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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySáb Dez 13, 2008 1:15 pm

Como era possível ser tão bruscamente avassalado por um sentimento tão puro, ardente e delicado? Não obstante o fato de que eu sempre fui um amante inveterado da poesia, presenciar e sentir as emoções que eu tantas vezes coloquei no papel era quase inacreditável. E afirmo convictamente que eu não acreditaria ou imaginaria que sentimento assim existisse se não estivesse sentindo-o naquele momento. Todos os meus raciocínios relacionados à paixão e ao amor nada mais eram do que sombras opacas que não tinham nenhum brilho perto do sentimento legítimo. Então aquilo era o amor a primeira vista? Eu, como um romântico incurável, nem ao menos havia chegado a imaginar emoções tão vividas como aquelas.

Segurar sua mão fez com que eu sentisse uma satisfação tão deliciosa que era difícil não perguntar a mim mesmo se não estava sonhando ou tendo algum gênero de alucinação proporcionada por qualquer motivo que desconhecia. Afinal, como aquilo fora acontecer? Bastou um olhar para que eu me visse completamente enfeitiçado por ela, sem ter a chance de se defender e nem mesmo querendo defender-se. Eu sabia, intrinsecamente, que já havia me rendido a seus encantos. E tive a certeza deste fato quando os meus lábios tocaram a pele macia e clara de sua mão.

Foi como se estivéssemos subitamente atrelados. Espiritual e fisicamente. Senti sua mão tremer ligeiramente e o suspiro baixo que se desprendeu daquela formosa e convidativa boca. Além disso, eu só poderia descrever como mágico o momento em que nos vimos finalmente frente a frente, sem a obstrução de nada entre nossos corpos. A moça deu a volta por entre o objeto que nos separava e me lançou um olhar tão profundo que eu me deixaria perder sem o menor esforço naquele oceano âmbar.

- Ofendeis vossa mão, bom jovem, que se demonstrou tão santa e reverente. Somente o paladino pega nas mãos dos santos. Esse é o beijo mais santo e conveniente.

Sua resposta me surpreendeu profundamente. Me alarmou e, ao mesmo tempo, me alegrou de maneira tão forte que senti minha boca contraindo-se em um sorriso satisfeito. Seu tom de voz era melodioso e ela era doce e delicada. As palavras eram ousadas e ao mesmo tempo meigas. Era inacreditável tê-la.

Ainda não havia soltado sua mão, e desconfio que seria capaz de passar todo o resto de noite fazendo-o.
- Então os santos e os devotos não têm boca? – Alimentei suavemente a brincadeira, enquanto olhava-a com uma adoração que eu não era capaz de evitar. Ela respondeu, dizendo que a boca dos santos servia apenas para a oração. Que impetuosa e linda era ela! Eu, sem conseguir conter-me, avancei levemente, sussurrando – Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.

O passo que dei para mais perto de seu corpo esguio, só fez com que eu ofegasse ainda mais. Entretanto, ainda não era o bastante. E sou veemente de que enquanto houvesse remota distancia entre nós [mesmo que fosse diminuta] ainda não seria o bastante. Eu tinha confiança que já estávamos ligados interiormente. Agora, eu precisava ter o prazer de fazer isso fisicamente, também.





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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySáb Dez 13, 2008 6:43 pm

Tudo estava perfeito, ou pelo menos era o único adjetivo que eu poderia dar ao meu estado presente. Era isso que eu realmente achava do momento, já que eu estava realmente muito contente com a forma como a minha relação com o Josh evoluiu, uma vez que eu sabia pouco sobre ele e mal havíamos convivido juntos, em épocas passadas. Agora, estávamos próximos de tal forma que eu me sentia diretamente ligada a ele, mesmo que eu soubesse o quanto isto era errado, afinal, ele era um fantasma. O que eu poderia ganhar com isso? Nada, absolutamente nada... e essa era a minha pior certeza.

Sabe, quando escutamos as batidas na porta e aquela voz perguntando se haveria alguém dentro daquele quarto, eu realmente fiquei furiosa com quem fosse que estivesse ali, nos importunando. Mas, agora, eu até mesmo agradeço a eles por terem interrompido aquela nossa sessão de amassos e acabado completamente com o nosso clima. Tudo bem, eu agradeço em partes apenas, porque o negócio estava bem quente ali.

Mas é justamente essa a questão: o fato de que estávamos passando dos limites. Sim, porque um fantasma e uma garota humana não dariam certos nunca, não mesmo. E eu já estava começando a sentir umas coisas... hum... umas coisas que eu não deveria sentir. Pronto, falei!!

E não deveria mesmo, porque a maior certeza que eu tenho é a de que Josh + Kat = pode esquecer essa idéia, assim como 2 + 2 são 4 ou, melhor, assim como Josh = fantasma gostosão. Logo, o melhor realmente foi nós termos parado o que quer que estivesse acontecendo com a gente, porque eu sabia que alguma coisa de errado estava se passando ali. Ou Josh estava mesmo interessado por mim, ou Josh estava desconsiderando o fato de que nos conhecíamos desde quando eu era uma grande pirralha, ou, por fim, Josh estivera mesmo precisando dar uns pegas em algum ser do sexo oposto, porque a urgência dele era... excitante. Ah, Kat, deixe de bobagens.

Citação :
- O que vamos fazer?


- Shiuu! – escutei ele fazer esse som com os lábios, pedindo para que eu ficasse em silêncio. Claro que eu obedeci ao pedido dele, e percebi que as batidas haviam cessado. -Acho que foram embora. – ele disse, havia um ar de alivio em suas expressões.


Eu queria ter soltado uma risada, mesmo que discreta, por ele ter dito suas palavras de forma tão sussurrante, afinal, ele é um fantasma e ninguém mais além de mim poderia escutá-lo ali. Mas tudo bem, quem cometeu a gafe de esquecer esse detalhe primeiro foi eu, então me mantive calada.

- Acho que... Seria bom se descêssemos. – Josh disse, para minha total decepção.

Eu queria permanecer ali, com ele, naquele quarto, se possível sobre a cama. Mas se era isso que ele queria, digo, sair dali, então eu iria concordar com ele. Era verdade que eu já havia perdido um bocado da festa lá fora, mas eu estava disposta a perder todo o restante dela se, em troca, eu recebesse mais beijos e pudesse ter uma nova chance de avançar o sinal. Ok Ok, parei!

Eu estava começando a me preparar para me levantar da cama quando escutei um ruído típico de uma porta sendo... aberta!

- DROGA! – Josh resmungou até mesmo alto, o que me causou uma dor de cabeça bem forte e um susto bem grande, já que eu estava distraída tentando arrumar o meu vestido.

- Ei, que tipo de invasão é essa? – perguntei com a voz rude e um tanto apressada, eu não estava esperando por aquilo, portanto, fui pega fora de guarda.

A questão era que eles estavam me olhando de uma forma desconfortante. O que eles estavam pensando de mim, afinal? Boa coisa não era, já que minha aparência estava deplorável. Meus cabelos estavam desgrenhados sobre a cabeça, minha escova se transformara em um emaranhado de cabelos, e meu vestido estava amassado, além de molhado pela minha queda sobre a poça de champanhe. Bom, por mais que eu quebrasse a cabeça, não conseguia imaginar as conclusões que eles estavam tomando, mas a forma como eles estavam me olhando era um tanto... comível. Eu detesto ser comida com os olhos dessa forma, e Josh pareceu perceber isso porque esbocei uma careta um tanto nada amigável àqueles caras.

Eram vários, talvez uns cinco, ou quem sabe mais, eu não queria perder meu tempo contando. Tudo o que percebi foi que eles estavam carregando algumas garrafas de bebidas e estavam visivelmente animados. Espera um pouco, eu estava reconhecendo um daqueles garotos, e era o cara que havia me agarrado, antes que eu trocasse minhas primeiras palavras com o Josh.
Ah, mas que falta de azar. Era impressão minha ou o Josh estava um tanto... irritado? Eu podia ver as veias da testa dele desejando saltar, assim como seus dedos fechando-se contra as mãos de forma firme, e os seus olhares estavam direcionados justamente sobre aquele grandalhão que roubou um beijo de mim, anteriormente.

Como se eu nem estivesse ali, eles iniciaram alguns diálogos movidos por risadas e gargalhadas altas, enquanto distribuíam as bebidas e acendiam maços de cigarro. Foi a oportunidade que eu encontrei para me aproximar do Josh e, discretamente, segurar em seu braço, querendo passar algum tipo de conforto para ele.

- Fique calmo, a gente pode dar o fora daqui, eles não vão se importar. – disse a ele, sussurrante quase ao extremo, mas ele parecia ter a audição bem aguçada, porque escutou perfeitamente bem, sem tirar os olhos daqueles caras todos. – O que você acha que devemos fazer? Quer beber um pouco antes? – ironizei, abafando uma risada. – Ou quer fazer amizade com eles primeiro?

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySáb Dez 13, 2008 7:48 pm

- Em que posso ajudá-la? - a mediadora perguntou.

Eu sorri sarcasticamente por dentro, enquanto via a outra menina, também mediadora, despedir-se confusamente e sair em passo apressado.

Suspirei, enquanto pensava em que poderia responder à morena que me dirigia a palavra.

Dei meu melhor sorriso e respondi, muito educadamente:

- Gostaria realmente de poder responder-lhe, senhorita. - suspirei novamente, remoendo o passado, em busca do que me prendia a Terra.

Infelizmente, aconteceu o que sempre acontecia: nada veio até mim.

Gemi inaudivelmente, encarando os olhos curiosos da mediadora.

Acenei com a cabeça, espantando aqueles pensamentos e sentimentos que não me eram desejados.

- Me chamo Ella. - me apresentei.

Olhei ao meu redor, e vi que havia ainda outra fantasma conosco.

Ela tinha traços delicados, como os de uma boneca de porcelana; seu nariz era um pouco arrebitado (não literalmente), indicando que, quando viva, ela pertencera a nobreza. Seus olhos eram claros e brilhantes.

A mediadora que ainda me olhava com curiosidade, tamém era bonita, com os cabelos longos e morenos, e rosto também delicado e bonito.

- Bem, quem são as senhoritas? - prossegui, de forma muito cautelosa.

Se aprendi algo em todos esses séculos de morte, foi que sempre devemos ser cautelosos e polidos ao tratarmos os mediadores e os fantasmas.

Por quê? Bem, podemos dizer que eles são bem... imprevisíveis.

E eu, certamente, me incluo em tal categoria.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySáb Dez 13, 2008 11:24 pm

Se eu pudesse imaginar uma cena extraída dos romances, não iria chegar aos pés do que estava se passando agora. Penso eu se houve algum sentimento parecido com o nosso naquele momento, e, se houve, com certeza serviu de inspiração para os clássicos, mas, as palavras não conseguem mostar com extidão o que coisas assim podem exemplificar. A cada momento que meus olhos não o viam em meu campo de visão, era uma estrada tortuosa a passar, pode parecer exagero aos olhos de um leigo no amor, mas, ouso me dizer pleteiada com toda a sorte do mundo, por experimentar sentimento assim.

No entanto, algo em mim evidenciava que meus sentimentos eram recíprocos [oh, como falar de sentimentos assim, mas é verdade, é um fato], pois, segundo o que seu olhar dizia, seus gestos externavam. Em seu gesto estava inscrito uma cadência morna, um sentimento inexplicável, que só poderia ser circunscrito como amor. Sim, amor, uma palavra tão simplória para algo dessa magnitude...

Com o meu impulso de eliminar a barreira física entre nós, eu senti algo que não poderia narrar, ou descrever, mas que ficará para sempre em meu ser, de tão forte que se apresentou, algo absurdamente impressionante. Ficar ali, admirando seus olhos. E que olhos! Me parecem duas contas com águas azuis, onde eu poderia ficar admirando o dia inteiro, sem que parecessem horas intermináveis.

Enquanto ele segurava minha mão, proferia palavras que me faziam ruborizar, mas consegui responder de modo sensato, ao passo que ele também continuou a conversa, para replicar a minha leve brincadeira

Então os santos e os devotos não têm boca? – Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações

Enquanto ele falava as últimas palavras, essas se transformaram em um sussuro mais próximo ao meu corpo, não conseguia tirar os olhos dele, nem dos seus gestos, dos seus meneios, tudo nele significava um ímã, um sentimento mais forte ainda se apoderava de mim quando mais perto ele ia ficando. Era algo que fugia aos meus pensamentos, e até mesmo à órbita espitual. Ele estava chegando mais perto.....

.....as palavras fugiram da minha mente, evocando uma balbúrdia de ações, enquanto eu ofegava, meus pés tremiam, e eu estava com receio de cair, meus olhos vagueavam entre o seu olhar penetrante e seus lábios, enquanto o meu coração batia desconexo....tudo estava mais claro agora.

E foi quando aconteceu...nossos lábios se juntaram da maneira mais doce e intesa que se pode imaginar, criando o clímax daquele situação, em um desfecho impressionante, então, como veio, também, de má vontade das duas partes, nos devencilhamos, mas eu ainda mantinha o doce gosto daquela ação em minha boca, nós nos olhamos por alguns segundos, cada qual levando um riso , então resolvi falar.

-Desse modo, peregrino, passaste para meus lábios seus pecados-falei, em tom de brincadeira, ainda segurando fortemente a sua mão, ele então, no mesmo tom, me replicou:

-Pecado de meus lábios? Oh, peço-te mil desculpas, deixe-me pegar de volta os meus pecados, e, com isso, nos beijamos pela segunda vez aquela noite.

Quando abri minha boca para proferir algumas palavras, ouvi o brado de meu primo Tebaldo a chamar meu nome.

-Oh, devo ir!- falei, angustiada, me desvencilhado de seu toque acalorado, e indo em direção ao meu primo, para que ele não flagrasse a cena.

-Que queres, Tebaldo?- falei, ao me topar com ele

-Nada Juliet, só quero te avisar que aqui se encontra um Montecchio, inimigos declarados da família, eu queria agir de algum modo, mas meu tio negou veementemente qualquer ação praticada, disse ele que seria ''contra a paz dessa celebração'', veja só para isso.

-Aqueta-te, primo! Faça o que meu pai te falou, e tenta desfrutar da festa sem infortúnios, se os jovens não fizeram nada até agora,não tem porque agir de algum modo- falei, repreendendo-o, mas ao mesmo tempo branda.-Mas primo, sana as minhas dúvidas e me mostra quem é o tal Montecchio- disse a ele, enquanto ele apontava e dizia, olhando para alguém atrás de mim, de modo que me virei para olhar.

-Juliet, devias ser mais prestativa com os assuntos familiares, prima!

E tomei um choque que não sabia que seria capaz de suportar. A pessoa para quem ele apontava era nada mais nada menos que o meu amor, que a pessoa a quem eu dei o meu coração aquela noite.

Romeu Montecchio...- disse Tebaldo, com o ódio correndo em sua voz.

Minha voz morreu ali, e , então, pedi licença e fui atrás de Paris, de modo que o encontrei logo.

-Paris eu....eu não me sinto bem.....eu....eu irei me retirar, por favor, dê o aviso por mim, e cuide da celebraçao- e saí sem esperar sua resposta. Saí rapidamente, com as lágrimas vertendo dos meus olhos, e meu coração dilacerado.

Ai de mim...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyDom Dez 14, 2008 4:58 pm

Enquanto íamos para o jardim, eu imaginava que não deveria estar gostando tanto da companhia de Brooke como deveria, afinal, eu tinha que me concentrar, mas a sua presença era como um ímã magnético para mim, e eu não podia deixar de corresponder a isso.

Enquanto íamos andando, ela me perguntou uma coisa que me fez parar um pouco minha linha de pensamento.

-Mas então, de onde conhece os noivos?

Eu olhei fixamente para ela, sem saber se dizia a verdade, ou se falava um besteira qualquer....fiquei na primeira opção, mas não disso toda a verdade, lógico.

-Nenhum dos dois, na verdade...- disse, sincero, enquanto passava a mão nos cabelos, e depois rindo para ela.--Espero que não se importe com isso, na verdade, precisava de um pouco de aventura...- disse, rindo, enquanto chegávamos finalmente ao jardim--Talvez eu possa ser perigoso, garota...-disse, em seu ouvido.

Depois ri para ela, enquanto sentávamos em um banco.

-E você? Do lado de quem?- perguntei, finalmente
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyDom Dez 14, 2008 5:21 pm

Enquanto andávamos pelo belo jardim, que eu devo dizer que não me importava nem um pouco já que estava do lado dele, ele finalmente respondeu minha pergunta. E eu juro se pudesses desmaiar, eu desmaiava, total.

-Nenhum dos dois, na verdade...Espero que não se importe com isso, na verdade, precisava de um pouco de aventura...Talvez eu possa ser perigoso, garota...-Ele disse no meu ouvido.

Respira, respira, respira.
Eu juro que fiquei sem fazer isso por alguns minutos depois do que ele disse.
Tudo o que fiz foi olhá-lo e pensar ANDREAS PEGA-EL!
Sim, sou uma jovem adolescente histérica. Vai encarar?

-E você? Do lado de quem?-Ele falou sorrindo. E que sorriso.

Brooke, pare de babar.

-Bem, na verdade, nenhum.-Falei pensativa. -O meu clã familiar é dos Hoew sabe? E os noivos são Good e Carey então, tô mais aqui mesmo porque as família aaaamam festas.-Falava olhando pro nada divagando em minha própria mente. Eu tinha tendência a falar sem para quando nervosa. Fato.

Então, voltei meu olhar para ele.

-Mas, sobre o fato de você ser perigoso, não é nenhum problema pra mim. Eu sei me cuidar.-Disse com um sorriso contagiante.
-Além do mais, você não pode ser nenhum foragido da polícia.-Falei rindo olhando a paisagem, e depois a ele.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyDom Dez 14, 2008 5:39 pm

-Bem, na verdade, nenhum.-O meu clã familiar é dos Hoew sabe? E os noivos são Good e Carey então, tô mais aqui mesmo porque as família aaaamam festas.

Eu parei. Hoew? Então será que ela poderia ser realmente uma....bruxa?

Agora é que eu tinha mesmo que ficar de olho nela. Não que issi fosse uma obrigação, na verdade, servia mais como uma desculpa para fazer o que eu realmente queria.

-Mas, sobre o fato de você ser perigoso, não é nenhum problema pra mim. Eu sei me cuidar.-Além do mais, você não pode ser nenhum foragido da polícia.

Eu ri para ela, enquanto, me aproximava mais dela, olhando para seus lábios e seus olhos

-Então.....você tem certeza que sabe se cuidar...pense bem, você não sabe nada sobre mim, eu posso muito bem estar no noticário das oito amanhã, e você pode ser minha próxima vítima...- falei, enquanto dava um leve beijo perto de seus lábios.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyDom Dez 14, 2008 5:47 pm

Fiquei feliz de que depois de todo aquele discurso, ele havia só rido. u_u
Ufa.

Mas eu juro, que o que viria depois eu não esperava, não mesmo.

-Então.....você tem certeza que sabe se cuidar...pense bem, você não sabe nada sobre mim, eu posso muito bem estar no noticiário das oito amanhã, e você pode ser minha próxima vítima...
E ele deu um beijo, milimetricamente distante da minha boca.

E eu fiquei Shocked

-A-aham... Não me importo.-Disse ofegante.


Ah claro você não se importa em ser morta né Gênio! ¬¬
Você mal conhece o cara, ele não é de uma família bruxa, e você deixa ser pegada por ele!


Mas... maas... ele é tão lindo T_T

Minha mente lutava contra a ação que estava prestes a ocorrer.
Mas eu sinceramente não estava nem aí. o_ô
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyDom Dez 14, 2008 9:11 pm

A-aham... Não me importo.

Eu ri com a cara que ela estava fazendo agora. Supresa, enfim, mas hey, até eu estava surpreso com as minhas ações.Eu não era de ficar falando com a garota e fazer isso logo de vez, sem ao menos conhecê-la direito, mas, como já falei, torno a comentar , ela era diferente. E muito.

Eu então resolvi que realmente tinha que conhecer a garota que estava a minha frente, não apenas pelo fato dela ser uma bruxa em potencial, mas também pelo fato que eu queria isso.

Eu olhei para o ambiente a nossa volta. Muito requinte, muita bajulação, eu não estava confortável ali. E além do mais, eu tinha uma Hoew ali comigo. Me virei para ela e falei:

-Que tal sairmos daqui?- disse, sorrindo--Aceita viver perigosamente?- falando isso, me levantei, e estendi a minha mão.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyDom Dez 14, 2008 9:43 pm

Era o momento perfeito, ele estava lá, eu também estava, ele estava a centímetros de mim E...

ele olhou pro céu.
Por pouco eu não me enterro. Eu juro.
Mas foi então que veio:

-Que tal sairmos daqui? Aceita viver perigosamente?

Fiquei de boca aberta.
Aimeodeos, me mata ter um homem desses! T-T

-Ahm... ok.-Falei olhando-o com uma cara que eu não me orgulharia. Até que eu saí do transe e dei um sorriso divertido.

Ok eu tinha de parar de ficar encantada toda vez que ele dizia algo assim, eu realmente tinha, ou ganharia o prêmio de pateta do ano.
Eu nunca fui de ficar babando por caras, mas ele era diferente, e se era.

Ai meu São Francisco, Califórnia...

Segurei sua mão então e fomos a um lugar que eu não tinha a mínima idéia de onde ficava, mas enfim, eu estava com ele, estava tudo bem pra mim.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySeg Dez 15, 2008 11:18 am

- Sem se mexer, o santo exalça o voto.. – Tão arguciosa e inocentemente sensual.

Não precisei dar mais um passo para que realizasse a proeza de ficar corpo a corpo com ela. Era absolutamente inevitável que eu ficasse aí, apenas admirando-a, sendo que as exigências de meu corpo e alma precisavam e seriam saciadas. Bem, era o que eu esperava. Afinal, era terminantemente impossível não me imaginar beijando-a. Tocando-a. Afinal, eu sou um homem. Tenho um coração que agora sei ser preenchido e uma mente vasta no mundo das poesias e paixões. Mas continuo sendo um homem que, por vezes [e essa vez em especial foi ainda mais intensa], se pega imaginando os mais diversos acontecimentos. E tenho de acrescentar que tê-la tão perto de mim era algo que me fazia estremecer e ter vontade de perder o controle.

- Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados.

Render-se a esse desejo foi o que eu fiz. Em um movimento rápido, porem leve, uni nossos corpos e dei-lhe um rápido beijo nos lábios. Beijo este que enviou fagulhas por toda a extensão do meu corpo, fazendo com que eu desejasse ardentemente continuar beijando-a pela eternidade.

Repentinamente me encontrei ainda mais enfeitiçado. Tão deslumbrando que não conseguia, ao menos, evitar o sorriso bobo e divertidos em meus lábios. E isso também pelo fato de ela não ter me rejeitado. Não me deu nenhum tapa e depois saiu gritando como algumas jovens fariam [ou talvez seja a influencia “Hollywoodiana” sobre as pessoas.]. Ela me aceitou e a senti estremecer em meus braços. Tratei de enlaçá-la ainda mais, fazendo com que meu corpo grande e desengonçado perto do dela, cobrisse e amparasse aquele corpo pequeno e tão belo. E era um prazer tão imenso para mim, tê-la literalmente em meus braços. Eu nem ao menos a conhecia e já me mostrava completamente devoto a ela e qualquer desejo que ela fizesse. Não dei-me o trabalho de me importar com qualquer coisa que não fosse ela.

- Desse modo, peregrino, passaste para meus lábios seus pecados – Sorri abertamente com este comentário. Estaria ela aproveitando-se da situação e dando-me brechas que poderiam ser muito bem preenchidas com outros beijos? Agilizei.

- Pecado de meus lábios? Oh, peço-te mil desculpas, deixe-me pegar de volta os meus pecados.

Enlacei-a novamente, expondo todo o meu desejo e amor por ela em um abraço firme e delicado ao mesmo tempo. Nossos lábios se uniram pela segunda vez, que foi ainda mais prazerosa e absurdamente deslumbrante. Beija-la me levava às alturas e em mais centenas de lugares que eu nem ao menos possuía conhecimento de nome. Era voar. Era o paraíso. Sentir seus lábios tão macios, carnudos e convidativos nos meus [tão imperfeitos e inferiores ao dela], proporcionava-me uma sensação de deleite que eu jamais pensar que iria experimentar em vida.

O beijo acabou mais rápido do que eu esperava, toda via. Ela se desvencilhou delicadamente e logo abriu seus lábios para proferir algumas palavras. Olhei-a profundamente nos olhos, pronto para dar toda a atenção que ela merecia. Neste momento, contudo, ouvimos um homem chamar alguém. Continuei olhando-a, analisando as feições agora nervosas dela.
- Devo ir! – Alegou com assombro. Meu peito sofreu um pequeno aperto de lamento.
E antes mesmo que eu me desse conta, ela já havia se afastado.

Neste momento apareceu uma moça com feições bonitas perto de mim. Olhei-a simpaticamente e, apontando para a minha deusa, perguntei.
- Senhorita, poderia me informar quem é aquela moça?

- Oh, sim, ela é a dona desta casa, senhor. Juliet Carey, herdeira dos Carey e agora noiva de Paris Good. Oh, vai ser um casamento tão lindo!

De repente eu não estava mais ali. Fui bruscamente invadido por uma sensação avassaladora que cobriu toda e qualquer parte de meu coração, esfaqueando-o e me fazendo sentir dor como se fosse realidade. Senti como se cortassem as minhas asas e eu batesse com estrondo ao chão. Juliet? Juliet Carey, filha de meu maior inimigo, o homem que tão cruelmente dilacerou meu estimado avô? Que terrível destino tive eu esta noite! Meu verdadeiro amor era minha declarada inimiga, a quem eu jurei vingar-me. E ela... ela era a noiva da festa! Por Deus, não.

Murmurei um obrigado para a moça e me retirei imediatamente dali, arrumando a mascara e cobrindo todas as partes que eu podia com a fantasia. Caminhei o mais rapidamente que podia e me direcionei aos jardins, permanecendo lá por um tempo que me ajudasse a digerir no perjúrio em que me metera. A pergunta é: eu suportaria tal lamúria?
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySeg Dez 15, 2008 11:38 am

Aguardei a resposta,e então ela deu um sorriso e disse:
-Gostaria realmente de poder responder-lhe,senhorita.
Mais uma que pelo visto não sabe como morreu ou não sabe do que precisa,mas bom,meu ‘trabalho’ serve para isso não?
-Me chamo Ella.
Ela se apresentou e acho que queria que nos apresentássemos também,ainda assim permaneci quieta,esperava que ela falasse algo,ela falou,mas não o que eu esperava.
-Bem,quem são as senhoritas?
É,vou ter que me apresentar,vendo que nenhuma ali falou nada,então tive que responder.
-Me chamo Loren,e essas são Bellatrix e Anne.- E apontei para as duas que ainda permaneciam aqui.-Eu sou uma mediadora,-Preferia dizer que sou uma deslocadora,mas teria que explicar mais coisas ainda- mas acho que você já deve saber disso,já que nada perguntou.
E era a mais pura verdade,ela,assim como Anne,não demonstrou interesse ao saber que posso vê-la também.E agora,o que mais posso fazer ou dizer?Me calei novamente,esperando que alguém pudesse romper o silêncio novamente,em outros tempos eu já teria resolvido isso,Carmel realmente muda as pessoas.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySeg Dez 15, 2008 12:11 pm

Eles praticamente a devoravam com o olhar e isso estava me deixando extremamente irritado. Não que eu estivesse com ciúmes, eu jamais teria ciúmes deles. Eles não mereciam tudo isso, não eram dignos nem de pena, quanto mais de ciúmes... Puff... Como se eu tivesse motivo, eram tão deprimentes e..

Certo, eu tinha ciúmes, um pouco, talvez um pouco demais. Mas quem pode me culpar se eu estava ficando... meu Deus não permita... apaixonado por aquela garota?

Não que tivesse certeza que estava, mas que eu sentia alguma coisa além de desejo, isso é inconstetável. Até porque, dês de o momento que a vi, eu sabia que tinha alguma coisa ali, algum mistério que eu teria que desvendar e isso pode ter contribuido um pouco para os meus sentimentos.

Porque sempre eu tinha que me apaixonar pela pessoa errada?
Primeira foi aquela assassina de noivos inocentes e agora uma mortal... Nunca daríamos certos, porque... Bem eu estava morto e ela cheia de vida, uma vida inteira que com certeza não iria querer desperdiçar com um fantasma idiota e SENTIMENTAL como eu.

Gayzisses a parte, percebi quando ela se levantou e encarou os cinco homens, dizendo

- [colo=violet]Ei, que tipo de invasão é essa?[/color] - ela falou com uma cara nada agradável, o que me causou um certo alivio. Não que eu pensasse que ela fosse gostar daquilo tudo, mas percebi que ela também notou a forma como eles a olhavam.

Reparei em cada um dos cinco rapazes e meus olhos pararam em um deles.
Aquele idiota que a havia agarrado lá embaixo.
Notei que até ela podia ver minha raiva expressa.
Não conseguia conter a irritação que tinha ao ver aquele... Aquele... Sei lá que adjetivo se aplicaria a ele. Só sei que por pouco não contive a vontade de socar a cara dele e ensiná-lo a respeitar uma mulher.

Sem nem se importarem com a garota lá dentro, iniciaram um diálogo confuso, mas eu pude entender e não gostei nada disso, especialmente quando um dos caras - o mesmo que agarrou ela, na festa lá em baixo - disse para o outro:

- Hei, já peguei ela... - ele falou ordinariamente. Meu sangue - se eu tivesse um - ferveu, ainda mais com o tom malicioso que ele colocou na frase - É uma garota selvagem... Acho que vai ser um aperitivo a mais para a festa. - eu não podia ouvir aquilo e ficar parado.
Aperitivo?
O que ele achava que ela era?
Comida?

Bom, não me importei, só sei que no minuto seguinte comecei a sentir o chão tremer, mesmo sabendo que com as risadas e falas desconectas eles não poderiam perceber. Antes que pudesse aumentar a pressão, ela se colocou ao meu lado e disse:

- Fique calmo, a gente pode dar o fora daqui, eles não vão se importar. – disse, sussurrando, mas eu pude ouvir, só não pude atender ao pedido, ficar calmo era quase impossível naquele momento – O que você acha que devemos fazer? Quer beber um pouco antes?[i] – odeio quando ela é irônica, principalmente nessas horas – [i]Ou quer fazer amizade com eles primeiro?

Eu ri secamente e disse em tom normal

- Eu me importo, não quero sair daqui. - tá certo que antes eu queria, mas agora a coisa ficou pessoal. Não respondi as suas irônias, somente me concentrei.

Eu sei que não tinha morrido a muito tempo e nem era lá bom com meus truques, mas era o suficiente para assustá-los e acho que eles se assustaram, ainda mais quando a porta do quarto começou a bater e o lençol da cama a flutuar.

A garota me olhou espantada, mas com uma ponta de contentamento. Eu continuei a tremer o chão e eles já quase não paravam em pé.

- O que você está fazendo? - perguntou um dos caras, mas não para mim, foi pra ela. Ela se limitou a sorrir e eu aumentar a força. Não estava cansado, acho que minha raiva e minha satisfação eram maiores. E me senti particularmente satisfeito quando eles sairam gritando porta à fora.

Eu gargalhei, parando de bater as portas e me virando para ela, ela sorria e revirava os olhos, achei graça nisso e caminhei até a cama me jogando de costas.

- Viu? Não precisamos sair. - falei, feliz por ter me vingado, mesmo que anonimamente, daquele imbecil.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySeg Dez 15, 2008 4:45 pm

Diante das minhas palavras de puro sarcasmo, Josh riu, de uma forma não muito divertida, mas ele riu. Eu estava com medo de que ele não gostasse dos meus comentários, até porque eles soaram um pouco rudes, mas não, Josh entendeu perfeitamente bem a coisa e riu... de um jeito que me aliviou profundamente. Sua voz soou calma em meus ouvidos, ao menos ele não parecia muito irritado com a invasão, o que eu não sabia se era bom ou ruim.

Vejamos, eu estava levemente irritada com a presença indesejável daqueles garotos, sim, porque eu e Josh estávamos perfeitamente bem sobre aquela cama e tudo estaria bem melhor se não tivessem nos interrompido. Mas e ele, estava irritado também? Eu não tinha muita certeza se sim, mas eu não iria culpá-lo por isso, acho que se não tivessem nos importunado nós teríamos passados dos limites e as conseqüências seriam cruéis. Ah, seriam sim. Fantasma e humana não é uma boa combinação, certo? Não mesmo.

- Eu me importo, não quero sair daqui. – Josh disse, seus olhares estavam focados diretamente para os rapazes. Ele havia me recusado respostas para minhas brincadeiras, o que me deixou um pouco mal.

Mas eu não iria comentar nada, na verdade, eu me mantive calada, o que não era uma boa coisa a se fazer naquele momento, porque eu estava vulnerável diante de todos aqueles rapazes ali. Na verdade, eu não sabia o que fazer, então, permaneci onde estava, observando o tipo de conversa que os garotos estavam tentando manter, mas eles falavam baixo e gargalhavam muito, então eu não conseguia entender, mas Josh parecia conseguir, porque estava aparentando um tipo de irritação que eu desconhecia nele.

Tudo bem que eu nunca havia visto o Josh irritado de verdade, mas eu estava me arrependendo de presenciar aquilo. Quando eu menos esperei, coisas começaram a acontecer naquele quarto, de uma forma tão inusitada e assustadora que eu não tinha reação alguma.

A porta começou a se mover, fechando e abrindo repetidas vezes em baques fortes. Me peguei pensando se as pessoas lá foram não estavam vendo isso. Ou ouvindo. Eu sabia quem estava provocando isso, e era a mesma pessoa que estava fazendo os lençóis da cama levitarem sobre nossas cabeças. Sabe, isso não deixou de ser engraçado, e eu não podia não demonstrar isso, e ele havia percebido, parecia até mesmo muito divertido com a cena que estava criando.


- O que você está fazendo? – um daqueles rapazes gritou, parecia muito assustado, sem entender como as coisas estavam se movendo pelo ar daquela forma.

Era mesmo hilário a cara de espanto dos rapazes, e eu não queria deixar aquele momento passar em vão por mim, eu tinha que rir daquela situação. Mas isso não facilitava as coisas, porque parecia ser um tipo de combustível para que Josh continuasse com suas provocações. O chão estava tremendo sobre meus pés, mas a vibração em baixo deles era bem menor do que abaixo dos pés dos garotos, eu podia perceber isso porque eles estavam com dificuldade para manter o equilíbrio.

Josh estava fazendo com que eu fizesse papel de boba diante deles, afinal, quem mais poderia estar fazendo isso senão eu?... no ponto de vista deles, claro.

Mas tudo bem... eu não iria me aborrecer com isso. Estou pouco me lixando pra esses garotos idiotas mesmo, e aquele grandalhão não beijava bem mesmo. Unf!!

Entre as minhas risadas e gargalhadas, vi os garotos saindo às pressas do quarto e batendo a porta com força. Eu sabia que eles não voltariam para lá tão cedo, e isso era bom, muito bom.
Josh estava animado, eu podia perceber um tipo de divertimento estampado em suas expressões... o que era lindo nele.

- Viu? Não precisamos sair. – ele disse, ao mesmo tempo em que caia de costas sobre a cama e permanecia ali, estirado e rindo fraco.

Esse lado do Josh eu não conhecia, mas estava adorando. Ainda entre risadas, eu arquitetei o que faria a seguir. Bom, eu não tinha muita idéia do que fazer, uma vez que o nosso clima parecia ter sido cortado com a interrupção, mas, ao menos, a atmosfera entre nós era interessante e podíamos retornar à algum diálogo caso quiséssemos.

Marota de uma forma que eu era e poucos sabiam disso, eu me aproximei da cama e, ainda rindo, o fitei de uma forma que pudesse avisá-lo do que eu tinha em mente. Mas ele não pareceu entender, permaneceu ali, sem saber o que eu faria. Pegando-o de surpresa, me arremessei sobre ele e cai sobre seu corpo, não de uma forma rude, mas forte o suficiente para estremecê-lo e para que caíssemos na gargalhada juntos. Instantaneamente, ele passou os braços em torno de mim e me segurou para me manter sobre ele. Havia sido divertido aquela nossa aventura fantasmagórica.

Deitei a cabeça sobre seu peito e permaneci ali, aninhada contra ele. Eu sabia que aquela posição não era muito digna de uma moça... porque a saia do meu vestido parecia estar erguida perigosamente alguns centímetros para cima, revelando minhas pernas. Isso não era bom, mas e quem se importa? Fiquei pensando como seria se alguém entrasse naquele quarto novamente e me visse ali, sobre a cama, aparentemente levitando. Seria bem hilário. Tudo pra mim agora era divertido. Deve ser influência dele.

- Eu queria aprender esses truques, sabe, eles teriam muita utilidade pra mim. – eu disse a ele, minha voz baixa porque estávamos próximos, ele disse algo mas eu não levei em consideração porque havia acabado de fazer uma constatação: ah droga, eu não podia ouvir os batimentos do coração dele... sim... porque ele não tem um. – Ei, eu queria que você não fosse um fantasma, sabia? – comentei com ele, erguendo-me um pouco para que pudesse fitá-lo nos olhos. – Você é tão... perfeito. – eu disse, passando a ponta dos meus dedos sobre seu rosto, liso e macio. – Você é o tipo de cara que qualquer uma se apaixonaria... você é tão... apaixonante, Josh.

Eu não sei porque diabos eu estava dizendo essas coisas. Elas estavam entaladas na minha garganta... mas não era nada legal dizê-las. Ou era?



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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyTer Dez 16, 2008 2:45 pm

Foi divertido.
Tudo era divertido ao lado dela, incrivelmente.

Sei que talvez eu tenha extrapolado um pouco em relação aos meus truques, mas a raiva que eu sentia, ao menos, sumiu por completo junto com os gritos daqueles idiotas e acho que eles bem mereceram, quem sabe até tenham criado um pouco de juízo? Impossível.

Nós dois riamos descontraídamente. Ela permanecia em pé, me fitando enquanto eu gargalhava, estirado na cama, com as mãos debaixo da cabeça. Ela se aproximou e eu não entendia suas intensões, só fui perceber depois que ela se jogou em cima de mim e os dois começaram a rir descontroladamente.

Era tão fácil rir quando estava junto dela, fácil demais. Apesar da minha situação atual, mesmo quando vivo eu nunca ria desse jeito, mesmo quando tinha motivos para rir, nunca era expotâneo. E agora estava sendo.

Passei os braços em torno dela, para mantê-la perto de mim, como se fosse uma necessidade, como se ela se afastasse tudo sumisse ao meu redor.
Era bem estranho estar pensando assim, mas realmente, era difícil não pensar.
Ela deitou a cabeça sobre meu peito e então nos calamos. Só sua respiração preenchia o silêncio do quarto e, por um momento, pareceu suficiente pra mim, seria suficiente se ficassemos assim todo o resto da minha eternidade. Mas então eu lembrei... Eu teria uma eternidade e quanto a ela?
Era péssimo me lembrar disso, de que eu era um fantasma, mas se eu me esquecesse, um minuto sequer, poderia fazer algo que com certeza fosse tornar as coisas muito mais complicadas do que já são.

- Eu queria aprender esses truques, sabe, eles teriam muita utilidade pra mim. - ela disse, num tom melífluo que cortou meus pensamentos. Eu soltei uma risada baixa e respondi
- Também queria ter aprendido, mas de outra forma. - falei. Sim, eu queria ter aprendido não adquirido, seria muito mais simples. Ela não respondeu, ficou em silêncio por um momento, como se refletisse sobre algo e eu esperei pacientemente até que ela dissesse
- Ei, eu queria que você não fosse um fantasma, sabia? - meu corpo estremeceu quando ela disse isso, não sei se foi pelo som dessas palavras ou por seus olhos claros me fitando por baixo da máscara. - Você é tão... perfeito. - isso me fez sorrir. Era contraditório, eu não podia ser perfeito já que tinha o maior defeito que alguém poderia ter, estava morto. Não que me considerasse perfeito quando vivo, eu nunca fui e tinha medo que ela descobrisse. Ela passou a mão pelo meu rosto enquanto dizia, docimente e fazia meu sangue pulsar. Quem dera eu tivesse sangue para pulsar. - Você é o tipo de cara que qualquer uma se apaixonaria... você é tão... apaixonante, Josh. - eu continuava sorrindo, enquanto suas palavras traziam uma esperença desconhecida para mim. Talvez... Não custava nada arriscar.
- Então quer dizer que você poderia se apaixonar por mim? - perguntei, mais como um sussurro, foi como um pensamento alto, mas ela escutou e o que respondeu fez minhas expectativas aumentarem. Ela tinha uma forma engraçada e única de responder minhas perguntas e isso me fez rir, eu estava mais feliz do que já estive alguma vez quando vivo e ela deve ter percebido isso.

Eu me coloquei por cima dela, sem tirar meus braços da sua costa e me contagiava com a sua risada.
- Isso não seria um problema, muito pelo contrário, até porque eu estaria alimentando um sentimento recíproco. - é, talvez agora eu tivesse certeza de que estava me apaixonando por ela e o fato de saber que ela poderia retribuir esse sentimento me fazia mais completo do que fosse possível no momento.
Eu acariciei seu cabelo e me perdi, novamente, eu seu olhar, enquanto o silêncio voltava a inundar o quarto, mais nenhum dos dois parecia se importar.

Senti seus lábios macios me tocar de novo e eu retribui o beijo, mas de uma forma diferente que das outras vezes, era mais terno e com um sentimento que eu começava a reconhecer.

E mais uma vez o beijo se intensificava e minhas mãos percorriam seu corpo instintivamente. E de novo eu me esqueci dos riscos. Eu sabia que não era certo e mesmo assim não me continha de beijá-la daquela forma e o pior é que ela não me fazia parar, mesmo quando me separei dela e meus lábios seguiram uma trila até seu pescoço e ombro, eu sabia o que estava começando, só não sabia como parar.

Minhas mãos apertaram sua cintura e eu alcancei seu ouvido, sussurrando quase inaudivelmente.
- Não vamos fazer isso hoje... - falei, com a voz entrecortada pelo minha "respiração" e me afastei dela, mas foi só para olhar seu rosto e ver seu sorriso inundar meus olhos.
E o que ela disse me fez rir, eu pensei um pouco antes de dizer, ainda sorrindo
- Você é tão absurda. - eu me abaixei e sussurrei em seu ouvido, quase como um sopro - Nunca diga nunca, pode se arrepender. - e eu voltei a olhá-la, pra de novo capturar seus lábios e começar um beijo, não tá intenso como os outros, mas com mais vontade.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyTer Dez 16, 2008 6:16 pm

É, não era de se estranhar que eu estivesse tremendo de medo com a possivel reação dele, porque com a quantidade de coisas idiotas que eu disse era óbvio que eu ia receber, em troca, coisas que não queria ouvir.

E, naquele caso, era uma indagação que eu não sabia como responder. Isso que dá sair por ai dizendo qualquer coisa que vem na cabeça, e depois eu ainda reclamo porque estou sempre me ferrando. Mas tudo bem, eu supero, só não posso deixar que ele perceba que eu não tenho exatamente uma idéia claro do que lhe dizer.

- Então quer dizer que você poderia se apaixonar por mim? – ele perguntou, de uma forma que me pareceu um pouco distraída, e então minha ficha caiu e eu percebi que não havia sido uma indagação realmente, mas apenas um comentário.

Mas eu não iria deixar de respondê-lo, não mesmo... Se ele tinha esse tipo de dúvida, era bom que eu a esclarecesse com as minhas próprias palavras.

- Sim, algum problema com isso? – eu disse a ele em uma resposta retórica, mas sem esperar nada em troca. – Eu posso, não posso?

Claro que sim. E não queria que ele respondesse... que fosse contra o que eu estava dizendo. Não era uma pergunta, eu estava apenas o informando daquilo.
Era impressionante a forma como estávamos tão íntimos um com o outro, esse tipo de constatação chegava a me amedrontar um pouco, porque eu sabia que uma hora ou outra eu ia me machucar naquela história toda. Pelo menos eu espero que esse momento não chegue nunca.

Antes que eu pudesse impedi-lo, Josh se virou sobre a cama de forma que se pusesse sobre mim. Olha, aquilo foi legal, foi muito legal, mas eu já estava voltando a sentir aquelas coisas um pouco estranhas que a gente sente quando está com o sexo oposto. Hum... isso também é interessante sabe, mas quando você tem certeza que o carinha pode retribuir de todas as formas possíveis.

Eu gargalhei alto com a posição em que estávamos agora, eu ainda sentia os braços dele em torno de mim, e isso era tão bacana. Acho que porque eu tinha a sensação de que estava protegida daquela forma. Ótimo, e desde quando um fantasma representa proteção? Acho que desde que ele possa levitar as coisas.

- Isso não seria um problema, muito pelo contrário, até porque eu estaria alimentando um sentimento recíproco. – Josh disse em meio aos meus risos.

Claro que depois dessa eu tinha que cessar aquela crise de riso, né? O que foi isso que ele acabou de dizer? Às vezes eu tenho a leve impressão de que estou sendo correspondida em absolutamente tudo. Sim, porque aquele papo todo de ele ser um cara apaixonante e tudo mais era só uma forma de não dizer que eu estava suspeitando estar apaixonada por ele. Isso não seria uma coisa muito boa, que futuro juntos nós podemos ter?

Ah, mas quer saber, eu não tenho que ficar pensando nessas coisas. E foi por isso que eu o beijei, capturando seus lábios e juntando-os aos meus, após aqueles nossos longos segundos em silêncio e sentindo as mãos dele afagando-me nos cabelos, um toque tão... delicioso. Como todos os outros.

E que outros, diga-se de passagem. Muitos, na verdade. Iniciamos com um beijo lento, uma troca de caricias leves em nossos lábios. Aquilo era tentador, sabe, ele estava meio que me provocando daquela forma. E, então, como que em um desespero inexplicável, nosso beijo se tornou violento e sedento, assim, de repente. Quando eu menos esperei, as mão dele estavam passeando pelo meu corpo, pela minha pele, acariciando-me de uma forma que arrepiava todos os meus pêlos.

Senti suas mãos repousando sobre meus quadris de uma forma firme, apertando minha cintura tão forte que seria capaz de quebrar meus ossos. Mas claro que ele não faria isso. Que falta de romantismo Kat!!

Para minha total decepção, ele interrompeu nosso beijo e despejou alguns beijos a mais em meu pescoço e descendo sensualmente até meus ombros. Era tão bom aquele contato dos seus lábios sobre minha pele. Senti a respiração dele muito próxima do meu ouvido e sabia que ele iria dizer algo, agora:

- Não vamos fazer isso hoje... – ele disse, sussurrante de uma forma ainda mais provocativa.

As decepções não paravam por ai, porque além dele ter interrompido nosso beijo quente, ele também se afastou de mim. Tudo bem que não nos afastamos tanto assim, mas foi uma distância significativa. Eu o queria bem junto de mim, você me entende.

Respirei pesadamente e resolvi que teria de dizer algo, não podia deixar que ele simplesmente decidisse uma coisa dessas. Ah, Deus, ele estava falando sobre a gente... sobre nós... sobre nós dois... isso mesmo... fazermos-aquilo-que-eu-nunca-fiz-mas-tenho-a-leve-impressão-que-ele-já-tenha-feito. Homens! Nem quando morrem eles mudam. Mas meu Josh era diferente. Ele podia simplesmente ter tentado sem pedir permissão alguma, mas não, ele não fez isso. Ponto pra ele.

- Ah, ótimo. Como se nós realmente fôssemos fazer uma coisas dessas. – eu disse a ele, um pouco deprimida com essa constatação. – Acho que você faria até mesmo com uma zumbi, mais nunca comigo.

Ah, que idiota, de onde eu tirei isso? De algum lugar foi, e ele também percebeu o quanto eu estava sendo insana, porque havia um sorriso brincando em seus lábios.

- Você é tão absurda. – ele disse, sussurrando em meu ouvido novamente, parece que ele gosta de fazer isso, e eu mais ainda. - Nunca diga nunca, pode se arrepender.


Ah, me arrepender? Com ele, não mesmo. Mais uma vez, Josh capturou meus lábios em mais um beijo, mas dessa vez um beijo terno, batalha de línguas e lábios em sincronia perfeita. Ele era perfeito. Eu não queria que aquele momento terminasse nunca, e foi por isso que permanecemos bastante tempo ali, entre beijos e algumas caricias ousadas demais, na minha opinião. Mas e quem disse que eu não gostei.

Se nós estávamos ali pra experimentar, vamos fazer a coisa direito, certo? Certíssimo. E foi por isso que eu invadi sua camiseta com minhas mãos. Foi uma sensação sem igual tocá-lo daquela forma, porque a temperatura da pele dera era diferente da de um humano, só não saberia precisar como exatamente.

Quando eu mordi o lábio inferior dele, foi ai que ele se separou de mim. Calmo, sem pressa, sem violência, simplesmente se separou de mim e retirou minhas mãos de dentro de sua camisa. Mais uma decepção pra minha coleção.

Josh se sentou sobre a cama e ajeitou os cabelos, embora tenha os embaraçado mais ainda. Eu fiz alguma coisa de errado? Ele definitivamente não é muito acostumado com esses agarramentos...

- Olha, Josh... me desculpa... aquela coisa do zumbi... – eu disse a ele, era impressão minha ou ele estava achando graça daquilo? – E me desculpa por isso de agora também... – disse por fim, referindo-me ao meu ultrapassar de limites.

Ele disse algo e eu sorri aliviada, mas estava ainda muito sem graça pra dizer ou fazer alguma coisa. Mas precisava, e foi por causa dessa necessidade que eu me ajoelhei sobre a cama e caminhei até ele, apoiando minhas mãos em seus ombros e observando aonde os olhares dele iriam cair. Ah, olha que coisa, ele olhou pros meus seios!

Suas mãos estavam flutuando sobre o ar, ele não deveria saber onde colocá-las, e eu não iria ensiná-lo, ele já é bem grandinho pra isso.
Pensei muito no que iria fazer e, quando estava prestes a fazê-lo, desisti. Em vez de sentar em seu colo, deixei que meu corpo caísse sobre minhas pernas que estavam dobradas, ainda de joelho, sentada bem de frente para ele.

- Me conta, Josh... – eu iniciei, apoiando minhas mãos uma em cada joelho dele. – Quando exatamente a gente vai fazer aquilo?

Ah, eu disse isto séria, mas eu estava brincando, e desatei em uma risada alta, divertida com a expressão meio cética que ele estampou na face. Ok, eu queria conversar com ele, mas estava sem assunto. O que eu poderia lhe perguntar? Tudo que me vinha à cabeça parecia rude...
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyQua Dez 17, 2008 7:24 pm

Talvez me mudar para Carmel tenha sido a melhor idéia que eu já tivera. Não que eu estivesse tendo um bom tempo e curtindo por aí. Nada disso. Mas alguma coisa nesta cidadezinha me animava. Talvez o fato de que toda vez que eu encarava alguém em Coloma, as chances desse alguém se virar e começar a me encarar de volta eram mínimas, quase nulas, enquanto que aqui...bom, basta exemplificar mostrando aquela linda confraternização entre mediadores e deslocadores e fantasmas lá fora.

Estava ao pé da escada por onde desceu o casal de noivos. Enquanto olhava para fora, para a reuniãozinha inusitada, brincava com uma vela. Ninguém estava prestando atenção naquela vela ao pé da escada, se estivesse, veria a chama se apagando e se acendendo.

Sim, eu sei quem eles são e o que eles fazem e tudo mais. É por isso que me dou ao luxo de compará-los à psicólogos. Não o casal de noivos. Os mediadores/deslocadores. O fato é que uns até tentaram me ajudar, logo não estou totalmente perdida como aquela menina. Já passei por toda essa conversa e teoricamente estou pronta para passar para o outro lado, só que sabe, né, na prática...FAIL.

Eu até iria até lá, afinal, seria só atravessar essa janela. Fácil assim, porém prefiro ficar observando. Eu não sou tímida, sou bem social, até. Quando se passa 153 anos sozinha, assombrando e movendo quadros, você morre de vontade de ter alguém para conversar e não pode perder a oportunidade quando ela aparece, mas é sempre bom ser cuidadosa.

Então continuei brincando com a vela, só que agora ao invés de olhar lá para fora, comecei a encarar algumas pessoas. Até que alguém me encarou de volta.


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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyQua Dez 17, 2008 8:25 pm

Eu ainda estava atordoada por ninguém ter respondido minha pergunta. E minha pseudo-calma já estava indo pelos ares.

-Gostaria realmente de poder responder-lhe,senhorita. - Então Loren olhou-a, provavelmente imaginando como poderia ajudar aquela pobre alma penada. Mas pera aí! Eu já estou na fila, e essa mediadora vai me atender primeiro, queira essa fantasma ousada ou não. -Me chamo Ella. - Ella? Se ela ainda tivesse um nome bonito, eu poderia pensar no caso de deixar ela ser despachada dessa dimensão antes que eu, mas com um nome desse, sinceramente ela não vai muito longe. -Bem,quem são as senhoritas?.

Eu não falei nada, nem Anne, mas Lore - boazinha como sempre - nos aprensentou para a desconhecida.

Como ela sai falando meu nome para as pessoas assim, sem me pedir permissão? É, os tempos mudaram.

-Me chamo Loren,e essas são Bellatrix e Anne.- E apontou para mim e Anne. -Eu sou uma mediadora,- por um momento ela parou, pensou algo e depois continuou, e eu desejei poder ler mentes para ver o que ela havia pensado de tão profundo naquele pequeno segundo - mas acho que você já deve saber disso,já que nada perguntou.

Ella se mostrou indeferente para mim, e nós ficamos em silêncio, até que eu vi alguém vindo na nossa direção. Era uma moça, provavelmente de uns 18 anos, cabelos escuros e curtos, olhos verdes, e com algo azul e iluminado ao redor do corpo.(Alice)

Que raio de cidade é essa? Parece que todas as pessoas aqui já foram dessa para a melhor.

Sorri para mim mesma, encarei-a por um segundo e depois fui em sua direção.
- Olá, sou Bellatrix. Quer ser mediada? Aquela ali,- e acenei com a cabeça para Lore. - está vendendo o serviço por apenas $1, é uma pexinxa! - Sim, eu disse isso, é, eu sei, é feio e sádico, mas o que eu posso fazer? Essa conversa já está ficando chata poxa.
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Alice Dawkeris
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyQua Dez 17, 2008 8:52 pm

Eu não tinha prestado atenção, fiquei presa pelos seus olhos azuis, mas assim que consegui desviar o olhar percebi quem me encarava. Era a tal que não estava entendendo perfeitamente como o esquema de mediador/fantasma funcionava. Eu poderia ficar no mesmo lugar, brincando com a minha vela, porém confesso que estava entediada.

Comecei a andar em direção ao grupinho, agora um pouco menor.
"Olá, sou Bellatrix. Quer ser mediada? Aquela ali, está vendendo o serviço por apenas $1, é uma pexinxa!" Ela era rápida. Acompanhei seu aceno de cabeça. A menina "mediando" estava sentada conversando com outra de cabelos vermelhos. Isso era demais para mim. De uma hora para outra mudei de Alice-não-falo-com-ninguém para Alice-oi-quer-ser-minha-amiga. Isso se eu tivesse aberto minha boca, claro.

- Eu não acho que aqui seja o local apropriado para fazer isso, mesmo que esse seja o melhor preço que já vi em décadas. Fica para a próxima.- levantei minha mão em uma despedida e comecei a me distanciar. É, eu sou meio estúpida às vezes.
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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptyQua Dez 17, 2008 10:10 pm

Era quase impossível controlar meus impulsos, ou nossos já que ela parecia querer o mesmo que eu. Só que eu tinha, não podia simplesmente fazer algo que desencadearia várias conseqüência, não que me preocupasse com as conseqüências que eu sofreria, eu temia por ela, o que quer que acontecesse seria pior para ela do para mim.

Mas eu não estava pensando nisso, não estava porque me concentrava no beijo que de terno se transformou em urgente, só pelo desejo insaciável de ambos.
Mais insaciável da minha parte que não conseguia manter minhas mãos afastadas do seu corpo e elas deslizavam cada vez mais para baixo... Droga!

Eu já não conseguia manter controle do meu corpo e nem do meu...
Quando ela me tocou por debaixo da blusa. Sentir suas mãos quentes na minha pele fria era uma sensação incrível, mas que não podia deixar que me dominasse.
A intensidade do beijo aumentou, conforme as coisas esquentaram e ela mordeu meu lábio inferior, antes que eu começasse a tirar seu vestido - o que, à essa altura, me parecia uma idéia absurdamente plausível - eu me afastei.
Eufórico e arfando, assim como ela.

Me sentei na cama, mantendo uma distância rasoavel e passei as mãos pelo cabelo bagunçado que eu tenho certeza de ter bagunçado ainda mais, só que não dei a mínima, estava mais preocupado em controlar meus impulsos que pareciam incrontroláveis. DROGA DE NOVO!

Eu definitivamente não estava acostumado com isso. Não com uma garota viva que podia me ver. Fora essa pequeno detalhe, é, admito eu estava acostumado.
Mas com ela era diferente, tinha que ser diferente, tinha que ser... especial.

- Olha, Josh... me desculpa... aquela coisa do zumbi... – ela disse, na verdade eu sorri, achei muito graça naquilo tudo de zumbi – E me desculpa por isso de agora também...
- Tudo bem... Não tem que se desculpar. - eu sorri sincero e acrescentei baixo, de forma que ela não ouvisse - Aliás, eu tenho maior parte da culpa

Então ela se ajoelhou sobre a cama e se aproximou de mim, colocando as mãos no meu ombro. Eu não devia olhar, não mesmo, mas era culpa dela de ser tão... simetricamente perfeita. De forma que, quando ela se aproximou meus olhar baixou diretamente para os seus seios e eu rezei mentalmente para que ela não notasse.

Olha pra cima! Olha pra cima! MERDA, OLHA PRA CIMA!

Eu gritei comigo mesmo, só que não adiantou muito e só quando ela se afastou meu olhar se desviou para o seu rosto, ou a colcha da cama ou qualquer outra coisa que não fosse referente as suas curvas.

Ela sentou sobre seus joelhos e abriu a boca para dizer algo, refletiu e falou

- Me conta, Josh... – ela apoiou as mãos em meus joelhos e começou. Por um momento me permiti reparar nas suas mãos delicadas, como de alguém que toca algum instrumento com perfeição, não me expantaria se ela fosse artista, era perfeita demais. – Quando exatamente a gente vai fazer aquilo?

Tá, não era uma boa forma de começar um diálogo, muito menos de terminá-lo com risadas, mas acho que minha cara de descrente foi o bastante para ela gargalhar e eu me senti aliaviado, ao menos isso tornara a pergunta menos séria, não que eu não fosse responder com seriedade.

- Quando for a hora certa. - eu respondi, segurando suas mãos nas minhas e sorrindo, era isso mesmo que eu pensava. Quando fosse a hora certa, o momento especial e eu queria que ele chegasse, eu queria mesmo que ela fosse só minha, interiamente, mas não queria que fosse precipitado - Quer mesmo fazer isso hoje? - perguntei, erguendo uma sobrancelha, não era uma pergunta retórica e no começo não dei muita importância a resposta, só depois que ela respondeu e aquilo foi o que decidiu o resto da noite.




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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySex Dez 19, 2008 3:42 pm

Ah, quando eu estou perto dele eu faço e digo coisas desconexas mesmo, eu confesso isso com o maior dos orgulhos. Tá, tudo bem , eu não me orgulho muito mesmo, mas é meu jeito, ora, que eu posso fazer? Josh que agüente. E olha, vou dizer uma coisa, ele até que gosta bastante quando eu perco a cabeça e faço minhas traquinagens.

Perder a cabeça é uma coisa que ele faz com muita freqüência... e que apoio plenamente!! Kat, toma jeito garota.

Aquela festa com certeza ficaria marcada pra sempre nas nossas lembranças, e provavelmente mais na minha do que na dele... ou talvez mais na dele, afinal, ele é um fantasma, e até que seu assunto pendente não se resolva, ele vai estar vagando por aqui até quando eu estiver uma velhaca em cadeira de rodas. Vade retro satanás, que essa praga não pegue em mim, por favor.

Mas a questão é que nós estávamos íntimos agora, e eu gostava muito disso, porque eu nunca havia parado para observá-lo e constatar o quanto ele era tão lindo, tão perfeito, e tão... legal. Viu só, apesar de tudo, eu sei admirar uma pessoa bacana. E Josh é essa pessoa... vivo ou morto... não importa... minha adoração por ele será sempre a mesma.

Pensar nisso me deixa um pouco deprimida, porque não sei se depois dessa festa eu vou voltar a vê-lo. Espero que sim, mas não quero pensar nisso agora. Não mesmo. Eu quero é aproveitar. Mas ainda tenho uma festa fora desse quarto, e estou perdendo por uma boa razão, claro, mas, ainda assim, é uma festa... e Kat nunca perde festas.

Bom, Josh havia me dado alguns esperanças, sabe, sobre nós algum dia passarmos do limite... avançamos o sinal, você me entende né? E eu tinha que perguntar a ele sobre aquilo... sobre quando exatamente a gente poderia fazer isso. Ah, era uma brincadeira, a principio, mas ele reagiu com seriedade, então, porque não falar sério?

- Quando for a hora certa. – ele respondeu à minha pergunta, e senti que ele segurava minhas mãos entre as suas.

Um gesto bacana... tudo que ele fazia e dizia era bacana. Mas escutá-lo dizer que havia mesmo essa possibilidade de irmos em frente... oh... isso era muito bom. Ok, vou contar um segredo... eu não sou inexperiente nesses assuntos sabe, não mesmo. Mas também não sou o tipo de garota que já fez de tudo nessa vida e que sai por ai esbanjando experiências e boas histórias pra contar. Muito pelo contrário... mas com o Josh seria diferente. É surreal pensar nisso, nem imagino se é realmente possível. Bom... ele é um fantasma... fantasmas fazem essas coisas? Digo, sexo?!

Ah, Kat, ele deve estar curtindo com a sua cara... Não acredite nem se iluda com as coisas que ele está dizendo.

- Quer mesmo fazer isso hoje? – ele me perguntou.

Como assim, hoje? Ei, Josh, se é pra curtir, ok, mas você está passando dos limites rapaz.

- Se eu dissesse sim, nós faríamos? – eu disse a ele, vendo a sobrancelha dele se erguer ainda mais. – Agora mesmo? Aqui... nesse momento? Aconteceria?

Eu queria continuar com as minhas indagações... mas eu sabia que era tão idiota pensar que ele pudesse estar falando sério. Soltei uma risada alta e me afastei dele, soltando nossas mãos e retirando as minhas de cima de sua perna. Ele não estava entendendo... e eu percebi isso. Não deixei que ele respondesse minhas indagações, fui logo me levantando da cama e ajeitando o vestido. Novamente, ele me olhou de cima a baixo.

- Fala sério, Josh. Eu tenho certeza... – disse, pondo as mãos nas cinturas e lhe fitando nos olhos, se não fosse aquela minha maldita máscara. – Que nem agora nem nunca nós vamos fazer isso.

Ele não disse nada, parecia estupefato demais para articular qualquer resposta. Bom, aquilo me desapontou muito, sabe, mas foi ai que minha ficha caiu... ele estava mesmo falando sério... e eu levei tudo na completa brincadeira. Que idiota que eu sou. Ele começou a dizer coisas que eu não entendia ao certo o que queriam dizer, mas eu sabia que ele deveria estar um pouco irritado comigo.

Ele poderia mesmo querer fazer aquilo comigo, ali, agora? E eu, boba, agindo insana. Agora era tarde pra desfazer a confusão.

- Josh, eu ainda tenho uma festa pra ir. – disse a ele, percebendo suas expressão decepcionadas, sim, porque ele era o único ali que não poderia curtir aquela festa. – Desculpe, mas minhas amigas estão esperando por mim lá. Quem sabe a gente não se encontra mais tarde, depois da festa...

Ele continuou me fitando e dizendo coisas... Queria que ele me agarrasse ali mesmo e me jogasse na cama, arrancasse nossas roupas e acabássemos logo com tudo. Mas alguma coisa me dizia que isso não ia acontecer.

- Certo, então... vou indo, ok? – disse a ele, me afastando e seguindo até a porta, mas eu não queria ir. – Foi muito bom... conversar... com você. – sorri para ele agarrando a maçaneta da porta. – Espero que você não vá embora até o final da festa. – ri um pouco discreta, abrindo a porta. – Até mais, Josh.

Eu tinha ímpetos de correr na direção dele e agarrá-lo. .Não queria mais ir para aquela festa, mas então lembrei da Caddie e da Angel que deveriam estar sentindo minha falta. Antes que eu fechasse a porta, eu o visualizei mais uma vez. Tão lindo... parecia um pouco triste por eu estar saindo. Mas acho que seria melhor... sabe... não quero estragar a intimidade tão perfeita que existe entre nós, agora. Ele sorriu para mim e disse algo muito agradável. Sorri de volta, contente e... antes de fechar a porta, disse... mas esperava que ele não tivesse ouvido.

- Eu estou apaixonada por você.

Oh, Deus... foi um desabafo... e acho que alto demais... porque ele parecia querer dizer algo. Nervosa, fechei a porta em um baque estrondoso e sai dali, deixando-o para trás. Como sou idiota.

A festa ainda estava rolando, nem sinal das meninas. Senti vontade de chorar... não sei porque... eu mesma havia saído de lá... então porque não voltava? Mas minha cota de insanidades extravasou por hoje.

Oh, Josh, será que vou vê-lo novamente?

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MensagemAssunto: Re: What's hidden behind masks?   What's hidden behind masks? - Página 5 EmptySex Dez 19, 2008 5:35 pm

Não entendia o porquê dela levar tudo o que eu dizia na brincadeira. Ou eu não era expressivo o bastante ou ela era desconfiada demais.
Eu estava achando mesmo que a culpa fosse toda minha e a primeira opção fosse mais plausível, já que a achava perfeita para ter defeitos, sendo este meu maior erro.

Mas eu não achava um erro gostar tanto de uma pessoa a ponto de não achar defeito nela, aliás era novo para mim, eu nunca senti isso. Não que eu me lembre e acho que tenho uma memória boa o suficiente para me lembrar do quanto achava ridícula a única pessoa que eu possivelmente senti algo, mas não forte o bastante para amenizar a raiva que eu tinha dela.

Comecei a refletir sobre isso. Talvez, mesmo que eu fosse expressivo, ela achava que eu estava brincando porque, bem, porque talvez pensasse que fantasmas não podiam... sabe...
Mas isso é completamente ilógico. É claro que eu poderia... Quer dizer... Eu era um fantasma mas não estava sabe... morto?
Ah, não era um argumento que eu poderia usar, definitivamente.
Mas eu acho que poderia "satisfazê-la" de qualquer forma, já que... Eu sentia isso quando estava perto dela, sobre tudo quando suas mãos estavam debaixo da minha camisa.

Absolutamente, isso não era algo que eu deveria pensar, não agora...

- Se eu dissesse sim, nós faríamos? – ela disse e eu me assustei, na verdade, eu meio que gostei da resposta, mesmo que fosse absurda – Agora mesmo? Aqui... nesse momento? Aconteceria?

Eu iria responder, talvez não com palavras, mas de uma forma mais expressiva. Só que antes que eu pudesse tomar alguma atitude ela riu estrondosa e amargamente, se afastando de mim e soltando minha mão, não preciso descrever o quão confuso e decepcionado eu pareci, sobre tudo quando ela se levantou e arrumou seu vestido, - confesso que mais uma vez meus olhos vagaram pelo seu corpo, mas ainda não era culpa minha se ela era tão... linda - logo recomeçou uma nova discussão.

- Fala sério, Josh. Eu tenho certeza... – disse, colocando as mãos na cintura e me olhando, tive a breve impressão de que ela fitava meus olhos, mas não pude saber pela sua máscara – Que nem agora nem nunca nós vamos fazer isso.

Eu estava terrificado demais para formular alguma resposta. Então ela achou mesmo que eu estava brincando? Incrível!
Era incrível, mas eu não poderia deixar de responder e quando ela percebeu que eu falava sério, dês de o começo, dês de que a vi, pareceu arrependida de suas palavras, só que isso não me fez menos irritado, talvez um pouco ameno, mas ainda estava irritado.

- Porque tudo o que eu digo acha que é brincadeira? Porque achou que eu não queria fazer isso? Agora? - soltei um suspiro de desconforto e me levantei, para ficar de frente a ela. - Eu não entendo... Por mais sincero que eu seja... Você nunca parece acreditar.

Ela não respondeu, pareceu não dar a mínima, mas acho que no fundo só achou que não deveria contradizer. Eu deixei, não iria insistir, não queria continuar discutindo com ela, não, era a última coisa que eu iria querer.
Só que não fiquei menos decepcionado quando ela decidiu que deveria me deixar e voltar para aquela festa infeliz que estava havendo lá embaixo.

- Josh, eu ainda tenho uma festa pra ir. – disse, é claro que eu queria que ela continuasse aqui, mesmo sabendo que se ela fosse seria melhor, mesmo que, se ficasse, fizessemos alguma coisa que estavamos a ponto de fazer e eu, idiota, continuava a insistir, mesmo assim queria que ela ficasse. – Desculpe, mas minhas amigas estão esperando por mim lá. Quem sabe a gente não se encontra mais tarde, depois da festa...

- Continuo não entendo... - eu falei - Porque isso agora? Porque tem que ir? - eu sei que parecia um cão, me rastejando para que ela ficasse, mas pareceu a única forma de impedí-la.
Novamente ela me ignorou e não respondeu, então achei que fosse melhor não continuar, não insistir, se ela queria ir... que fosse. Talvez, depois da festa...
Mas não pareceu uma opção concreta.

Eu queria, queria mesmo era segurá-la a força para ficar e fazer aquilo que tinha em mente, mas isso não iria acontecer, eu não era cafageste a ponto de tornar a noite dela num inferno, não, eu gostava dela, muito, por isso não chegaria a esse ponto.

- Certo, então... vou indo, ok? – ela parecia decida a não mudar de idéia, então se afastou e foi até a porta – Foi muito bom... conversar... com você. – ela sorriu e foi como se uma luz voltasse a se acender dentro de mim, mesmo que ela estivesse segurando a maçaneta, isso que eu chamaria de decepção instantânea, alías parecia acontecer muito naquela noite. – Espero que você não vá embora até o final da festa. – ela riu e eu me vi rindo també, contagiado – Até mais, Josh.

Então ela abriu a porta e vagamente a vi saindo por ela, ainda me olhando, com um sorriso nos lábios e eu não queria que minhas palavras, antes rudes, a fizesse achar que eu estava com raiva, minha raiva sempre passava quando ela sorria daquela forma e isso parecia extremamente confortante para mim.
Eu apenas sorri, da melhor forma que pude - ainda sim que meu rosto parecesse formar uma expressão triste - e disse.

- Eu nunca vou me esquecer... - falei, entre um suspiro de desabafo e um sorriso, que se refletia pelo rosto, também sorridente, dela - Nunca!

Eu queria que ela tivesse entendido isso e voltasse para mim, para que eu pudesse beijá-la de novo, só que desta vez eu não deixaria que ela fosse, se ela me desse uma única esperança de que gostaria de ficar eu não a deixaria ir.
Mas ela não fez isso, ela não voltou, porém disse uma coisa que ficou martalendo na minha cabeça e foi como uma injeção de insulina no meu coração morto. Eu não poderia negar que estes pensamentos eram sentimentais de mais para mim, mas era o que eu sentia, o que eu pensava ao lado dela. Inegavelmente.

- Eu estou apaixonada por você. - falou antes de fechar a porta por completo e eu corri até ela, só que não tive tempo, ela bateu a porta e eu me vi encostar na mesma, enquanto dizia, alto, para que ela ouvisse do outro lado.
- Então volta... - eu pedi e acrescentei - Porque também estou apaixonado por você.

Mas para a minha imensa decepção ela não voltou e pareceu não ter ouvido o que eu dizia.

Não fui atrás dela, apenas me limitei a sentar no banco daquela janela, enquanto ficava me remoendo das lembranças daquela noite.
Definitivamente eu não iria esquecer, quanto a ela não sei.
Bom, ela tem uma vida toda de lembranças enquanto tudo o que eu posso oferecer é minha morte, bastante monótona por sinal.
Com certeza, iria acontecer alguma coisa interessante que fosse marcar sua memória mais do que a nossa conversa...

Quanto martírio!

Yeh, fiquei sentado, com os pés apoiados no banco e minhas costas de encontro a parede, refletindo, lembrando...
Até que uma luz forte vindo da porta chamou minha atenção, mas antes que minhas esperanças viessem à tona eu vi aqueles mesmo imbecis que invadiram o quarto primeiramente, entreram armados com cadeiras e garrafas quebradas.

Genial!

- Cadê aquela garota estranha? - um deles perguntou e eu me levantei, passando por eles e murmurando
- Porque não procura lá em baixo? - então, vendo eles sentirem um arrepio eu desapareci e só voltei a me materializar quando "percebi" o aroma úmido da praia e meus pés fincarem sobre a areia fofa.
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