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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySáb Nov 29, 2008 5:38 pm

Quando eu dei a minha última palavra um casal se aproximou, e eu poderia jurar que eles iriam passar por mim, ou mesmo sentar em cima de mim, como muita gente já fez.

Mas não, a moça de pele corada, e o homem ao seu lado pararam e notaram minha presença.

O homem ao lado dela era o que eu havia visto dentro do salão, aqui fora, na luz do luar, o brilho que emanava dele era ainda mais intenso e ele parecia ainda mais belo do que era lá dentro, perto de todas as pessoas humanas.

-Nossa! Oh, quer dizer, licença, mas eu tinha que vir aqui...quer dizer que você a vê também?

O quê? Duas pessoas que podem me ver e mais o homem como eu que também pode me ver?

Onde essas pessoas passaram os últimos dois séculos e meio, afinal?
Abaixei o rosto, desviando-o do olhar penetrante do homem sério e um tanto quanto carrancuro que estava ao lado da segunda mulher, a de olhos claros que acabava de chegar.

-Você não tem idéia de quantos mediadores/deslocadores eu já encontrei em Carmel, e.....nossa! Isso é incrível...mas oh, desculpe os meus modos, eu sou a Victoria, e esse é o James, e vocês, quem são?-

Aguardei alguns minutos esperando que Loren respondesse, mas ela não o fez, talvez tão chocada quanto eu.

- Meu nome é Bellatrix Sanders, Bella. E essa é Loren, acabei de conhecê-la.
Foi só o que eu pude dizer, ainda eu choque por tanta gente estar notando a minha presença de uma vez só.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySáb Nov 29, 2008 6:25 pm

Sentia a vibração do som atacar meus ouvidos. Aquelas músicas de trilhas sonoras de filmes românticos. A música que metade dos convidados dançavam, convidados que aliás, eu, Hannibal, não tinha mais tanta certeza de quem eram. Certezas... O ser humano carrega a imensa necessidade de possuí-las, mesmo que lá no fundo saiba que elas não existem. Certezas são uma espécie de atestado de burrice, onde a pessoa abdica de seu direito de pensar porque isso torna sua vida mais simples ou mais aceitável. Humanos, criaturas complexas por natureza, mas olhando por um determinado ponto de vista, determinadas coisas em mim, não era tão diferente deles no fim das contas. A diferença era que eles eram simplesmente compreendidos, diferentes da minha espécie, que apesar de se camuflar quando estão entre outros, ainda possuíam o dom do mistério. Eu, prova disso, afinal de contas, não era tão facilmente legível. Se é que eu era legível. Mas os homens, na infinita sabedoria (que dizem ter), diante do fato de que são incapazes de compreender seus semelhantes criaram um artifício interessante: assinaram um contrato onde fingem entender uns aos outros se todos ficarem calados. E para tornar essa farsa toda possível apoderaram-se de outra farsa de igual calão: as certezas. Como todo mundo sabe, me acho mesmo superior a essa espécie fraca, o que não quer dizer que não tenha certezas. Eu tinha. Certezas e incertezas que me faziam parar em uma parede excluída e criticar um pouco daquilo o que conheço bem, e se tem algo que conheço bem é a espécie humana. Viver ao lado dela por tanto tempo me deu o ‘dom’ de desvendar determinados comportamentos.



A festa deveria ter um número despresível de humanos, já que se tratava do suposto noivado de uma Carey, membro de uma família neurótica e narcisista. Era o câncer da espécie. Se eu me acho superior, e sou criticado por isso, a companhia de um Carey requer muita paciência e personalidade para discordar de todos os argumentos preconceituosos dos membros deste clã em especial. Era como no desenho X-MAN, da Marvel. Você sabe... O professor Xavier tentando manter as coisas em um nível básico de coerência e realidade e os mutantes do Magneto tentando destruir a raça humana. Digamos que os Carey sejam a equipe de bruxinhos do Magneto e o desejo deles é o mesmo, deixar sua superioridade ainda mais evidente. Eles nunca gostaram de segredos... Mas quem sou eu para julgá-los? Ainda mais, estava na casa deles, bebendo da champanhe deles, precisava controlar melhor minhas críticas. E não vamos generalizar; Ouvi dizer que a noivinha era muitíssimo graciosa. Em fim, voltando ao raciocínio, ainda que o número de humanos ali fosse quase nulo, eu insistia em pensar neles. Talvez fosse o efeito da constante presença da garota Mancuso em minha vida. Pensar no nome daquela criatura causava um efeito nostálgico. Balancei a cabeça e beberiquei um pouco mais da bebida... Precisava me distrair um pouco...



Minha cabeça agora pensava exclusivamente na festa de noivado, a festa da qual eu não podia dizer que estava participando já que apenas observava os casais de velhos endinheirados dançarem e os brotinhos se reunirem em rodinhas fechadas para criticar as roupas bregas ou invejar as roupas bonitas. Não era o que elas faziam? Bom... O negócio era que o baile de máscaras sempre encheu minha cabeça de perguntas ou de revelações discretas e toscas. Quantas vezes você já se flagrou pensando ou fazendo absurdos? Quantas vezes já se surpreendeu consigo mesmo? Veja bem: você convive consigo mesmo desde que nasceu em todos os momentos de sua vida, conhece todos os seus pensamentos e ainda assim é incapaz de compreender a si próprio. Não parece um tanto arriscado afirmar que conhece outra pessoa se não conhece nem a si mesmo? Por que então por vezes somos capazes de entender ações, reações ou sentimentos vindos de outros? Isso, por mais difícil que possa parecer, é bem simples... Cada pessoa é na realidade mais de uma. Ela é a sua essência, ou seja, tudo aquilo que sempre foi capaz de pensar e fazer mesmo que não soubesse e é também todas as imagens que cria para que os outros (ou ela mesma) a aceitem melhor. Isso me fazia pensar que na prática, a vida em si não era tão diferente de um baile de máscaras.



A vida, um baile de máscaras onde as pessoas desfilam umas entre as outras sem nunca saber quem realmente são. O que elas fazem então? Assumem que as máscaras são os rostos porque sabem que são incapazes de removê-las. Assim como no baile, às vezes somos capazes de enxergar pedaços por debaixo das máscaras, ainda que nada nos garanta que esses pedaços não fazem parte de outra máscara. Mas a vida, por sorte, não era tão superficial e pequena quanto aquela festa. Assim que identifiquei os noivos, algo em mim não acreditou que eles fossem de fato se casar, não vi muita paixão ali, não vi nada, aliás. Festas em geral causavam aquele efeito duvidoso sobre as pessoas. Inclusive, sobre mim. Conhecia bastante a raça humana, mas no momento pensava sobre a minha espécie. Tudo o que eu achava saber sobre ela era uma velha história, adicionando mais aquilo o que eu penso conhecer de mim. A vida era mais complicada que um simples baile, no sentido positivo, e no sentido negativo da coisa. Alguns empilham tantas faces que nem ao menos eles sabem qual é a verdadeira, enquanto outros constroem máscaras tão perfeitas que fazem parecer seus próprios rostos. No entanto o motivo das fantasias é sempre o mesmo: auto-preservação. Fantasiados podemos ser quem quisermos. Reprimimos algumas coisas, extrapolamos outras (e o homem é especialista nisso) e pronto: podemos ser qualquer um, menos nós mesmos. Sem nunca esquecer que esse teatro todo nunca seria possível sem que tivéssemos certezas. Aquelas mesmas, as que não existem. Tinha também aquelas pessoas que não usavam máscaras, preferiam ser quem eram, mostrar suas qualidades e defeitos tão evidentes. Eu, eu preferia me fantasiar de Hannibal Hoew. Meu amor próprio me deixa apaixonado pela imagem que vejo no espelho todas as manhãs e meu senso crítico me deixava perplexo com a superficialidade das pessoas a minha volta. Se tem algo que SEI que não serei, é aquilo o que mais desprezo.



Graças a Deus algo iluminou minha cabeça. Poderia ter sido uma luminária recém-acesa, uma mosca, um esbarrão. Mas foi uma coisinha ali dentro de mim que se chamava noção. Estava ali por um motivo: distrair-me. Convenhamos que não era bem isso que eu estava fazendo. Não sei o que foi, mas sei que isso foi bom, pois a julgar pelo modo como minha cabeça trabalhava, ia acabar escrevendo todas as conclusões fantásticas e encher algum idiota com elas. Mas não, chega de filosofias baratas, hora de fazer o que fui ali pra fazer. Precisava urgentemente de uma distração. Poderia usar meu talento original para formalidades e cumprimentar o casal de jovens noivos, mas não... Aquela não era uma ocasião agradável para mentir, e casar tão jovem me parecia mais uma sentença de morte. Deixa os cumprimentos para mais tarde, até porque, duvidava que eles mesmos gostassem de tantos puxa-sacos mentirosos. Queria só uma companhia agradável para me livrar do perigoso tédio. Levantei a máscara e fui andando entre as pessoas, acenando para aquelas que não tinha a menor idéia de quem fossem, sorrindo para as pessoas que aparentavam ser mais interessantes. Ninguém ali parecia ser tão seletivo quanto eu. As pessoas falavam umas com as outras, sorriam... Já eu, perambulava entre os convidados procurando alguém que compartilhasse comigo o mesmo sentimento de: ‘isso não é pra mim’. Por sorte, vi alguém que parecia se encaixar naquelas características não muito longe de minha localização atual. Era uma menina de vestido preto, uma máscara delicadamente discreta, tão discreta que nem parecia uma máscara... Estava vestida elegantemente e se portava de uma forma entediada. Olha, me identifiquei de imediato! Não por estar visivelmente entediado também, mas por que ela me parecia realmente familiar.



Me aproximei com o mesmo andar de sempre. Eu era tão discreto como uma vaca voando. Em uma mão eu segurava a taça e a outra se escondia dentro do bolso do smoking. Com a máscara por cima da cabeça, abri um sorriso de variados significados: ‘diga se a festa não está chata’ ou ‘querida, junte-se a mim e vamos animar essa droga’ ou quem sabe até ‘puts grila, te conheço de algum lugar guria’. Coloquei-me ao lado da senhorita...



- Eu não te conheço de algum lugar? – meu tom pouco insinuante deixava claro que aquele não era um xaveco barato dos amigos pedreiros. Não que a garota não fosse digna daquilo, até porque estava um broto com aqueles trajes. Digamos apenas que o ‘e aí maravilhosa’ não fizesse o meu estilo. - Esquece... Estamos em uma festa à fantasia, não precisa estragar o mistério embora eu já tenha ‘me mostrado’. Estava passando por aqui, vi você e pensei: ‘olha, não sou o único paradão da festa’. Em fim, gosta de ficar só ou eu posso compartilhar o tédio com você? Modéstia a parte, sou uma companhia muito agradável...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySáb Nov 29, 2008 7:16 pm

Aquela festa estava chata.
Talvez fosse pelo fato de que eu não conhecia ninguém ali; ou pelo fato de que a música que tocava não era a música que eu gostava ou porque eu estava sentindo falta da Europa, ou, ainda, porque eu estava entediada; mas a verdade era que, se alguma coisa de legal não acontecesse logo, eu pegaria minhas coisas e sairi dali rapidinho.
Fitei a festa por mais algum tempo, e notei um garoto, com a máscara na cabeça e um andar despreocupado vindo na minha direção. Ele tinha um olhar e um sorriso meio sarcásticos, e eu ri internamente.
Não demorou muito para ele se aproximar, com uma taça de champanha numa mão e a outra no bolso da calça.
- Eu não te conheço de algum lugar? - ele perguntou, me olhando especulativamente.
Quando eu estava prestes a responder: "Cara, que xaveco barato" eu percebi que realmente o conhecia de algum lugar, e que ele não estava me xavecando.
Droga.
Quero dizer, ele era realmente bonito; alto, moreno e tudo, e eu não era a pessoa mais feia que já andou pela face da Terra. Na Inglaterra eu já tivera alguns namorados e "amigos coloridos", mas nada muito sério.
- Esquece... Estamos em uma festa à fantasia, não precisa estragar o mistério embora eu já tenha ‘me mostrado’. Estava passando por aqui, vi você e pensei: ‘olha, não sou o único paradão da festa’. Em fim, gosta de ficar só ou eu posso compartilhar o tédio com você? Modéstia a parte, sou uma companhia muito agradável... - ele continuou, se inclinando um pouco mais na minha direção.
- Não duvido que seja uma excelente companhia. - repliquei, dando um sorriso levemente malicioso. - Essa festa está muito chata, ao menos para mim; seria excelente ter alguém para conversar. - terminei, sorrindo mais um pouco.
Recostei-me na parede, esperando uma resposta dele, e analisando-o enquanto isso.
Cara, Carmel estava cheio de garotos bonitos; quer dizer, o noivo de Juliet era lindo, e enquanto analisava o lugar, eu pude ver meninos muito lindos por aqui.
E o rapaz que me fitava, certamente se encaixava nessa categoria.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySáb Nov 29, 2008 10:03 pm

Era fácil notar que Juliet não estava nada confortável naquela situação. Mesmo enquanto conversava com o casal de namorados que havia me convidado para a mesa (cuja lotação havia aumentado) eu não deixava de checar, porque eu sabia que ela poderia estar à beira de um colapso e, cara, eu queria falar com a minha amiga, poxa, era por causa dela que eu estava lá né? Estava me preparando para me sentir entediada ou chutar o pau da barraca e ir roubar a July daquela mulher pomposa com quem ela falava quando ela se virou para mim (ooooooooh) e veio, trazendo seu noivo pela mão.

Cara... A Juliet tem muita sorte, eu pude ver, porque ele levantou a máscara para respirar por alguns instantes antes de se aproximarem de mim e, assim, o tal do Paris era... Era simplesmente impossível de descrever... Eu sei que ele era noivo dela, mas... Eu acho que minha boca secou quando eles pararam à minha frente... Eu só podia ver seus olhos naqule momento... Oh, Ann, é melhor você ficar quieta... Ele é o noivo indesejado da sua melhor amiga. Não é por que aqueles olhos azuis me faziam sentir arrepior involuntários que eu deveria me deixar levar por isso. (Mas eu totalmente podia fazer tentar ela ver o partidão que havia pego, e assim, quem sabe, os olhinhos azuis não iriam me incomodar mais... Nesse sentido.)

-Ann! Oh, como estou feliz por estar aqui! - Ela disse me abraçando e me fazendo corar (coisa que, felizmente, minha máscara cobria) -Quero que você conheça Paris. - Ela me apresentou e quando ele respondeu com um sorriso estendendo a mão, eu quase engasguei para responder.

- Ah... Uhm... Oi... Ann... Ann Stewart. - Eu disse, me preparando para começar a falar sem pensar, como eu fazia normalmente, mas as palavras não saíam.

Conversamos por uns instantes sobre a festa, como tudo estava bonito, Juliet parecendo ainda mais ausente, e eu me sentindo cada vez mais nervosa com isso. Assim que Paris mencionou a palavra dançar eu imediatamente empurrei Juliet para ele.

- Claro! Vocês dois totalmente têm que ir dançar! O que os convidados vão pensar se ficarem simplesmente aqui parados conversando com a quase ninguém que sou eu. Eu iria junto se tivesse um par, mas olha, vocês têm! Juliet, vamos, nada disso de dizer que não quer... Você têm que fazer isso, não tem? Aproveite que está em boa companhia, oras. - Olha... As palavras voltaram a sair.

Juliet me olhou resignada e os dois se afastaram. Eu voltei a me sentar, respirando fundo. O que foi isso, pelo amor de Deus!
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySáb Nov 29, 2008 10:15 pm

Siceramente falando,não sou a única que fala bastante,e ela queria saber porque ainda está aqui, quando estava prestes a dar uma resposta,um casal começa a se aproximar,mas não um casal comum, ela era,mas ele,ele tinha um brilho,ele era um fantasma.
No inicio pensei que ele a acompanhava para assombrar,sei lá,mas depois da primeira pergunta dela, isso se mostrou totalmente errado:
-Nossa! Oh, quer dizer, licença, mas eu tinha que vir aqui...quer dizer que você a vê também? Outra mediadora aqui,até que enfim,alguém como eu.
-Você não tem idéia de quantos mediadores/deslocadores eu já encontrei em Carmel, e.....nossa! Isso é incrível...mas oh, desculpe os meus modos, eu sou a Victoria, e esse é o James, e vocês, quem são? Bom,que aqui em Carmel tem muitos mediadores,eu já sabia,só não sabia que ia topar com um tão cedo,por mais que quissesse,achei que seria mais dificil.
- Meu nome é Bellatrix Sanders, Bella. E essa é Loren, acabei de conhecê-la.Fiquei um pouco em choque que até me esqueci da pergunta,ainda bem que Bella estava lá.
-Eu sou nova aqui,e devo admitir que já topei com muitos fantasmas aqui,e bom,já esperava uma hora topar com algum mediador,nossa,Carmel realmente é uma cidade diferente das cidades da Europa.
Tinha que falar alguma coisa,mas só me venho isso a cabeça na hora.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySáb Nov 29, 2008 10:25 pm

Devo admitir que Carmel estava um pouquinho diferente do que eu imaginava. Não era a mesma Carmel paradona da minha infância. Por que sim, diversão não era uma palavra muito conhecida nos meus quatorze anos. Ou melhor, não a diversão que eu conheço. A população minúscula dali, nos meus tempos de pré-adolescente incontrolável, se contentava com praças, piqueniques no parque e pequenos bailes de carnaval no mês de fevereiro. Daí vem a fama de cidade pacata, aquelas que uma parte considerável dos humanos visitavam para se curar de traumas, problemas psicológicos ou vícios. Daí também vinha toda a gente esquisita e os paranormais que rondavam por aquelas bandas. Mas devo admitir que para o fim de mundo californiano, a cidade miúda e meio perdida no mapa não estava tão ‘chata’ assim, pelo menos, não se contarmos os eventos festivos da semana. No meu caso, não precisava só de eventos festivos para se ter alguma graça por ali. Digamos que minha vida ficara bastante agitada quando uma certa senhorita levitou uma caneta por acaso na sala de aula, dês de então meus momentos de simpatia ficaram mais freqüentes e o tédio reduziu a pó. Sim, eu estava surpreso. Não dedicava mais o meu tempo a televisão, jogos e bebidas como no começo da temporada; nada de brigas ou de mal humor. Passei o verão todo revoltado por ter que voltar para o inferno astral que aquela cidade se transformou nos últimos meses que antecedera minha partida. No fim das contas, minha temporada eterna em Carmel poderia até ser lucrativa. Pelo menos, se dependesse das garotas bonitas que a cidade agora tinha em cheio, seria bastante. Agora vejo que a insistência de Tio Robert fora uma sorte, se avaliarmos o que eu estaria fazendo se estivesse em casa naquele momento em especial, se torna bem mais que uma sorte. Com certeza a festa de noivado estava sendo menos chateante que filmes repetidos na TV. O que estava sendo menos chateante, na verdade, era ter encontrado por fim alguém com quem dividir sutilezas, ironias e trocar um ou dois elogios sobre a GRANDE festa.
Ela era bem bonita, tinha um ar inegável de turista e me era muito familiar. A parte que podia ver do rosto da menina me lembravam alguém que por algum motivo não vinha na minha cabeça de jeito nenhum. Mas, dane-se, o que importa mesmo é que eu sei dizer se uma pessoa é ou não digna de minha companhia estonteante (que exagero) assim que bato o olho. E ela era. Quando abriu aquele sorriso de ‘boas vindas’ pra mim, se tornou mais digna ainda. Parecia uma garota crítica, daquelas que pode perder horas apenas falando mal de um lugar ou de uma situação chata, como aquela em especial. Nós merecíamos ser salvos. Só esperava que o salvamento daquela criatura à minha frente não incluísse danças no meio do salão. Era demais pra mim. Falando em danças, a anfitriã graciosa estava não muito longe dali e já recrutava seus convidados para dançarem. “Isso, vão pagar mico” pensei quando vi alguns casais entrelaçarem as mãos e irem sorridente para a ‘pista de dança’, se é que podemos chamar assim. Infelizmente não tenho uma explicação plausível para o tamanho desprezo por danças... Ela apenas nunca me conquistou. Mas as dançarinas... Esses são outros quinhentos.
- Pra nós dois, meu bem... Digamos que esse não é o meu tipo de evento favorito. Música muito lenta, bebida muito fraca, gente muito falsa... Mas as meninas bonitas sempre fazem o sacrifício ser válido. Além do mais, esses eventos festivos da classe ‘A’ de Carmel sempre acabam de um jeito inesperado. Brigas, escândalos, revelações surpreendentes... Sempre tem algo digno de presenciar, no fim das contas. – retribui o sorriso e dei um novo gole da bebida, que, aliás, estava quase no fim. Fiquei muito tempo filosofando sobre bailes, máscaras e personalidades, ou a falta dela. A cada nova reflexão, um novo gole. Se continuasse assim acabaria embriagado por champanhe. Que vexame. Uma pena que em festas de noivado não tinham cerveja ou algo mais forte pra se beber, mas certamente teria vinho, algo mais saboroso que a bebida da aristocracia caramelada. Dei o último gole e então virei novamente para a menina de cabelos castanhos e rosto oculto por uma máscara discreta. Estendi a mão esquerda na direção da garota; meus pensamentos imbecis tinha acabado com o mistério, ou pelo menos, com parte dele. Conversar com uma total desconhecida era algo agradável, divertido e ao mesmo tempo perigoso, envolvente. Mas o mistério, seria apenas da parte dela, entregaria de vez minhas fichas. – Bom, já que não tive a oportunidade de te ‘mostrar’ minha máscara angelical, deixa eu me apresentar. Sou Hannibal, muito prazer senhorita...?
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySáb Nov 29, 2008 10:51 pm

Eu quase resisti a fechar os olhos de prazer enquanto sentia o álcool deslisando tão graciosamente pela minha garganta. Cara, amo muito tudo isso. Finalmente uma festa decente! Bem, obviamente haviam alguns pontos que não faziam muito o meu gênero; como aquele excesso de classe que não deixava espaço algum para um certo strip-tease que a própria Katrina havia sugerido a mim. Não que eu não estivesse acostumada a esse tipo de coisa. Porque sim, morar na capital e ser filha de um famoso me preparou muito bem para qualquer evento, independentemente qual seja o tema. Dei um riso nasalado e um sorriso malicioso ao ouvir o comentário sobre o strip vindo de Katrina. Ela tinha uma aparência tão imaculada e pura! Quem diria que possuía idéias tão interessantes para com o aquele tipo de comportamento. Muito obviamente eu não desaprovava esse ‘lado’ dela, mas me divertia a pencas quando ela soltava algum comentário do gênero.

Demos algumas voltas pelo lugar, conhecendo os todos os cantos possíveis e observando tudo, sem deixar de fazer nossos esporádicos ou talvez não tão esporádicos assim comentários maliciosos. Confesso que hiperventilei quando um garçom mascarado desfilou perto de nós. Varrendo o salão com o olhar eu podia muito bem notar que não havia só um, mas montes de caras musculosos e absurdamente sensuais desfilando com aquelas mascaras que me faziam hiperventilar sem o menor esforço.

- Caramba, será que eles servem apenas bebidas ou outras coisas também vem no pacote? – eu perguntei, lançando um olhar despudorado para um dos mascarados que havia se aproximado de nós e oferecido taças de champanhe. Ele, muito surpreendentemente [ou nem tanto assim], sorriu para mim antes de sair. Aquele olhar que diz claramente: “Você é muito gata, mas se eu te agarrar vão me por no olho da rua”. Damn it. Eu bem que poderia oferecer um trabalho para ele. Sabe, aquele tipo de trabalho em que ele passa todos os dias da semana cuidando de mim; cozinhando, lavando, passando e... hmmm, você entendeu a raiz da questão.

Depois de alguns momentos finalmente avistamos os noivos. Pelo menos eu acho que eram eles, já que todos os cercavam, desejando felicidade no futuro casamento e paparicando-os como é normal ver as pessoas fazendo nesse tipo de festa. Sem contar na bebida e bufe 0800! As pessoas hoje em dia são, mesmo que não costumem assumir, interesseiras e ambiciosas. E eu nem me atrevo em negar isso. Sou calculista, demasiado ambiciosa, rude e altiva. E quer saber mais? Me orgulho disso. Ir distribuindo sorrisos para qualquer um idiota que aparecer não faz o meu gênero. É natural que eu abra certas exceções quando o idiota em questão tem ombros largos, é sensual e usa uma mascara. Mas ainda assim não abandono, por nada no mundo, o meu orgulho. ]

Após alguns momentos conversando, Katrina falou as palavras chave.
- Angel, Caddie... vamos agitar?
- Oh! Com certeza!
- Demorou...
Depois de lançar-lhes olhares animados e indubitavelmente perversos, me afastei delas. Angelique saiu andando na direção de algum cara e Katrina também se separou indo para o lado oposto. Bem, você não esperava que nós continuássemos grudadas uma na outra até o fim da festa, esperava? Ah, qual é, nós havíamos ido até lá atrás de diversão. E não acho que o referido inteiro iria cair em nossas cabeças como chuva. Nós tínhamos de ir procurar diversão. Até porque eu estava desconfiando que aqueles caras que estavam nos olhando eram meio gays. Fala sério, ou é isso ou os caras daqui dessa cidade são uns apatetados. E temo que esta ultima alternativa seja um tanto quanto verossímil.

O garçom que havia sorriso para mim voltou a passar. Dessa vez sua camisera preta roçou leve e propositalmente no meu vestido. Eu dei um sorriso ladino e ele voltou a retribuir. Apertei os olhos em sua direção, quase gritando para ele algo como “Vou te atacar a qualquer momento” e ele me lançou um tipo “Eu amaria isso, mas eu preciso trabalhar”. Mais que droga! Eu realmente queria gogo boys naquele momento!
Me encostei em uma pilastra que ficava no salão principal, mas que era parcialmente coberto pelas sombras. Lá eu percebi um cara bem apessoado, usando preto e chapéu e mascara da mesma cor. Uau, aquela visão me tirou o fôlego, tenho de admitir!

Terminei de tomar o champanhe da grande taça de cristal e voltei a observar as peculiares pessoas do recinto. Agora uma musica diferente começou a ecoar. Não era nem de longe a musica que eu queria que tocasse, mas muitas pessoas começaram a sair de seus lugares e ir tomar um lugar na pista de dança. E então começou. A dança era coreografada e parecia ser um tanto quanto medieval. Tudo bem, não era medieval, mas ainda assim parecia ser extremamente tradicional. Tanto que não só os jovens foram, mas os coroas e as coroas também. E o pior é que eles pareciam mesmo estar se divertindo. Certo, a dança nem era tão mau. Era divertida e até... romântica. Ta, eu retiro o que disse. Romantismo definitivamente não faz muito parte do meu dia a dia. E essa palavra me lembrava relacionamento. E relacionamento e Cadance Fox decididamente não coexistem.
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Anne M. Hoew
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySáb Nov 29, 2008 11:52 pm

Há mais ou menos 400 anos participo das festas de Carmel sem ser convidada,mas,quem vai convidar alguém que deveria estar morta e quase ninguém vê?Ninguém convida fantasmas a festa,mesmo assim,eu sempre vou,ninguém nunca me vê mesmo,não faz diferença.
Com o tempo,indo nessas festas e andando por aí,percebo que muitos dos costumes mudaram e me adaptei a isso,mas vou a esse baile,com a mesma roupa que vou em todos,com a mesma roupa que uso há anos,com a última roupa que usei em vida.Um vestido meio que de camponesa,muito bonito, modéstia a parte,mas bem que já tentei mudar para uma roupa mais,mais..atual,mas acabei ficando com esse mesmo.
Já conheço cada milímetro dessa cidade,e com um simples pensar,já estou no lugar em questão, bastou pensar no salão de festa da casa,e já estava lá.
A música,não é dessas mais moderninhas,é algo mais clássico,as roupas,são também meio formais, apesar de algumas fugirem a essa regra,os 'aparentes' noivos estão dançando,digo aparentes porque, eles não tem cara de noivos,tão jovens ainda,mas era isso que desejava quando viva,além de minhas façanhas no mundo bruxo,pensava em me casar,mas esse não era o meu objetivo principal, diferente de muitas mulheres daquela epóca.
Comecei a andar um pouco,aqui,preferi não me mover pelo simples pensar,prefiro observar atentamente, e por alguma razão estranha ou desconhecida,eu decido ir para fora, e eis que encontro um grupo muito estranho,nossa,foi um choque,tá certo,moro há muito tempo em Carmel,mas nunca,nunca topei com alguém na mesma condição que eu.
E além disso nunca topei com alguém vivo que pudesse me ver,e ali me deparo com uma cena estranha,nova e surpreendente,dois fantasmas,uma moça e um rapaz e duas moças,vivas,e aparentemente,os quatro(Loren,Bellatrix,Victoria,James) estavam conversando entre si,a vontade de falar e ser vista por eles foi maior do que ficar de olho em quem chegava na festa.
Fui me aproximando e imaginando o que poderia falar,até ouvir uma voz,que acabei identificando como a minha,as palavras foram saindo:
-Desculpa interromper,mas minha curiosidade estava um pouco grande,vocês podem me ver,me ouvir,nunca cruzei com nenhum que pudesse ou que fosse igual a mim,isso,é uma surpresa,me chamo Anne M. Hoew.Alguns hábitos,como o de falar o nome inteiro,nunca mudam. Mas podem me chamar só de Anne
E,depois disso,aguardei alguma fala,alguma resposta,qualquer coisa.
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Bellatrix Marie Sanders
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 12:04 am

O moço, as duas moças e agora outra como eu?

Éramos em três fantasmas (eu, Ann e James), e duas - como é que é o nome mesmo? Moderadora... Mudadora... Ah! Mediadora! Sim, e duas mediadoras. (Loren e Victoria).
Afinal, isso é um baile ou a reunião anual dos anormais?

- Chega! - Eu levantei e parei numa posição de eu podia observar todos os rostos. - Que coisas são vocês? - Nesse momento eu cutuquei as duas moderadoras, ups, mediadoras. -Podem me sentir afinal? E vocês dois...? -Acenei com a cabeça para o moço e a moça que tinham a mesma luz azul envolta do corpo que eu. - Estão vivos ou mortos? Fazem o que da vida? Por que vieram a esta festa? Desde quando estão em Carmel? Vieram arrumar encrenca? Eu estou aqui há dois séculos e esse lugar aqui é meu, o mar é meu, a paisagem, tudo. Não são alguns visitantes indesejados que vão mudar isso. Podem ir embora... Chegam aqui... me vendo, querendo saber da minha vida, e agora? Ficam parados olhando pra minha cara? Qual o problema? Vocês são tão anormais quanto eu.

Mas que diabos eu havia feito? Eles eram minha chance, minha comunicação, e eu havia estagrado tudo com essa minha boca grande demais.

Só espero que eles sejam compreensivos.

Sentei-me novamente e passei a mão feroz pelos cabelos. Era tudo tão louco, todas essas pessoas, o que eles eram?

Ok, mediadores.
Mas o que é um mediador? O que eles fazem? Porque eles me vêem e as outras pessoas não?
E eu posso sair dessa vida?

Todas as perguntas em minha mente eram ofuscadas pelo olhar forte daquele homem, que eu não sabia o nome, nem a idade, nem o que era exatamente. Mas sabia que de alguma forma ele estava mexendo comigo.
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Alex Hoew
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 9:34 am

- Pra nós dois, meu bem... Digamos que esse não é o meu tipo de evento favorito. Música muito lenta, bebida muito fraca, gente muito falsa... Mas as meninas bonitas sempre fazem o sacrifício ser válido. Além do mais, esses eventos festivos da classe ‘A’ de Carmel sempre acabam de um jeito inesperado. Brigas, escândalos, revelações surpreendentes... Sempre tem algo digno de presenciar, no fim das contas. – disse.
''Meu bem''? Nossa, isso é... cafona. Mas tudo bem.
Definitivamente, ele estaa certo. Aquela festa não tinha boas músicas, e a bebida realmente não era a das melhores.
Não que eu tivesse idade para beber, mas nessas festas ninguém pede identidade.
Não que pedissem a minha com freqüência.
– Bom, já que não tive a oportunidade de te ‘mostrar’ minha máscara angelical, deixa eu me apresentar. Sou Hannibal, muito prazer senhorita...? - Hannibal perguntou, ainda sorrindo.
Eu pigarreei. O nome dele era um tanto... incomum.
E, tipo assim, eu tinha visto o FILME Hannibal, e, cara, não é um filme lá muito bonito.
Mas esse Hannibal não me lembrava em nada o canibal do filme, portanto eu relaxei.
Dei meu sorriso de mil-watts e respondi:
- Muito prazer, Hannibal. Sou Alex. E, realmente, esse tipo de festa não é do meu feitio. Lembra absurdamente as festas que eu tinha de ir por obrigação na Inglaterra. - disse, com um suspiro. - Então, o que quer fazer? - perguntei inocentemente, enquanto ele bebia um pouco mais da champanha.


Última edição por Alex Hoew em Dom Nov 30, 2008 9:40 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 9:38 am

Eu sai de uma das portas que davam entrada para os aposentos da mansão e quase cambaleie enquanto arrumava meu cabelo, agora, bem mais bagunçado.
Logo atrás de mim senti um homem se aproximar, ele usava uma calça colada ao corpo e uma camisa preta levemente aberta. Obviamente não ia deixar que o garçom muito bem dotado passasse despercebido, então, antes de mais nada vou contar o que aconteceu:

Eu caminhava sorrateiramente até o rapaz da máscara com chifres vermelhos, porém, antes que chegasse a dez metros dele, um garçom - não o mesmo de outrora, mas tão bem dotado quanto ele - me parou oferecendo uma champanhe. Eu sorri maliciosamente e antes que ele pudesse dizer as palavras: trabalho e demissão, eu já o arrastava para uma das portas que davam passagem para os quartos escuros da casa. Não que eu o tenha obrigado, só disse "quero isso e quero agora", acho que foi o suficiente para ele se deixar ser arrastado.
Dentro de um dos quartos aconteceram coisas que a censura não me permite dizer, mas só posso declarar que: o que aquele cara sabe fazer com a boca é incrívelmente sobre-humano.

Quando voltei para o salão estava desconjuntada. Quer dizer, já não tinha batom, meu cabelo estava um emaranhado de confusão e meu vestido estava começando a descosturar, naturalmente não me importei, dei um trato rapidamente no visual e voltei a caça, dando um sorriso largo para o garçom quando ele apareceu novamente.
Caddie estava admirando a dança medieval que acontecia na pista e não entendi bem o olhar que ela me lançou quando me aproximei, mas eu respondi:
- É isso que eu entendo por diversão! - e caí na gargalhada. Tentando desviar minha atenção de algumas pessoas emanando luzes de seus corpos.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 10:03 am

Eu 'vivia' - mesmo que o emprego desse verbo seja um tanto quando redundante - em Carmel a cerca de um mês e já havia me acomodado a cultura serena daquela pequena e prudente cidade. Apesar de já ter uma eternidade bastante pacata, eu sentira uma estranha atração por aquele bálsamo litorâneo que apresentava a Califórnia.
Carmel não era o que se chamava de 'agitada', era até aquietada demais para o meu vil gosto, mas, como dissera, havia uma simpatia no ar que me levara até lá.
Eu ainda não havia me desacostumado com o clima excitado da Inglaterra e sua gigantesca capital, porém, estava instigado a procurar novos rumos e foi isso que me trouxera a Califórnia 28 anos depois da minha morte.
Exatos 28 anos dês de que levara um tiro a queima roupa pelo que eu julgava ser amigo da família, mas tão desprezível quanto seu crime fora a traição de Anna a quem eu iria entregar meu coração. Ah! Com certeza, depois de tê-lo tido estourado por uma bala, ela não iria querê-lo mais.
Só que nada disso me aborrece, não tenho o mínimo desejo de retribuir o que fizeram a mim e nem acho que mereçam minha fadiga.
Ao contrário do que pensam me senti muito mais penado pela morte de Lennon do que pela minha própria morte, acho que a Inglaterra perdeu um dos seus maiores ícones e o que mais me entristece é de não encontrá-lo aqui na minha subvida - acho que seja o adjetivo mais coerente a se usar.
O motivo para ele ter ido à 'luz' e eu não, é desconhecido. Talvez eu tivesse descoberto, se quisesse, mas me acho um tanto preguiçoso quando se trata de descobrir os mistérios da minha morte.
O fato é que, de tanto relembrar o que me acontecera, às vezes acabo por esquecer e acho que é tão mais fácil para eu suportar isso.

Cansei do tal ‘revival’ e me dirigi para lugar algum. Bom, lugar algum até eu perceber certa movimentação em uma casa - diria até mansão - numa das colinas de Carmel. Dirigi-me até lá, quando, ao longe, avistei dois guardas recebendo convites. Obviamente não me importei, já que sou invisível de qualquer forma e, mesmo que me faltasse polidez, queixar-se-iam somente se pudessem me ver. Quanto a isso, eu poderia dizer sem exagero algum, que passaria despercebido.

Caminhei até a enorme porta, circundada de rochas que preenchiam a parede, a fim de adentrar a mansão. Virei-me, pouco antes, para admirar ao longe a nesga do mar sendo banhada pela lua cheia daquela noite, noite que parecia tão maravilhosa quanto à decoração daquela festa, que, antes mesmo de entrar, pude notar a exuberante escolha das cores.
Era notavelmente risível a idéia de um fantasma participar de festas, porém, experimente ser um e verás como é tediosa a vida de um defunto. Não fossem as festas que eu fora já teria tentado suicídio - se assim pudesse - pelos tantos anos sem o que fazer. Anos esses que passavam com tamanha delonga e que se prorrogariam não fossem pelo curto tempo em que aproveitei da companhia de uma jovem garota.
Katrina, jurei que nunca esqueceria e nunca esqueci, já se ela me esquecera é uma dúvida que dança em minha mente e me torna tão pensativo quanto é possível para um espectro.
Adentrei a grande mansão com a certeza de que a exuberância de tal casa escondia segredos que nem mesmo os convidados adivinhariam, ou talvez, muitos desses convidados fossem parte do segredo.
Caminhei por entre as pessoas sem me preocupar com os murmúrios e calafrios causados nas mesmas. Já havia me acostumado com esse tipo de reação e não esperaria melhores.
Encostei-me na imensa escadaria e permaneci por lá, enquanto via algumas pessoas em uma dança obsoleta, mas tão bonita quanto antiquada.
Notei duas jovens bebericando um copo de champanhe e senti um arder em minha garganta, com uma vontade quase animal de avançar sobe aquela bebida alcoólica. De tudo que me fizera entristecer pela morte, a maior era não poder aproveitar das fraquezas humanas.
Desviei minha atenção da bebida e deixei-a cair sobre a loura igualmente bela e graciosa que segurava a taça. Vestia um lindo tomara que caia vermelho, com uma fita prateada abaixo do busto, que enfeitava o vestido esvoaçante.
Via-a rir tão contagiante que me fiz formar um pequeno sorriso no rosto e o jeito como ela gesticulava era assustadoramente familiar. Senti que a conhecia de outrora e achei bem peculiar seus cabelos louros, me lembrando uma certa baixinha de cabelos lisos e dourados.
Era estranho como tudo que eu pensava me levava diretamente a ela. Talvez pelo fato de que fora a única pessoa em que confiara, confiara como nunca confiei em alguém quando era vivo.
Desencostei-me da escada e tentei não pensar no que ressoava em minha mente, caminhei em direção a loura com a bebida e achei curiosa a forma como ela me olhava ou tentava não olhar. Naturalmente achei que não pudesse me ver já que está mais do que óbvia a minha situação atual. Parei de frente à ela e soltei um suspiro longo, olhando-a por alguns seguntos, mas logo desviei-me de volta a escada e me preocupei em fitá-la, segurando a taça de champanhe fortemente.
Eu sei que é antiético, vai contra as regras do meu trabalho e mais ainda da minha morte, mas, Deus, eu preciso de um cigarro!


Última edição por Josh Fuller em Sáb Abr 25, 2009 6:01 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 5:35 pm

Chato,chato,chato.
Tudo bem,o que eu faço para não achar a festa chata?Nada.
Mas,bem,sei que,em nome da minha familia,tenho que parabenizar os noivos,mas,primeiro,eles não tem cara de quem quer receber parabéns,e não é porque eles são de familia bruxa também que eu preciso tanto fazer isso,afinal,se meu pai quisesse parabenizar,que ele viesse então.
Sei que essa atitude é meio infantil,e sei que,com a minha 'maioridade' já atingida,deveria ajudar a cuidar dessa parte social também,mas é que,bem,não encontrei muita gente com cara de gente boa para puxar assunto,e não quero ir falar com os noivos,não agora.
Agora o casal está dançando uma música,e a atenção praticamente está voltada a eles,até que,está bonito e tal,e devo admitir,apesar de estar achando a festa meio chata,é legal ver eles dançando,mas o que estou falando?
Ah bom,eu vou embora,ou então só vou tomar um ar ali fora,sei que meu pai não vai gostar se eu for embora sem parabenizar,meu pai,bom,se ele estivesse aqui ele não faria isso........Esbarrei em uma cadeira,fez um certo barulho,e acho que ela caiu,o pessoal da mesa está olhando com uma cara para mim,isso que dá ficar absorta em pensamentos.
Eu levantei a cadeira e olhei para o pessoal da mesa(Eve,Oliver,Brooke,Ann) com uma cara de quem não tem culpa e foi sem querer e disse com a minha melhor voz:
-Mil desculpas,eu não vi a cadeira aqui.A propósito,eu sou a Alice. Como se eles quisessem saber,mas sempre fui assim,a não ser as vezes que quase esbarro ou esbarro na pessoa,fora isso, sempre me apresento,e bom,acho que não ia falar com mais ninguém naquela festa,que diferença faria falar meu nome?E bom,como vovó sempre fala,quando se pede desculpas,espere ver se a pessoa desculpa,então tinha que ficar ali com cara de tacho até alguém falar que me desculpa,para eu poder sair,mas vovó não vai saber que eu fiz isso,nem ninguém,ah,a consciência vai.[u]


Última edição por Alice Hoew em Seg Dez 01, 2008 9:58 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 8:22 pm

Eis a resposta que tive:
- Chega! - Que coisas são vocês?Podem me sentir afinal? E vocês dois...? Estão vivos ou mortos? Fazem o que da vida? Por que vieram a esta festa? Desde quando estão em Carmel? Vieram arrumar encrenca? Eu estou aqui há dois séculos e esse lugar aqui é meu, o mar é meu, a paisagem, tudo. Não são alguns visitantes indesejados que vão mudar isso. Podem ir embora... Chegam aqui... me vendo, querendo saber da minha vida, e agora? Ficam parados olhando pra minha cara? Qual o problema? Vocês são tão anormais quanto eu.
Nossa,essa definitivamente não era uma resposta que esperava ter,até porque eu não queria saber nada da vida dela,só disse que nunca encontrei nenhum igual a mim,e bom,não queria exatamente saber quem eram elas que podiam me ver,até porque eu sabia,só fiquei feliz,porque nunca cheguei a ver uma mediadora pessoalmente,muito menos duas,e também nunca tinha visto fantasmas.
Mas o ponto é,só quis,socializar como dizem,mas na hora da fala dela,falando que o lugar era dela, a raiva me subiu a cabeça,afinal de contas,quem se importava que ela estava ali há dois séculos,eu estava há quatro,e nunca cruzei com ninguém como eu,e quando encontro alguém ela diz isso,eis a minha resposta:
-Ninguém nunca ousou me chamar de anormal,nem em vida,nem em morte,e não é porque a 'senhorita' nunca encontrou nenhum outro fantasma aqui, significa que é dona do pedaço.A raiva estava subindo a minha cabeça,mas já aprendi a controlar o que posso fazer quando estou com raiva mas queria ver o que as mediadoras desse século eram capazes de fazer.-Saiba você que dois séculos,para mim,não é nada,eu estou aqui há mais de quatro,se formos ver pelo tempo,o lugar seria meu.-Tudo bem,eu estava controlando a minha raiva até demais,mas,por mais que ela tivesse falado isso,eu tinha simpatizado com ela e com o fantasma ali presente também,segurei a onda mais que o normal.
Fechei um pouco minha cara e voltei minha atenção para dentro do salão,mas continuava ali,aguardando que alguém entrasse na briga agora,e fiquei um pouco em silêncio,afinal,não precisava falar mais do que já tinha falado,só se necessário.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 9:19 pm

Era a primeira semana de Neil em Carmel. Agora veja bem como a mente humana funciona. O cara mal se vê no espelho há anos e acha que pode sentir os fantasmas. Sim, o fato de Carmel ser um centro sobrenatural bastante significativo já estava mexendo um pouco com a sua cabeça, imperceptivelmente. Ele estava se sentindo bastante sensível a todas essas movimentações. Era quase como se ele conseguisse ver os fantasmas e estivesse realizando seu sonho mais profundo de ser um deslocador. Entenda que pra ele, ao mesmo tempo em que o lance de “ver” e “expulsar” fantasmas são formas de ganhar a vida, no fundo ele é bastante sensitivo. Só não está tão ciente disso.

E talvez, mesmo quem não sabe ou não acredita em nada dessas histórias, possa sentir nem que seja só um pouquinho o ambiente um pouco estranho. Pois o negócio ali era bastante movimentado. Ok, parece que eu só estou querendo puxar sardinha para o lado de Neil, mas de vez em quando os meros mortais sentem uma pequena brisa agourenta, mesmo que finja ser apenas o vento.

Neil só sabia que tinha que por a mão na massa, pois seu dinheiro estava acabando. Ele não sabia onde estava se metendo, e podem ter certeza de que era em uma grande encrenca. Era engraçado como uma pessoa tão inteligente em um aspecto podia ser tão tapada no outro. Ele lia tanto, mas tanto sobre todas essas coisas, e mesmo assim adorava mexer com o desconhecido. Neil só não sabia que mexer com isso poderia ser perigoso. Mas, mais uma vez entrava aqui o fato de que ele vivia a própria sorte, sem destino e o que fazer se não sabemos como será o dia de amanhã? Pessoas assim adoram cometer loucuras, e vivem no precipício entre a razão e a imprudência.

Mas enquanto ele não trombasse com um fantasma realmente furioso no seu caminho, “seus investimentos” seriam promissores. E foi assim que ele fora parar naquela loja de fantasias. Antes de mais nada, preste atenção: Nunca fale nada que possa ser comprometedor na frente dele. Neil com certeza reverterá cada coisa em proveito próprio.

Neil estava hospedado em uma pensão extremamente barata e não agüentava ficar o dia todo na espelunca. A única coisa que podia fazer era andar e coletar o maior número de informações possíveis a fim de começar o seu “trabalho” – cof,cof – traduzindo: logo ele estaria sem grana, sem o que comer e sem onde dormir. Então, ele estava passando pelo centro da cidade, ainda andando a esmo. O que ele achou mais estranho era a movimentação “humana” bastante fora do normal para uma cidade relativamente pequena. Com certeza um evento de peso ou algo bem maior estava para acontecer, pois em lugares assim, aquela agitação tinha esse significado.

E não demorou muito – claro, ele vivia de ouvido em pé – Neil descobriu o que estava para acontecer. Em fragmentos de conversas aqui, gritinhos excitados de adolescentes dali e cof, um pedaço, cof, de jornal – que foi a maneira que ele descobriu, pois das conversas não dava para tirar nada de concreto – ele ficou sabendo do tal baile de mascaras. Sim, um noivado com uma festa daquelas era de deixar qualquer cidade ovo em fervorosa. E claro que ele iria à festa. Você tá pensando que Neil é quem? Ele é um guru de respeito, – tadinho – com graduação em Ogum – huhu – Pós em Iansã – ih mi zefin – e doutorado em charlatanagem(?) – Isso sim! Não acreditem....

Mas o caso todo é que ele teria que ir nessa festa. Você sabe não é? Garotas, socialização, COMIDA free! E para isso ele precisaria de todo o aparato e o principal: O Convite. Seu alvo, depois de tanto andar era a loja de fantasias, claro! Era um lugar bastante pequeno e sem muitas variedades, mas tinha a atendente perfeita: Uma senhorinha sozinha, daquelas que adora um bom ouvinte e palavras de respeito. E o melhor. Bastante crédula.

Na verdade, fora mais fácil do que ele imaginara. Ele mal precisou colocar todos os seus “conhecimentos” em prática. Neil chegou a ela, dizendo que sentia que o local estava bastante carregado e que precisava de uma purificação. Não era certo uma Senhora tão boa como aquela ficar em meio a um ambiente tão pesado. Era péssimo para a saúde e para a alma. Os olhinhos dela brilhavam como se esperasse a vida toda que um louco como esses entrasse em sua loja.

Ele tirou todos os seus aparatos da bolsa, acendeu o defumador e começou a passar a fumaça em todos os cantos obscuros da loja, murmurando palavras e cânticos ininteligíveis até mesmo para ele. Enquanto ia realizando a purificação, apontava os lugares e falava coisas como: ”A Senhora está sentindo como esse canto está jogando forças malignas para toda a loja? Pois bem, veja só...” E com um truque clássico, ele jogou uma bombinha que fazia só fumaça no canto, dando um efeito totalmente sombrio como se o espírito estivesse sendo expurgado. A Senhora quase morreu do coração, mas terminado o teatro, ela estava agradecida e emocionada.

Neil pronunciou palavras de conforto e agradecimento para ela por ter deixado ele fazer seu trabalho e ia saindo, quando ela o chamou. Falou que ele não podia sair sem nenhum agradecimento. Neil disse que não aceitava dinheiro em troca, mas mesmo assim ela insistiu e ele negou. Por fim, sem querer deixá-lo sair sem nenhuma recompensa ela pensou por um instante e se lembrou de algo.

-Já sei o que um jovem como você pode gostar e ainda assim não ofenderei suas boas intenções.- Ela saiu para os fundos da loja e Neil esperou pacientemente. Estava jogando no escuro, mas talvez ele pudesse conseguir o que tanto queria. Quando ela voltou, ele viu em sua mão um grande envelope branco e dourado com letras floreadas. -Aqui está querido. Acho que você vai adorar me representar nessa festa. Já estou muito velha para agitações e quem sabe lá você ache sua alma gêmea?- Ela sorriu para ele depois de baixar o olhar para a sua mão esquerda e sua mochila enorme.

Ele retribuiu o sorriso e pegou o envelope de suas mãos. Não precisou ver direito para saber que era o convite da tal festa. Colocou o convite sobre o balcão e pegou a mão dela entre as suas agradecendo ternamente. -É muita bondade sua. Mas o que um cara como eu fará em uma festa tão chique quanto essa. E no mais, eu não tenho roupa apropriada. Mas muito obrigado mesmo assim.- Ele fez menção de tirar as suas mãos das dela, mas ela segurou com força.

-Você é cego meu filho?- Ela falou vagarosamente com um sorriso na voz. -Você está numa loja de fantasias. Não posso lhe pagar pela metade.- Ela soltou as suas mãos e deu a volta no balcão. Neil sorriu antes de se virar. Ele tinha conseguido. Isso é que era ter sorte.

x.x


O dia da festa chegou e ele estava bastante animado. E também só tinha dinheiro para mais quatro dias na pensão fedorenta. Pensou até em simular um ataque de espíritos no lugar e conseguir mais uns dias, mas ele sabia quando atacar. E aquele não era o lugar certo para isso. Mas com sorte, muitas coisas aconteceriam nessa noite.

Tomou um banho e se arrumou. Olhou no espelho satisfeito pelo resultado. Como podia um cara além de sortudo, ser bonito? Isso era demais para uma pessoa só! E mesmo lendo tanto sobre essas coisas, ele não tomava cuidado. Pois o Universo não conspira sempre a nosso favor e um dia a sorte dele iria acabar. Mas enquanto não acabasse ali estava ele, admirando o seu reflexo irreconhecível. Uma casaca preta com botões dourados, calças brancas e botas pretas por cima das calças. O contraste dos seus cabelos escuros com seus olhos claros e a barba por fazer lhe davam um aspecto legal. Pegou sua mascara de mão em cima do criado mudo e saiu para o endereço indicado no convite.

Ao chegar à mansão, ele ficou de boca aberta. Realmente, aquilo sim era ostentação. E tudo parecia muito tradicional demais, uma coisa um pouco surreal para os dias de hoje. Não pode deixar de prestar atenção naquela Senhorinha que havia lhe dado o convite e a fantasia. Ela tagarelou bastante enquanto ele provava a fantasia, que aquele parecia ser um casamento de conveniência e que gastar com uma coisa daquelas era tolice. Neil estava com essas coisas na cabeça, quando o segurança pediu o seu convite. Ele sorriu para o armário a sua frente, vestido a rigor e mascarado e lhe entregou o envelope.

Depois de checar tudo o cara o deixou passar. Ao andar pelos jardins em direção a entrada da mansão, Neil já notava uma movimentação bem grande. Chegando perto da entrada, viu duas meninas conversando de forma estranha, sem estarem viradas uma pra outra. Ele não pode deixar de pensar nos deslocadores que deveriam existir por ali, mas não achou que fosse ter tanta sorte assim. Ele averiguaria tudo isso com calma.

Adentrou o salão e mais uma vez parou estupefato. A decoração era por demais suntuosa e havia ali vários tipos de pessoas. Tanto as de classe mais altas como meros moradores da cidade. No meio do salão, um casal dançava e por dedução ele pensou ser o “motivo da festa”. Em volta vários casais também estavam dançando. Mas nos arredores do salão havia pessoas interagindo, algumas com caras entediadas, outras se sentido totalmente por fora do lugar. Algumas mesas estava ocupadas e seus ocupantes interagiam ou alegre ou cortesmente. Tudo isso dependeria das conveniências. Mas para Neil estava de bom tamanho. Com sorte ele conseguiria uma oportunidade de começar os seus “investimentos” em Carmel. E de quebra iria se divertir.

Pegou uma taça de champagne virando-a de uma vez. O liquido desceu suave e sedoso. Pegou mais uma de outro garçom que passava e dessa vez foi bebendo aos poucos, circulando pelo salão e avaliando tudo com cuidado. Caso nada desse certo, pelo menos ele teria a companhia de belas damas, e isso ele sabia aproveitar muito bem. – cof, aproveitar, cof, nem sempre conquistar!


Última edição por Neil Acker em Qui Dez 04, 2008 10:49 pm, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 9:34 pm

Tudo o que posso dizer até o presente momento é que meus primeiros dias na pacata e interiorana cidade de Carmel não foram dos mais dignos. Não que o seu ar paradisíaco não chegasse a me atrair, mas, se você tem Lindsay Good como tia, até o Jardim da Babilônia se torna a personificação do próprio Inferno somente pela idéia de tê-la por perto, com seus bafejos de desígnios “memoráveis” e seus impropérios contra o desertor da família. E, acho que torna-se válido ressaltar, se eu pensava que já tinha um conhecimento adequado da verdadeira face da diaba... Eu descobri que ela podia ser pior. Muito pior.

Afinal, quem tem uma tia como a minha definitivamente não precisa de inimigos.

Quando nos estabelecemos melhor na cidade, eu tentei abstrair da mente o verdadeiro propósito de ali nos encontrarmos e aproveitar um pouco a cidade, mas essa idéia acabou se tornando impraticável. Tia Lindsay incansavelmente me recordava do fato, explanando e discursando com sua voz insuportável o quanto eu deveria ser cortês, gentil, educado, cavalheiro, amável e tantas outras coisas mais quando eu fosse apresentado pessoalmente a Juliet Carey. A diaba agarrava-se àquela aliança com garras, dentes e enxofre, e fazia de tudo para me obrigar a me portar ante a todos como sendo o noivo perfeito. Se eu já não soubesse que ela já tinha vendido a própria alma, eu estava confiante de que ela agora o faria só para que tudo saísse aos conformes dela. Eu, no entanto, como o adorável e obediente sobrinho que sou, mandei todas aquelas malditas recomendações às favas e decidi ser... Bem, ser eu mesmo. A diaba, é claro, não ficou nem um pouco satisfeita com o fato e ficou a me atazanar o juízo pelos dias subseqüentes, dizendo o quanto eu fui imprudente e infantil, entre outras coisas mais – e piores – que sua boca “pura e casta” é capaz de proferir... Ainda que não tivesse ocorrido nenhuma espécie de represália explícita e evidente por parte da minha, hm, noiva... E por parte dos meus, bem, futuros “parentes por afinidade”.

Ainda que nossa interação tenha sido breve e não muito aprofundada, Juliet mostrou-se de imediato ser uma ótima pessoa (além de ser muito mais bonita pessoalmente, é claro). Não tínhamos dificuldade alguma em manter um diálogo e nada entre nós parecia ser feito forçadamente. Ela era uma moça centrada e ao mesmo tempo sonhadora... Entendia as perspectivas da família acerca daquela união e pretendia aceitá-la de forma conformada, renunciando objetivos próprios que pretendia ter em sua vida. Aquele casamento à moda jurássica ainda me causava arrepios, mas a idéia de que o sentimento que ele ensejava em mim era recíproco por parte de Juliet me deixava um pouco mais resignado com aquela situação toda. Nós seríamos ótimos amigos.

É. Amigos. Nada mais do que isso, acredito. Ou talvez sim, nunca se sabe. Pode soar – absurdamente – piegas, mas eu sou daqueles homens que acredita que o amor é a base de todo relacionamento... E eu acreditava, pelo menos de primeira impressão, que se existisse algo entre eu e Juliet, acabaria não ultrapassando muito além da amizade e companheirismo. Para a felicidade da diaba, já que a probabilidade de termos herdeiros diminui consideravelmente e ela poderá reinar como líder por toda a eternidade... Seríamos amigos e confidentes fadados a passarem o resto das suas vidas ligados a um casamento por conveniência...

Raios, o que eu fiz para merecer isso?

Ah, claro, somente ter tido a infelicidade de ter nascido um Good. E ter ela como tia. Será que se eu jogar água-benta nela, ela se desintegra e vira pó?

Mas, remotamente, talvez nem tudo esteja perdido... Pelo menos eu acho. A perspectiva de um relacionamento aberto à surdina da diaba resume muitas coisas. Não que eu pretenda sugerir isso a Juliet, de imediato... Mas, bem, é uma hipótese considerável... E não estaremos a nos sacrificarmos tanto a nossa vida por conta de algo que particularmente não nos é aprazível.

Nosso... Noivado estava sendo anunciado em todas as colunas sociais consideradas relevantes e o ato seria devidamente formalizado com a realização de um Baile de Máscaras, que ocorreria nesta noite. Tia Lindsay estava tão radiante que eu podia jurar que ela pensava que a festa foi feita para ela, e não para mim e Juliet. Se ela tivesse o mínimo de jovialidade, acredito que ela estaria dando pulinhos e soltando beijinhos por aí... Eu, um dos principais envolvidos nessa história, no entanto, externava um comportamento diametralmente oposto ao dela, encarando o meu reflexo no espelho com certo pesar, não conseguindo reprimir um revirar de olhos quando ela me entregou o anel que selava o compromisso com a herdeira dos Capuleto Carey.
Quando fiquei devidamente pronto, nos dirigimos à casa dos Carey, onde seria realizado o festejo. Meus pais, acreditando que tia Lindsay não era o bastante, se juntaram a ela na enxurrada de recomendações e eu apenas me limitei a fechar os olhos e tentar abstrair as vozes deles dos meus pensamentos. Parte de mim, durante todo o trajeto, se questionava se estragar toda aquela parvoíce não seria a melhor solução, mas minha lealdade à minha família era intensa demais para que eu me permitisse ter esse tipo de comportamento rebelde.

Acabamos por chegar um pouco mais cedo do que o esperado. Eu cumprimentei os poucos já presentes, representando, de certa forma, o papel que desejavam que eu cumprisse, estampando um leve sorriso no rosto, numa falsa perspectiva de felicidade e júbilo. Encontrei-me com Juliet em frente às escadarias; em nossa cumplicidade, não precisávamos ocultar um do outro o desgosto pela situação, mas eu tentei parecer um pouco mais conformado do que realmente estava, tentando fazer com que a situação fosse mais fácil para ela.

-Você está linda... – murmurei à guisa de cumprimento, sendo irremediavelmente sincero em minha colocação. Ela possuía uma beleza inesgotável; um dos diversos motivos que me levava a crer que tê-la como esposa não poderia ser tão difícil assim. – Mas sinto que falta um pequeno e imprescindível detalhe... – eu retirei uma caixinha de veludo das minhas vestes e, logo depois, coloquei o anel que selava nosso compromisso em seu anelar direito. – Sabe, é o procedimento padrão. – completei, ao que ela me agradeceu num tom polido e beijou minha face. Sorri de volta para ela e lhe estendi o braço para ela. – Vamos? Preparada?

-Não. – foi o que obtive como resposta. Meu sorriso se entortou consideravelmente.

-Hm, se isso te alegra um pouco... Você não é a única. – murmurei enquanto colocava a máscara sobre o meu rosto. Suspirei. O espetáculo estava apenas começando...

***


Fizemos as vezes de anfitriões da festa por um tempo que me pareceu indeterminado; fato este que, confesso, é irremediavelmente entediante. Entretanto, eu procurava manter um parco sorriso no rosto, fazendo jus, de certa forma, a toda aquela encenação ridícula que queriam que nós fizéssemos; Juliet, por sua vez, não se mostrava capaz de algum tipo de superficialidade e não conseguia ocultar de sua face delicada o desespero e a tristeza que lhe tomava a alma. Nossos agradecimentos ante as felicitações dos convidados eram inócuos, mas isso acabava por ser ignorado por alguns deles. Para estes, nós pousávamos como o típico casal perfeito... Uma torpe imagem que indefinidamente pareciam atrair para nós dois, num piscar de olhos.

Um ou outro convidado buscava mais do que simples cumprimentos e passavam a travar algumas conversas mais longas conosco. Ou comigo, para ser mais específico. Juliet permanecia ao meu lado, calada, a maior parte do tempo. Eu confesso que a invejei, de certa forma, pois não tinha tanta capacidade de me desligar daquilo tudo tanto quanto gostaria, já que o dever para com os Good vinha acima de qualquer outro desejo que imperava em meu âmago; então, eu procurava ser o mais cortês possível com todas aquelas pessoas, embora não me mostrasse plenamente satisfeito por estar executando aquele estereótipo de noivo ligeiramente feliz e um tanto quanto apaixonado.

De todas aquelas pessoas, a que se mostrou ser a mais insistente foi a Condessa de Westwood... Uma senhora irritantemente insuportável que não sabia falar de outra coisa que não fosse dela mesma. Naquele meio tempo, ela já tinha contado uma boa parte de sua história e agora engatava uma conversa incansável sobre as suas novas aquisições. Eu me limitava a respirar fundo antes de comentar seus posicionamentos com frases curtas ou palavras monossilábicas, mas isso apenas contribuiu para que ela achasse que eu estava evidentemente interessado no que ela tinha para explanar... Afinal, ao falar pouco, eu involuntariamente estava a exultar ainda mais o seu caráter exageradamente personalista. Mas, embora soubesse disso, não estava nem um pouco disposto a gastar muitas das minhas palavras com ela, mesmo que com esse fato eu talvez conseguisse me livrar da sua presença.

-... eles contraíram os votos há menos de cinco meses e já esperam um filho. Jéssica estava tão exultante quando me deu a notícia! Ela, entretanto, não consistiu em nenhuma surpresa para mim. Eu sabia que, por ser minha filha, Jéssica é possuidora de uma saúde memorável e uma grande capacidade de fertilidade. Ah, Peter ficou tão feliz com a notícia que comprou uma nova casa em... – eu respirei fundo, mais uma vez. Ela sorriu um pouco. – Oh, os senhores já pensam em filhos, Mr. Paris? – o súbito questionamento acabou por me pegar de surpresa e, por muito pouco, eu não pude conter um inesperado engasgue.

-Desculpe...? – perguntei num tom estranho.

-Oh, perdão, acho que fui um pouco indelicada... Estão noivos, ainda... Mas acredito que o senhor já deveria pensar nessas questões desde agora, Mr. Paris. Meu primogênito...

-Com licença, por favor. – eu ouvi Juliet falar ao meu lado, nos interrompendo, ao que eu me virei para ela, tentando não parecer aliviado com o fato de ela ter feito cessar aquele “primoroso” diálogo. A Condessa não pareceu gostar muito da interrupção a princípio, mas, como manda a etiqueta, apenas olhou para Juliet e esboçou um sorriso gentil. – Meu querido, eu gostaria que você conhecesse uma pessoa. A senhora poderia nos dar licença, Condessa? – ela falou num tom afável e eu tentei não sorrir com o fato. A Condessa, por sua vez, anuiu com um comentário simples. Eu acrescentei uma frase feita, agradecendo a companhia – embora intimamente estava agradecendo por me livrar dela – e, em silêncio, caminhamos em direção à pessoa que ela queria me apresentar.

A Condessa não podia se comparar à Tia Lindsay, mas, em igual presença, eu tinha a parca impressão de que o ar que transitava ao seu redor era um tanto quanto viciado. A droga de máscara que eu estava fadado a usar pelo resto da noite não contribuiu para sanar essa idéia da minha mente e eu a tirei por alguns instantes para respirar antes de recolocá-la. O lado bom da história é que, diferente da diaba, a Condessa não fedia a enxofre... Embora o perfume que usasse fosse tão enjoativo quanto ela própria.

Aproximamos da pessoa que Juliet queria me apresentar; era uma garota. Ela usava um belo vestido e tinha os cabelos escuros presos numa trança, ornamentados com fitas e outras coisas que eu não sabia o nome, mas brilhavam. Eu não pude ver o seu rosto, mas, a julgar pelo seu olhar ora intenso, ora acanhado, e alguns dos seus visíveis traços delicados e expressivos, ela parecia ser dotada de uma beleza singular. Sorri, imperceptivelmente, embora sem nenhum motivo aparentemente específico.

-Ann! Oh, como estou feliz por estar aqui! – Juliet a cumprimentou num misto de alegria e alívio, abraçando-o fortemente. Eu notei que a garota, Ann, esboçou um ar meio envergonhado e julguei que ela poderia ser um tanto quanto tímida. – Quero que você conheça Paris. – ela disse logo após se afastarem. Eu sorri de volta e estendi minha mão calmamente.

-É um prazer conhecê-la, senhorita. – cumprimentei-a, beijando sua mão suavemente, encarando-a de forma branda.

-Ah... Uhm... Oi... Ann... Ann Stewart. – ela gaguejou um pouco em resposta, e eu reprimi um riso ao notar o acanhamento dela. Eu cumprimentei os outros ocupantes da mesa em que ela estava sentada, entre eles a líder dos Wilde, a Eve. Não me estendi muito em conversas, já que notei que, no centro do salão, algumas pessoas já começavam a formação para a execução da primeira dança. Em algum ponto do recinto, eu pude sentir o olhar da diaba sobre mim. Respirei fundo e, antes que ela viesse ordenar implicitamente o que certamente eu teria que fazer, eu tomei a iniciativa do feito, virando-me para Juliet calmamente.

-Que tal dançarmos? – questionei serenamente. Tínhamos que manter as malditas aparências. Eu notei Juliet trocar um breve olhar com Ann, como se pedisse algum auxílio, e eu apenas aguardei alguma manifestação da sua parte. Eu não iria obrigá-la a dançar comigo, mas intimamente eu sabia que ela tinha plena certeza das conseqüências que traria se ela acabasse por negar o convite.

Após um breve silêncio, Ann acabou por estimulá-la a aceitar dançar comigo e, dada a sua fala extensa, eu julguei que ela não era tão tímida quanto eu pensei que fosse. Juliet ainda ponderou por alguns instantes, passando um tempo a observar a festa, até que, por fim, o aceitou. Observei seus lábios tentarem se abrir num singelo sorriso, antes que ela esboçasse aquele ar distante e melancólico novamente.

Eu sorri de volta para ela, estendendo o sorriso a Ann como uma forma muda de agradecimento, e conduzi Juliet até o centro do salão calmamente.

-Ato I, Cena V? – questionei num ar meio irônico, sorrindo meio de lado em seguida. – Depois dessa dança você pode fugir se quiser... – sussurrei num dar de ombros, como quem não se importa. Se ela alegar indisposição, ninguém vai questionar a sua atitude... A feição que Juliet exibia já não era das melhores. – Eu digo que você não estava muito bem e foi se deitar, ou algo similar... Eles já tiveram espetáculos demais por hoje. – completei num suspiro. Os acordes da música começaram a soar e começamos a nos mover no ritmo da música. Com um breve giro, tive um vislumbre da moça de cabelos trançados sentada na mesa e não pude conter um ar intrigado. – Aquela garota... Ann... Ela é sua amiga? – reprimi um revirar de olhos ao pensar que essa frase me pareceu interesseira demais. – Digo, não que eu esteja querendo me meter em sua vida, mas eu realmente não entendi ao certo uma frase dela... Por que ela se portou como sendo “quase-ninguém”? – não queiram me punir pela súbita curiosidade, mas realmente me chamou a atenção o fato de alguém aparentar ser tão tímido, falar tanto quanto um não-tímido e dizer frases características de um tímido. Aquilo era muito complexo para minha mente...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptyDom Nov 30, 2008 10:44 pm

Não que eu pensasse que meu plano com Mark iria dar certo logo de primeira, afinal, ele era um Carey, e,assim como eu, a desconfiança perante os outros reinava acima de qualquer outro sentimento que se pudesse ter, e, eu creio que tinha tido uma ótima primeira impressão em relação a ele, afinal, com umas coisinhas lá e outras aqui, fragmentos de conversa, e outras coisas que eu podia juntar, eu tinha uma certa idéia do que poderia estar acontecendo para esse burburinho bruxesco. Eu não estava com nada muito concreto, e, para isso, Mark serviria aos meus propósitos. Porém, eu ia que dar o braço a torcer, e dizer que eu estava gostando muito possivelmente até demais da companhia de meu primo gato .

Enquanto eu esquematizava meus os meus planos, chegou até a minha casa um convite. Juliet Carey e Paris Good.. Aquilo com certeza foi inesperado. Veja bem, minha família não é o que se pode dizer de um exemplo de família que se encontram nos comerciais de margarina. Não, isso é utopia ao mencionar a família Carey. A maioria dos meus tios é brigado, e isso incluía o meu pai, e o pai de Juliet. O motivo? São vários, e eu não sabia realmente, mas só sei que a união de uma Carey com um Good era de tamanha importância que eu não sabia. Mas tinha que saber.

Com a minha influência, logo descobri que o motivo dessa união era de questão econômica e política. Lindsay Good, a líder da família, via no casamento dos dois, uma consolidação do império. Mas uma coisa assolava meus pensamentos: E nessa união? Depois que Lindsay se for? E se Paris quiser assumir o controle não só dos Good, mas também dos Carey? Isso com certeza era a única coisa que eu tinha que impedir, de uma vez por todas, e, agora, mais do que nunca, eu precisava do apoio de Mark, se eu quisesse chegar ao poder. Eu iria falar com ele na festa.

Então, eu fui à procura de um vestido. Bem, não de um vestido, mas do vestido. Escolhi um todo preto, com detalhes em vermelho-sangue. Um decote bastante profundo, seguido de rendas, muitas rendas. Eu sinceramente estava mais linda do que nunca, modéstia à parte. Bem, talvez não modéstia à parte, porque isso é algo que não cabe no meu vocabulário. Fazer o que se eu sou realmente linda?

O dia da festa finalmente chegou, e eu estava realmenta ansiosa para isso. Digamos que aquela festa realmente prometia. Antes de chegar, eu recebi uma mensagem de Mark dizendo que iria se atrasar, mas que faria de tudo para chegar. Ou chegar na parte boa, quer dizer..

A decoração estava realmente perfeita. Ali, com certeza, havia o dedo dos Carey. Eu cumprimentei os noivos, o tal de Paris era realmente bonitinho e fui ter com alguns da minha família o meu primo Tebaldo com certeza havia ''crescido'' bastante, desde a última vez que o vi. Mas eu não estava com o clima de tanta festa, eu tinha que colocar na minha cabeça o que fazer naquela hora, então decidi dar uma volta pelo salão, acompanhada do meu quinto copo de prosseco.

Então eu percebi que realmente precisava de alguma diversão, ou ao menos alguma distração para fazer até que Mark chegasse. Dando a volta pelo salão, eu percebi um rapaz que estava parado, olhando ao redor [Neil]. Bem, por que não?

Eu arrumei o meu decote vestido, e fui ao encontro dele.

-Olá...o que está achando da festa? - falei, o fitando, e bebericando o meu sexto prosseco..
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySeg Dez 01, 2008 1:04 am

Eu as vezes fico pasmo comigo mesmo, me pego com cara de bobo-apaixonado olhando para a beleza de Eve, e o quanto ela é cativante, mesmo com uma grande responsabilidade nas costas, como líder do clã Wilde, ela não deixa de ser essa menina- mulher ao mesmo tempo, talvez essa seja uma das principais características nela que eu mais ame.

Logo que nos sentamos na mesa, havia uma garota morena meio perdida por ali e Eve com seu charme e carisma falou para a garota
-Aqui tem lugar na mesa, não quer se sentar não?

A morena logo respondeu aceitando o convite

Ah, por que não? - Não é como se os dois ali fosse sentir minha falta... Então, pela parte do noivo ou da noiva o convite de vocês?


Eu abri um sorriso, e ao mesmo tempo pensei de qual parte teria vindo o convite, eu não tinha parado para pensar nisso antes, e eu nem havia perguntado sobre isso para a minha mãe, é claro que só fui convidado para esse noivado por meus pais terem uma pequena influência em relação ao conhecimento vasto de famílias de nomes grandes (uaaauu, quanta importancia!), confesso que olhei para Eve com uma cara de interrogação, ao mesmo tempo querendo dar muita risada, afinal eu estava na festa sem saber por qual parte dos noivos eu fui convidado.

Me apoiei na mesa me inclinando em direção a garota e falei baixo para não escutarem, se não eu passaria vergonha, com certeza.

- Para falar a verdade mesmo, eu não sei! Mas não pense que sou interesseiro e gosto de festas, se eu recebi o convite é porque com certeza meus pais conhecem alguma das duas famílias. - falei dando risada após olhar o rosto de interrogação da garota.

Antes de falarmos mais alguma coisa, minha prima de longadistânciaemesmonome Brooke chegou com uma amiga que se apresentou sendo Victoria Hewson, bonito nome devo ressaltar, elas se sentaram na mesa e começamos a conversar um pouco.

Alguns instantes depois, por incrível que pareça, os noivos se aproximaram de nossa mesa, e a garota morena se levantou abraçando a noiva com muita intimidade, deviam ser boas amigas, e Juliet parecia estar muito aliviada de estar abraçando a garota, claro que o resto da mesa, Eve, Brooke e sua amiga fomos cortês o bastante para dar parabéns aos noivos e desejar toda a felicidade do mundo, afinal se estão casando é para ser feliz.

De repente os casais começaram a se posicionar em meio ao salão para uma dança, os noivos claro pediram a licença e foram dançar, eu estava meio constrangido por não conhecê-los, e também não conhecer a maioria da festa. Me virei para Eve em busca de uma resposta para ver se ela queria ou não dançar, sua cara era agradável mas não para quem está empolgada em dançar, seu sorriso era para o casal de noivos, que combinavam na beleza.

- Olha meu amor, eu até convidaria você para dançar, não que eu não saiba a música, mas acho melhor apreciarmos os noivos dançando, a próxima eu como um bom cavalheiro te chamo, eu juro! - falei dando uma risada e abaixando a cabeça um pouco tímido pelas duas garotas junto a mesa.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySeg Dez 01, 2008 7:35 am

A festa lá dentro estava o que os jovens dessa época chamam de 'bombando', eu podia ouvi risadas, o tim tim das taças e ver pelas sombras nos vidros até algumas pessoas já andando um pouco tortas, provavelmente por causa da bebida, e imaginei o que aquelas pessoas estavam realmente vendo. Se não podia me ver, veriam apenas as duas moças olhando para o vazia com uma cara de quem acabou de levar uma porrada.
Talvez não é bem essa atitute de coisas como eu devem tomar quando encontram coisas como essa daí.
-Ninguém nunca ousou me chamar de anormal,nem em vida,nem em morte,e não é porque a 'senhorita' nunca encontrou nenhum outro fantasma aqui, significa que é dona do pedaço. - E que bom que ela lembrou do 'senhorita', afinal, não me casei até hoje, e vem me chamar de 'senhora' pra você ver o que eu sou capaz de fazer, uhm.
Ok, ela está certa. Em partes é claro.
Digo, além da coisa do 'senhorita', ela está certa sobre eu estar me achando a 'dona do pedaço', acho que foram essas palavras que ela usarava.
Em dois séculos eu unca tinha visto ninguém como eu, e agora, quando encotrava alguém ficava aqui, brigando de quem é o território, feito dois cachorros parados com a perna levantada diante de um post.
-Saiba você que dois séculos,para mim,não é nada,eu estou aqui há mais de quatro,se formos ver pelo tempo,o lugar seria meu.
Wooah! Falou então Sra. Eu-sou-uma-relíquia-do-museu-do-Louvre.
Um, dois, três, respira.
É, novamente a Srta. Eu-sou-uma-relíquia-do-museu-do-Louvre está certíssima, e eu, erradíssima. Talvez todos esses anos de completa anti-social tenham me feito algum mau, afinal.
- Bem,- Eu limpei a garganta antes de voltar a falar.- Você até que pode estar certa, mas supondo, eu disse su-pon-do que você está certa, tem como eu sair daqui?
Eu já estava ficando impaciente.
Ah! Como a vida social é complicada, fracamente!
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySeg Dez 01, 2008 10:31 am

Neil andou uma boa parte do lado esquerdo do salão, bebericando de sua taça de champagne. Pode observar as pessoas mais de perto e de forma sutil. Primeiro passou em uma mesa onde um casal estava conversando e duas mocinhas observavam a festa. Não pode deixar de olhar discretamente a mulher[Eve], que era estonteantemente bonita. Neil não tinha preferências para loiras ou morenas, mas naquele momento, se ela não estivesse acompanhada, ela seria a sua “preferência”. As duas moças na mesa junto deles, olhavam os casais dançarem. Uma delas em particular [Ann], parecia estar com o pensamento longe ao mesmo tempo em que seu semblante estampava um pouquinho de preocupação ou algo assim. Ele não soube dizer.

Desviou seu olhar dela em direção ao meio do salão, dessa vez observando bem o casal de noivos. Neil era da opinião de que você raramente pode dizer como uma pessoa está apenas visualizando seu semblante. Existem pessoas muito boas em esconder seus sentimentos e uma leitura falsa pode deixar cair por terra à suposição. Mas muitas pessoas, por mais que quisessem, não conseguiam esconder o que realmente sentiam por dentro. E era o caso do casal. Parecia haver uma cumplicidade imensa ali e muita amizade, mas não havia a felicidade. Neil era um bom leitor das pessoas. Muitas coisas iam ao chute, mas muitas delas ele acertava com maestria. Experiência de quem observa bastante para dar seus “golpes”. – Não que o casal estivesse escondendo muito isso também!

Ele continuou andando e olhando tudo discretamente, como um convidado normal. Viu uma mulher a um canto do salão, vigiando tudo com olhos de águia, principalmente o casal de noivos. No mais, vários convidados socializavam de forma bastante tranqüila. Nada de extraordinário aconteceria pelo menos por hora. Neil pegou mais uma taça de champagne, virando-a de um gole só e parou a um canto do salão observando as mulheres aparentemente sozinhas na festa. Mais uma vez ele pensou que, se não houvesse “trabalho”, pelo menos teria de haver alguma diversão. Algumas adolescentes, com corpo de mulher, bastante bonitas andavam pelo salão, a procura de algo menos chato que aquilo. Havia muitas meninas lindas ali, mas Neil não gostava de mulheres muito mais novas que ele. De irresponsável já bastava a sua pessoa.

Ficou um bom tempo assim, apenas olhando, com sua 6° taça de champagne na mão, quando sentiu um arrepio. Neil ligou várias coisas: primeiro, como em Carmel existia uma grande quantidade de Deslocadores e Mediadores, não seria estranho que tivesse pelo menos um ali. Segundo, um baile naquele estilo, com roupas antigas e tudo muito tradicional, poderia atrair os espíritos mais nostálgicos. É claro que poderia ser apenas um vento frio, mas ele tinha certeza de que ali tinha fantasmas. Bom, como ele era bom em deduzir as coisas, sempre acabava chegando perto e dessa vez ele acertou, mais uma vez sem querer. Animou-se ligeiramente, com a possibilidade de alguma coisa mais agitada para aquela noite.

Estava ainda pensando no assunto e numa forma de aproveitar da situação, quando uma voz feminina chegou aos seus ouvidos. Virou-se vagarosamente com um sorriso no rosto e a taça ainda na mão. ” A festa poderia acabar agora! Eu ficaria imensamente satisfeito de leva-la pra “casa” Esse fora apenas o pensamento sem censura que passou pela sua cabeça. Nem queira saber os outros.

-Olá...o que está achando da festa? – A moça perguntou, bebendo seu prosseco em seguida, de forma bastante sensual. Neil teve que tomar cuidado para não se perder olhando seus lábios ou então, com grande esforço, não olhar para o seu decote, que era substancialmente farto muito bonito. Sua pele clara, seus cabelos loiros em contraste com o vestido preto rendado de vermelho lhe dava um ar totalmente provocador.

-Boa noite Senhorita- Neil fez uma mesura cavalheiresca para combinar com a festa e os trajes, sorrindo abertamente em seguida. -Estou achando a festa um tanto parada, mas é bem ao estilo tradicional mesmo. Apesar de que uma diversão não faria mal nenhum.- Falou, deixando bastante perceptível o sorriso malicioso em seu rosto. Mas logo voltou a ser um pouco mais formal. Pegou sua mão direita e beijou-a levemente, se apresentando. -Neil Acker, encantado! Seu nome é?- A moça se apresentou e Neil não pode se conter. -É um lindo nome! Como a dona. -Estava sendo tão clichê. Será que ele não poderia ser mais original? Mas se melhorasse poderia estragar. Neil não podia arriscar perder uma mulher como aquela.

-Me concede uma dança? Quem sabe possamos animá-la por nós mesmos? – Falou, estendendo a mão para Alexandra.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySeg Dez 01, 2008 11:49 am

Escute bem, eu sou uma pessoa que gosta de aproveitar. Seja qual for a circunstância eu gosto de me divertir de algum jeito, não importando como, por isso, quando chega uma oportunidade de me divertir, e de fazer uma coisa que eu realmente queria, eu a agarro. E a oportunidade chegou na forma daquele cara super hot que estava parado no meio do salão. E eu, meu bem, com certeza iria agarrar aquela ''oportunidade''. Ao menos para me divertir um pouco antes que eu começasse a engendrar meus planos.

Eu cheguei perto dele, jogando todo meu chame, bebericando um prosseco de uma forma tanto quanto provocante. Veja bem, mon amour , quando eu quero uma coisa, eu tenho . E com aquele rapaz não seria totalmente diferente. Se eu quisesse passar um tempo com ele, até Mark chegar, eu ia passar, e minha aparência iria fazer esse papel. E ele iria cair direitinho, afinal, homens, são todos iguais. Todos, aquele que estava parado na minha frente não iria ser uma exceção, logicamente.

Enquanto chegava mais perto eu olhei para ele, mas atentamente, com certeza não era daqui, e acho até que não conhecia ninguém da família, pois, ele não parecia com nenhum integrante das famílias bruxas que eu conhecia. E olhe que eu conhecia muitos. Além do mais, ele não estava socializando com ninguém, denotando que não conhecia as pessoas que estavam no recinto, o que seria uma coisa muito estranha se ele tivesse recebido o convite de modo regular. Mas, ao mesmo tempo, muitos de nós teimam em se juntar com qualquer tipo de gente, então, minhas suposições poderiam estar totalmente equivocadas, não é mesmo? Mas ele servia aos meus propósitos e era isso que importava.

-Boa noite Senhorita- Estou achando a festa um tanto parada, mas é bem ao estilo tradicional mesmo. Apesar de que uma diversão não faria mal nenhum.

Ele falou, e eu sorri de modo que estava de acordo com ele, especialmente com a última frase. Apesar de que uma diversão não faria mal nenhum.. Não. com certeza não faria...

-Neil Acker, encantado! Seu nome é?- falou ele, pegando em minha mão para beijá-la. Eu ergui levemente a sobrancelha. Ganhou pontos comigo pelo gesto de cavalheiro.

- Alexandra Carey...- me limitei a falar. Depois ele continuou:

É um lindo nome! Como a dona. - para depois da frase clichê, voltar a falar. - Me concede uma dança? Quem sabe possamos animá-la por nós mesmos?

Eu então sorri. Agora era a minha vez.

-Não- falei, e não pude deixar de conter um sorriso com a sua expressão quando eu neguei o convite. Ah, homens podem ser tão previsíveis. -Não, eu não estou no humor de dançar agora....mas estou com vontade de tomar um ar fresco, se você quiser me acompanhar...- falei, e antes de ouvir a sua resposta, fui direto virando as costas e indo em direção à parte de fora da casa. Menos de dois metros a frente dele, virei o rosto, e ri, olhando a sua expressão agora. Um pouco de diversão, afinal de contas...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySeg Dez 01, 2008 3:13 pm

O que diabos de dança era aquela? Parecia um ritual de acasalamento estranho. Eu hein...
Mas tenho que confessar que achei interessante. Era como paquerar enquanto se dançava, só que a musica não era o que posso chamar de sedutora. Mas as pessoas que estavam dançando pareciam gostar muito, julgando pelos sorrisos e as gargalhadas.
Me encostei na pilastra onde estava e procurei alguem que me oferecesse um pouco mais de bebida. Bem, é óbvio que eu não iria ficar bêbada que nem uma porra louca em uma festa como aquela, mas ainda assim, que mau tinha eu me sentir um pouquinho mais alegre; mais animada? Eu estava precisando, sabe? Aliás, eu sabia que não demoraria muito para finalmente me cansar da festa e ir procurar algum lugar melhor para “visitar” aquela noite. E então me ocorreu que eu não estava na capital, e que era muito improvável que houvesse algum tipo de boate por lá ou algo do gênero. Rolei os olhos; talvez para mim mesma, diante do pensamento. Aquela festa me dava a errônea ilusão de que talvez Carmel não fosse tão parada. Mais era. E acho que a coisa mais emocionante que acontecera comigo desde que eu chegara, foi aquele terremoto horripilante da celebração de boas vindas da Escola Junipero Serra.

A musica agora estava no seu auge. Um garoto meio porre passou por mim, me arrastando alguns metros e segurando meu pulso; obviamente me puxando para dançar. Eu dei um puxão de braço tão forte que ele tombou no chão, mas rapidamente se levantou e foi para a coreografia de acasalamento sozinho. Eu ri dessa cena. Para começar, eu não sabia dançar aquilo. E para terminar, no dia em que eu, Cadance Fox, dançar aquela-coisa-medieval é porque estou drogada até o ultimo fio de cabelo.

Voltei a me encostar na pilastra de mármore e continuei observando a dança. O cara misterioso que estava nas sombras também estava bastante entretido com o espetáculo também. Na verdade, eu acho que meu interesse por ele se esvaiu quando ele começou a falar sozinho sobre algo que eu realmente não consegui tomar nota do que era. Droga, hoje em dia os caras gatos ou são gays ou são retardados mentais. Nada contra os comprometidos. Até porque eles não estão mortos, já que o passarinho funciona entende? Oh yeah.

Olhei para o lado e tive o vislumbre atordoante de Angel. Ela estava completamente arruaçada. O cabelo estava mais arrepiado que o normal, o batom que sobrara na boca estava borrado e o vestido desalinhado ao corpo. Meu olhar não foi de censura, e sim de acusação misturado com admiração. Cruzei os braços, olhando-a, sem dizer nada por um momento. Ela, contudo, se manifestou, parecendo ler meus pensamentos interrogatórios.
- É isso que eu entendo por diversão! – Exclamou, fazendo com que nós duas ríssemos.
- F-a-l-a s-é-r-i-o! Quem foi? Onde? – Ela respondeu. – Tá brincando? Droga! Porque é que eu não vi aquele quarto? – Perguntei para mim mesma, indignada e ao mesmo tempo me divertindo com a situação. – Certo, agora ponha batom nessa boca. Você está parecendo uma maníaca. Uma maníaca gostosa, mas ainda assim uma maníaca! – Disse, tirando um batom vermelho da bolsa e entregando a ela.
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Angelique Bruni
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySeg Dez 01, 2008 4:05 pm

- F-a-l-a s-é-r-i-o! Quem foi? Onde? - ouvi a voz de Caddie perguntar animada com a minha perversidade. Eu ri e tirei um maço de cigarro do decote do meu vestido, pegando um para tragar, enquanto gargalhava contando os detalhes
- Foi com um dos garçons... Tá vendo aquele ali? - falei apontando - Não olha pra cara, olha mais embaixo! - então ela entendeu o que eu disse e prossegui - Foi em um dos quartos da mansão, nem sei qual ou onde... Só sei que me joguei no chão e fui! Até que ele sabe bem como manuzear seu instrumento. - eu gargalhei e traguei o cigarro. Era divertido contar minhas "brincadeiras" para Cadance, ela tinha uma maneira muito engraçada de aceitar e comentar sobre isso.
- Tá brincando? Droga! Porque é que eu não vi aquele quarto?
- Porque estava preocupada demais prestando atenção nessa dança maluca. Cara, nem quanto eu tô de porre danço isso... - falei brincando e limpando o canto da minha boca, borrada de batom. Cadence notou, pois logo disse.
-Certo, agora ponha batom nessa boca. Você está parecendo uma maníaca. Uma maníaca gostosa, mas ainda assim uma maníaca! - eu peguei o batom sem cerimonias e passei sobre meus lábios, tentando deixar meu visual sadomasoquista mais discreto.
- Quer conhecer os quartos da casa? - perguntei devolvendo o batom e apontando o maço de cigarros para ela, em seguida falei - Escolhe qualquer um... - disse, apontando com a guimba, para os rapazes, daçando. - Sei que tem um bom gosto! - falei rindo, juntamente dela que sorria.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySeg Dez 01, 2008 4:48 pm

Desde que eu conheci Oliver, com certeza meu temperamento mudou, eu não estava mais tão fechada, como era desde um tempo, mais precisamente depois que eu tomei o luga de líder da família.Não que eu estivesse irresponsável, não, nada disso, até porque certos traços de personalidade nunca mudam, e minha responsabilidade e perfeccionismo estavam incluídos nisso. Mas é que depois que eu comecei a andar com Oliver, meu temperamento foi se tornando mais maleável [aplicando essa palavra na falta de uma mais apropriada], e todos ao meu redor começaram a notar o que estava acontecendo. E a mudança foi para melhor, devo acrescentar.

Chegando à festa com ele, fiquei maravilhada com tudo que estava ali, com toda a decoração, e até mesmo com os noivos, apesar de ter notado que as coisas não andavam muito bem assim entre eles. Mas a sensação de cumplicidade entre eles era evidente. O fato foi que a atmosfera que estava no ar me deixava muito mais aberta a novas coisas, mais do que antes. Por isso, quando a garota ficou parada perto da nossa mesa usando a expressão de que estava se sentindo um peixe fora d'água, eu fui direto chamá-la para se sentar conosco. O fato foi que garota se mostrou bastante simpática, um pouco tímida no começo, mas ainda assim muito simpática.

Um tempo depois que ela estava sentada com a gente, a noiva, juntamente com Paris, foi ter para com ela, mostrando que as duas se conheciam, e , pelo que pôde ser visto, tinham uma grande amizade. Juliet foi bastante simpática conosco, e, retribuímos o gesto deles dois. Confesso que fiquei bastante surpresa com a simpatia dela, como representante dos Carey, que não é lá uma família que seja bastante quista pelos outros. Talvez isso seja uma grande prova de que não podemos simplesmente julgar a pessoa somente pelo ambiente que ela se encontra.

Logo após falar com Ann, ela e Paris foram dançar, uma dança bastante conhecida e talvez até antiga, mas que não deixasse de ser bonita, com seus gestos ritmados e ambiente lúdico, que combinava com os trajes e com a atmosfera do recinto em que estávamos. Realmente fizeram de tudo para transformar aquilo tudo em uma grande comemoração.

Olha meu amor, eu até convidaria você para dançar, não que eu não saiba a música, mas acho melhor apreciarmos os noivos dançando, a próxima eu como um bom cavalheiro te chamo, eu juro! - falei dando uma risada e abaixando a cabeça um pouco tímido pelas duas garotas junto a mesa.

Eu me virei para Oliver, que havia acabado de proferir aquelas palavras. Peguei em seu rosto, trazendo para perto de mim, de modo que desferi um beijo leve em seus lábios, e depois, olhando em seus olhos e me afastando um momento, enfim falei:

-Não se preocupe....eu não estava muito a fim disso mesmo, parece-me uma coisa mais familiar...- falei, rindo para ele

Eu me virei para falar alguma coisa com Ann, mas fui tomada de surpresa por um leve impacto na mesa, mas que me assustou, do mesmo modo. Eu olhei para cima, onde havia uma garota, que, pelo jeito, havia se batido na cadeira próxima a nós. Ela tinha os cabelos coloridos e uma expressão de tédio, talvez.

-Mil desculpas,eu não vi a cadeira aqui.A propósito,eu sou a Alice.

Eu olhei, rindo para ela, e estendendo a cadeira que ela tinha acabado de esbarrar.

-Não se preocupe, eu sou Eve Wilde, Oliver e Brooke Hoew, e Ann Stewart, muito prazer. Mas por favor, sente-se conosco, me parece que não está achando a festa tão divertida assim...
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Mark Carey
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 EmptySeg Dez 01, 2008 5:20 pm

A presença de Alex era a única coisa que fazia com que a estada em Carmel não fosse um pesadelo. Pelo contrário, desde que nos tinhamos encontrado pela primeira vez eu tinha passado a gostar muito mais de Carmel. Quer dizer, ela, apesar de tudo, é uma Carey, então é bastante óbvio que tem mais alguns motivos para cá estar do que apenas estudar, mas era bastante divertido tentar perceber quais eram esses mesmo motivos. Além disso a garota era total e completamente gata e o tempo com ela erasempre fantastico.

Um dia desses meu pai me telefonou. - Mark! Você já viu o correio? - Nossa pai, que maneira bonita de dizer olá a seu filho - disse eu revirando os olhos ao mesmo tempo que ia buscar o correio que se amontoando. Foi entºão que o vi. Que vi o convite para a festa de noivado entre Juliet Carey e Paris Good. Sério, WTF?! Meu pai me disse para ir, e eu, absorto em penamentos disse que iria e logo desliguei o tlefone.

Deus... Eu lembrava de Juliet quando nós tinhamos uns 5 anos e brincavamos juntos, até... Até nossos pais se zangarem e jurarem nunca mais falar um com o outro. Sério minha família é doida. Então meu pai se zanga e diz que n que mais nada com meu tio, pai de Juliet, e agora me diz para ir a festa de noivado da garota. Alguém me diz onde está a sanidade do velho? Bem, não interessa, eu tenho curiosidade em ver Juliet e festa é festa, então whatever. Mas, agora pensando sério, porque raio Juliet se vai casar com Paris Good, o futuro herdeiro de sua família, sucessor de Lindsay Good (comprada com meu pai ele é um anjo! Pesadelo de mulher, é o que é...) Isso de certeza foi arranjado por Lindsay e meu tio... Mas se a ideia de Lindsay fosse, também, ter o controle dos Carey?! Oh Deus... Eu posso não querer ser o lider dos arey, mas ainda quero menos que os Good o sejam. Vou ter de falar com Alex na festa. De certeza que ela está lá para melhorar aina mais a festa.

Chegou o dia da festa, e eu ainda tinha que fazer umas coisas para a faculdade, entao avisei minha prima que a encontrava na festa, mas que ia chegar um pouco mais tarde. Quando acabei meus assuntos peguei no carro e fui para a festa. A decoração era bastante bonita e muita gente já lá estava. Fui cumprimentar minha prima e seu noivo antes de procurar minha outra prima. Paris mostrou-se simpatico. Talvez o plano não fosse seu e só de sua tia, quem sabe.. E Juliet.. uau. Ela já não era de certeza a mesma garotinha de anos atras, tinha definitivamente.. ahm.. crescido. Falaria com ela depois agora precisava encontrar Alex...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 2 Empty

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