo e estava conversando com ele. Adoro a voz dele... tão suave... eu quase não lembrava mais do quanto era tão gostoso ouvi-lo dizer algo... bom... talvez ele realmente seja gostoso por completo!! Kat, dá pra se controlar, garota?!

Não, não dá!!! Ele estava provocando umas reações um pouco estranhas e nada comuns em mim, sabe, umas vibrações meio irritantes no estômago, e isso não é nada confortável. Não que eu nunca tenha sentido isso antes, mas agora está sendo diferente.

Quando eu fiz aquela brincadeirinha de que ele deveria conseguir bebidas pra mim eu confesso que estava com uma ponta forte de vontade de ingerir mais álcool, esse tipo de substância atua tão maravilhosamente bem em minhas veias e me deixa preparada para qualquer tipo de situação.

A questão é que eu não estava realmente preparada para que ele entrasse no meu joguinho e desse continuidade às minhas brincadeiras. Eu não esperava por isso, mas, na verdade, eu o conhecia pouco e não sabia como ele costumava se comportar realmente.

- Bom Senhorita Humana... – eu o ouvi dizer-me, havia um tom de diversão em sua voz, e isso me deixou bem mais animada para continuar a escutá-lo. -...Eu achei mesmo que foi uma falta de delicadeza eu não ter te oferecido uma bebida antes só que pensei que seria estranho se os outros, os que não podem me ver, se deparassem com uma taça de champanhe casualmente flutuando por aí.

É, ele estava certo, seria bem estranho realmente, porém divertido.

- É, você tem razão. – disse a ele, focalizando meus olhares sobre as pessoas a nossa volta e constatando que elas estavam mesmo interessadas em meu visível showzinho de médium. – Eu não sei você, mas eu ainda tenho uma reputação a zelar.

Sorri diante do meu comentário, percebendo que ele havia esboçado uma expressão um tanto descontente, mas que o deixou apenas mais atraente do que já era. Kat, você não tem jeito.

Inspirei e expirei quase como se aquelas fosses minhas últimas fungadas, mas era apenas um desabafo porque tenho certeza de que ele não deveria nem mesmo ter sentido a minha falta durante todos esses anos em que estivemos afastados.

- Hã... Sei que vai parecer uma cantada... – eu o ouvi, quebrando toda a minha linha de raciocínio e me obrigando a fitá-lo bem mais curiosa e interessada do que nunca. - Mas não é melhor a gente ir para um lugar menos cheio? - proposta tentadora, o que ele está pretendendo com isso? - Digo, se não se incomodar de parecer estar falando sozinha. – ele disse, por fim, deixando que seus olhares recaíssem sobre as pessoas e, demoradamente, sobre um homem especial parado um pouco próximo dali.

Definitivamente, era um tanto vergonhoso, para mim claro, estar parada próxima à pista de dança com um copo de champanhe vazio e, aparentemente, falando com o nada. Eu já havia extrapolado minha cota de micos naquela noite diante do meu fantasma, eu tinha mesmo que dar um basta naquilo. Primeiro que não foi nada sensato eu ter saído correndo daquela forma, mesmo que eu tivesse negado a ele esse fato. Segundo que foi uma ousadia eu ter sido atacada daquela forma por aquele garoto másculo que simplesmente surgiu do nada e me convidou para uma festinha particular.

Ei, espera um pouco! Quartos + festinha particular = essa eu não perco por nada...

...Porém... antes eu preciso aproveitar essa oportunidade perfeita de arrastar o meu fantasma para algum lugar onde teremos total privacidade... para fazer sabe-se lá o que ele tenha em mente.

- Ótima idéia. – disse a ele, sorrindo, e era apenas o meu sorriso que ele poderia ver, além de meus olhos. Na verdade, aquela mascara cobria todas as minhas feições. – Posso sugerir um daqueles quartos?

E antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa que fosse, ele simplesmente sumiu dali, se desmaterializando bem diante de meus olhos. E como eu estava apontando para um quarto em especial, eu sabia que era para lá que ele deveria ter ido. Certo, Kat, o que vai ser de você agora?

Eu não iria deixá-lo lá, esperando, iria? Não, eu não podia fazer isso, e nem mesmo queria, na verdade, era a oportunidade perfeita para que eu me aproximasse dele. Kat, você está passando dos limites. FAN-TAS-MA... é isso o que ele é!!! E daí??

Eu precisava apenas me livrar daquele copo vazio e arranjar um cheio, eu estava tão nervosa que poderia beber litros de champanhe.

Assim que consegui uma nova taça de champanhe, segui até o quarto onde sabia que ele estaria me esperando, mas fiz isso o mais discreta que fui capaz, eu não podia chamar a atenção das pessoas, e torcia apenas para que aquele não fosse o mesmo quarto onde estaria acontecendo a festinha particular.

Quando coloquei a mão sobre a maçaneta da porta de madeira foi ai que eu parei pra pensar no que estava fazendo e quase tive ímpetos de fugir dali, como uma garotinha boba que eu sabia que era e não poderia disfarçar. Desfazendo toda a minha vergonha, adentrei o quarto e o visualizei ali, sentado sobre um bando em baixo da janela e com as pernas estendidas para cima. Mais uma vez eu senti aquela sensação inexplicável de dejá vu.

Mesmo ainda muito nervosa, me aproximei dele, observando cada mínimo detalhe daquele quarto. As paredes eram de um rosa que eu mal podia visualizar graças à iluminação fraca, mas era incrivelmente acolhedor. Hum... estava despertando umas idéias meio maliciosas na minha cabeça, pra não dizer os meus hormônios né?!

Acontece que eu estava prestes a conhecê-lo mais a fundo, e isso me deixava um pouco nervosa. Me aproximei dele com um leve sorrisinho nos lábios e, quando próxima ao banco, ele se ajeitou de forma que eu pudesse me sentar ao seu lado, e foi exatamente isso que eu fiz. Eu sentia minhas mãos um pouco úmidas segurando a taça, mas era perda de tempo me repreender por isso.

- Er... – iniciei, sem jeito, tentando não fitá-lo, sabia que isso iria me deixar ainda mais nervosa. – Você vem sempre por aqui? – soltei uma risada divertida, eu sabia que ia começar a falar besteiras. – Sabe, desculpa por eu falar isso, mas eu tenho que expor: agora sim essa festa ficou interessante.

Dizendo isso, foquei meus olhares nos dele e os aprofundei o máximo que pude, era uma boa tática de sedução, havia visto isso em filmes. Rá!! Tem que funcionar. Mas, só por via das dúvidas, eu me aproximei um pouco mais dele, deixando que minha perna roçasse contra a dele e descarregasse uma corrente elétrica alucinante. Minhas mãos estavam inquietas, eu queria poder tocá-lo com elas... sem duplos sentidos, por favor!

Será que eu estava sendo muito atirada? Mas eu não disse nada demais. E nem fiz, também... por enquanto.

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQui Dez 04, 2008 5:26 pm

Eu tinha certeza, mais certeza do que da minha própria morte (eu suspeitava dela, já que tinham coisas em mim que andavam mais vivas do que antes, de uns tempos pra cá), que escolher um quarto para conversar com uma senhorita não era nada correto, na verdade eu me sentia tão puritano quanto aquele que a agarrou.

Mas ali talvez fosse o melhor lugar para conversarmos, conversarmos o que afinal?

Quer dizer, o que eu iria falar com ela?

Talvez eu devesse pedir ajuda sobre meu estado na terra, mas não era algo que eu me sentisse pronto para dividir com alguém.

Eu só queria conversar, conversar com alguém que pudesse me ver e entender, infelizmente, esse alguém, no momento, era uma pessoa loura, alta, de olhos claros e corpo... Hã... Sexy, para não usar aquela outra palavra que eu tento evitar.

Fora que eu também não sabia que ela iria querer falar comigo, certo, até aquele momento ela pareceria querer, só que eu sou um fantasma e, bem, não sou um atrativo para todos os gostos.

Talvez se eu fosse vivo...

É, talvez se eu fosse vivo teria quarenta e tantos anos e ela me achasse um velhaco tarado... Ou eu não estaria falando com ela, que seja.

Só sei que pela primeira vez na... morte... me senti feliz por ter morrido.

Ela se aproximou de mim e eu tentei me ageitar decentemente para que ela sentasse ao meu lado.
Não esperei que ela sentasse tão perto, perto o suficiente para que me fizesse inalar seu perfume tão doce e... cítrico.

Agora eu sou um homem morto e louco. Algo a contestar?

- Er... – ela inicou, de cabeça baixa, fazendo com que eu não pudesse ver seu rosto – Você vem sempre por aqui? – ela riu e novamente me senti contagir por sua risada natural, sorri também – Sabe, desculpa por eu falar isso, mas eu tenho que expor: agora sim essa festa ficou interessante.

Senti meu corpo tremer com sua última frase, para ser sincero não sei se foi pelo que ela disse ou pelo fato de sua perna estar roçando na minha.

Me afastei alguns centímetros tentando não manter contato físico. Tentei me convencer de que era por não estar acostumado em tocar outras pessoas, mas acho que só não queria admitir que quanto mais perto ela estava mais eu queria me aproximar... Não era certo isso, não mesmo!

Pigarrei um pouco e respondi, me livrando destes pensamentos

- Hã... Desculpa por falar isso, mas eu tenho que dizer: agora sim minha morte ficou interessante. - eu ri nervoso com o comentário e continuei - Quer dizer... Eu não falo com outras pessoas... Sabe, elas costumam me evitar às vezes. - cocei a nuca e ri, vendo seus dentes perfeitamente enfileirados formarem um sorriso branco - E então... moça (?)... Não tem medo de andar por aí falando com fantasmas?

Nunca me vi falando tanto com uma pessoa que não conhecia. Quando era vivo sim, eu falava até com os pássaros, mas depois de morto esta era uma função que não costumava exercer.

Agora eu estava me sentindo ativo de novo, acordado. Era bom depois de tanto tempo poder conversar com alguém que não estivesse na mesma situação penosa que a minha, principalmente se essa pessoa fosse ela.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQui Dez 04, 2008 6:49 pm

Eu não tinha idéia do que nós realmente iríamos conversar ali, naquele quarto. Digo, não que o lugar não desse idéia para outros tipos de atividades, talvez bem mais interessantes do que trocar palavras e jogar conversa fora, mas sim porque eu não sabia ao certo o que perguntar a ele.

Eu não queria, exatamente, remoer o nosso passado, mas aquele assunto também era interessante, uma vez que eu desejava saber das explicações dele quanto ao fato de ter desaparecido tão subitamente da minha vida. Na verdade, ele era um mistério para mim. Minha memória infantil não me permitia lembrar de muitos momentos que vivemos juntos, nem de muitos diálogos que tenham havido entre nós, mas eu sabia que ele nunca havia dito muito sobre sua morte para mim, talvez porque pensasse que eu não fosse lidar muito bem com aquele tipo de assunto por ser uma criança.

Bom, pelo menos agora eu não sou mais uma criancinha idiota e imatura... Oba! Maturidade e experiência são minhas palavras! Ele já deve ter percebido isso, pelo jeito que me olha e se dirige a mim.

Quando nossas pernas se encostaram, um contato tão leve e quase insignificante se não fosse pela sensação prazerosa e inebriante que senti, eu o vi se afastar de mim quase repentinamente, como se aquela aproximação causasse desconforto para ele. É, eu acho que não sou muito bem vinda aqui.

Ah, maldição, eu não gosto de ser pessimista dessa forma, mas com ele é tudo tão diferente. É como se eu quisesse me superar ao extremo para agradá-lo, mas sempre há um momento em que eu encaro as coisas negativamente. O pior foi termos permanecido tanto tempo em silêncio, sem que meus comentários anteriores tivessem sido respondidos ou comentados por ele.

Até que eu o escutasse iniciar um diálogo, meu coração parecia dar saltos dentro da caminha caixa torácica e eu estava incerta com o que ele iria dizer.

- Hã... Desculpa por falar isso, mas eu tenho que dizer: agora sim minha morte ficou interessante. – ele disse, e o vi rir nervoso com suas palavras, o que apenas fez com que minha atenção se voltasse completamente e irrefutavelmente para ele. - Quer dizer... Eu não falo com outras pessoas... Sabe, elas costumam me evitar às vezes. – o vi coçar a nuca de uma forma tão bonitinha que foi impossível não esboçar um sorriso largo diante da cena, ele parecia nervoso ou talvez apenas constrangido de estar confessando aquele fato.

Permanecemos em silêncio por alguns instantes mais, eu não queria dizer nada a ele com receio de estragar o momento. O que eu realmente queria era me aproximar mais dele, e quando estava prestes a fazer isso, ouvi sua voz novamente.

- E então... moça (?)... – ele pareceu dar uma pausa considerável nesse momento, ele poderia simplesmente dizer meu nome, e eu tinha certeza de que ele sabia. - Não tem medo de andar por aí falando com fantasmas?

Ah, ótimo, o que eu vou responder a ele, agora? Eu poderia passar a noite aqui, tagarelando com ele sobre mediações, fantasmas e coisas do tipo, são assuntos tão constantes na minha vida e nunca tive oportunidade de conversar sobre isso com ninguém. Mas eu não iria importuná-lo com esse tipo de conversa, não era nada interessante e aquele quarto nos dava idéias bem mais atraentes e... quem sabe... prazerosas?!

Kat, qual a parte do FAN-TAS-MA que você ainda não entendeu? É por essas e outras que chego a acreditar naquelas piadas ridículas de loiras burras. Certo, só eu aqui posso me ofender, ok?! Cale-se, então.

- Hum... – iniciei, focando meus olhares para longe dele a fim de buscar coragem suficiente para continuar o diálogo, uma vez que meu nervosismo estava atingindo níveis irremediáveis e impensáveis. – Fantasmas são comuns pra mim, sabe?! Eu não posso simplesmente deixar de vê-los, e eu bem que gostaria que eles não viessem falar comigo com tanta freqüência. – sorri timidamente para ele, mas eu sabia que com aquela máscara minha imagem deveria estar completamente desfigurada.

Talvez eu não tenha selecionado as palavras certas, porque ele parecia um pouco decepcionado quanto ao fato de eu querer que os fantasmas mantivessem um pouco mais de distância de mim. Suas palavras seguintes não soaram muito interessantes, também.

Não era nenhuma mentira, eu convivo com eles a anos e eles nunca me trouxeram nada de bom, e acredito que eu nunca realmente dei nada de bom a eles. Nada de duplos sentidos, hein?!

Meio que para tentar desfazer aquele tremendo mal entendido, eu troquei a taça de champanhe da mão direita e segurei-a com a esquerda. Assim, eu tinha a mão livre para segurar a dele. E foi exatamente isso que eu fiz. Às vezes eu ajo impulsiva demais, e só penso nas besteiras depois de tê-las feito. Apertei a mão dele firmemente, era incrível como eu podia tocá-lo. Sua pele não tinha uma temperatura muito especifica, era, digamos, morna.

- Eu deveria ter medo de você, fantasma? – disse a ele, sorrindo timidamente, novamente.

Ele ainda estava olhando para as nossas mãos, juntas, sobre a perna dele, e eu não conseguia visualizar muito bem sua expressão. Eu sei que fiz uma besteira enorme, agora é esperar para ver no que vai dar.

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQui Dez 04, 2008 7:59 pm

Eu estava jogado em meus pensamentos massacrantes enquanto a garota ao meu lado despertava sentimentos que nunca pensei que sentiria por alguém, nem mesmo minha ex-quase-noiva assassina.

Não ousei me mexer do lugar, permaneci ali, com a mão presa ao joelho e o olhar perdido, vagando por algum ponto enquanto minha mente estava atirada às presses de que tudo desse certo naquela noite.

Tudo seria tão simples se eu não tivesse ido lado, tão simples e tão 'mortífero'.
Acho que uma parte de mim agradecia cada pedaço do meu ser que me carregara até lá, porém a outra parte queria se estapear até que colocasse um juízo na cabeça e fosse embora antes que não aguentasse mais toda aquela tensão.

E para ajudar aquele silêncio lancinante que tomara conta do quarto. Não sei se a moça - que eu ainda não fazia idéia de como se chamava - estaria pensando em como sou patético com todas as minhas piadas e ironias, ou estaria pensando em uma resposta mais coerente para dar as minhas perguntas imbecis.

Neste momento me lembrei de Katrina... O que ela diria, afinal?
Se me visse em uma situação assim, todo embasbacado por uma garota?
Aposto que riria da minha cara, assim como riu quando eu disse que gostava de garotas louras.
Eu sorri com o pensamento e me virei para ver a mulher ao meu lado. Bem, ela é loura e acho que isso é um aperitivo a mais para atrair minha atenção.

Ainda me praguejava por achar tudo nela incrivelmente atraente, quando sua voz suave tocou meus ouvidos.

- Hum... – ela começou, mantendo os olhos bem distantes dos meus, não sei porque ela fazia isso, mas era bastante curioso – Fantasmas são comuns pra mim, sabe?! Eu não posso simplesmente deixar de vê-los, e eu bem que gostaria que eles não viessem falar comigo com tanta freqüência. - fiquei petrificado com a última coisa que ela disse.

Aquela frase ficou ecoando em minha mente até que alguma coerência entrasse em meus pensamentos.

"...E eu bem que gostaria que eles não viessem falar comigo com tanta freqüência."

Será que isso era uma indireta ou coisa assim?
Me decepcionei e acho que ela notou, se assustando com minha expressão.

Não queria que ela pensasse que eu era um intruso, que era um fantasma irritante que ficava puxando assunto para que me ajudasse. Eu só queria conversar com ela, não com uma pessoa qualquer, mas com ela. Só ela!

O porquê disso eu não sei!
Não sei porque diabos eu tinha essa necessidade, mas minha vontade de continuar com aquela conversa era gritante e eu me sentia um idiota por isso.

E me senti, particularmente, mais idiota quando ela fez o que fez. Quando ela me tocou, ela tocou minha mão e a apertou firme enquanto dizia com uma voz melíflua

- Eu deveria ter medo de você, fantasma?

Fiquei olhando nossas mãos entrelaçados por um momento e no minuto seguinte a distância entre nós era menor.
Apertei sua mão contra a minha, sentindo sua pele macia me tocar e vi ela se estremecer com isso.
Não me importei na verdade.
Só aproveitei disso e aproximei-me mais, me inclinando sobre ela e ficando a centimetros da sua boca, enquanto ouvia sua respiração pesada.

- Você tem medo de mim? - sussurrei, fazendo minha voz parecer inaudível.

Eu não sei porque fiz isso, não sei o que aconteceria se eu tivesse me aproximado mais e nem ficarei sabendo, já que, quando seus lábios voluptosos se aproximaram dos meus eu me afastei.

Fui mais idiota do que pensei que pudesse ser e me afastei.

Não disse nada por alguns segundos, então retomei a integridade e falei

- Hãã.. É Josh... - falei debilmente, tentando encontrar um assunto - Digo, você me chamou de fantasma, pensei que gostaria de saber que me chamo Josh... Fuller - que patético, eu me apresentei para ela como se fosse fazer diferença um nome, como se ela fosse obter respostas através de um nome imbecil. Bem, pelo menos ela não iria ficar me chamando de fantasma, o que era um pouco desagradável. - E.. Você? - eu esbocei um sorriso amarelo e suspirei, curvando meu corpo sobre meus joelhos e abaixando a cabeça - Não estou me saindo muito bem, não é? - perguntei, na mesma postura, olhando para a mulher confusa ao meu lado.

E não estava mesmo, nenhum pouco.
Primeiro porque fantasmas normais costumam se flagelar e procurar ajuda quando encontra alguém que os pode ver, segundo porque nenhum deles são absurdos o bastante para tentarem beijar uma garota que está em condições bem menos lamentáveis que a sua.

Ah se eu estivesse vivo, ah se a tivesse conhecido antes, tudo seria tão diferente, tão melhor...

Droga! Agora sim eu quero matar aquele que enfiou uma bala no meu peito.

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 3 EmptyQui Dez 04, 2008 9:17 pm

”Uma mulher como ela não deve ficar assustada ou impressionada tão facilmente assim. Tenho que ir com calma, ser racional, ser incomum. Incomum eu sou, disso eu tenho certeza, mas vamos lá!” Neil tinha que tomar cuidado, pois as vezes ele começava a ficar um pouco confiante demais. Do nada sabe, ele começava a achar que estava abafando e ficava um pouquinho cego e surdo as reações alheias, mas infelizmente não ficava mudo. Começava a falar e falar, e inventar, e filosofar e você já pode imaginar a caca que virava. Tanto que quando falou sobre a lua, mal percebeu que Alexandra havia levantado a sobrancelha desdenhosamente. É, desdenhosamente e era bem o perfil dela. Se Neil não tivesse parado de prestar atenção no jeito dela e começado a se achar o bonzão teria visto que ali não ganharia nada. Palmas para ele.

Como estava completamente absorto em suas divagações brilhantes, que supostamente teria que impressionar a linda mulher ao seu lado, começou a falar de fantasmas, sua “especialidade”. Pra ele, esse assunto sempre impressionava as mulheres, mas o engraçado é que nunca raramente dava certo e ele continuava com a mesma abordagem. Enquanto estava prestando atenção nela, achou que começar de forma misteriosa e codificada era a chave para impressioná-la. Olha e sinceramente pareceu que Alexandra se interessou pelo assunto. Será que estava realmente funcionando? Neil parou para “respirar” após a sua frase enigmática e se “sentiu” um pouquinho mais que o normal, por perceber que agora começaria a atrair a atenção dela. Bom, antes ela tivesse realmente mostrado desinteresse no assunto, pois assim evitaria a chateação. Mas é óbvio que ele se empolgou e continuou a falar com conhecimento de causa.

- Embora muitos não acreditem nessas impressões deixadas no plano dos vivos, elas existem. Eu sou capaz de te afirmar que muitos ainda podem vê-los.-”Falar ou não falar que eu não vejo fantasma nenhum, como forma de demonstrar humildade? Não, ela vai me achar um perdedor se eu souber tudo isso, mas não tiver provado pessoalmente.” Neil pensou enquanto falava, para dar continuidade de forma, digamos assim, impressionante. Deixe ele pensar que está abafando, só pra variar. -Carmel tem uma grande concentração de paranormalidade e até mesmo quem não é muito sensível a essas coisas, sente.- Falava isso com uma seriedade sem tamanho. Mas com seriedade ou descontração: isso era conversa para um “encontro” daqueles, para uma festa? É claro que não.

Ele já tinha chegado ao ponto de não perceber mais nada em relação a sua ouvinte. Digo, se ela estava gostando ou não. Estava tão absorto em suas maluquices que ela poderia dar um enorme bocejo e ele ainda assim não pararia tão já. Era demais a moça ter que fazê-lo parar. Estava na cara que a oportunidade de conquistar um afair na sua primeira semana em Carmel fora pro espaço. Neil voltou a falar, olhando para ela: -Eu ainda não encontrei ninguém assim, mas...- Inesperadamente Alexandra tampou a sua boca com o dedo indicador.Os olhos de Neil se arregalaram por segundos e sua respiração parou um pouco, tomado de surpresa pelo ato dela. ”Pronto, você conseguiu aborrecer essa gata!” Ele pensou involuntariamente, deduzindo o obvio, depois de horas. Mas para a sua surpresa, ela começou a se aproximar lentamente dele, olhando sensualmente para os seus olhos, ora para os seus lábios. Bom, nessa hora ele não conseguiu pensar em mais nada, mas garanto que se o tivesse feito seria algo do tipo: ”Haha, finalmente consegui!”

Coitadinho, estava longe disso, pois quando achou que iria ganhar um beijo dela, Alexandra desviou e sussurrou em seu ouvido: ” Sinto muito, fica para uma outra vez... –“ Neil ficou um pouco paralisado pelo contato tão próximo e sentiu arrepios, mas logo se recompôs, pois o gelo que tomara esfriou qualquer partícula completamente empolgada de seu corpo. Viu-a se afastar, após mal ouvir a sua risada e se xingou por ser tão idiota. Pelo menos com algumas garotas, ele teria que parar de contar essas historias. ”Você é um idiota, Neil Acker. Onde já se viu falar que na cidade existem fantasmas e paranormais, em vez de elogiá-la e tentar conquistá-la de forma normal? Você merece ficar sozinho mesmo!” Ele não ficou exatamente bravo pela reação dela e sim por continuar a agir daquele forma depois de tantos foras. Mas sabe como é, se algumas vezes dão certo – no caso de quando ele raramente realmente tem alguma visão ou insights geniais – toma-se uma autoconfiança falsa.

Bom, ele não tinha mais o que fazer. Olhou de novo na direção em que ela havia ido e dando de ombros, enfiou as mãos nos bolsos, saindo em direção aos portões da casa. Aquela festa não tinha e nem iria render nada. Mas ao se virar em direção a saída, sentiu um calafrio, que o fez olhar para o lado. Ao longe, uma moça o olhava com cara de poucos amigos. Ela era realmente bonita e Neil pensou em prolongar um pouco mais a festa, mas repensou a tempo que um segundo fora no mesmo dia seria fatal para o ego de qualquer homem, mesmo os incomuns.
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