First Impressions....[rp fechado!]

Londres, New York, Paris, Berlin.... humn...Londres eu já vou, assim como também Paris, Berlin eu já fui uma vez...bem, New York..seria uma boa..mas muito...''metropolitana'' pro meu gosto..que tal...Carmel? quem colocaria o nome de uma cidade assim? Bem, vejamos no Google....uma pequena cidade do leste da California,
EUA. Trata-se de uma cidade calma, agradável, ensolarada e
aparentemente pacata,e blá, blá, blá...bem, eu já gostei!

Sol em comparação com a Irlanda é meio inusitado de se ver, e eu bem que gostaria de saber como seria pegar uma cor sem ter que estar deitada numa câmara de bronzeamento artificial.

Vamos agora até o site...humn ...dólar em baixa..

--Mãããããe! Vem cá, eu acho que sei exatamente qual a cidade que eu vou
....
....
-Eu sei, mamãe, eu sei, pai! Não se preocupe, eu tenho 18 anos, sou bem crescidinha, eu sei que gostaria realmente de ir para Carmel, olha só, tenho tudo certo: um apartamentozinho no centro da cidade, não é caro. e...ok, ok, eu já vi a escola local,, não se preocupem! ...



--Não chorem, gente! É só um ano, e no próximo já estou de volta para a Trinity College, e perto de vocês!....também amo vocês, mas é a hora do meu check -in...beijos!
...
...
...
-Carmel...aqui vou eu!
Bem, eu havia chegado a um dia em Carmel! Um dia! Só deu tempo de fazer uma breve ligação para meus pais, avisando que cheguei sã e salva, que meu avião não explodiu, não fui sequestrada, nem atropelei um gato angorá. E outra coisa que eu fiz foi arrumar minhas coisas, e conectar o notebook para falar com todos que eu estava morredo de saudades e pronto! Quando eu acabei notei que estava extramamente tarde.

Eu acordei no outro dia, sobressaltada com despartador, que tocava às 5 da manhã, me lembrando que eu devia completar a transferência para o colégio de Carmel [que era bem bonitinho, por acaso!]. Peguei então uma saia esvoaçante branca, e uma camisa rosa, e fui direto para a rua!

Eu resolvi aproveitar meu último dia antes de começarem as aulas, então resolvi fazer um tour pela grande cidade. Começar por...humn, pela praça, talvez, eu estava querendo um contato com a natureza, então, parei o carro na praça, peguei meu iPod, e me sentei encostada numa árvora, mais separada da praça em si.

Eu estava olhando a paisagem, enquanto ouvia música e a cantarolava baixinho [que ninguém ouvisse!]...Talvez eu realmente começasse a gostar bastante daqui...

- Christopher? - Ouvi a voz da minha avó no corredor e segundos depois, a sua forma finória vestida num fatinho cor-de-rosa da Gucci -- que me fez lembrar da Umbridge no filme de Harry Potter... -- estava na porta do meu quarto.

Olhou desaprovadoramente para a desarrumação em volta -- Nada próprio caso uma daquelas amigas socialites dela aparecesse por cá -- até deixar os olhos cair sobre a minha pessoa. - Christopher nós temos que falar. Eu não posso tolerar que o meu único neto escolha uma profissão em Artes. Artes é uma área para falhados que não têm futuro na vida! E eu não acho que você o seja... por isso seria muito melhor se considerasse um curso em Medi...

Eu olhei para ela com a cara mais entediada do mundo e não a deixei terminar a frase.

- Sabe uma coisa, avó? Se você realmente gostasse de mim, você quereria que eu fosse feliz... e eu quero sê-lo. Se para isso for preciso ser um falhado... que seja. - eu disse com sinceridade e um pouco de ressentimento. Levantei-me e em duas passadas eu já tinha atravessado a soleira da porta.

Apressei o passo até à garagem e entrei no Audi que o meu pai me deu quando eu tirei a carta.
Estava chateado. Porque é que a minha avó não conseguia entender? Será que ela nunca teve nada que significasse tanto para ela quanto desenhar significa para mim?

Deixei-me entrar em piloto automático.
Quando dei por mim estava estacionando num parqueamento do parque.
Saí, tranquei o carro e coloquei a chave no bolso. Decidi sentar-me num dos muitos bancos que ali haviam e tirar da minha mala de desenho -- que anda sempre comigo -- um lápis de carvão e o meu bloco de desenhos.

Olhei em volta procurando um bom 'modelo' para o meu desenho.
Após algum tempo, reparei numa garota sentada debaixo de uma árvore ouvindo música com o seu I-Pod.
Resolvi mover-me para mais perto dela, de forma a captar melhor a essência do desenho.

Ela era loira e muito bonita.
Apesar de aparentar ser da minha idade, eu nunca a tinha visto na escola. Quem sabe ela era de outra escola?

E para além de linda ela tem uma voz maravilhosa... eu pensei quando a escutei começar a cantar.

A minha mão se moveu com vontade própria enquanto eu me deixava levar pela voz melodiosa dela. Em minutos eu já tinha um esboço no meu caderno.

E então ela olhou na minha direcção e a minha mão congelou no ar.

Oh meu deus eu vou parecer um tarado...

Eu entro em Alpha quando estou ouvindo música, sério! Você acha que eu consegui quebrar meu braço como? Bem, foi assim: eu estava ouvindo música, e passeando pelo bosque que tinha atrás da minha casa, com lá na Irlanda é tudo muito úmido, eu escorreguei, por falta de atenção, num pedra lisa que lá estava.e...bem, só lembro de duas horas depois estava engessada e proibida de passear pelas folhagens (coisa que nunca cumpri, diga-se de passagem).

E bem, eu digo que estava em Alpha porque comecei a cantar. Veja bem, eu de-tes-to cantar em público. Quer dizer, não é que eu seja tímida ou algo assim, mas é que realmnete eu não suporto cantar com alguém ouvindo [por mais que digam que minha voz seja boa, ou algo do gênero]. E bem, ahn..é isso aí!

O fato é que eu estava ouvindo à música, e viajando nos meus próprios pensamentos, a minha cabeça girava, apesar de ela não girar por eu ter muitos problemas, ou algo do tipo. Na verdade eu, nitidamente, não tinha o que reclamar aquela hora, digo, eu estava viajando, ia passar um ano nos Estados Unidos [ não que eu não gostasse da Irlanda, muito pelo contrário!], e estava sentada numa linda paisagem!

Eu estava notando uma certa paisagem que estava metros de mim. Um passarinho que estava indo e voltando, pegando gravetos do chão, e levando até o ponto mais alto de uma árvore próxima mim. Eu estava a imaginar como é realmente engraçado que um pássaro, um animal livre, tem que ter um lugar para ficar, criar seus filhotes. E fiquei imaginando se um dia eu também poderia ficar presa em um lugar só, quer dizer, eu detastava me sentir presa, obrigada a fazer alguma coisa. Acho que só fiquei muito tempo lá em casa porque tinha um bosque perto, e lá eu podia passar horas e horas, e sempre descobrir um lugar novo, uma rota nova.

Eu suspirei, enquanto troquei de olhar, e agora olhava para o outro lado.

E foi quando notei.

Bem, na verdade eu primeiro o notei. Bem, era quase que impossível não olhar direito para ele, porque, venhamos e convenhamos, ele era realmente bonito. Mas depois eu notei o olhar dele....estava quase que...assustado?.Eu ergui a sobrancelha.

Logo depois meu olhar baixou até onde a mão dele se encontrava...ele estava...desenhando?...Epa, espera um segundo! Ele estava me desenhando?.

Eu tinha que tirar essa história a limpo! Eu fui até ele, com uma expressão curiosa, e logo que cheguei perto dele, ele tentou tapar o desenho com a mão, mas eu fui mais rápida, e consegui visualizar de soslaio o rascunho que ele estava fazendo...

Uau! foi o que eu pensei, o rapaz realmente desenhava bem. Mesmo estando em preto-e-branco dava para notar as nuances, as sombras, o efeito de profundidade, de vento...

-Nossa,isso está perfeito, você desenha muito bem e....- parei na metade da frase!Não era isso que você devia estar dizendo!--E espera! você estava me desenhando? Por que raios você estava desenhando a mim?- falei, um tanto quanto mais irritadiça, mas na verdade corando de leve ao ver o desenho e a vê-lo, na verdade

A ''Garota Incógnita'' --- sim eu vou chamar-lhe isso até descobrir o verdadeiro nome dela --- me encarou com uma expressão curiosa e depois arregalou os olhos quando viu o bloco de desenhos na minha mão. Aproximou-se e mesmo com todos os meus esforços para esconder o desenho dentro da pasta outra vez ela conseguiu vê-lo.

Corei desde os pés à cabeça.
A maior parte das pessoas sabe que eu desenho porque eu sempre transporto o meu bloco para todo o sítio; mas as únicas pessoas que vêem os meus desenhos são o professor Arnold (de Artes), a minha mãe -- e não são todos os desenhos -- e os meus dois melhores amigos, Belle (Anabelle) e Jake (Jacob).

Olhei com nervosismo para o rosto da ''Garota Incógnita'' procurando um sentimento que definisse a reação dela.

Estava admirada, mas ao mesmo tempo que olhava o desenho com um ar crítico, parecia aprová-lo.

- Nossa, isso está perfeito, você desenha muito bem e... - Ela interrompeu-se a meio da própria frase e deu um ligeiro abano de cabeça como que se tentando concentrar (acto que foi muito provavelmente inconsciente, mas que fez com que a sua cabeleira loira balançasse de forma cómica ...e deveras sexy - E espera! Você estava me desenhando? Por que raios você estava desenhando a mim?- A garota disse de forma algo irritada mas corando de forma adorável. Reparei então que tinha um sotaque diferente do americano... algo como irlandês ou escocês (que eu acho bastante engraçado ^^)

Olhou para mim de forma expectante e foi a vez de eu corar de forma violenta -- não sei exactamente se por solidariedade ou apenas idiotisse --, sem saber exactamente o que fazer a não ser ficar ali, com ar de cromo, mudando o peso de um pé para o outro.

Não sabia o que responder à pergunta dela já que, seria embaraçoso dizer-lhe a verdade, mas não vendo outra alternativa perante a sua expressão curiosa eu respondi:

- Porque... bem eu... hum... eu estava à procura de um bom modelo para desenhar e você foi a primeira coisa bonita que eu achei que valia a pena desenhar. - Eu disse tudo isso atropelando as palavras, logo não sei se ela entendeu direito, mas preferi olhar para o chão -- no auge da minha humilhação -- em vez de encarar qualquer que fosse a expressão presente no rosto dela.

Oh meu Deus será possível ser-se assim tão tremendamente idiota?

Na verdade eu , supostamente,não sou nenhum pouco tímida, sério mesmo, eu não tenho nenhum traço de timidez em mim, o que talvez tenha me levado a inúmeras situações embarassosas, ah, mas eu disse supostamentee sabe por que eu disse supostamente? Bem, pelo fato de eu estar rubra dos pés a cabeça, pelo simples ato de falar com o menino ali na minha frente, bem, eu sinceramente não sei o porquê isso, afinal, eu não costumo agir diferente com os meninos, nenhum pouco, mas aquele fofo garoto, me deixava meio sem-graça, fato!

Bem, talvez tenha sido por ele ter me desenhado, algo que eu à primeira vista não gostei nenhum pouco afinal, apesar dele ser extremamente lindo, ele ainda era uma pessoa desconhecida, certo?, porém, se eu já estava estranhamente vermelha na presença dele, a resposta dele para a minha pergunta, sobre ele ter me desenhado, me fez praticamente virar um pimentão!

Porque... bem eu... hum... eu estava à procura de um bom modelo para desenhar e você foi a primeira coisa bonita que eu achei que valia a pena desenhar.

Tá, eu parei! Bem, eu parei justamente por causa das palavras dele "....você foi a primeira coisa bonita que eu achei que valia a pena desenhar". O que eu fazia? Dizia obrigada e saía?Saía correndo e pegava o caderno?Ou ficava lá conversando com um completo desconhecido que tinha me desenhado? Eu sei! Toda a prudência do mundo dizia que eu tinha que ter escolhido a segunda opção, mas, hey, eu já disse e repito que prudência não é, nem de longe, uma das minhas melhores qualidades, certo? Então, logicamente, e contrário ao bom-senso, eu me decidi pela última opção.

Então, eu me aproxmei mais dele [ o que eu pensei depois ser uma coisa ruim a ser feita, pois já estávamos realmente próximos, e aquela proximidade mais nos deixou mais envergonhados, como se isso fosse realmente possível!].

-Ahn...obrigada, eu acho!- falei, achando realmente lindo o modo como ele olhava para o chão.- - Aliás, Sophie..Sophie McAndrews!- falei, dando a mão para ele, e falando com o meu sotaque irlandês que ele claramente já havia notado.

Eu ainda mantinha o olhar fixo no chão, mas, para além de parte inferior do corpo dela ter aparecido no meu campo de visão; eu notei quando a sombra dela se aproximou... e a sombra dela não avançaria sozinha, certo?

A não ser que ela seja alguma espécie de versão loira e feminina e bem feminina já agora do Peter Pan...

Menos Luke, muito menos... Eu pensei, satirizando o meu próprio pensamento.

A ''Garota Incógnita'' se aproximou um pouco mais, o que tornou a nossa proximidade consideravelmente sufocante se bem que não necessariamente desagradável...

- Ahn... obrigada, eu acho! - A voz dela -- que, apesar de ela não estar cantando, continuava a ser uma das vozes mais bonitas que eu já ouvira -- despertou-me da minha sessão de pensamento e meio que me assegurou que todo o processo de 'comportamento-stalkerish-completamente-incaracterístico-da-minha-pessoa-tem-como-resultado-a-humilhação-completa-em-frente-de-uma-garota-desconhecida-que-agora-me-deve-achar-um-idiota' fora real e não meramente um pesadelo, como eu desejara que fosse até então.

Bem... não tanto devido à garota, que, devo admitir, era linda de morrer e tinha uma personalidade interessante... mas mais a parte em que nos conhecemos de forma estranha e incomum -- o que, convenhamos, não contribui com pontos positivos a meu favor...

-Aliás, Sophie... Sophie McAndrews! - Sophie -- 'A Garota-Ex-Incógnita' --voltou a falar naquele seu adorável sotaque irlandês, esticando a mão para mim.

Eu ergui o meu olhar para ela e me desencostei do banco, ficando assim um pouco mais alto do que ela.
Apesar da vermelhidão no meu rosto, sorri-lhe de forma agradável e resolvi apresentar-me. Afinal, não são tantas assim as garotas que não vão a correr até à esquadra mais próxima quando apanham alguém a desenhá-las, sem o seu consentimento, e ainda para mais sem conhecerem o 'artista' de lado algum.

- Bertrand. Luke Bertrand. - Eu sorri ainda mais abertamente ao apertar a mão pequena e fria dela na minha grande e quente.

De alguma forma aquele constraste era agradável...

Certo, eu realmente não sabia o que estava dando em mim, na verdade, apesar de não ser nenhum pouco cautelosa, ou coisa do tipo, eu sinceramente não era o tipo de garota que ficava sentada com uma rapaz desconhecido, mas, eu não sei por que raios eu estava fazendo isso, mas algo me fazia não temer o garoto que estava ali na minha frente. Eu estava até achando bonitinho o desenho que ele tinha feito de mim [e ainda melhor a explicação que ele deu, lógico!], o fato foi que eu estava querendo ter uma aproximação maior com ele.

Na verdade, foi até engraçado a forma literal como eu me aproximei dele, isso porque, ele passou boa parte do tempo a mirar o chão coisa que eu achei absurdamente linda, diga-se de passagem, então, ele aparentemente ficou assustado quando eu me aproximei, e, também, consiguia transparecer estar tão envergonhado quanto eu.

Eu consegui fazer uma única coisa lúcida que eu estava esperando fazer: me apresentar. Então, me dirigi para mais próximo dele [isso foi o motivo dessas vermelhidões todas], enquanto me apresentei, ele, então, pareceu meio curioso em saber o porquê de eu ter me apresentado, afinal, o mais prudente a fazer era sair correndo dali, certo?

Ele então se apresentou como Luke Bertrand [posso dizer que adorei o nome, posso?] e estendeu sua mão em direção a minha. Quando nossas mãos se tocaram, eu senti a temperatura mudar bruscamente, e eu balencei um pouco em meus joelhos [ mas o tempo continuava o mesmo, logicamente], mas, antes de continuar a narrativa, tenho que abrir um parêntesis aqui: O meu corpo funciona de modo diferente das outras pessoas, sério mesmo, ele tende a ser sempre frio, estranho? Eu sei... o fato é que, quando está frio, meu corpo tende a absorver o aspecto gelado, fazendo com que fique frio, e, quando estar calor, meu corpo tende a resfriar [não me pergunte o porquê, sério!], me fazendo suar frio e etc, então, em qualquer momento, do dia ou da noite, e em qualquer estação, meu corpo vai estar mais frio do que o ambiente. Mas bem, esse parêntesis serviu para que eu explicasse o porquê de ter tido uma sensação tão boa com o seu toque, que estava alguns graus mais quente do que a minha mão.

Eu então me perdi brevemente em seus olhos azuis, fiquei analisando mentalmente cada traço de seu rosto, e, quando dei por mim, devia estar parada como uma idiota, portanto, esse pensamento, me fez sentar, rubra.

-Ahn...então...vo...você...ahn...desenha?- eu me dei uma surra mentalmente depois dessa pergunta. Mas depois eu me recordei de uma coisa!-Ah, Luke, desculpa, eu nem perguntei de podia me sentar aqui...é...se eu estiver atrapalhando, pode me dizer para que eu saia, okey? falei isso meio afobada, vai ele estava lá esperando alguém, ou sem querer ser incomodado? Vai saber, né?

Sophie olhou para mim ininterruptamente por alguns momentos, como que me analisando. -- Preciso dizer que o meu rosto voltou a ficar vermelho?
Depois voltou a abanar a cabeça daquela forma adorável e linda e... para se concentrar.

Ahn...então...vo...você...ahn...desenha?- ela perguntou como forma de iniciar conversa, se sentando no banco que eu anteriormente ocupava. De repente, ela se sobressaltou - Ah, Luke, desculpa, eu nem perguntei de podia me sentar aqui... é... se eu estiver atrapalhando, pode me dizer para que eu saia, okey? - Ela disse meio preocupada.

- O quê? Você, Incomodar? Claro que não! Sente à vontade! Para dizer a verdade, eu vim para aqui em piloto automático. Quando dei por mim estava debaixo daquela àrvore - Apontei para o primeiro lugar onde eu tinha estado. - Eu tive uns problemas em casa e depois quis ir para algum lugar fazer o que mais gosto. Que é desenhar... Mas me diga... Você não é daqui pois não? Eu... desculpe... eu só reparei que vc tem um sotaque diferente. - eu sorri abertamente para a garota na minha frente e esperei pela resposta.

[off] sorry pelo mini-post Aleh... [/off]

Apesar de a conversa estar sendo agradável, ainda havia aquela timidez de primeiro contato com uma garota desconhecida e eu, que geralmente nao dou muita bola para as garotas não sou viado, o problema é mesmo que a maioria das garotas do meu ano são umas oferecidas e eu não gosto disso, tá? , não sabia exactamente o que ela esperava de mim.

- Bem, na verdade não sou daqui! Eu venho da Irlanda, e tenho a impressão que o sotaque irlandês é um pouco carregado, certo? - A resposta dela ao que eu tinha inquirido veio junto com uma nova pergunta e uma risada maravilhosa.

Eu ri junto.
Realmente, o sotaque irlandês é meio inconfundivel, não sei nem como é que eu não tinha notado antes. Há algo de único e ao mesmo tempo engraçado e cativante nesse sotaque e, agora eu tinha de fato a confirmação de que ela era uma garota diferente.

Ela era estrangeria, daí o comportamento meio incomum ao das garotas daqui -- que, na minha opinião era cem mil vezes pior do que o de Sophie. -- mas acho que foi isso mesmo nela que me cativou.

Ela era bonita, bem-falante e eu estava conseguindo manter uma conversa inteligente com ela. contrariamente ao que acontece com certas e determindas garotas na escola.

Fitámo-nos durante alguns momentos e ela pareceu assimilar os meus traços faciais como se lhe fossem familiares de alguma forma. A profundidade com que olhou no meu olhar me fez questionar se ela nãopoderia ler os meus pensamentos do presente momento. Corei ligeiramente e ela murmurou um 'desculpa' quase inaudivel.

Eu ergui a sobrancelha. Porque se estaria desculpando?
Resolvi não insistir no assunto uma vez que ela parecia debilitada a níve emocional; eu desconhecia o porquê mas resolvi ser cavalheiro e fingir que não notara nada.
Tentei então retomar a conversa.

- Então e... há quanto tempo vc está aqui em Carmel, Sophie? Imagino que seja muito diferente da sua terra natal... Eu por acaso sempre quis visitar a Irlanda, sabe? O foclore irlandês é fascinante e a paisagem parece ser maravilhosa... gostaria imenso de desenhá-la algum dia... - Adquiri o ar sonhador e os olhos brilhantes de sempre que falava sobre os meus projectos de viajar pelo mundo e desenhar certas paisagens que eu imaginava que fossem lindissimas ao vivo.

Projectos esses que a minha avó tentava boicotar... mas que eu não deixaria de concretizar um dia.

Olhei então para a bonita rapariga na minha frente que já parecia novamente animada.