Finally, the Homecoming! [rp aberto]

Ok, fazia muito pouco que eu havia chegado a Carmel, menos tempo ainda em que havia me inscrito na escola. Os primeiros dias de aula haviam sido bem calmos, ela era bem legal, sabe? Pessoas bacanas e simpáticas, professores bons. Claro que sempre tinham aqueles chatos, mas isso a gente ignorava.
Logo na primeira semana, haviam sido abertas as inscrições para Líder de Torcida. Eu sempre achei bastante divertido ser uma. Em outras escolas eu havia participado do time, e realmente, era legal animar a galera e tudo mais, portanto resolvi me inscrever.
Pra minha alegria, e total surpresa, eu fui aceita!
Surpresa porque as líderes daqui eram meio... bitches Oo e tinham um clube da luluzinha beeem fechado. Praticamente todas namoravam algum jogador de futbol americano, as que não namorava, namoravam as de basquete, ou pegavam os que não namoravam nenhuma. Entre elas havia um pacto, nunca namorar o ex de uma líder, LOL, estou com a cabeça cheia de pactos só por uma vida.
Felizmente, nenhum dos egocêntricos jogadores me encantou. Pra falar a verdade, nenhum cara de Carmel ainda. Eu já havia achado vários liiindos, claro, mas nada mais que isso.

Foi então que em um dia, fui chamada a Diretoria. Eu estaria morrendo de medo se no meio do caminho não tivesse visto as outras meninas da torcida comigo. Logo após fomos descobrir que o motivo da chamada era que o jogo e a festa do Homecoming estava chegando, e era uma certa tradição do colégio Junípero Serra a organização da festa ser feita pelas Líderes.

Ai que ótimo! Ok, não é que eu não gostasse de festas, eu as amava, e amava organizá-las também, mas com a história "Hey Bruxos existem, e você é um deles!" minha mente estava um pouco ocupada.
Maa... quem sabe seria até bom, um pouco de normalidade.
As arrumações começaram logo, apesar das líderes serem meio bitches, elas organizavam coisas bem, fato.
A festa do homecoming estava prevista para daqui a duas semanas, que foram as mais rápidas da minha vida.

Um dia eu acordei, com meu celular tocando. Era uma das líderes me acordando para irmos finalizar as arrumações e ensaiar mais uma vez antes da apresentação no jogo.
Me arrumei o mais rápido que pude, peguei meu uniforme, tênis e prendi meu cabelo com uma trança de raiz. Levei em minha bolsa um shot bege e uma batinha verde e bege, e um sapato caramelo, além de toalhas e outras coisas, por que afinal.... líderes suam, oras!

Logo chegou a noite, felizmente estava tudo arrumadinho e acertado. Os alunos começavam a chegar, os jogadores se preparavam, e eu e a líderes nos aquecíamos antes da apresentação.

Que dia!

Carmel, ainda me pergunto por que raios eu escolhi essa cidade para morar. Bem, acho que a distância entre Carmel e Nápoles foi um fator preponderante pra essa decisão, além de ser a primeira na lista das passagens.

Bem, afinal, eu era, um fugitivo. Bem, talvez não so sentindo amplamente criminoso da palavra....pensando bem, justamente no sentido criminoso da palavra.Quer dizer, na verdade, eu estava fugindo da loucura de acharem que eu era louco.Confuso? Espere até ter minha vida.

Eu cheguei em Carmel de manhã cedo, no começo da semana, com todas as economias que eu tinha no bolso. Dava pra me sustentar até arranjar algum emprego, nem que fosse de catar tampinhas de cerveja no chão. Bem, por sorte, o dr. Google me arranjou um louco pra dividir um kitnet no centro. Bem, nem preciso dizer que o lugar mal dava pra minha metade, quanto mais duas pessoas, e tudo o que cada uma trazia com elas.

Mas bem, eu ainda tinha minha capacidade, coisa que queriam me tirar lá em Nápoles, e isso valia a pena, certo? Ao menos era o que eu falava pra mim mesmo todo dia que eu acordava com o barulho de liquificador de manhã.

Eu tinha ido até o centro pegar a minha identidade falsa. Nem olhe pra mim assim!. Por incrível que pareça, um moleque de uns 15 anos era quem fazia as identidades. E muito bem-feitas, devo assumir. Eu resolvi continuar com o nome de Andreas Basset mesmo. Eu havia me afeiçoado a ele,sabe?

Depois de ter pego os documentos, eu voltei para casa, e de lá fui dar uma volta pela cidade. Não que ela tivesse algo de muito interessante, para começar, mas é que eu estava extremamente entediado, e não tinha o que fazer.

Passei pelos lugares de costume, vendo as coisas, as pessoas, pensando na vida delas, em como é bom você pode dispor de seus atos, ser uma pessoa normal, sm ninguém te dizendo o que fazer, como agir, e sem nenhum espírto no seu encalço.

Espírito?

Ah é, esqueci de comentar esse ''pequeno'' fato. Eu sou um mediador, traduzindo: eu posso ver/falar/sentir/tocar os espíritos.

Inclusive, tem um aqui agora. Ele é um rapaz, perto de seus trinta anos, e está olhando saudosamente para o estabelecimento atrás de mim. Oops. Ele me viu. [i/]Time to go[/i].

Você pergunta por que eu não fiquei? Bem, porque eu estou cansado de viver para quem não está vivo, e isso foi que fez as pessoas acharem que eu era louco, e tentarem me interditar. Minha vida virou uma confusão, e é por isso que eu fujo dessas coisas. Existem mais mediadores no mundo.

Enquanto eu saí, dando meia-volta, me lembrei que estava com uma pasta embaixo do ,eu ohei para o relógio, já era de noite, mas talvez a secretaria estivesse aberta para o período noturno. Saí direto para o campus, e, por sorte,fui atendido. Depois de muito tempo, eu consegui regularizar minha situação, e agora era estudante.

Saí contente , até que me deparei com toda aquela arrumação. Enquanto olhava para aquilo tudo, outra coisa me chamou a atenção: uma menina bastante bonita, que estava parada, como se fizesse parte da organização, ou coisa assim.

Eu ergui a sobrancelha. Bem, por que não?.

Eu fui até ela,me sentindo social aquela noite.

-Hey, pra que é tudo isso aqui?

Ai, ok, eu estava morrendo. Os trabalhos de cheerleader eram realmente exaustivos, e ainda arrumar uma festa era muito mais.
Resolvi dar uma pausa, saí da sala de ginástica e fui até o bebedouro no corredor.
Decidi que não estava na hora de voltar, e resolvi dar uma passeada pelo campus e ver como as coisas estavam.

Cara, como tinha gente chegando. Acho que toda a cidade estava lá. Fazia uma noite muito bonita, estrelas, e as luzes, me lembrou Paris.
Saudades de lá. Apesar de Carmel ser bonita, eu sentia falta da Europa.

Resolvi me encostar na parede bem próxima a saída da escola, dando de frente para a rua. Ver as pessoas chegando, os alunos entrando e saído. Era legal. Eu gostava do espírito do colegial.

De repente, fui tirada do meu transe por um voz desconhecida:

-Hey, pra que é tudo isso aqui?

No momento que virei-me para responder, além do susto, eu SÓ fiquei meio... herm.... dazzled?
Eu não sei. Mas eu parecia uma tonta encarando o cara que falava comigo e sem responder. Até que saí daquela posição... ridícula e respondi.


-Arhm, oi. Bem, são os preparativos pro Homecoming.-Finalizei com um sorriso meio envergonhado.

Hm, e eu achava que todo mundo na cidade sabia da festa do Homecoming...

Ela pareceu meio estranha em me ver. Olhei institivamente para mim, pensando que houvesse alguma coisa errada com a minha roupa, ou algo do gênero, mas, aparentemente, eu estava bem apessoado.


-Arhm, oi. Bem, são os preparativos pro Homecoming.

Eu ergui a sobrancelha. Homecoming? Há quanto tempo eu não via um baile. Ah, espere! Eu não fui a meu baile...por quê? Ah, pelo simples motivo que eu estava fugindo da minha-família-louca-que-queria-me-interditar!.

Eu ia falar alguma coisa, até que notei. Havia alguma coisa errada com aquela garota.... Bem, eu não sabia ao certo o que era...bem, ela parecia diferente, de algum modo, mas podia ser coisa da minha cabeça...ou eu estava ficando louco de vez, fato!

Enquanto eu pensava, havia ficando um clima desagradável entre nós. Acho que o fato de eu não ter respondido nada, e ficar analisando as coisas, tivesse ajudado um pouco nisso. Prontamente, voltei a mim, e falei:

-Bem, bonita arrumação...a propósito, Mi..Andreas Basset!- dois anos e ainda não se acostumou,Andreas ?

Eu analisei a garota mais fisicamente falando. Ela era realmente bonita. O clima estava agradável. Eu havia conseguido o que queria aquela tarde, a faculdade. Não havia nenhum fantasma inoportuno para me atazanar. O aluguel estava dois meses adiantado.

Bem, se tinha um dia que eu devia aproveitar para ter uma vida normal, esse com certeza seria o dia. E vamos ver no que isso pode dar...

Clima... estranho.
Ele não falava nada, nem eu falava nada.

Clima... estranho.

-Bem, bonita arrumação...a propósito, Mi..Andreas Basset! -Andreas?

Hã?!
Momento loira, on.

-Ah, não. Brooke.-Falei com um sorrisinho.

Ok. Você é oficialmente... idiota.
Girei os olhos.

-Arhm, eu tô meio atordoada hoje, não repare.-Falei vendo a cara dele dizendo 'wtf?!'

Estendi a mão.
-Brooke Hoew, terceiro ano, e.. como você pode ver,-olhei para minha roupa. -Líder de torcida.-Sorri timidamente.

-E você?-Falei receptiva.

Iiiidiota. @__@

Ok, eu não era muito de bailes do Homecoming. Era basicamente uma reunião das pessoas pops do colégio se demonstrando serem ainda mais... pops.
Além do mais, parecia que não havia nenhum aluno novo bacana na escola, só os mesmos... chatos de sempre.
Mas mesmo assim, eu acabei indo.
Por que? Bem, não tinha o que fazer em casa, duh.
Me arrumei com uma calça jeans, uma blusa azul, e uma jaqueta com um boné. Peguei meu Opala e fomos até o tal baile.
Muita gente já havia chegado, mas o jogo ainda não havia começado.
Dei uma andada pela escola, e depois me sentei na arquibancada esperando pelo... show.
Um bando de cara se jogando no chão, que show.
Bem, pelo menos tinham as líderes.

---

Eu saí correndo do Departamento de História, já estava mais do que atrasada, o baile ia ser hoje. Quer dizer, primeiro iria acontecer o jogo, e, logo depois o baile. Eu estava especialmente emplgada por hoje, simplesmente por James ir comigo.

Eu falei para ele me encontrar na porta de casa, em cerca de uma hora e meia. Pelo ponto-de-vista que ele argumentou, isso era tempo de ir e voltar do baile. Homens!, mortos ou não, são todos iguais.

Eu então fui me arrumar. Tomei um banho demorado, enquanto sentia a água quente relaxar todos os meus nervos. Saí da banheira, e fui logo vestindo a minha roupa de cheerleader. Peguei uma maxi-bolsa, e lá coloquei, com muuito cuidado, o vestido para depois do jogo, o vestido que seria do baile.

Então, fui arrumar meu cabelo. Me decidi por amarrá-lo em um rabo-de-cavalo alto, prendendo-o com um elástico, e arrematando com uma fita combinando com a roupa de torcida.

Eu saí de casa na hora certa, notando que tinha mais de vinte chamadas perdidas no meu celular. Oh Gosh!. Peguei a chave do carro, e fui logo avistando James na porta.

-Pontual...- falei, dando um leve abraço nele.-E então, o que achou?-falei, dando um giro. Depois entramos no carro, e fomos até a escola.

Eu cheguei lá, estava tudo arrumado, olhava de lado e ria com James e suas observações, logo avistei a B.

-Brooke, desculpa a demora e...-e eu parei ao ver que ela estava conversando com um rapaz...lindo?. opa, acho que atrapalhei algo...

De todos os costumes que eu havia visto florescer na américa desde que morri, o de cheerleaders definitivamente era um que não me agradava. Eu compreendia o fato de que o sexo feminino deveria apoiar o masculino, foi como eu havia sido criado. Mas porque fazê-lo usando trajes de tamanhos degradantes e dando saltos tão perigosos eu não conseguia entender... Mas se as pessoas gostavam... Talvez fosse apenas algo que eu, pela minha criação de 200 anos atrás apenas não conseguia compreender. Por isso, quando a senhorita Victoria apareceu nos trajes de líder de torcida e perguntou como estava, eu simplesmente balancei a cabeça, murmurando que estava vistosa.

E então nos dirigimos para a escola, aonde aconteceria um jogo e o tal baile, do qual ela havia falado antes e eu estava convencido que iria ficar assistindo a tudo, já que não poderia fazer com que ela conversasse comigo... Seria interessante observar a interação entre os jovens vivos, no entanto... Comparar a vida real com televisão...

A srta Victoria se dirigiu para uma outra jovem vestida nos mesmos trajes de líder de torcida que conversava com um rapaz que parecia um pouco mais velho... Eu me postei atrás da senhorita Victoria, observando com atenção enquanto ela se agia desconcertada por haver atrapalhado a conversa entre os dois e... Uhm... Aquele rapaz estava me encarando?

Depois que eu saí com Sam, eu creio que as coisas entre nós mudaram. Bem, ao menos ela não mais me batia quando eu a beijava, e também eu sentia que a intensidade dos meus sentimentos por ela, aumentava de forma gradual.

Eu então a chamei para ir ao baile comigo, quer dizer, era uma coisa informal, mas depois do jogo teria uma festa. E eu ia jogar, porque, afinal, era o quarterback do time.

Mas, apesar de não ser o baile da Primavera, e nem da formatura, eu queria fazer uma coisa legal para Sam, entao, comprei um corsage para ela. Peguei meu carro, e fui direto tocar na porta. O pai dela que atendeu, com uma cara não muito agradável, devo dizer. Fiquei esperando alguns segundos do lado de fora, quando vi Sam chegando até mim.

Soltei um uau baixinho, e fomos até o carro, para chegarmos logo até a festa.

-Bem, vai ter o jogo da gente antes...tipo, eu sou o Quarterback do time, sabe? Então...vai ter o jogo, e depois o baile.- enquanto dirigia, olhei para ele, e dei um beijo na sua face, -Mas eu marco pra você...- e ri com minha própria expressão.

Estávamos já chegando, parei o carro, abri a porta dela.

-Chegamos, chèrri.

Convencer meu pai a me deixar sair de novo foi complicado. Foi muito complicado... Mas bem, apelar pra mamãe sempre ajuda. Até porque ela havia ido, e muito, com a cara do Seth, o que ajudou horrores e a deixou ainda mais orgulhosa de mim. Por causa de um garoto, dá pra acreditar? Pelo lado brilhante, ela me levou para fazer compras. Eu não sabia exatamente o que usar... Quer dizer, tinha um jogo antes de ter o baile e... Sei lá... E se ficasse inapropriado?

No final das contas eu me decidi por um vestidinho rosa, que não ficava arrumado demais e nem muito desleixado, e que fosse o que deus quisesse. Mesmo com minha mãe me garantindo que estava ótimo.

Quando Seth chegou eu ainda estava arrumando então terminei rápido e passei por meu pai, sussurrando um "viu, nada de relógios parando", dando um beijo nele e na minha mãe e fui até ele, nervosa, notando que ele havia aprovado a minha roupa e dei um sorrisinho meio tímido meio de lado, antes de entrar no carro dele.

-Bem, vai ter o jogo da gente antes...tipo, eu sou o Quarterback do time, sabe? Então...vai ter o jogo, e depois o baile. Mas eu marco pra você... - Ele disse, dando um beijo na minha bochecha, no caminho até a escola.

- Por que você ser um quarterback não me surpreende em nada? - Eu disse, rindo levemente, pensando na ironia da situação. - Um quarterback... Eu estou saindo com um quarterback, que vai me levar num baile... Eu fui pro outro lado do país ou atravessei um portal pra um universo parelelo? Sem ofensas claro. - Tratei de completar. - Ninguém nunca marcou nem uma nota numa partitura pra mim, quanto menos um touchdown, então pode contar que eu vou ficar esperando, Stone. - Sorri, enquanto ele parava o carro.

-Chegamos, chèrri.

Ele abriu a porta do carro pra mim e eu saí, meio nervosa... Agora o QB ia pro vestiário botar as várias camadas de whatever e eu ia ficar... Boiando por ali. Que legal.

Aquele dia havia sido bem proveitoso. Finalmente, desde que eu havia fugido, tinha achado um lugar onde eu podesse fazer algo de útil: uma faculdade. E além do mais não tinha nenhum fantasminha desencarnado para me fazer raiva. Definitivamente um dia atípico.

E talvez tivesse sido esse o motivo que tenha me levado a ficar na comemoração, que era uma coisa que eu com certeza não faria em condições normais de temperatura e pressão.

O fato é que agora eu estava ali, parado, falando com uma....líder de torcida!. Bem, não me pergunte por que raios eu estava no meio de uma comemoração de escola, falando com uma líder de torcida o fato dela ser bonita não vem ao caso....

-Brooke Hoew, terceiro ano, e.. como você pode ver, -Líder de torcida.-E você?

Eu olhei meio intrigado para ela, a verdade é que não havia entendido bem o que ela havia falado, exceto sobre a parte dela ser líder de torcida, mas bastava não ser cego para perceber isso. Quando eu ia abrir a boca para responder alguma coisa, algo me chamou a atenção.

Era uma garota, que agora se aproximava e falava com Brooke, mas não foi necessariamente a garota que me chamava a atenção, mas sim uma coisa que estava perto dela...um fantasma!

Ótimo! O que eu fiz?Joguei pedra em uma rã, só pode! É a única explicação plausível para o que acontecia comigo. Eu olhei fixamente para a gosma ectoplásmica brilhante que estava na minha frente.

O rapaz não aparentava mais de 25 anos, e usava....roupas de marinheiro, ou algo de um gênero bem parecido. Eu continuei sem prestar muita atenção no ambiente, até que ele olhou para mim também.Cadê a porta de saída?.

Eu estava sem esboçar nenhuma reação até que a garota recém-chegada deu um olhar de soslaio para a aparição transparente.Pára tudo e chama a NASA!

Eu vi direito? Ou eu achei que vi? Se bem que eu posso ter achado que achei que tivesse achado que eu achei que tivesse visto , mas na realidade apenas achei que vi o que achava ter visto.

Era algo a se pensar....

Mas podia ser uma...como eu?. Quais eram as chances? Era mais fácil um avião bimotor cair na minha cabeça do que isso acontecer. Olhei para o céu....é sempre melhor estar atento nas coisas, certo?

Mas eu não podia deixar aquelas duas garotas escaparem. A primeira por eu achar que ela podia ver o fantasminha camarada, e a segunda...bem, a segunda por motivos que não vêm ao caso..

-Bem, meu nome é Andreas Basset...eu estudo aqui na Universidade, vocês que organizaram isso aqui? Está realmente muito bonito, parabéns, garotas!- falei, cínico. E agora? o que dizer depois? Pense, Andreas,pense!

-Bem, eu sou novo aqui em Carmel...me digam o que esperar da cidade.- Isso? você conseguiu dizer isso? Parabéns, Andreas, muito bem!

Pois é, eu e um cara absurdamente liiindo, conversando na festa de Homecoming.
Estava começando a adorar Carmel! *-*

Até que fui surpreendida por uma voz de menina falando comigo:

-Brooke, desculpa a demora e...

Virei-me e encontrei Victoria, bastante envergonhada por atrapalhar e minha conversa com o desconhecido.

Ok, momento... estanho.
Felizmente ele quebrou o gelo falando:

-Bem, meu nome é Andreas Basset...eu estudo aqui na Universidade, vocês que organizaram isso aqui? Está realmente muito bonito, parabéns, garotas!

-Bem, eu sou novo aqui em Carmel...me digam o que esperar da cidade.

Uau, ele ainda por cima era um universitário! *-*~
Yuuupis!

-Ah, obrigada.-Dei um sorriso sincero. Essa arrumação realmente deu muito trabalho.


-Bem, eu também meio que sou novata em Carmel, então... somos dois perdidos.-Falei meio realista.

Ok, eu estava agindo mais estranhamente do que já ajo normalmente @-@.
Mas o que eu posso fazer, o cara era.... pois é.

Mais gente começava a chegar, logo logo começaria a apresentação.
Ok, saber que ele poderia me ver balançando pompons me deixou.... meio... bastante envergonhada. Abafa o caso. A0A

Mas agora eu tinha chegado. E eu estava com James. E ele parecia extremamente assombrado e me perdoem o trocadilho com aquilo tudo. Sempre ficava olhando para os lados, se achando em um filme de televisão. Bem, como tudo na minha vida, isso estava mais para ''Ghost Whisperer'' do que para ''Beverly Hills 90210''. Mas bem, eu sinceramente não tinha tanto o que reclamar.

Quando cheguei fui correndo falar com Brooke. Pedir desculpas, na verdade, por não estar lá quando as meninas precisaram de mim para ajudar. Mas eu não podia dizer que estava tentando atravessar um fantasma, podia? Bem, achei que não. Eu fui direto a Brooke, mas freei quando a vi falando com um rapaz.

Na verdade, eu ia deixá-los sozinhos, mas então eu percebi. E ele percebeu. E James percebeu . Sim, todos nós percebemos, droga!.

Eu estava vendo certo? Quer dizer, olhei para os lados, tetando ver onde os olhos dele podiam estar se focando, mas eu não pude perceber nada além de James, que estava ao meu lado. Bem, o problema é que ele não pode ver James. Ou será que pode?.

Olhei assustada para James. Por sorte, Brooke estava quase que na minha frente, não notando o que eu estava fazendo, que era olhar para algo invisível do meu lado. Mas o rapaz estava vendo tudo.

Foi quando ele falou, e Brooke logo o respondeu.

-E...eu...bem, somos todos novos aqui então. Ninguém sabe dos segredos obscuros do nosso passado..- e falando isso, dei uma risada, para encobrir que aquilo que eu havia dito era uma ''pista''. O olhar de Andreas passou por James, e se fixou em mim. Ele havia entendido.

-Ahn...gente, um segundo, volto já!- falei, saindo do local. e indo para um luga bem mais afastado, onde eu pudesse falar com James sem ser vista.

-Vo...você...viu...bem, quais são as chances?- falei, ainda meio surpreendida para James.

Outro mediador? Aqui em Carmel? Se minha vida já não fosse suficientemente bizarra, eu consideraria isso estranho...muito estranho.

Eu fiz questão de levas as coisas nos conformes com Sam. Por quê? Bem, porque ela era diferente, só isso. Pode parecer pouco para algumas pessoas,mas eu, Seth Stone, dizer uma coisa dessas é sinal de...Apocalypse por perto. E te digo, se você me conhecesse não acharia exagero.

Mas ao mesmo momento, Sam era...diferente, apenas isso. Ela não saía atrás de mim como as outras meninas ela chegou até mesmo a me dar um murro!. E também não era metidinha, ou totalmente emo...ela era normal, e diferente ao mesmo tempo. Acho que diferente por ser normal, seja lá o que isso pudesse significar.

O fato é que eu cheguei na casa dela com um Corsage e tudo mais, sabe? Eu usualmente não ajo assim, mas bem...Eu já falei que ela era diferente? Ah certo...

Chegamos lá, e eu senti que Sam estava meio...apreensiva seria a palavra certa? Mas o fato é que ela não estava nem um pouco confortável em estar ali. Talvez por não conhecer ninguém.

Então coloquei ela um pouco mais para perto de mim, enquanto dizia no seu ouvido.

-Não se preocupe, Seth está aqui...- eu ri.

Logo quando entramos eu percebi que os meus amigos estava lá, Erik, Adam, Jessica, Erica, Henry e Michael. E ainda sem contar os tantos outros que eu passei e falava. Certamente não ter amigos/conhecidos não era uma característica que se atribua a mim.

-Hey galera!

O rapaz me viu. Eu vi o rapaz. A Srta Victoria viu o rapaz me vendo e me viu. O rapaz a viu me vendo. E eu o vi a vendo. Sim, confuso. Foram apenas segundos, mas segundos bastante confusos, principalmente, eu poderia dizer, para o rapaz e para a Srta. Victoria, afinal, eu sou um fantasma, não é como se para mim as coias pudessem ser mais estranhas. E eu já muitos iguais a mim. Mas duvido que eles haviam encontrado pessoas de dons semelhantes por aí. Médiuns são mais comuns do que se pensa, é verdade, mas não tanto a ponto de fazerem reuniões anuais e possuírem uma organização.

-Vo...você...viu...bem, quais são as chances?

A Srta Victoria perguntou, claramente espantada e eu coloquei as mãos sobre seus ombros, numa tentativa de acalmá-la.

- Não se alarme Srta. Victoria... Sim, tenho quase plena certeza que o rapaz pôde me ver e notou que a Srta me vê também... Mas não temos como saber o que ele vai fazer, apesar de eu achar que ele não é uma grande ameaça... - Disse beijando sua testa suavemente. - Talvez seja melhor a senhorita voltar, eu ficarei observando de longe... De repente o jovem desista, ou pense que estava simplesmente imaginando coisas. - Disse, obviamente sem muitas esperanças, sendo repreendido por um olhar severo da Srta Victoria. - Bem, provavelmente não irá, mas ficaria ainda mais estranho se a senhorita simplesmente desaparecesse, não? - Dei uma risada suave, a abraçando. - Não se preocupe, estarei perto e assim que for segura volto para o seu lado.

Óbvio que eu estava tensa. Óbvio!

Para garotos como Seth, amigos são metade do mundo. E eu digo isso em diversos sentidos muito intimidadores para uma garota como eu que... Bem, além de novata na escola e nova na cidade, obviamente não era como aquele grupo de pessoas em direção às quais Seth estava me levando e que assim que notaram a presença dele, se viraram, assumindo um ar de interesse ao ver a garota nova (conhecida como Samantha Good, ou seja, eu) que ele trazia puxando para perto dele.

Garotos, eram quatro, e garotas, duas, me analisavam cada grupo de uma maneira diferente e eu podia notar, o que me deixava ainda mais incomodada. Para minha sorte, aparentemente os Good nasciam com a habilidade de demonstrar qualquer desconforto nas mais diferentes situações, e considerando o que eu andei descobrindo por aí sobre a família, eu não duvido nada que isso era um controle sobrenatural. Claro que ainda assim eu ficava desconfortável. Só não ia deixar as duas megeras que me encaravam com desdém ficarem sabendo disso. E sim, eu já não havia ido com as caras delas. Muito menos considerando o fato de que eu notei uma delas encarar furiosamente a mão de Seth que estava segurando a minha. (ok, provavelmente ela estava encarando furiosamente a MINHA mão, já que eu duvidava muito que ela pudesse sentir raiva do Seth.)

Ele parecia nem notar e me apresentou ao grupo de pessoas, Erik, Adam, Jessica, Erica, Henry e Michael, que eu cumprimentei com um sorriso sincero quase escutando a conversa sobre o jogo em que eles se estendiam. Eu não entendia bulhufas de futebol americano. Eu tentei assistir a NFL, o Super Bowl, na verdade, mas não conseguia prestar atenção. Se fosse basebol, era só me chamar. Então eu fiquei apenas balançando a cabeça, e falando apenas sobre o que eu sabia (eu não vivo em outro planeta, eu SEI alguma coisa... Eu só não acompanho ou entendo muito bem o objetivo do jogo, ok?). Não ia deixar aquelas duas me fazerem de idiota. Os garotos eram de boa. Não que isso parecesse agradar um pouco mais Erica e Jessica, na verdade elas gostaram ainda menos de mim, ainda mais depois de ficar sabendo como Seth e eu nos conhecemos. A história da música deve ter mexido muito com elas. Eu tentei não dar um sorrisinho irônico, pensando no quanto elas deviam estar desejando terem feito aquelas lições de piano que as mães pediam. Não que fossem ser como eu, mas enfim. O fato de Seth mal ter falado com elas deve ter ajudado também, admito. Mas ele também mal falava comigo, falava mais, mas enfim... Não é como se eu ligasse. Porque, quer saber? Era comigo que Seth Stone estava e se elas não soubessem lidar com isso... Digamos que eu podia aprender modos de lidar com elas.

Infelizmente, uma hora a conversa ia acabar e o jogo iria ter que começar e eu iria perder a única companhia ali que eu realmente queria. Mas se aquelas duas achavam que eu ia ficar conversando e aguentando os comentários delas (que sim, elas haviam feito)... Sinto muito, mas não vou ficar perto das suas amigas Seth.

Aqueles últimos dias haviam sido extremamente fantásticos. Todo o pensamento que eu formara em cinco anos havia se dissolvido diante de uma simples pessoa: Sebastian Drake. A existência de outro como eu havia mudado tudo. Eu estava com outro gás agora, outra energia. Já era a terceira vez que eu visitava aquela colégio, segunda à procura dele. Afinal, que mais eu podia fazer? Cansei de ficar sozinha. Cinco anos é tempo demais. Caminhei resoluta em busca dele até que me deparei com uma cena no mínimo... incomum.

Okay, antes de qualquer coisa, é bom dizer que eu já tinha me acostumado com a aparência estranha peculiar dos fantasmas. Então eu jpa conseguia ver a diferença entre Sebatian e eu e os outros. Foi isso que fez com que eu ficasse mais estupefata ao ver aquela cena. Simplesmente era um dos nossos. Esse fato por si só já seria impressionante o suficiente. Quer dizer, não só eu achei um igual a mim como existiam outros! Será que Carmel era alguma espécie de... esconderijo, sei lá?! Enfim, isso não vem ao caso agora. O fato é que ele estava abraçando alguém. Uma moça. E essa moça me parecia bem... colorida. Ela não poderia ser humana, poderia? Não, claro que não, eu já havia tentado me comunicar com humanos inúmeras vezes. Mas ela não parecia um fantasma pra mim... Será que era algum tipo diferente? Sei lá, de repente a gente era mais pálido porque morreu de forma trágica... De repente ela teve um câncer, uma doença progressiva, daí ficou mais coloridinha...

Estranho. Muito estranho. Sem lutar contra a curiosidade, me aproximei do "casal" na medida em que eles se afastavam do abraço. Fiquei alguns segundos apenas olhando-os com curiosidade. Quando eles olharam pra mim e começou a ficar aquele clima estranho, eu achei que talvez fosse melhor dizer alguma coisa. Quer dizer, se ela podia ver ele, também poderia me ver, certo?

- Ahn... Oi? - Dei um sorriso sem-vergonha. - Desculpe interromper... o que quer que tenha sido isso, mas eu tava olhando vocês de longe, - Comecei a falar cada vez mais rápido [mania, acontecia frequentemente] - fiquei muito curiosa e vim aqui falar com vocês e coisa e tal, mas enfim... - Olhei para a moça - O que diabos você é? - Não falei de forma grosseira, tá? Vale ressaltar. Era simples e inocente curiosidade...

Eu estava ainda achando muito impressionante ter outro suposto mediador, afinal, o rapaz tinha visto o James, certo? Bem, apesar de saber que existem outros mediadores / deslocadores no mundo, ainda era estranho ver uma pessoa assim tão perto.

Eu saí de lá, a fim de saber o que fazer, James me seguiu:

Não se alarme Srta. Victoria... Sim, tenho quase plena certeza que o rapaz pôde me ver e notou que a Srta me vê também... Mas não temos como saber o que ele vai fazer, apesar de eu achar que ele não é uma grande ameaça... - - Talvez seja melhor a senhorita voltar, eu ficarei observando de longe... De repente o jovem desista, ou pense que estava simplesmente imaginando coisas. - Bem, provavelmente não irá, mas ficaria ainda mais estranho se a senhorita simplesmente desaparecesse, não? -Não se preocupe, estarei perto e assim que for segura volto para o seu lado

Eu olhei suspirando para James, mas me sentindo infinitamente melhor por causa de seu abraço.

E foi quando a notei. Olhei para a frente, vendo aquela figura um tanto quanto pálida, emanando um brilho dourado.

- Ahn... Oi? - - Desculpe interromper... o que quer que tenha sido isso, mas eu tava olhando vocês de longe, - fiquei muito curiosa e vim aqui falar com vocês e coisa e tal, mas enfim... - O que diabos você é? -

Eu ergui a sobrancelha. Mas já tinha visto muitos fantasmas atordoados antes, e essa garota me parecia sem saber o que estava fazendo aqui.

-Eu...eu sou uma humana..... mas eu posso te ver, sou uma deslocadora... posso ver e falar com fantasmas.- falei logo tudo antes que ela pudesse perguntar as coisas.

Estava ainda conversando com a Srta Victoria, pensando em como agir com o outro médium por perto, seria complicado ficar realmente perto, ele deveria estar atento, e um fantasma do século XIX é realmente capaz de chamar atenção.

Mas de repente uma voz nos interrompeu.

- Ahn... Oi? Desculpe interromper... o que quer que tenha sido isso, mas eu tava olhando vocês de longe, fiquei muito curiosa e vim aqui falar com vocês e coisa e tal, mas enfim... O que diabos você é?

Era o espectro de uma jovem e bela moça, pela aparência era fácil determinar que havia falecido relativamente a pouco tempo. Sua pergunta obviamente se direcionava a Victoria, que não se demorou a responder.

-Eu...eu sou uma humana..... mas eu posso te ver, sou uma deslocadora... posso ver e falar com fantasmas.

Interessante, eu havia visto poucos fantasmas em minha morte, especialmente estando basicamente recluso em meu navio e/ou abrigado em salas de TV. E jamais havia visto uma fantasma tão jovem. A idéia de que ela vagava por aí sem nunca ter visto um médium era ainda mais intrigante. Eu havia visto alguns, pelas décadas, sempre com anos de diferenças entre suas existências, mas vários apenas ignoram seus dons e os que tentaram se aproximar eu jamais permiti. Até agora.

- Srta. - A cumprimentei com um aceno de cabeça. - Permita-me uma pergunta... Nunca encontrou um médium, ou alguém que lhe falasse sobre eles? - E então tirei o chapéu. - Perdoe-me a falta de educação. James Vandervoot, e esta é a srta Victora Hewson. A senhorita seria?

Perguntei sorrindo amigavelmente.

Eu estava com receio de convidar Eve de uma forma normal como os outros rapazes imagino que estavam fazendo. Se eu sou diferente, e se quero ser diferente para Eve, eu tinha que fazer isso de outra forma.
Comprar o mesmo livro em que nos comunicamos na Universidade com a frase
Será que eu poderia ter a honra de ter a sua companhia no baile comigo? imagino ser bem diferente de convites ao vivo.

Como imaginava e gostaria, o meu telefone tocou com a resposta.

-Queen..preciso tirar meu chapéu para você, realmente isso foi criativo... amanhã às oito.

Mal pude responder algo, e Eve ja desligou, eu estava empolgadíssimo. é o dia do Homecoming havia chego. Mas eu não queria nada que eu tinha no meu armário para vestir. A tarde resolvi passar no shopping para comprar algo novo e bonito o bastante para combinar com a beleza de Eve.
Optei por comprar uma calça risca de giz, uma camisa branca e um terno básico preto, sem gravata apenas alguns botões da camisa abertos.

As oito em ponto toquei a campainha de Eve, que me atendeu a porta desnumbrante, seus olhos brilhavam como duas pedras preciosas. Peguei sua mão dei um beijo a comprimentando e disse.

- Nossa! você está linda! Podemos ir? Acho que você não tem mais nada para se arrumar, se não você vai chamar mais atenção ainda por sua beleza. Apropósito, tenho certeza que você é a mais linda do baile!

Eu estava contente em estar com Sam , e só com Sam naquele momento, mas eu ainda estava com medo das minhas próprias atitudes, digo, eu nunca namorei sério em toda a minha vida, sabe? E, apesar de gostar de Sam, eu ainda não me sentia preparado para falar a palavra ''namorada'', por mais que eu gostasse dela o tanto para isso.

Bem, o fato é que estávamos lá, e estávamos juntos, e isso parecia ser uma coisa totalmente diferentes tanto para as meninas, quanto para os meus amigos...ou melhor,para todos que me conheciam, pois todos ficavam olhando de soslaio o fato de eu estar de mão dadas com a Sam, e a ficar abraçando.

Mas bem, o que posso fazer?

Jessica andava meio estranha para o lado da Sam, que parecia um pouco deslocada, eu não havia notado isso, até que Sam ficasse afastada do grupo, olhando para o nada, equanto Jessica e Erica ficavam cochichando pelos lados.

-Hey Sam, por que não vai conversar ali com as meninas, acho que você poderia gostar delas...

Acho que você está sendo um ''pouco'' inocente, Seth

É por isso que eu não gosto de gente popular. Elas se apressam em julgar e fofocar, como se todo mundo se importasse realmente com o que acontece com elas. Ou com o que elas pensam. Então por isso eu sempre evitei realmente mexer com essas pessoas. Eu não me juntava a elas, mas era suficientemente legal pra não ser massacrada.

Mas claro, tudo isso ia mudar e eu ia conhecer e gostar exatamente de um deles. Mesmo que ele não fosse exatamente como essas pessoas, ou eu não notasse isso, mas eu sabia, bem, alguma parte de mim tinha essa certeza de que havia muito mais em Seth do que o QB popular e tudo mais. Ninguém podia ser tão... Sensível com a música como ele e ser um babaca completo. Até porque, ele não havia se demonstrado um babaca, bem, pelo menos desde aquelas primeiras vezes.

Isso não se aplicava às amigas dele, no entanto e no momento em que eu tive que ficar sozinha com elas, eu me afastei, olhando pro céu, o sol começava a se pôr, e pensando nisso e em como ele parecia simplesmente não notar como aquelas garotas eram venenosas. Duas cobrinhas, daquelas que meu pai matava com pedradas na cabeça quando fazíamos trilhas por aí. E eu queria realmente que isso fosse possível, observando enquanto elas cochichavam olhando em minha direção disfarçadamente e dando risadinhas. Revirei os olhos com isso. Como se eu não fosse notar.

E então Seth voltou, se dirigindo diretamente a mim e falando.

-Hey Sam, por que não vai conversar ali com as meninas, acho que você poderia gostar delas...

Eu o encarei, piscando os olhos meio confusa. Ele era realmente inocente assim, ou só estava tentando fazer com que eu não ficasse ali, parada, olhando o sol se pôr e pensando em matar as amigas dele?

- Seth... - Eu suspirei. - Eu realmente não acho que nós vamos ficar amiguinhas só por sua causa... - Cruzei os braços, na verdade eu achava que era exatamente isso que mais incomodava aquelas duas. Principalmente a morena alta, Jessica... Mas eu não ia falar isso com ele. Ele insistiu, até pediu por favor. Eu suspirei mais uma vez e cedi. - Mas não estou garantindo nada, ok? - Dei um beijo de leve nele, notando em seguida que as duas garotas estavam meio... Espantada. Garotas. Argh. Ele me levou até elas e eu as cumprimentei. Isso ia ser um inferno.

Jonhy havia chegado hoje na cidade. Nao conhecia nada nem ninguem, por isso pra se distrair resolveu dar uma volta e ver o que encontrava. Passendo pelas ruas com as maos na calça do jeans preto meio justo, ele arrumou os cabelos sob o chapéu que costumava usar sempre e colocou os oculos de sol. Se sentou num banco pra amarrar os coturnos que estavam desamarrando e dobrou até o ombro as mangas da camiseta preta com uma caveira na frente. Olhou pros dois lado e nao viu ninguem passando. Se levantou com um pouco de calor e começou a ouvir um tumulto. Era num lugar grande, parecia uma escola, nao parecia um evento fechado, entao ele entrou olhando as pessoas. Todas pareciam simpaticas mas meioinocentes, incoerentes, ou jovens talvez. As pessoas o olhavam meio estrnho, talvez por sua aparencia, piercings, tatoos e preto, mas ele nao se importava. Aquilo era algo que ele gostava e algo como um teste, afinal ele saberia que se alguem gostasse dele seria pelo que ele é realmente. Achava aquele lugar estranho, sentia algumas coisas estranahs mais nao sabia definir o que era. O fato é que ele se sentou em uma cadeira ali e ficou observando todos, queria aprender mais sobre as pessoas e os lugares, observando er aum bom jeito.

Certo, era chegado o dia do Homecoming. O que signifca eu estar mais nervosa para esse dia do que com o dia da Reunião? Bem, eu desconfio que Oliver tem algo a ver com isso.

Eu não podia afirmar que não sentia absolutamente nada demais por ele, afinal, como pode ser explicado o modo que eu fiquei quando vi que Oliver tinha me convidado para o baile, e ainda convidado daquele modo. O modo que me deixou completamente....ahn...deixa pra lá.

Bem, o fato é que eu estava ansiosíssima para o dia do baile, fui comprar uma roupa nova, me decidi por um vestido meio solto, nada muito formal, mas também nada muito desconexo com o clima da festa. Fiz escova e depois um babyliss de leve nos cabelos, deixando-os ondulados, e soltos, com a franja bem lisa. Passei uma sombra esfumaçada, e um gloss nos lábios. Eu estava me achando ''apresentável'' aquele dia.

Logo que eu acabei de me arrumar, Oliver chegou. Ele estava lindo, e eu estava nervosa, sem saber se podia realmente me portar como uma ''amiga''. Mas também sabendo que era isso que eu deveria fazer.

Nossa! você está linda! Podemos ir?
Acho que você não tem mais nada para se arrumar, se não você vai chamar
mais atenção ainda por sua beleza. Apropósito, tenho certeza que você é
a mais linda do baile!

Eu respirei fundo, tentando não notar como o meu coração estava batendo rápido.

-Obrigada, Queen, você também não está nada mal...- falei, rindo, para tentar colcoar um clima descontraído.-Vamos, então?- falei, e então, fomos no seu carro até a escola, que, devo dizer, estava linda.

Logo me topei com Brooke, e um carinha bonito que ela estava conversando, antes que eu pudesse falar alguma coisa, meus olhos se puseram em um rapaz que estava sentando meio à parte, tinha alguma coisa de diferente nele...quer dizer, não só nele como no rapaz que conversava com Brooke. Eu parei um pouco, tentando colocar minha cabeça no lugar. Errar era uma coisa que eu não fazia regurlamente, então estava certa que realmente havia uma coisa de diferente nesses dois rapazes.

Prontamente fui até o rapaz que estava sentado, deu um olhar para Oliver e murmurei um ''já volto''.

-Olá...- falei, me virando para o rapaz (John) -Eve Wilde- disse, estendendo a mão.-Eu posso perceber que você é novo aqui, não queria se juntar a nós?- falei, apontando para Brooke, Oliver, e o rapaz, que não estavam muito longe dali.

Bem, e agora vamos ver o que há de errado neles dois...

Levando em conta a minha surpresa, eu esperava no mínimo que a moça ficasse um pouco surpresa. Quer dizer, alguma coisa estava muito estranha nesse meio, tinha que estar! Mas ela respondeu com tanta naturalidade que a minha confusão só aumentou.

- Eu...eu sou uma humana..... mas eu posso te ver, sou uma deslocadora... posso ver e falar com fantasmas.

Meus olhos se arregalaram desde o momento em que ela disse ser humana. Como assim? Não é como se eu nunca tivesse tentado estabelecer contato. Por que não funcionara antes? Foi então que ela se disse ser uma... deslocadora? Podia ver e falar com fantasmas. Meus olhos se arregalaram ainda mais [se é que isso era possível]. Mas que diabo de cidade era essa? Isso aqui devia ser o portal do inferno, nunca vi tanta aberração junta! Eu abri a boca pra tentar manter uma dinâmica de conversação ali, mas não saiu nenhum som. Ao invés disso, o fantasma resolveu se pronunciar.

- Srta. - Eu voltei o meu olhar para ele e o vi fazendo um cumprimento. - Permita-me uma pergunta... Nunca encontrou um médium, ou alguém que lhe falasse sobre eles? - Ele tirou o chapéu. - Perdoe-me a falta de educação. James Vandervoot, e esta é a srta Victora Hewson. A senhorita seria?

Pisquei duas vezes, incrédula. Então eles eram amiguinhos? James e a "srta. Victoria"? Um fantasma e uma humana? Caramba, isso era um pouco demais pra eu processar. Sacudi a minha cabeça, tentando organizar os pensamentos e dar um passo de cada vez.

- Helena... Korsakov. - Dei um passo me aproximando dos dois. - Jimmy... - Eu já comecei, chamando-o pelo apelido. Eu já tinha coisas demais pra me preocupar pra ainda ter que pensar se aquilo era apropriado ou não. - ... Eu não vejo ou falo com ninguém há cinco anos. Há dois dias descobri a existência de outro fantasma. Agora isso. Deslocadores. O que mais vocês vão me dizer que existe por aqui? Bruxos? Zumbis??