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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

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Data de inscrição : 15/09/2008

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MensagemAssunto: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyQui Set 18, 2008 7:40 am

[Dados do Player]

Nome:
Idade:
E-mail:
Comunicadores (MSN, YM, AOL..)
Tem outro personagem no RPG? Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem:

[Dados do Personagem]


Nome:
Idade:
Data de Nascimento:
Local de Origem:
Artista Utilizado:
Características Físicas:
Características Psicológicas:

Biografia:
Atenção: Faça a sua biografia bem-feita, adicionando todos os detalhes importantes sobre o seu personagem
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Katharine Steel


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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyQua Set 24, 2008 9:22 pm

[Dados do Player]

Nome: Belle
Idade: 19
E-mail: bellecv@hotmail.com
Comunicadores (MSN, YM, AOL..): bellecv@hotmail.com (msn)
Tem outro personagem no RPG? Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem: não.

[Dados do Personagem]

Personagem cannon:

Nome: Katharine Steel
Idade: 16
Data de Nascimento: 25/07/1992
Local de Origem: Newark, New Jersey
Artista Utilizado: Selena Gomez
Características Físicas: Cabelos muito pretos e olhos castanhos.
Características Psicológicas: "tem medo de seu dom, não sabe se está fazendo a coisa certa, e tem receio de errar, é bastante ansiosa e tem baixa auto-estima, por isso, é solitária."

Biografia:

Ok, Kat. Sem pressão. Sua mãe te ensinou tudo que você precisa saber. Coisa da época. Focalizar o pensamento... Ok, isso não vai dar certo. Respirar fundo. Focalizar o pensamento... Focalizar, focalizar.
Ah. Droga. Eu nunca vou conseguir fazer isso direito.
Quer dizer, não é porque eu posso viajar pelos planos e tempo que eu deveria fazer isso constantemente, ou pelo menos ficar tentando, já que eu não consigo. Eu sei que é só uma questão de foco, mas é tão difícil manter o foco pensando em tudo que isso pode causar. Isso matou a minha mãe e me trouxe para morar com meu pai. Isso é o motivo pelo qual desde criança eu não consigo dormir direito. Isso é o motivo pelo qual essa cidade me dá arrepios.
Eles estão em todos os lugares; agora mesmo tem um deles olhando distraidamente pela minha varanda. E eles estão sempre atrás de mim... Minha mãe dizia que era meu dever ajudá-los, levá-los ao outro plano, ou mesmo ajudá-los a resolver o que estivesse pendente, se esse fosse o caso, mas como uma garota de 4, 8, 12, 16 anos pode chegar se intrometendo em problemas assim? Era simples para minha mãe. Ela era adulta. Ela trabalhava na polícia. A gente brincava que ela roubava, porque ela usava ajuda dos fantasmas para resolver alguns crimes; muitas vezes era assim o modo de ajudá-los. Mas eu? Eu sou uma adolescente sem nenhum distintivo.
E às vezes eles eram complicados demais. Eu sempre que conseguia fugia deles; os levava até minha mãe. Mas aqui? Não tenho a quem levá-los. E não posso fugir deles... Eles estão em toda parte. O que está na minha varanda se dignou a olhar para mim, tristemente antes de desaparecer e aparecer ao meu lado. Ele finalmente notou que eu podia vê-lo.
Eu suspirei profundamente.
- Hey, precisa de ajuda?
De alguma forma, eu precisava honrar minha mãe, certo?

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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyQua Set 24, 2008 10:40 pm

Dear, bio aceita!

[Artista na lista de avatares;
Personagem adicionado ao grupo Deslocadores]

Bom jogo!
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySáb Set 27, 2008 3:52 pm

Dados do Player

Nome: Alessandra
Idade: 18
E-mail: ale_mendonc@hotmail.com
Comunicadores (MSN, YM, AOL..):MSN: acima
Tem outro personagem no RPG? Sim, Suzannah Simon (mediadora) e Eve Wilde (bruxa)

Dados do Personagem

Nome: Victoria Hewson
idade: 17 anos
Data de nascimento: 13 de dezembro de 1991
Local de origem: Dublin, Irlanda
Artista Utilizado: Kristen Stewart
Características Físicas: Alta, cabelos escuros, olhos azuis, muito bonita, magra.
Características Psicológicas: Temperamental, inteligente, sarcástica, simpática, sabe se impôr, faz amizades rápido, não tem vergonha de dizer o que pensa, é centrada.

Biografia:Eu nasci em na Irlanda, uma criança rosada e absurdamente fofa, criada nos arredores de Dublin, eu devo ter tido uma infância normal, quer dizer, normal até mais ou menos meados do meu primeiro aniversário, ou, quando começei a falar minhas primeiras palavras, quer dizer, pensando bem, eu nunca tive uma infância normal. Sabe por que isso? Bem, pelo simples detalhe que eu posso ver fantasmas. É, isso aí, eu sou uma garota que pode ver, falar, sentir, tocar os fantasmas.

E eu lembro ver fantasmas desde a primeira lembraça vívida que eu tenho. Na verdade, acho que o primeiro fantasma que eu vi foi o da minha tia Jenny. Tia Jenny morreu quando eu tinha poucos meses de vida, e, era uma pessoa alegre, e altamente engraçada. Pois bem, desde que me entendo por gente, eu a vejo, e ela também. Ah, e um detalhe explicativo: a primeira palavra que eu falei foi : ''titia'', e falei isso de tanto que Tia Jenny fez lavagem cerebral em mim. Sério, ela passava horas e horas perto de mim, falando ''titia, titia, titia, titia'', e isso, com uma criança de um ano de idade, era absurdamente irritante, até que, um dia (segundo as palavras da Tia Jenny), eu parei, me virei para o lado, onde ela estava, e falei, irridada:

-Ti..titia!

Não preciso dizer que todos em casa ficaram totalmente assustados. Eu passei um bom tempo falando só com minha tia, sem outro ser de outro mundo para me importunar. Até que eu cresci. E crescendo, outras coisinhas vieram até mim. O primeiro fantasma que eu ajudei se chamava Sam O'Neil, era um astro de rock decadente que morreu voltando de uma turnê fracassada pelas cidades irlandesas. A única coisa que ele se lembrava era que ele estava dirigindo, com uma garrafa de Johnnie Walker (a segunda), e depois...BAM!- ''sim, direção e alcóol não combinam''. E então, em outro momento, ele estava testando a minha sanidade. Sim, porque o cara não cantava nada, e se achava o próximo John Lennon, mas ele teimava em me mostrar os seus ''dons musicais'', e bem, era terrível. O fato foi que ele precisava dar a sua mulher (eles tinham brigado na antevéspera da morte dele), um anel, que mostrava todo seu amor, e dizer que a ama, todo aquele blá-blá-blá sentimental. Bem, e então, eu tive que fazer tudo isso, tranquilo. Mas os próximos não foram tão tranquilos assim.

Eu já fui jogada, arremessada, despedaçada, destruída, quebrei a perna duas vezes, o braço, três, a bacia, desloquei o ombro, luxei o pulso, tive três concussões, e muitos outros ferimentos tão ''leves'' quanto. Sim, porque os fantasmas podem ser um tanto quanto geniosos, às vezes. Mas, o mais importante, é que sempre consegui levá-los para o ''lado branco da força'', e nunca morri. Minha família teme por mim, mas, pelo menos, sabem que eu faço porque tenho que fazer, é um karma, ou algo do gênero. Mas o fato é que o assunto sobre eu ser Deslocadora é quase que um tabu em casa.

Ah, e ainda nem cheguei a melhor parte: Eu posso viajar no tempo...Uhuuu!!!

E eu descobri isso com minha tia, (ela é um gênio, dude, sabe de tudo!), quando me mandou fazer um teste, e pegar uma peça de roupa de minha bisavó...E cara, o resultado foi alucinante e indecifrável, mas me deixou absurdamente exausta, e eu tive que prometer não fazer viagens no tempo, exceto quando fosse caso de vida, ou morte, e eu nem pensei duas vezes em dizer que sim.

E eu fui crescendo (e me machucando), até que, um belo dia, papai chegou com a ótima novidade de que tinha sido promovido...eu levantei a sobrancelha, enquanto ele continuava, gaguejando, falando que tinha sido promovido para.....CARMEL!!

Que espécie de cidade se chama Carmel? Depois de um milhão de gritos de mim e de meu irmão(ah sim, esqueci de comentar que tenho o James, meu irmão mais velho), nós estávamos num avião, seguindo uma escala direto para Carmel, e, enquanto eu ouvia U2 com toda a potência no meu iPod cor-de-rosa de brilhinhos, eu pensava no que Carmel estava me reservando ..
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The Shadow
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySáb Set 27, 2008 3:59 pm

[Bio aceita]
[Artista Colocado]
[Cor adicionada]
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySeg Set 29, 2008 9:13 pm

[Dados do Player]

Nome: Lety
Idade: 20 anos
E-mail: letyciangel@yahoo.com.br
Comunicadores (MSN, YM, AOL..)
letyciangel@hotmail.com (MSN)
letyciangel@yahoo.com.br (YM)
Tem outro personagem no RPG? Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem: Corinne L. Nurse.

[Dados do Personagem]

*Artista utilizado: James McAvoy*

Ficha Clínica do Paciente Foragido

Instituto Psiquiátrico Santa Tereza

Santa Tereza? Eu esperava Freud, ou Bleuler... Qual teria sido a contribuição de Santa Tereza para a Psicologia Moderna ou Clássica? Será que ela é a padroeira dos loucos?



Nome: Jonathan Drechsler Mclean
Idade: 20 anos
Data de Nascimento: 07/08/1988
Local de Origem:Sacramento, Califórnia

Os quatro itens acima são os únicos dados precisos dessa Ficha Clínica...

DSM/CID: F20. Esquizofrenia. Eu não sou esquizofrênico, embora eles não entendam isso, é claro. Tudo bem que enxergar pessoas que ninguém mais vê e realizar feitos que ninguém mais consegue não seja o que se possa classificar como normal, mas se eu fosse realmente esquizofrênico, os efeitos da minha psicopatologia não sanariam com os antipsicóticos? É algo lógico de se pensar, mas não que eles entendam isso. Quer dizer, de novo. Não é um argumento válido para meu psiquiatra. Quando eu neguei a existência da esquizofrenia pela primeira vez porque a mulher que eu dizia ver ainda estava lá mesmo após tomar esses medicamentos, ele resolveu aumentar a dose. Se bem que eu já fui drogado com tantos antipsicóticos que eu não duvido que isso tenha afetado meu cérebro, de algum modo. Talvez eu me enquadre em alguma outra psicopatologia classificada por esse tal de DSM/CID. Ou talvez eu seja mesmo esquizofrênico, já que eu estou a tantos anos enquadrado como um que não duvido que essa percepção tenha se acoplado a mim mesmo por osmose... Mas seria legal ser psicopata, sabe? Aí eu mataria todo mundo daqui e não sentiria remorso por isso... Porque um psicopata jamais se arrepende por seus atos. Só que como eu não sou um psicopata, eu preferi agüentar todos esses anos internado nesse inferno e tentar fazer com que todos entendessem que o que eu estava narrando a eles não era nenhuma alucinação. Mas, enfim, não importa mais. Talvez ignorar tudo fosse uma melhor opção... E é melhor eu me lembrar disso, principalmente quando me mandar de vez dessa cidade.

Data da Internação: 21/11/2002. Putz, é mesmo verdade que eu estou aqui há seis anos? Uau, então não era alucinação o fato de que eu estava crescendo e criando pêlos? (não, eu não virei um lobisomem, isso se chama puberdade, idiota). Não me diga... Mais que inferno! Perdi toda a minha adolescência dentro dessa joça? Tudo por causa da vovó e sua perseguição só porque não estavam cuidando direito do cachorrinho dela... Por que ela não foi lá atormentar meu pai e a mulher dele para me tirar daqui, então? Hm? Ah, sim, isso foi antes da internação...
Mas, de qualquer forma, eu vejo fantasmas desde que eu me entendo por gente (melhor dizendo, quando criei a capacidade de armazenar informações em minha memória por mim mesmo e ter uma singela noção das coisas...). Por anos – mais precisamente até o sete –, meus pais pensaram que meus “amigos imaginários” eram algo meramente passageiro. O que é estranho de se pensar, já que eu sempre tive muitos amigos e não era muito congruente criar algo que me faltava. Quando isso perdurou até os dez, meus pais começaram a realmente se preocupar com a história toda e procuraram ajuda de um especialista. Foi aí que nos conhecemos, não é mesmo, doutor? Eu comecei o meu tratamento como um paciente externo, mas nenhuma das drogas surtia muito efeito... Eu continuava vendo os “amigos imaginários”, de qualquer forma. Então veio a vovó, pouco tempo depois de eu ter completado doze anos. Ela e a obsessão pelo cachorrinho dela. E ela quase me levou à internação, já que isso nunca tinha acontecido com alguém morto conhecido, o que só poderia significar que o quadro da suposta doença estava piorando. Mas ela acabou indo embora antes que isso acabasse por se efetivar.
O estopim de tudo acabou sendo quando mamãe morreu e veio me pedir perdão por nunca ter acreditado em mim. E eu me empenhei mais do que nunca em tentar convencer meu pai de que estava falando a verdade, já que naquela época, graças à vovó, descobri que se fizesse o que as supostas alucinações queriam, elas iriam embora (e minha mãe aparentemente queria que eu esclarecesse isso aos outros para poder descansar em paz, ou seja lá o que as pessoas façam depois de partirem dessa para melhor). Mas eu não consegui convencer meu pai de que eu estava falando a verdade e a situação só piorou quando meu pai se casou novamente. A mulher dele passou a me temer, principalmente quando eu dizia que minha mãe não gostava dela. E a minha irmã de consideração também, porque dormia no quarto ao lado e constantemente me ouvia conversando/gritando com “ninguém”. E meu pai também, principalmente quando as janelas do quarto dele explodiram por causa da raiva de minha mãe e ele pensou que eu tinha feito isso só para “dizer” o quanto minha mãe estava desgostosa com a falta de credibilidade dele com as minhas palavras... Bem, e eu acho que ele ficou com medo de que eu o matasse na noite seguinte. Mas não teve “noite seguinte”; na manhã posterior à parcial destruição do quarto dele por uma fantasma enfurecida, meu pai me levou ao IPST e... Bem, estou aqui até hoje.


Características Físicas: Pele clara. Olhos gris. Cabelos curtos e escuros, ligeiramente acastanhados. Aparência esguia. Hm, uma garota daqui chegou a me dizer que eu parecia um pouco com James Mcavoy – ou seja lá quem fosse esse cara –, mas depois que ela disse para mim que uma lixeira era a Demi Moore, temo que isso não seja uma boa comparação...

Características Patognomônicas: Sintomatismo positivo, pressuposto da fase aguda da esquizofrenia. O paciente possui percepções irreais do que o cerca, manifestadas em alucinações auditivo-visuais. Quando questionado sobre seus atos, diz que está a ver/conversar/tocar/sentir pessoas inexistentes ao seu redor, algumas das quais informa já estarem mortas e que aparentemente esperam algo dele. Por duas vezes, o paciente se julgou capaz de atravessar o tempo/espaço ao deitar a cabeça no travesseiro de seu leito e pensar em como “o seu dono anterior agüentava dormir com aquele travesseiro, já que ele era duro e não tem um odor muito agradável, ainda que estivesse com fronhas limpas. Mas quando isso aconteceu o outro estava dormindo e babando em cima do travesseiro, e não precisava muito mais para se saber o motivo do cheiro desagradável”. Comportamento não-agressivo. Mostra interesse pela sua doença, embora constantemente viva a negá-la. Reservado, procura evitar contato com os outros internos, mas se interessa por algumas atividades promovidas pelo Instituto e se interessa por leituras de uma forma geral. (Raios, trovões, tempestades e qualquer palavra que tenha algum teor destrutivo... Qualquer um que não fosse psiquiatra e afins se portaria como uma pessoa reservada se estivesse convivendo apenas com loucos, já que é praticamente impossível estabelecer um diálogo que tenha alguma coerência nesse lugar e eu ainda prezo pelo pouco que me resta de sanidade... E eu só converso com o senhor, Doutor, para tentar enfiar em sua cabeça a idéia de que eu não estou doente, mas, aparentemente, é um esforço inútil).

(Para maiores informações acerca do paciente vide anexo I no verso dessa página)


Anexo I: A descrição dele por ele mesmo

Olha, doutor, não é querendo menoscabar o seu trabalho, mas sua idéia de descrição das minhas características não condiz com o que eu chamo de ideal. Ainda que eu não faça a mínima estimativa do que raios possa significar a tal palavra que começa com “pato”. Estudar Psicologia, evidentemente, não é um dos meus principais objetivos, ainda mais pelo fato de o senhor se centrar tanto em desmerecer minhas colocações, sem nem ao menos analisar tudo de forma não-científica. Porque explicar o inexplicável é meio impossível, sabe? Tudo bem que isso pode ser sinal de uma anomalia, mas é de se considerar que existe algo de muito estranho em alguém se comportar de forma que aparentemente destoa do comum nesse estabelecimento sem que se possa averiguar com uma maior profundidade. Fiz algum sentido para o senhor? Não sei, mas posso dizer que o senhor não faz nenhum sentido para mim.

E essa foi minha pequena vingança por todas aquelas vezes que o senhor falou nada com nada e eu tive que achar que estava entendendo alguma coisa...

Bem, as pessoas dizem que eu sou inteligente. Eu me acho inteligente para um rapaz de 20 anos que só teve escolaridade até os 14; mas quando eu mencionei isso para um rapaz que se dizia ser Aristóteles e me chamou de burro, ele acrescentou que eu era egocêntrico por conta disso. Talvez isso seja mesmo verdade. Mas só um pouco. Eu me acho engraçado também; e talvez por conta do meu otimismo mais do que ostensivo, eu costumo enfrentar situações conturbadas de forma um tanto quanto descontraída. Isso é bom, de certa forma. Outro no meu lugar, já estaria na quinta tentativa de suicídio.

Também sou uma pessoa extrovertida e comunicativa, diferentemente do que o senhor explicitou nas linhas anteriores. Apenas sou seletivo no que tange a quem eu devo estabelecer um diálogo. E conversar com alguém que pensa que é uma porta, ou que é uma galinha não é o que eu chamo de algo viável. Muito menos com pessoas que pensam que a qualquer momento seremos abduzidos por extra-terrestres, ou que o Instituto, na verdade, é uma organização secreta que planeja nos fazer de cobaias em seus experimentos maquiavélicos. Isso pode ser meio traumatizante, sabe?

Ah, sim, eu gosto de ironizar as situações. É um instrumento válido para falar algumas verdades, embora eu faça questão de deixar evidente a efetiva motivação por trás daquelas palavras. Eu sou uma pessoa sincera; pelo menos até o ponto em que eu acho que devo ser sincero com a outra pessoa.

Não sei nada quanto a ser romântico ou toda e qualquer característica relativa a questões amorosas, porque a possibilidade ter uma vida desse teor nessa joça é mais do que nula. E é aí que eu me lembro de agradecê-lo, doutor, por nunca ter desfrutado desses prazeres da vida. Meu sonho é ser padre, sabia? (sim, eu estou sendo irônico).

Nas palavras de minha mãe, eu tenho todos os adjetivos positivamente fofos que alguém é capaz de conceber a uma pessoa, ainda que reconheça que eu tenha um temperamento meio difícil. O que gera certa contradição, pelo fato de eu ser “positivamente fofo”, sociável e tudo o mais. Não que isso importe, é claro. Minha mãe só deve estar ficando velha... E eu estou ficando louco, já que fantasmas não envelhecem. Mas confesso que sou meio genioso, arrogante e prepotente, às vezes... Principalmente por conta da minha impulsividade. Quanto aos positivamente fofos... Eu me acho educado, gentil, carinhoso, afetuoso, generoso, altruísta e qualquer outra qualidade que pode ser atribuída a mim. Isso faz bem para o meu ego, sabe? O que não faz bem para meu ego é quando minha mãe fala isso com uma voz extremamente infantil, como se eu ainda tivesse cinco anos... Mas pelo menos ela não aperta minhas bochechas.

E eu acho que é só... Ah, sim, sou alguém extremamente detalhista e um tanto quanto perfeccionista. Sou auto-confiante e determinado também, muito embora meu senso de liderança esteja muito próximo ao zero absoluto. Talvez ele só precise de algum treino, eu acho.

Agora, muito provavelmente, você deve estar se perguntando por que raios eu escrevi essas linhas... Vai saber? Nem eu mesmo sei, para ser sincero, doutor. E olha que eu sou sincero... Mas talvez eu seja idiota. ‘Tá, eu sou um pouco idiota também, eu confesso... Mais que perda de tempo...


Última edição por Jonathan D. Mclean em Seg Set 29, 2008 9:24 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySeg Set 29, 2008 9:14 pm

[Cont. O.o]

***


-Grande estratagema de fuga, Jonathan. Você está pensando em fugir e perde tempo elaborando para seu psiquiatra quase que uma auto-biografia? Sinceramente, você já teve idéias melhores... – som de rodinhas se atritando contra um piso de madeira e um longo suspiro. – Mas pensando bem, fugir agora não me parece ser uma boa opção... Mas permanecer nesse instituto também não é das melhores... – som de uma tampa de caneta batendo sobre a mesa. – Ah, esqueci de acrescentar que eu sou um pouco indecis...
Silêncio. Ruídos vindo de fora da sala. Um xingamento baixo e rápido. Novo som de rodas se atritando conta um piso de madeira e um baque surdo.
-John, John, você é um menino muito, muito levado... – voz doce e meio irritante começa a se aproximar. Som de um leve muxoxo seguido de uma cadeira se arrastando. – Ah, aí está você? O que está fazendo na sala do doutor, querido?
-Eu tenho 20 anos, sabe? E, ah, pelo amor de Deus, eu não sou tão agressivo ao ponto de precisar de sedativos, enfermeira. Acordar depois de cessado o efeito dessa droga é pior do que uma ressaca.
-Muito bem, muito bem, John. Então, seja bonzinho e se levante daí, para que não precisemos usá-lo em você.
-Você fala como se eu estivesse a ponto de me jogar de um viaduto...
-John...
-E se eu não quiser sair daqui?
-O que você está escondendo aí, John?
-Uma caneta. – um breve riso. – Oh, não se preocupe, posso ser esquizofrênico, mas não tenho tendências homicidas... Pelo menos eu acho.
-John, eu não quero ser má com você... Vamos, saia daí. – som de passos se aproximando e de um papel sendo amassado. – John, você não... Você não vai fazer isso! Devolva já esse papel e...
Uma breve confusão regada a arrastares de mesa, frases impositivas e resmungos.
-Abra já essa boca, John. – leve murmúrio que, aparentemente, significava negação. Longo suspiro. – Abra.essa.boca.agora. – nova negação e resmungos. – Segurem-no direito, seus idiotas! – um leve bufo de raiva. –Ah, não, você não vai fazer isso, John. Você... – silêncio seguido de um forte engasgue.
-Mas que gosto horrível... – um breve riso rouco. – Bem, agora o doutor pode dizer que eu tenho algo de louco, não, enfermeira?
-O... O que você comeu exatamente, John?
-Ah, você não vai querer saber... Eu só espero que não dê indigestão...

***


-Foi mesmo verdade que você comeu sua ficha médica?
-Bem, sim. Mas vou me lembrar de não fazer novamente. Não tem um gosto muito agradável... – breve riso. – Mas não se preocupe, meu pai.
-Eu não estou preocupado.
-Está sim. O senhor parece que esta a pensar que, a qualquer momento, eu vou surtar de vez e atacá-lo com o mordedor da Agatha. – começa a rir de novo. – Bom, mas não se preocupe. O doutor já certificou que o tratamento vem sendo eficaz... Nada de alucinações esquisitas agora...
-Eu realmente não gosto do que você está fazendo com seu pai, John... E não sorria dessa maneira, você parece um maníaco.
-Eu não vou ficar aqui definitivamente. Acho que eu vou me sentir desconfortável na família e acredito que você também sinta o mesmo...
-Mas ele tem a obrigação de te fazer se sentir confortável, não é possível que durante todos esses anos...
-Do mesmo modo...
-Isso é o mínimo que ele pode fazer por ter te deixado tão infeliz. Por que você não diz isso a ele?
-Hm, onde é que fica o banheiro?
-Hã... Na segunda porta à esquerda.
Som de passos. Uma porta se batendo. Uma torneira ligada.
-Agora que estamos sozinhos, você pode falar comigo? Eu desapareço por uns tempos e quando volto... – suspiro.
-Eu saí do Instituto, mãe.
-Isso eu percebi
-Eu me comportei de forma normal e os médicos acabaram por chegar à conclusão de que o novo tratamento estava sendo eficaz...
-Continue.
-Então, eles me mandaram de volta para casa.
-E...?
-E aqui estou eu.
-Bom... E quanto a seu pai?
-O que tem ele?
-Nada, esquece. Vamos voltar...
-Hm, mãe eu queria te pedir uma coisa...
-Pode pedir, querido.
-Olha, não é uma ordem, é só um pedido... Você... Sabe... É uma fantasma agora, mas ainda é a minha mãe.
-John...
-Então. Você fica falando e falando e eu não consigo me concentrar em minhas próprias palavras... Sabe... E, bem...
-Você está me mandando calar a boca, Jonathan?

-Não necessariamente, eu só...
Som de alguém batendo de leve na porta.
-John, filho, está tudo bem?
-Está, pai. Já estou saindo... – breve silêncio seguido de um suspiro. – Por favor, mãe... Você não quer que eu estrague tudo e volte para aquele lugar, quer?
-Você...
-Por favor.
-Tudo bem. Conversaremos depois, mocinho.

O som da água pára. Ranger de porta se abrindo. Um longo suspiro.
-Você demorou.
-Desculpe, pai. É que o remédio às vezes me deixa meio enjoado... Então, como estão a Sara e os outros?
-Vão bem. A filha da Sara está para concluir a formação geral esse ano... E você já conheceu a Ágata.
-Hm, a Sara aparentemente não gostou muito da minha volta.
-Ela terá que se acostumar...
Silêncio.
-O que você quis dizer com se sentir desconfortável?
-Eu realmente, não sei... Depois de tantos anos, eu meio que estou me achando deslocado dentro da família. O senhor, sabe, parece ter constituído sua vida e...
-John, você nunca será um peso para mim. Eu só fiz o que achei melhor para você; as coisas também foram difíceis para mim quando...
-Mamãe morreu. É; eu sei. Foi difícil para mim também.
-Ela sempre foi melhor em lidar com isso do que eu. Eu não soube lidar direito com o que você estava passando e não me orgulho disso. Desculpe, filho.
-Tudo bem. – uma breve pausa. – É mesmo verdade o que a Sara disse? Que vocês estão se mudando para Carmel em breve?
-Sim. A Sara foi chamada para trabalhar lá. Nós vamos no próximo mês.
-Jonathan Mclean, você pode me dizer que história é essa de Carmel?
-Hm...
-Carmel é um bom lugar. Acredito que você vá gostar dele. Podemos até tentar com a Universidade de lá, alguma maneira de você freqüentar algum curso.
-Eu não conclui meus estudos...
-Carmel? Onde raios fica isso? Seu pai quer levá-lo para um fim de mundo, é isso?
-Nós daremos um jeito.
-Pelo amor de Deus, John, se ainda fosse Los Angeles... Que futuro você vai ter em Carmel? Carmel!
-É; talvez seja mesmo bom uma mudança de ares.
-Sim; vai ser.
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyTer Set 30, 2008 2:26 pm

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Está perdoada, dear! hehe tongue
Bio aceita!!!!
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyDom Out 05, 2008 8:45 am

[Dados do Player]

Nome: Guilherme
Idade: 19
E-mail: guilhermedavid89@hotmail.com
Comunicadores (MSN, YM, AOL..) MSN
Tem outro personagem no RPG? Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem: nopinhos

[Dados do Personagem]

Nome: David Freeman
Idade: 20 anos
Data de Nascimento: 17 de Julho
Local de Origem: New York, USA
Artista Utilizado: Jared Padalecki

Características Físicas: Alto, fisico atletico, cabelo castanho, olhos cinza

Características Psicológicas: Criou uma especie de "armadura" que o faz parecer frio, distante, sarcastico e um pouco durão, quando na realidade até é bastante simpatico e boa pessoa. Tem essa imagem exterior porque, depois de tudo o que lhe aconteceu, David tem muita dificuldade em deixar as pessoas entrarem na sua vida, então usa essa "armadura" para afastar as pessoas. Gosta de sua capacidade e usa-a para ajudar os fantasmas que vem ter com ele. É inteligente e o seu humor varia muito.

Biografia: Falar sobre mim? Hmmm... Não sei, não gosto muito disso... Mas ok, eu falo, se é mesmo preciso... Então, eu nasci em N.Y., Manhattan, para ser mais preciso, em um dia normal de verão, meu pai era médico, minha mãe uma jornalista. Digo era, uma vez que os dois ja morreram, mas isso fica para depois. Minha vida foi como qualquer outra, pelo menos até eu fazer 4 anos, uma vez que essa foi a idade com que vi meu primeiro fantasma, mesmo que nessa altura não soubesse que ele (sim, era um ele) era um fantasma. Ele não devia ser muito mais velho que eu e conseguiamos comunicar, mas eu não sabia o que tinha de fazer, então ele acabou por ir embora, para onde não sei. A partir daí eles começaram a aparecer cada vez mais e eu acabei por perceber o que eles eram e como os ajudar.



Acho que, tirando o pequeno pormenor de ver, falar e sentir os mortos, minha vida até foi normal... Tive meus amigos (sempre consegui esconder bem meu "dom" especial), e posso dizer que fui feliz. Nunca fui de namorar, sempre preferi estar com meus amigos e concentrar-me nos estudos, pensava que era uma perda de tempo. Mas nem sou daqueles que nunca teve namorada, quando comecei a crescer também comecei a reparar em garotas mas tive poucas. Namoradas, isto é. Só estive com aquelas de que gostava realmente, ao contrario de meus amigos que todas as garotas que lhes apareciam na frente passavam a ser namoradas.



Então, como ja disse, meus pais morreram, agora vou só explicar o como. Uma noite eles dirigiam para uma festa de um colega de meu pai, um outro carro deslizou na agua, deixada na estrada pela chuva, e foi bater no carro de meus pais, que por sua vez cai pela ribanceira. Nessa noite acordei com o barulho dos carros da policia que tinham vindo a minha casa para me informar do que tinha acontecido. Eu fui enviado para viver com uma tia que nem conhecia em uma cidadezinha com 100 pessoas lá para o sul do país. Mas não fiquei muito triste, porque eu sabia que voltaria a ver os meus pais. Quer dizer, se eu vi todos os tipos de gengte morta por que não poderia ver meus pais? E foi isso mesmo que aconteceu, uma noite meus pais me apareceram, mas ele não passaram so para dizer "ola!", não, eles tinham uma coisa para me contar.



Eu era um Deslocador. Não compreendi ao principio, so depois de me explicarem é que finalmente entendi. Para além de conseguir falar, ouvir, sentir e ver os mortos (como um Mediador faz, explicaram eles também) eu conseguia viajar no tempo e no espaço. Isso foi uma surpresa para mim, mas não tardei a exprimentar. O resultado era fantastico, as consequencias é que não, uma vez que ficava completamente cansado. Meus pais não se foram de vez, ainda os vejo, as vezes, mas não muitas, e eu continuei minha vida, mas ela passou a ser diferente. Eu tinha 17 anos nessa altura e não voltei a ter um amigo ou namorada. As unicas "pessoas" com quem falava eram os fantasmas que ajudava, e muitas vezes voltava ao passado para me lembrar como era minha vida com meus pais, mas sempre com cuidado para não alterar o futuro. Acho que me fechei em mim proprio por ter demasiado medo da perda... Não sei bem...



Passado um ano foi altura de ir para a faculdade e decidi cursar Administração. Fui um bom aluno ate que, não sei bem porque, passados dois anos de faculdade, algo me atraiu para uma cidadezinha da California chamada Carmel, de que ouvi falar. Foi como se algo me puxasse para lá. Entao, um dia, quando olhei em volta, vi palmeiras.
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyDom Out 05, 2008 9:16 am

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[Bio arquivada;
Artista la lista;
Adicionado ao Rank;
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Bom jogo! xD
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Jonhy Surivan Carter
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Jonhy Surivan Carter


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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySeg Out 13, 2008 2:46 pm

[Dados do Player]

Nome: Erica
Idade: 15
E-mail: ericarpg@hotmail.com
Msn: idem ao de cima
Tem outro personagem no RPG? Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem: Nao

[Dados do Personagem]
Nome: Jonh Surivan Carter
Idade: 21
Data de Nascimento: 29/09
Local de Origem: Australia
Artista Utilizado: Synyster Gates [Banda: Avenged Sevenfold]
Características Físicas: Jonh possui 1,83 de altura e pesa aproximadamente 79 kg. Tem os cabelos na altura do ombro repicados e pretos. Costuma sempre usar maquigem pesada e roupas pretas. Tem varios piercings e varias tatuagens.
Características Psicológicas: Geralmente é um cara bem tranquilo e pacifico apesar da aparencia que assusta. Tenta nao usar ao maximo seus 'dons' de deslocador mas nao passa desbercebido quase nunca, tanto pela aparencia quanto pela atitude forte e pelo carisma. Ele consegue fazer amigos até na fila do banco!

Biografia:
Jonh nasceu na Australia em uma pequena cidade chamada Hobart, que na verdade fica na ilha de Tasmania. O clima relativamente quente de lá o incitou a fazer tatuagens nos braços mostrando o que ele via, apesar de ninguem entender. Ele nunca conheceu mais ninguem que tivesse seus 'dons' por asism dizer, pelo contrario, todos o julgavam um louco que vivia sonhando e imaginando coisas. Seus pais, quando eram vivos tentaram uma vez coloca-lo para fazer terapia, ele foi e o medico que o atendeu diss eque ele precisava ser internado. Ele fugiu de casa, seus pais o procuram por todos os lugar e juraram que nunca internariam ele, depois disso ele voltou para casa. Isso ocorreu quando ele tinha aproximadamente 14 ou 15 anos. Sempre foi muito tranquilo e simpatico apesar de sua vida turbulenta, tinha varios amigos na escola, onde a maioria achavaque ele era louco em relaçao ao que ele contava mais costumavam nao tocar no assunto para nao brigarem, e sempre teve uma relaçao boa com seus professores. Seus pais morreram a um ano em um acidente de carro, ele os amava muito e sofreu com a perda mas ele conseguia se comunicar com ele pelos seus 'dons'. Depois disso eles acreditaram no que Jonh dizia sobre ver e conversar com espiritos, e pdiram desculpas por tudo qu fizeram ele passar, afinal ele era apenas uma criança. Jonh decidiu vir para Carmel por uma força maior, nao sabia o que era, mas sabia que algo o puxava pra la. Decidiu que começaria uma vida nova ali. Apesar desse seu humor bom que geralmente era constante e dessasua simpatia execiva, ele fica muito bravo que desconfiem dele,e raramente mente. Se o vir nervoso, saia de perto, pois vira uma fera!
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySeg Out 13, 2008 5:26 pm

Dear, aceita!

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David Webber
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySáb Out 18, 2008 12:02 am

[Dados do Player]

Nome: Dahi
Idade: 18
E-mail: dlindamattos@hotmail.com
[msn] dlindamattos@hotmail.com
[ym] dlindamattos
Tem outro personagem no RPG? Sim. Suzannah Simon [deslocadora], Sebsatian Drake [fantasma], Débora Mancuso [bruxa] e Cadance Fox [mediadora]


[Dados do Personagem]


Nome: David Webber
Idade: 18
Data de Nascimento: 1991
Local de Origem: Carmel; Califórnia
Artista Utilizado: Jesse McCartney

Características Físicas: Loiro, olhos claros que variam entre o azul, cinza e verde dependendo da iluminação; estatura média, 1,76, corpo bem distribuído e postura esbelta conseqüente do fato de ele estar sempre exercendo algum tipo de esporte [principalmente o baseball]. Possui traços marcantes, uma boca bem desenhada e é bonito.

Características Psicológicas: Imensamente brincalhão e zoador, David não gosta de ambientes muito pesados e nem que o menosprezem. Gosta de ser notado, mas não apela para consegui-la. Tem seu próprio modo de atrair atenção. É sorridente e despojado. Possui um estilo um tanto quanto desleixado, mas tem uma fixação peculiar por seu cabelo. É vaidoso, mas não a ponto de se achar melhor que todos. Na realidade, se considera um pouco superior pelo fato de ser um Deslocador e possuir dons que muito poucos possuem. Às vezes solta algumas mentirinhas, mas sabe guardar segredos. É protetor com as pessoas que gosta e gentil. Tem um apetite “insaciável” como costuma dizer sua mãe e está sempre em movimento; seja andando de patins, jogando baseball ou fazendo teste-drive’s gratuitos em carros só para ter o prazer de dirigir ou exercendo sua pseudo-profissão de Deslocador. Ele adora seus dons.


Biografia:

- Dave realizando um teste de Sociologia –

Pô mew, sacanagem isso. Posso fazer uma pergunta? Para que diabos serve a minha biografia na matéria de Sociologia? Eu não sou famoso nem nada, cara. Que eu saiba usam esse tipo de coisa mas com caras tipo Einsten, Lincon, Voltaire ou sei lá. Todos esses carinhas gays, sabe? Pois é, mas já que eu corro risco de tirar um zero nessa joça aqui, é melhor eu começar logo toda essa parafernália de biografia.

Me chamo David Webbster, mas prefiro que me chamem de Dave. Nasci em uma “small town” que tem nome de mulher. Carmel, sacou o trocadilho? Há! Em fim, a cidade é uma bosta, vocês não fazem idéia. Sabe aquele tipo de cidade que não tem nenhuma pista de motocross ou um parque de diversões fixo e proibido para menores de 18? É essa a minha linda cidade. Bem, pelo menos ela é isso: linda. Porque isso Carmel é. Tanto que o transito de turistas é sempre bem alto por aqui. As praias são as mais freqüentadas, principalmente no verão.
Mas, er... bem, como não sou nenhum guia de viagem, dane-se.

Continuando...
Nasci e cresci na cidade com nome de mulher.
Minha infância foi a melhor, cara. Tudo bem que possuo quatro ossos quebrados [quebrei o braço esquerdo duas vezes, o tornozelo, e dois dedos] e um bocado de cicatrizes. Mas isso é coisa normal demais.
Minha mãe, Kaytleen, é meu xodó. Ela é tudo pra mim e mais um pouco. É preocupada comigo, mas não o bastante para me proibir de me divertir. Somos bem ligados um ou outro, sabe como é? Ao contrario do meu padrasto [ e espero que ele morra no inferno, aquele velho asqueroso. ], com quem eu não me dou nada bem. Graças a Deus que minha mãe não pode mais ter filhos. Ele não passa de um pilantra barrigudo e desprezível, e se minha mãe não estivesse tão louca por ele e ele não trouxesse dinheiro para dentro de casa, eu juro que chutaria o traseiro dele e o mandaria para bem longe. Talvez o Sol seja um bom lugar.
Meu pai morreu quando eu tinha dois anos e meio. Ele foi o primeiro fantasma que eu vi. As coisas sempre foram descomplicadas para mim. Ou só sou eu mesmo o descomplicado? Bem, o fato é que eu encarei toda a historia de eu ser um Deslocador com bastante naturalidade. Talvez porque meu pai também era um deslocador ‘secreto’ [nem minha mãe sabia que ele falava com fantasmas. Olha que maroto!] e eu tive bastante tempo para me acostumar com a idéia. Foi ele quem me explicou o que eu podia fazer, como fazer e toda a minha capacidade. Ele foi “morto” por um fantasma. Não diretamente, mas o desgraçado do espectro empurrou ele de cima de um prédio do centro da cidade. Maldição. É por isso que eu sempre amasso a cara de um fantasma quando tenho a oportunidade. Mas isso não vem ao caso no momento. Meu pai, Brendan Webber, não havia passado para o outro lado porque desconfiava que eu fosse como ele [suspeita certíssima] e só seguiu seu caminho depois de me deixar a par de tudo o que acarretava ser um Deslocador.

E outra coisa, eu descobri que sou superior (h).
Enquanto existem por aí meros Mediadores, existe [u]eu[/b], uma pessoa que pode viajar no tempo e se teletransportar até para o inferno se quiser. Putz, dude, meu poder arrasa. E nada melhor do que tirar um bom proveito desse poder. Não, eu não roubo bancos como em Jumper! Mas digamos que é sempre bom ganhar gratificações de fantasminhas [sendo eles camaradas ou não]. Afinal, trabalho de graça é que eu não faço, falow?
Mas é isso...
Um dia eu pretendo ir morar na capital e tal... mas só no futuro. Por enquanto eu me limito a azucrinar a irmã do meu melhor amigo Leonardo [parceiros até o fim man!] e azarar as gatinhas da escola. Sabe como é, eu sou jovem, gostoso, inteiriço... E quando conseguir comprar o meu carro, as coisas vão ficar melhor ainda...



- Dave olha para o teste de Sociolocia, rola os olhos, pega a folha na mão e amassa-a, formando uma pequena bola de papel


- Professor, pode me dar outro teste? Esse aqui está pouco legível...
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySáb Out 18, 2008 12:17 am

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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySáb Nov 01, 2008 9:56 pm

[Dados do Player]

Nome: Janaina
Idade:25
E-mail: cassandramcfallen@yahoo.com.br
Comunicadores (MSN, YM, AOL..) o mesmo do mail tanto pra MSN quanto pra Y!m
Tem outro personagem no RPG? Sim: Delilah e Nathalie Nurse(bruxas) e Sean Graffman (mediador)

[Dados do Personagem]
Nome: Alexander Mckenna Nurse
Idade: 21
Data de Nascimento: 27/11
Local de Origem: New York - EUA
Artista Utilizado: Chad Michael Murray
Características Físicas: vide foto?
Características Psicológicas: é um rapaz do tipo galanteador que adora as mulheres. Não é nada tímido e costuma dizer o que pensa. Adora ler, mas não faz o gênero culto. É muito inteligente. Coisas por que costuma se interessar: mulheres, viagens, mulheres, carros... E por aí vai. Nunca se apaixonou de verdade na vida, costuma dizer que seu coração é fechado contra essas coisas. Ele prefere colecionar corações do que se deixar entregar o seu. Seu relacionamento mais longo durou cerca de dois meses, mas por que a garota era muito boa de cama. Uma das poucas mulheres que consegue mexer com ele é a Corinne, sua prima. Mas é algo muito mais físico do que emocional. “se um dia eu me apaixonar, me internem, por que só posso estar louco!” é o que ele costuma dizer. É muito apegado à família que se resume ao pai, a tia Nathalie e as primas. O resto da família o renegou por ser filho de uma Deslocaroda e é sabido por todos a grande desavença entre esses dois tipos de pessoas.

Biografia:

Eu não sei bem quando começou, eu deveria odiar o Michael, afinal ele é um bruxo e bruxos são o pior tipo de gente que existe, pelo menos é o que meu pai sempre disse. Mas ele não parece ser mau. Na verdade é tão bom conversar com ele! Eu sei que não deveria e que isso pode trazer muitos problemas, mas acho que estou me apaixonando por ele. E isso vai contra tudo o que minha família já me ensinou e me fez crer. Mas o pior é que acho que ele também gosta de mim, bom ele não teria tentando me beijar se não gostasse não é?

Esse é um trecho do diário da minha mãe. A pobrezinha realmente era inocente não é? Mas quem pode culpar uma garota de 17 anos por estar deslumbrada por um cara. Eu tenho é que agradecer por existirem as garotas de 17 anos, afinal elas normalmente são as mais fáceis de “convencer”. Mas foi assim que a coisa toda começou. Meus pais se conheceram em Los Angeles quando ele tinha mais ou menos a minha idade, não... Pera aê.. Ele tinha mesmo a minha idade! Como é que alguém acaba se casando com 21 anos? Isso é loucura e um desperdício, mas eu tenho mais é que agradecer, se não fosse isso eu provavelmente nunca iria existir. Eles fugiram juntos uns meses depois da minha mãe escrever isso. As duas famílias nunca aceitaram o fato de um bruxo e uma deslocadora ficarem juntos. Isso é shakespeariano demais para o meu gosto. Vocês aí devem conhecer Romeu e Julieta não é? Mas nesse caso eles realmente fogem juntos e vivem felizes para sempre.

Então eles se mudaram para Nova York, os dois foram esquecidos pelas famílias, ou se preferirem um termo mais careta: deserdados. Pois é, tem como imaginar que essas coisas realmente aconteçam? Eu acabei nascendo em NY um ano e pouco depois disso e posso dizer que não foi fácil para o meu pai sustentar a gente, pelo menos no começo. Mas então ele acabou se juntando com um cara numa sociedade e os dois começaram a mexer com informática e daí a coisa toda deslanchou. Hoje nós temos dinheiro e não temos mais muitos problemas. Mas antes disso muita coisa aconteceu.

Desde criança imaginei que herdaria o dom de um dos meus pais. Meu pai queria muito que eu fosse um bruxo, mas eu não tinha um pingo de magia em mim. Logo minha mãe percebeu que como ela eu também podia ver pessoas que já tinham partido dessa pra uma melhor e vinham importunar a gente pra ter um pouco de paz na próxima vida. Ela me ensinou muita coisa, e só tenho que agradecer por isso, caso contrário não ia ter tanta paciência com esse povo do além me torrando nas horas mais impróprias. Pelo menos eu não tinha que esconder do meu pai a verdade. Se eu me metia em uma encrenca dava para dizer que era por que um fantasma idiota dos infernos resolveu que eu tinha que entrar na casa dela pra xingar o tal do marido idiota por ter enterrado ela com o vestido que ela mais gostava e que tinha custado uma fortuna! Que coisa mais idiota, mas como eles não vão embora se a gente não faz o que eles querem eu acabei com um olho roxo. E claro que meu pai foi chamado, por que o cara retardado resolveu chamar a polícia.

Vocês devem se perguntar por que eu falo mais do meu pai do que da minha mãe. Bem ela morreu quando eu tinha 10 anos, então meu pai participa muito mais da minha vida. Naquela época, e até hoje em dia, aquilo doeu. Eu podia ver mortos à torto e a direito, mas a única que eu realmente queria ver não tinha voltado. Provavelmente ela tinha deixado as coisas todas muito bem resolvidas aqui na terra. E nós dois fomos levando a nossa vida. Até que uns anos atrás depois que meus avós paternos morreram a Tia Nathalie apareceu. Ela veio atrás da gente pra dizer que queria meu pai de volta na família, que ela agora era a líder e podia decidir tudo sem perguntar para ninguém mais. Acho que o fato da minha mãe ter morrido também ajudou nessa reconciliação. E então eu descobri que ninguém poderia saber sobre o meu dom e não foi exatamente preciso meu pai dizer isso. Eu já tinha 15 anos na época e tinha a percepção das coisas e conhecia muito bem a animosidades dos bruxos contra deslocadores e afins para saber que não ia dar certo falar para eles que um da família era um deslocador.

Foi legal ter mais contato com a família do meu pai. Minhas primas eram garotas legais e por que não dizer gostosas? E ainda mais agora que estão mais velhas. Na época que as conheci elas eram um pouco mais novas, mas a do meio a Cori sempre me chamou a atenção e agora que estava com 17 anos a coisa estava ficando bem interessante. Eu via a família umas duas ou três vezes por ano. Então era fácil manter o segredo. Mas agora havia um fator complicador na coisa toda: tia Nathalie havia pedido a meu pai que se mudasse por um tempo para Carmel. Parecia que estava havendo atividade paranormal demais por lá. Isso ia tornar a coisa toda mais difícil. Mas eu nunca fui de fugir de um desafio. Se eu conseguia esconder bem meu segredo de todo mundo, elas não seriam diferentes. Alias, seriam bem proveitoso estar perto das minhas priminhas...
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySeg Nov 03, 2008 5:14 pm

Bio aceita
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Pode começar a jogar!
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Adrianne J. McRish
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySex Nov 21, 2008 3:15 pm

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Nome: Karol
Idade: 13
E-mail: karol_bjks@hotmail.com
Comunicadores: MSN acima
Tem outro personagem no RPG? Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem: Noes

[Dados do Personagem]

Nome: Adrianne Jolie McRish
Idade: 16 anos
Data de Nascimento: 3 de agosto
Local de Origem: Tóquio, Japão
Artista Utilizado: Ashley Tisdale

Características Físicas: Dona de olhos cor de mel, amendoados e um tanto estreitos, Anne possui um cabelo loiro, ligeramente ondulado, cortados na altura dos seios. Tem uma tatuagem de uma clave de sol abaixo da orelha esquerda.

Características Psicológicas: Nunca se deixe enganar pelo sorriso meigo de Adrianne. Você não sabe o diabinho de saia que se esconde por trás da bela fachada.

Esquentadinha, teimosa, competitiva, mimada, persistente e egocêntrica, pouco para descrever a personalidade complexa de McRish.

Normalmente, dizemos que uma pessoa é pavio curto. No caso de Adrianne, o pavio é inexistente. Luta até não ter mais forças para continuar, nunca dá o braço a torcer. Pisou no calo dela? Ela vai pisar no seu, com o dobro da força e sem a menor piedade. Sua frase preferida é "Sou mais eu" e está para nascer alguem tão teimosa quanto Anne. Se ela cismar com alguma coisa, não adianta vir com teorias de que B mais C é igual a D, que se ela acha que é F, então F continuará sendo pra esse ser cabeça dura. No mais, é uma pessoa até amável, é claro, se você ignorar todo o egocentrismo e teimosia dela. Daria a vida pra defender os amigos.


Biografia:

Eu nunca gostei de falar com os mortos. Desde meus 3 anos de idade, eles vêm me atormentando e perseguindo para que eu os ajude. E nos casos mais graves, eles mereçem um belo chute no traseiro. Claro que é legal todo aquele negócio de viajar para o passado e essas coisas, mas na maior parte do tempo é um saco.

Nasci há uns 16 anos, em Dublin, na Irlanda. Loirinha e de bochechas rosadas, sou filha única e sempre tive tudo o que queria de minha mãe e avós. E o que não queria também, como, por exemplo, ser uma deslocadora. Tudo por causa da linhagem feminina dos McRishes ser toda de mulheres que conseguem falar com fantasmas. Maldita genética. De noite, se um deles te acordar com um berro, você não pode berrar de volta, já que a casa toda iria ouvir. E também não é legal ser chamada de esquisita por falar sozinha. Ou quase.

O caso é que, eu não tenho pai. Minha mãe era apaixonada por James Henrie, um turista trouxa americano que estava hospedado na pousada de meus avós em Dublin. Os dois desenvolveram um relacionamente romântico escondido de meus avós maternos, e, por um pequeno deslize, Sarah engravidou.

Até aquele momento, não havia contado á seu amado que era uma deslocadora, e resolveu que era a hora. Despejou tudo de uma vez só, que estava grávida dele e que possuía o dom de falar com fantasmas.

James levou um susto duplo com a notícia. Juntou suas tralhas e voltou aos EUA, sem deixar endereço. Minha mãe teve depressão e se afundou na cama. Foi acolhida por meus avós, que ao descobrirem que era uma menina, principalmente minha avó, ficaram...alertas. Grávida de 7 meses, minha mãe viajou ao Japão, para tentar esquecer o antigo amado.

Era mais ou menos duas da tarde de uma sexta-feira que Sarah começou a sentir fortes dores abdominais, enquanto visitava um dos pontos turísticos de Tóquio. Foi acudida por turistas e levada ao hospital mais próximo, onde eu nasci. Em 3 de agosto.

Voltou para casa com uma meninha nos braços, o mimo da família. Voltando ao presente, de uns tempos para cá minha mãe estava ficando estranha, e decidiu, num impulso de loucura, vir para a Califórnia. Lembrei a ela que o cara que a tinha abandonado talvez morasse neste país, só que, para variar, ela não me ouviu. Fez nossas malas, se despediu de meus avós e nos enfiou dentro de um avião.

O resultado? Um novo ano em Carmel(por favor, me diga se isso lá é nome de cidade. Me lembra doce, melado e caramelo, não uma cidade...)

Trocando em miúdos, sou japonesa apesar de ser loira e ter olhos grandes, meu pai abandonou minha mãe por ela ser uma deslocadora, e esta teve um surto e veio para este fim de mundo me arrastando junto. Tarããã!
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySex Nov 21, 2008 8:29 pm

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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyDom Nov 23, 2008 4:28 pm

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Características Físicas:branca,cabelos escuros e um pouco longos,de longe olhos escuros,de perto olhos praticamente verdes,muito bonita e com um sorriso encantador.
Características Psicológicas:indecisa,impaciente,simpática,nunca sabe se usa seu dom direito e misteriosa.

Biografia:

Odeio perguntas do tipo : ‘Quem sou eu?’
Afinal de contas,para que elas servem?
E acho que a biografia poderia ser algo parecido com isso,mas já que tenho que contar a ‘história’ da minha vida.Lá vai.
Meu nome é Loren Simon,sou uma órfã,de pai e mãe,fui abandonada em um orfanato em Londres com apenas uma semana de vida,mas não tenho certeza se sou de Londres,mas no meu registro consta isso.
Cresci sem saber quem realmente era,só tendo a meu favor meu sobrenome.
Descobri que tenho parentes em uma ‘cidadezinha’ chamada Carmel,que se encontra na Califórnia,EUA,um pouco longe de Londres não acha?
Não posso dizer se são meus parentes por parte de mãe ou pai,mas não quero saber e só estou a procura,por conta de um dom,que não sei se posso chamar de dom,talento ou sei lá que outra denominação posso usar.
Já pesquisei muito sobre esse assunto,e já vi matérias do Dr.Slaski sobre isso,mas isso,nem eu sei porque conto,já que não posso contar sobre minhas fontes sobre isso.
Sei sobre coisas que vieram a acontecer depois com o Dr.Slaski que me leva a crer que ninguém deve ficar sabendo sobre esse ‘dom’.
Por isso,as pessoas podem me achar uma pessoa reservada,de poucos amigos ou até misteriosa,não me abro fácil,não confio fácil.
Com mais pesquisas,descobri mais sobres os ‘meus parentes’ e ,surpresa,Suzannah, minha prima até agora desconhecida,tem praticamente o mesmo dom que eu e surpreendentemente,parece que Carmel tem uns habitantes um tanto misteriosos como eu,ou não,já que eu descobri isso fácil,tudo bem,não foi tão fácil,foi um fantasma que me ajudou.
Aliás,os fantasmas sempre me ajudam,nunca tive problema com nenhum deles,a não ser aquele caso da França......mas isso não vem ao caso agora.
Enfim,estou indo a Carmel,já que descobri que posso descobrir mais sobre esse ‘dom’ lá do que aqui.
Não vou mudar meu sobrenome e não ligo se me associarem aos Ackerman ou aos Simon,porque para todos os efeitos,eu não conheço ninguém na cidade e vou para lá como uma simples turista.
Não posso falar mais nada sobre mim no momento,meu avião para o EUA está saindo.

Só mais uma explicação,meus ‘pais’,ao me abandonarem,me deixaram uma conta em um banco com uma quantia considerável de dinheiro,tem horas queria ter conhecido eles,mas eles não me queriam,ah,sim,ia me esquecendo,tem horas me faço de vitima, e isso me ajuda de vez em quando.
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyDom Nov 23, 2008 9:54 pm

Lorena, sua bio está correta e dentro das regras.
Contudo, a Ashley Greene já está sendo usada.
Por favor, escolha outra artista e sua bio será devidamente aceita!

Desculpe o transtorno. Wink
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySeg Nov 24, 2008 7:53 pm

Pode ser essa?
a Rachel Bilson?
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptySeg Nov 24, 2008 8:40 pm

Claro, my dear!
tudo certinho agora! Wink
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyQua Nov 26, 2008 5:31 pm

Nome:Alessandra
Idade:18 anos
E-mail:ale_mendonc@hotmail.com
Comunicadores (MSN, YM, AOL..)-Hotmail - acima
Tem outro personagem no RPG?
Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem: Sim, Suzannah
Simon e Andreas Basset,[mediadores], Eve Wilde, Alexandra L. Carey, Allegra S. Hoew [bruxa], Seth Stone e Sophie McAndrews[humanos], Victoria Hewson [deslocadora]



[Dados do Personagem]

Nome: Suzannah Simon
Idade: 19 anos
Data de Nascimento:14/08/1989
Local de Origem: New York
Clã: Carey
Características Físicas: vide foto
Características Psicológicas:Uma garota que luta pelo que quer e acha certo, defende quem ama independentemente das coisas que acontecerem. É sarcástica, inteligente, mas ao mesmo tempo sonhadora.


[Biografia]

ATENÇÃO: Para melhor entedimento, alguns trechos dessa biografia contém partes retiradas do livro




A história da minha vida daria um livro, com certeza, e não um livro qualquer, mas daqueles que tem um milhão de continuações. Não veja isso como uma pretensão da minha parte, não mesmo, estou apenas colocando os fatos em constatação, mas você me pergunta por que eu digo isso? Simplesmente pelo fato de eu nunca, na minha vida, ter tido nada normal na minha existência. Nada. Niente. Zero. Filch. Zip.

E tudo isso por eu ter nascido uma....mediadora. E não, não falo das psicólogas que mediam as pessoas para audiências de conciliação, mas sim de pessoas que podem ver/tocar/falar com fantasmas. E antes que você saia por aí correndo e ligando diretamente para o Centro de Atenção Psicossocial mas próximo da sua casa, deixe-me contar a minha história, desde o começo, mas aconselho que sente-se, pois vai ser uma loonga história.

Não sei o certo se eu nasci normal. Quer dizer, eu tinha duas pernas, dois olhos, o pacote todo e tal, mas não é disso que eu estou falando, estou me referindo à matéria psíquica em si. Eu não sei dizer se eu já nasci com esse dom, ou ele foi adquirido nos primeiros momentos da minha vida, eu só sei que desde que me entedendo por gente, eu sei que ele existe.

O primeiro fantasma que eu fiz contato [na verdade, que fez contato comigo] foi quando eu tinha 2 anos de idade...Sim, isso aí, apenas 2 anos... A aparição era uma coisa que eu não sabia bem o que era, pequena, cinzenta e desprotegida...eu falei com aquela linguagem típica de bebês que todos não entendem. Inclusive o fantasma.

E a aparição no pé da escada que me olhava com um ar triste, me fez ficar com pena dela, assim como eu fiquei com pena do meu peixinho de estimação que certo dia acordou no esgoto depois te ser sido encontrado dormindo de barriga para cima.

E foi quando eu tive a certeza irreparável de que eu não era uma pessoa como todas as outras, porque eu podia ver coisas que ninguém mais podia. Eu podia ver os fanstasmas. E foi quando eu também tive a impressão de que coisas como aquelas não podia ser ditas a ninguém, não deviam ser comentadas. Afinal, não é a coisa mais normal do mundo. Quer dizer, a maioria das pessoas não conseguem ver nada. Outras conseguem ver um fantasma [vide a maioria das casas mal-assombradas, ou daqueles filmes de terror que têm 1% de fundo de verdade]. Mas eu, eu não...eu consigo ver todos os fantasmas!É isso aí! Me dê um mortinho que estamos na área!

E foi quando as coisas mudaram.. com a morte de meu pai.

Uma hora ele estava bem, me dando um beijo de saída enquanto eu via desenho pela manhã, e na outra, a sua presença já não estava mais em casa. Aquilo foi tão difícil para mim quanto seria para qualquer outra pessoa. Os dias que se seguiram à morte dele, foram um dos mais complicados da minha vida. Eu ficava na varanda da minha casa, enquanto olhava para a rua na espreita de vê-lo novamente. E eu estava certa.

Meu pai apareceu para mim. Poxa, se eu via milhares de pessoas mortas, seria muita injustiça não ser a única que eu realmente me importava em ver, certo? E meu pai começou a ser meio que meu mentor, me explicando as coisas que eu deveria saber. E acho que também estava tirando algumas coisas da ''vida'' de fantasma, começando a aparecer quando menos esperava, e me fazendo algumas gracinhas. E eu estava feliz com isso, lógico! E de repente, eu sabia que ele estava junto comigo, de um modo muito mais do que as outras pessoas achavam, e eu me senti sortuda, pela primeira vez, por causa desse dom.

Bem, mas não era só meu pai que sabia das coisas, bem, mais ou menos.

Um vez, numa festa da escola, eu [com o empurrão de minha melhor amiga, Gina], fui até uma cartomante, Madame Zara, que, lindamente, me fez a ''revelação'' de que eu era uma mediadora.

Bem, pode ver a minha cara quando ela soube de toda a história. Eu tentei desconversar, mas foi com as palavras da cartomante que minha mente se abriu para entender o que eu realment era.

Eu era uma mediadora. Uma espécie de ponte entre esse mundo e o mundo espiritual, uma pessoa que ajuda aos fantasmas infelizes. Lindo, não?

Você pode estar achando que é um mar de rosas, e que eu sou uma pessoa muito sortuda em poder ver a Vovó Jenna e o Titio Jim. Mas bem, isso é um dom que eu não desejo a ninguém, sério mesmo.

Isso porque nem todos os fantasmas são como Gasparzinho.

Além de ver/falar com os fantasmas, eu também posso tocá-los. E eles podem tocar a mim também. E isso com um fantasma pugilista que está enraivecido com você não é lá uma coisa muito agradável.

Mas eu estava tentando fazer as coisas certas. E estava conseguindo, para falar a verdade, apesar de isso sempre ter sido um empecilho na minha relação com minha mãe, simplesmente por ela não saber da verdade [ao menos não toda], mas era uma coisa que eu estava tentando me acostumar. Um dom que eu estava tentando colocar nos eixos. E eu estava fazendo isso muito bem, até que...



Quando minha mãe resolveu se mudar com seu novo marido, eu tinha que ir com ela? Sério mesmo? Eu não podia morar sozinha com meu peixe?

Não que Andy fosse uma pessoa ruim, bem, não era isso, ele era bem legal, e era ótimo com minha mãe. A fazia feliz. E eu estava feliz com isso. Mas tinha uma parte que não estava se encaixando muito bem ali. A Califórnia.

Sim, eu tinha que me mudar para a Califórnia, e viver com minha nova ''família'', Andy e os seus três anões filhos: Soneca, Dunga e Mestre. Sim, eu os chamo assim, mas não me pergunte agora o porquê.

E lá estava eu, na ensolarada Califónia, com Andy, e três novos ''meio-irmãos''. E mal sabia o que mais estava para acontecer...

Quando chegamos, fomos direto até a a nova casa que o ''casal 21'' arrumou para nós todos. A casa era enorme e inacreditavelmente bonita, com direito até a torrinhas de estilo vitoriano e uma plataforma-mirante no telhado. Minha mãe mandara pintá-la de azul, branco e creme, e ela era cercada de grandes pinheiros frondosos e arbustos floridos por toda parte. Com três andares, toda construída em madeira e não a terrível combinação de vidro e aço ou a terracota de que eram feitas as casas ao redor, pode-se dizer que era a casa mais charmosa e de bom gosto da vizinhança.

Eu não estava lá com tanta vontade de entrar, mas era isso, ou então seria tirada da herança familiar. E seu eu soubesse o que havia lá dentro...

Foi no meu quarto. Estava com Andy lá em cima, admirando o que ele tinha feito, que, vamos dar o mérito, havia ficado realmente bonito.Me virei para a janela e vi que alguém já estava aboletado no assento que o Andy fizera para mim com tanto carinho, e lá estava alguém. Alguém que não era meus meio-irmãos, alguém que não Andy ou minha mãe. E alguém que Andy não podia ver.

Minha mãe notou a minha expressão, e, para que não estragasse tudo o que tinha acontecido até aquele momento, resolvi sair de onde eu estava, tentando não olhar naquela direção...Na direção do fantasma

E eu mal sabia que estava começando um novo capítulo da minha vida...



Eu então resolvi falar com a pessoa que estava no meu quarto. Que, devo dizer, ficou supreso o bastante para falar de um modo incrivelmente latino e sexy '' Nombre de Dios''. Não tinha como não reparar em como ele era. Fisicamente, quero dizer. Tinha um corpo perfeitamente bem moldado, e abdomens incríveis por debaixo de uma camisa branca desabotoada até embaixo...agora é a minha vez de dizer '' Nombre de Dios''

Bem, apesar de estar diante do Mister Fantasma, ele ainda não deveria estar ali, quer dizer, fantasmas não pertencem ao quarto recém-reformado de uma garota, certo?

Mas o fato é que aquele pertecia. E logo mais eu soube o nome dele...Jesse.

Mas aquela não era a única supresa que a Carmel me traria. Logo mais tarde, eu fiquei sabendo que o diretor da minha escola, o padre Dom, era nada mais, nada menos, que um mediador também, assim como eu. E juro, foi uma supresa e tanto!

E aquela era minha vida a partir daquele momento. Os fantasmas continuaram a aparecer, e eu continuei a tentá-los fazê-los fazer a travessia em paz. E agora eu ainda tinha o padre Dom para me ajudar.

E Jesse? Bem, Jesse continuava a morar no meu quarto [coisa que o padre Dom não era lá muito fã]. Mas eu não estava mais querendo que ele saísse a qualquer custo, na verdade, a cada dia mais eu queria que ele permanecesse ali. Comigo.

Eu sei, não devia ser o pensamento que uma garota viva pudesse ter do cara morto que estava morando no seu quarto, mas era o tipo de pensamento que eu estava tendo, e agora estava ficando cada vez mais forte, e eu não tinha a menor idéia de como parar aquilo, e, para falar a verdade, não queria


O tempo foi passando, e os meus sentimentos por Jesse aumentando, com a mesma proporção que os fantasmas foram ficando mais complicados de lidar. Eu estava terrivelmente e irrevogavelmente gostando de Jesse, de um jeito que eu não poderia gostar, e tinha a certeza de que ele estava também gostando de mim, mesmo que não aparentasse.

As coisas começaram a evoluir. Mas tudo que é bom dura pouco, certo?

E foi quando Paul entrou na jogada.

Sabe aquele garoto lindo, maravilhoso, perfeito, que tem o olhar que mataria qualquer uma? A coisa mais certa era que eu morresse de amores por ele, afinal, que futuro eu iria ter com um fantasma? E por que eu iria deixar uma pessoa ''real'' linda e maravilhosa? Eu devia ficar com Paul, certo? Bem, ele também achava assim. Na verdade, ele tinha tanta convicção de que nós dóis seríamos certos um para o outro que simplesmente... tentou exorcizar o Jesse

É, isso aí, tentou exorcizar Jesse.

Justamente quando as coisas estava achando um rumo certo. Mas eu não deixei, eu não podia deixar. E foi quando as coisas começaram a caminhar para um desfecho incerto.

O ''relacionamento'' meu e de Jesse começou a tomar uma forma. Apesar de não ser bem a forma com que eu queria. Quer dizer, nós chegamos a nos beijar, e nós tivemos uma grande evolução no nosso relacionamento, inlcuindo com a chegada de Paul, na verdade, depois de Paul, de certa forma, as coisas não estavam tão nebulosas assim.

Mas eu devia ter imaginado que Paul não deixaria uma coisa dessas assim, por menos. Ele havia esquematizado um plano genial. Diabólico, porém genial. Ele não iria ''matar''Jesse, mas sim, deixar ele viver.

Paul não era um simples mediador. Ele era um deslocador, um pessoa que pode viajar no tempo e no espaço. E ele iria fazer isso, fazer isso para evitar que Jesse morresse. E se Jesse não morresse, eu não poderia continuar vivendo. E eu fui atrás dele, fui atrás de Paul. Atrás de Jesse.


Última edição por Suzannah Simon em Qua Nov 26, 2008 5:36 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyQua Nov 26, 2008 5:33 pm

[Continuação 2]
Texto extraído do livro



-x-

Eu fui pega totalmente fora de guarda, eu nem pude pensar. Tudo o que eu soube era que em um minuto eu estava lá parada próximo ao Paul, não podendo assistir o que estava acontecendo direito, eu estava tão assustada.

... e no outro, eu estava no meio disto, com um braço que esmagava minha garganta Diego me segurava na frente dele, a ponta da lâmina prateada no meu pescoço.

-Derrube a faca - ele disse a Jesse. Ele estava parado bem perto de mim, eu pude sentir a voz dele reverberando pelo seu corpo - Ou a garota morre.

Eu vi Jesse ficar branco. Mas ele não hesitou. Ele derrubou a faca dele.

Paul gritou: -Suze! Se Desloca!

Eu levei um segundo para entender o que ele quis dizer. Diego estava me tocando. Diego estava me tocando. Tudo oque eu tenho que fazer era imaginar o corredor que eu odiava tanto — aquela estação de passagem entre existências — e ele e eu seriamos transportados pra lá...

...e nós ficaríamos livres dele pra sempre

Mas antes que eu pudesse fechar meus olhos, Diego me lançou pra longe dele e se lançou contra Jesse. Eu tentei gritar quando eu caí, mas minha garganta estava tão dolorida por conta da força com que ele tinha me segurado, que nada saiu.

Eu não caí no sótão, porém. Ao invés, eu caí contra algo de metal — e de vidro. Algo que quebrou por causa do meu peso. Algo que caiu na palha em baixo de mim.

Algo que se transformou em chamas.

A lanterna. Eu tinha caído na lanterna, e quebrado isto. E ateou fogo ao feno.

As chamas começaram mais depressa do que eu alguma vez imaginei que eles pudessem começar. De repente, eu estava separada dos outros por uma parede laranja. Eu poderia os ver se levantando no outro lado, Paul me encarava com puro horror, enquanto Jesse e Diego...

Bem, Jesse estava tentando impedir Diego de enfiar uma faca no coração dele.

-Paul - eu gritei - O ajude! Ajude Jesse!

Mas Paul estava lá parado olhando pra mim por alguma razão. Foi Jesse quem finalmente se livrou de Diego. Jesse que torceu o braço que segurava a faca, até que Diego, com um grito de dor, deixou que ela caísse. E Jesse que esmurrou e empurrou Diego com tanta força que ele saiu rolando. Eu ouvi seu corpo batendo no chão do celeiro, ouvi o inconfundível barulho de ossos quebrando...Ossos do pescoço quebrando.Os cavalos ouviram também. Eles relincharam ruidosamente e empurravam as portas do estábulo. Eles podiam sentir o cheiro de fumaça. Então percebi, os O’Neils também podiam. Ouvi gritos vindo do lado de for a do celeiro.

-Você conseguiu - eu gritei, olhando para Jesse ofegante, através do fogo e da fumaça - Você o matou!

-Suze - Paul ainda estava me encarando – Suze.

-Ele conseguiu, Paul - eu não podia acreditar - Ele vai viver - Disse para o Jesse, alegremente - Você vai viver!

Mas Jesse não parecia muito feliz com isso, Ele disse:

-Susannah, fique onde está.

Então eu vi o que ele queria dizer. O fogo tinha me separado completamente do resto do celeiro. Até do mezanino. Eu estava cercada por labaredas. E fumaça. A fumaça estava ficando tão grossa, que eu mal conseguia vê-los.

Nenhuma novidade, nenhuma maravilha Paul ter me olhando fixo daquele jeito. Eu estava cercada por fogo.

-Suze - Paul disse. Mas sua voz soava longe, fraca. Então ele gritou: -Jesse, não...

Mas era tarde. Porque a próxima coisa que eu vi, era que um objeto veio através das chamas e bateu em mim, de fato, eu caí. Eu parei pra olhar um segundo e ver que o objeto era Jesse que estava enrolando o cobertor que eu tinha dormido na noite passada.

Um cobertor que estava se queimando agora.

-Venha - Jesse disse jogando o cobertor, então, ele puxou a minha mão e eu fiquei de pé de novo - Nós não temos muito tempo.

-Suze - Eu ouvi Paul gritar. Eu não podia vê-lo direito, a fumaça estava muito forte.


-Desça - Jesse gritou pra Paul - Desça e ajude os cavalos.

Paul pareceu não escutar.

-Suze - Ele gritou -Se desloca! Faça isso agora! É a sua única chance!

Jesse tinha voltado e estava chutando as tábuas de madeira que formavam a parede. As tábuas tremeram diante da agressão.

Deslocar? Minha mente parecia estar trabalhando muito pouco, talvez por causa da fumaça. Mas eu não poderia me deslocar dali mesmo assim. E Jesse? Eu Não podia deixar Jesse. Eu Não tinha viajado 150 anos atrás para salvar Jesse do Diego e agora deixá-lo aqui para morrer queimado.

-Suze -Paul gritou mais uma vez - Se desloca. Eu vou fazer isso também. Eu me encontro com você do outro lado!

Outro lado? O que ele estava falando? Ele estava louco?

Ah, claro. Esse era o Paul, estávamos falando do PAUL. Claro que ele era louco.
Eu ouvi um ruído elétrico. Então Jesse segurou a minha mão.

-Nós vamos ter que pular - Ele disse, o rosto dele muito perto do meu. Eu senti algo fresco no meu rosto. Ar. Ar fresco. Eu girei minha cabeça e vi que Jesse estava indo pra fora por um buraco que ele tinha feito nas tábuas. Era escuro ver Mas levantei a minha cabeça um pouco para melhorar a sensação deliciosa do ar fresco, eu vi estrelas no céu.

-Você me entende, Suzannah? - A face de Jesse estava muito perto da minha. Perto o suficiente para me beijar. Por que ele não me beija? - Nós iremos pular juntos, no três.
Eu senti que ele agarrou a minha cintura pra perto dele, Bem, o que era melhor. Muito melhor para beijar...

-Um...

Eu podia sentir o seu coração bater forte ao encontro do meu. Como isso era possível? O coração de Jesse parou de bater a 150 anos atrás.
-Dois...

As chamas quentes que pareciam o inferno. Eu estava muito quente. Por que ele não “se mexe” e me beija agora?

-Três...

E então nós estávamos voando pelo ar. Não por causa que ele estava me beijando. Eu vi. Não, porque nós estávamos mesmo voando pelo ar.

E como se a brisa gelada estivesse cobrindo a fumaça do meu cérebro. Eu vi o que estava acontecendo. Jesse e eu estávamos caindo no chão. O qual parecia Tão longe.

E então, eu fiz a única coisa que eu poderia fazer. Eu agarrei Jesse, fechei meus olhos, e pensei em casa.


Eu caí com muita força, todo o vento bateu em mim. Era como ser atirada de volta com uma gravata de ferro – o que de fato já havia acontecido a mim antes, assim eu soube. Eu caí lá, completamente atordoada, incapaz de respirar, incapaz de me mover, incapaz de fazer qualquer outra coisa além de sentir dor.

Então, lentamente, a consciência voltou. Eu podia mover minhas pernas. Era um bom sinal. Eu podia mover meus braços. Também bom. Respirando novamente – com dor, mas ali, nada a menos.

Então eu ouvi algo.

Grilos.

Não os relinchos agudos dos cavalos que protestavam por estarem sendo arrastados para fora de suas celas pegando fogo. Não o barulho do fogo ao meu redor. Nem mesmo a minha respiração esforçada.

Mas grilos, gorjeando como se eles não tivessem nada melhor para fazer.

E eu vi minha casa.

Não a pensão da Sra. O’ Neil, não mesmo. Mas minha casa. Eu estava no quintal. Eu poderia ver o deck que Andy tinha construído. Alguém tinha deixado as luzes da banheira quente acesas.

Casa. Eu estava em casa.

E estava viva. Mal, mas viva.

E eu não estava sozinha. De repente, alguém estava ajoelhando-se ao meu lado, estava bloqueando minha visão da piscina iluminada, e estava dizendo meu nome.

-Suze? Suze, você está bem?

Paul estava me puxando, me apertando nos lugares que doíam. Eu tentei afastar suas mãos, mas ele não parou até que finalmente eu disse:

-Paul, me deixa!

-Você está bem - Ele se sentou na grama ao meu lado. Seu rosto pareceu pálido à luz do luar. E aliviado – Agradeça a Deus. Você não estava se mexendo antes.

-Eu estou bem – eu disse.

Lembrei-me então que eu não estava. Porque... Jesse... Eu tinha perdido Jesse. Nós tínhamos salvado ele, assim eu o perdi para sempre. A dor - uma dor muito mais terrível do que a que eu tinha sentido na aterrissagem no chão duro e frio – me prendeu como um torno.

Jesse. Ele tinha ido. Ido para um bom...

Exceto. . .

Mas se isso fosse verdade, como eu me lembraria dele?

Eu me apoiei em cima de meus cotovelos, ignorando a dor que estava sentido fazendo aquele esforço.


Foi quando eu o vi. Ele estava segurando seu estômago na grama há uma distância de um pé, totalmente imóvel, totalmente não...

Entusiasmado.




Ele não estava entusiasmado.

Eu olhei Paul. Ele piscou para mim.

-Eu não sei - ele disse como se as palavras tivessem sido espremidas nele - Tudo bem, Suze? Eu não sei como isso aconteceu. Vocês dois estavam aqui quando eu apareci. Eu não sei como isso aconteceu.

E então eu estava com as mão e os joelhos, rastejando sobre a grama até ele. Eu acho que estava chorando. Eu não tenho certeza. Tudo que eu sei, é que foi difícil ver tudo por um momento.

-Jesse! - Eu cheguei no seu lado.

Era ele. Era realmente ele! O Jesse real, o Jesse vivo.

A única coisa era que ele não pareceu muito vivo depois daquilo. Eu me aproximei e chequei sua pulsação na garganta. Tinha uma - minha respiração travou quando eu senti - mais era fraca. Ele estava respirando, mais não muito bem. Eu estava com medo de tocar nele, com medo de movê-lo.

Mais com mais medo de não fazer.

-Jesse! - eu gritei, rolando e agitando ele pelos ombros - Jesse, sou eu, Suze! Acorde, Acorde, Jesse!

-Ele não está bem - Paul disse - Eu já tentei. Ele está aqui... Mas não está. Não realmente.

Eu tinha Jesse nos meus braços.

Eu o aninhei, olhando para ele. Na luz da lua, ele parecia morto. Mais ele não estava. Não estava morto. Eu saberia se ele estivesse.

-Eu acho que nós o trouxemos para o futuro, Suze – Paul disse -Não era pra você - não era pra você traze-lo para o futuro.

-Eu não quis dizer - eu disse. Minha voz estava tão fraca, que foi abafada praticamente pelos grilos - Eu não fiz isto de propósito.

-Eu sei - Paul disse – Mas... Eu penso que talvez você precise levá-lo de volta.

-O levar pra onde? - eu me enfureci. Agora minha voz era muito mais alta que os grilos. Na realidade, tão alta que os grilos foram assustados e ficaram em silêncio – Para o meio daquele fogo?


-Não - Paul disse - Eu só — eu só não penso que ele possa ficar aqui, Suze, e... Vivo.

Eu continuei a aninhar a cabeça de Jesse, pensando furiosamente. Isto não era justo. Ninguém tinha nos advertido sobre isto.
Dr. Slaski não tinha dito uma palavra. Tudo que ele disse era que devíamos imaginar em nossa cabeça o tempo em que queríamos estar, e...

E para não tocar em nada que você não quisesse trazer no tempo com você.

Eu gemi e virei minha face para Jesse. Era minha culpa. Era tudo minha culpa.

-Suze - Paul ergueu e colocou uma mão em meu ombro - Me deixe tentar. Talvez eu possa leva-lo de volta...

-Você não pode - eu ergui minha cabeça, minha voz saiu fria como a lâmina que Diego tinha apertado na minha garganta - O matará. Ele não é como nós. Ele não é um mediador. Ele é... Ele é humano.

Paul balançou a cabeça dele.

-Talvez ele tivesse mesmo que morrer, então, Suze - ele disse - Como você disse. Talvez não seja certo nós desordenarmos a ordem natural das coisas, igual você me advertiu.

-Ótimo - eu deixei sair um pequeno riso amargo - Isso é realmente ótimo, Paul. Agora você concorda comigo?

O Paul apenas estava lá de pé, parecendo ansioso. Se eu tivesse sido capaz de sentir qualquer coisa além de desespero, naquele ponto, eu o teria odiado.
Mas eu não podia. Eu não podia odiá-lo. Eu não podia pensar em nada a não ser Jesse. Eu não tinha, eu disse para mim mesma, salvado ele só para sentar e vê-lo morrer.

-Vá ao carro - eu disse com uma voz baixa - E dentro da casa abra a porta. Eles sempre esquecem de tranca-la. Pendurado em um gancho na porta está a chave do carro da minha mãe. Pegue-as e volte e me ajude a levar ele para o carro.
Paul me olhou como se eu fosse uma mulher louca.

-O carro? - ele disse - Você irá... Leva-lo para algum lugar?

-Sim, seu babaca, para o hospital.

-O hospital - Paul agitou a cabeça - Mas Suze...

-Só faça!

Paul fez. Eu sei que ele pensou que era inútil, mas ele fez. Ele pegou as chaves, voltou e me ajudou a carregar Jesse para o carro da minha mãe. Não foi fácil, mas entre nós dois, nós controlamos. Eu teria arrastado ele por todo o caminho se tivesse que fazer isso.
Então nós estávamos na estrada, Paul dirigia enquanto eu continuava mantendo a cabeça de Jesse nos meus braços. Eu não estava pensando que o que eu estava fazendo era fútil. Talvez, eu pensei, o hospital pudesse salva-lo. A medicina tinha feito tantos avanços nesses últimos 150 anos. Porque não poderia salvar um homem que viajou no tempo, para outra dimensão? Porque não poderia?

Exceto que não poderia.


-x-


Última edição por Suzannah Simon em Qua Nov 26, 2008 5:40 pm, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Inscrições - Deslocadores   Inscrições - Deslocadores EmptyQua Nov 26, 2008 5:35 pm

[Continuação 2]
Texto extraído do livro



-x-



Oh, eles tentaram. No hospital. Eles vieram correndo para fora com uma maca quando Paul foi lá dentro lhes dizer que nós tínhamos um homem inconsciente no carro. Colocaram em Jesse até uma máscara de oxigênio enquanto o doutor do quarto de emergência me interrogava. Tinha feito uso de drogas? Tinha bebido muito? Teve um ataque apopléctico? Uma dor de cabeça? Reclamou de dor em seu braço?

Não tinha nenhuma explicação médica para o coma de Jesse. Foi o que o médico veio me dizer, horas depois.
Nada que ele pudesse determinar. Um CT scan poderia dizer mais. Será que eu poderia saber que tipo de seguro Jesse tinha? Seu número de seguro social, talvez? O telefone de um parente próximo?

Às 6:00 da manhã, eles o aceitaram. Às 7:00, eu chamei minha mãe, e lhe falei onde eu estava - no hospital com um amigo. Às 8:00, eu telefonei para a única pessoa que eu achava que poderia ter alguma idéia do que fazer.
Padre Dominic tinha voltado de São Francisco na noite anterior. Ele escutou tudo o que eu tinha para dizer sem interromper:

- Padre Dominic, eu fiz... Eu acho que eu fiz algo terrível. Eu não queria, mas... Jesse está aqui. O Jesse verdadeiro. O vivo. Nós estamos no hospital. Por favor, venha.

Ele veio. Quando eu vi a sua alta, forte figura chegando perto do assento de plástico duro que eu fiquei sentada por horas, eu quase desmoronei por ali novamente.

Mas eu não fiz. Eu me levantei e, um segundo depois, estava nos braços dele.

-O que você fez? – ele murmurou - Ele não estava falando somente comigo. Paul estava lá, também - O que vocês dois fizeram?

-Algo terrível - eu disse, erguendo minha face chorosa da camisa dele - Mas nós não queríamos isto.

-Nós estávamos tentando salva-lo - Paul disse embaraçado. A vida dele. Nós quase conseguimos...

-Até que eu o trouxe - eu disse - Oh, Padre Dominic...

Ele me deu tapinhas no ombro e entrou no quarto onde Jesse estava deitado, imóvel, a manta em cima dele se mexia com a sua leve respiração. Jesse fantasma, eu percebi agora, estava parecendo bem melhor - mais vivo - que Jesse vivo.

Padre Dominic fez o sinal da cruz nele mesmo, ele ficou assustado com o que viu. Uma enfermeira estava lá, tirando a pulsação de Jesse e escrevendo os resultados em uma prancheta. Ela sorriu tristemente quando viu Padre Dominic, então deixou o quarto.

Padre Dominic olhou.

Padre Dominic olhou para Jesse. Pela primeira vez, eu observei que as lentes de seus óculos estavam meio embaçadas.

Ele não disse nada.

-Eles querem saber que tipo de seguro ele tem - eu disse amargamente - antes deles fazerem mais testes.


-Eu...Vi - Padre Dominic disse.

-Eu não vejo que mais testes eles precisam fazer - Paul disse.

-Você não sabe - eu retruquei, amarrando a cara para Paul porque eu não podia amarrar a cara para a pessoa que realmente mereceu isto... Eu mesma - Talvez haja algo que eles possam fazer. Talvez haja...

-Seu avô não está em algum lugar por aqui? - Padre Dominic perguntou para Paul.

Paul ergueu o olhar dele do corpo inconsciente de Jesse.

-Sim - ele disse - Eu quero dizer, sim, senhor. Eu acho que sim.

-Talvez você devesse ir lhe fazer uma visita - a voz de Padre Dominic estava tranqüila. A presença dele, eu tinha que admitir, estava me acalmando - Se ele estiver consciente, talvez ele possa nos aconselhar.

-x-


Foi quando eu notei que a figura ao meu lado estava brilhando.

Eu devo ter saltado aproximadamente uma milha e meia, eu estava chocada. Eu sei que saltei da cadeira de um jeito, que ela quase caiu. Eu parei, meu coração batendo, meus olhos de repente se arregalaram e o olharam fixamente.

Porque parado ali do lado da cama, olhando pra baixo, para o corpo de Jesse, estava...
Jesse.

Eu olhei de um Jesse para o outro, não acreditando no que via.
Mas era verdade. Existiam dois Jesse, um morto e um vivo.
Ou, eu suponho que seja mais correto dizer um morto e um morrendo.

-J-Jesse? - Eu enxuguei as lágrimas que escorriam pelas bochechas com a manga da minha jaqueta.

Mas Jesse não olhava pra mim. Ele estava olhando pra baixo... Bem, pra ele, sobre a cama.

-Suzannah - ele sussurrou - O que... O que você fez?

Eu estava muito alegre por vê-lo. Eu nem pensava direito. Eu fui até ele e agarrei sua mão.

-Jesse, eu fui. Voltei no tempo, eu acho - eu disse.

Ele parou de olhar para o corpo dele que estava na cama e jogou todo aquele olhar escuro em mim. O olhar não era muito agradável.

-Você voltou - Ele olhou ainda mais pra mim - Você foi depois do Slater? Depois que eu disse a você que poderia tomar conta de mim mesmo?

Ele estava furioso. Eu estava tão feliz por vê-lo furioso, tanto que, eu deixei que saísse um pouquinho da minha risada. Eu não percebi então, vendo o que o corpo dele fazia aqui no hospital.

-Você tomou conta de você mesmo - Eu assegurei pra ele - Eu-eu disse pra você - no passado - sobre Diego e ele não matou você, Jesse. Você o matou. Mas então... Então... Havia fogo.

Eu engoli a seco, Não estava mais sentindo vontade de rir.

-No celeiro. O celeiro dos O'Neils.

Seus olhos estreitaram-se.

Eu assenti, o que eu podia fazer?

Ele balançou sua cabeça - E Paul? Eu fui até a Basílica para falar com ele, mas ele já tinha ido. Você o seguiu?

Eu assenti de novo.

-Eu queria impedi-lo - eu disse - De... De ele tentar manter você vivo. Mas no fim... Eu não pude, Jesse. Eu não estava certa. O que o Diego fez pra você. Eu Não podia deixar isso acontecer de novo. Então, eu alertei você. E você o matou. Você matou Diego. Mas daí começou o fogo... - E olhei para o corpo na cama - e agora, eu acho que é hora de dizer adeus. Desculpe-me, Jesse. Desculpe-me, me desculpe.

Eu queria começar a chorar de novo. Eu não podia acreditar em nada do que estava acontecendo. Eu sempre pensei no “Presente” como uma coisa ruim, mas nunca, nunca eu tinha odiado tanto o quanto eu o odiava agora. Eu desejei que eu nunca tivesse ouvido falar de mediadores. Eu desejei nunca ter visto um único fantasma. Eu desejei nunca ter nascido


Então eu senti a mão de Jesse no meu rosto.

-Mi Hermosa - ele disse.

Ele colocou sua outra mão na cama par equilibrar o peso, então ele se inclinou para me beijar. Um último beijo antes que ele fosse arrancado de mim pra sempre. Eu fechei meus olhos, antecipando a sensação maravilhosa daqueles lábios se encontrando com os meus. Adeus Jesse, adeus.

Sua boca mal tocou os meus lábios, entretanto, quando eu ouvi a sua respiração.

Ele afastou sua cabeça da minha e olhou pra baixo.
Sua mão tinha tocado nos tornozelos do corpo vivo.

Algo pareceu sacudir através do corpo dele, então. Ele pareceu mais brilhante por um segundo, seu olhar sobre os meus mais intenso do que nunca foi antes desde o tempo que eu o conhecia.
E então ele foi sugado pra dentro do próprio corpo, como o ar é sugado pelo ventilador.

E se foi.

Seu corpo ainda estava lá. Mas o fantasma de Jesse - O fantasma que eu amei- tinha ido. No seu lugar estava...

Nada. Eu apalpei o ar desesperada para ver se conseguia agarrar alguma parte dele. Mas minhas mãos sentiram só o ar.

Jesse tinha ido. Ido de verdade. Ele voltou pra dentro do corpo que ele tinha deixado a tanto tempo atrás, como eu prestei atenção, o corpo tremia querendo rejeitar a alma.

Foi como a morte.

Eu soube o que estava acontecendo. O corpo de Jesse tinha vindo para o presente, sim. Mas não a alma dele, porque duas da mesma alma não podia existir na mesma dimensão. O corpo de Jesse estava sem uma alma e por muitos anos a alma de Jesse estava sem um corpo.

Enfim, agora, as duas se encontraram...

Mas era tarde. E agora eu estava perdendo os dois.
Eu Não sei quanto tempo eu fiquei ali parada, segurando a mão de Jesse, olhando pra ele no desespero total. O suficiente, eu sei, que padre Dominic voltou e disse:

-Não se preocupe Susannah, está tudo sobre controle. Jesse fará os exames que ele precisa.

-Não importa - eu murmurei, ainda segurando a mão de Jesse... Aquela mão gelada.

-Não perca as esperanças, Susannah - Padre Dominic disse - Nunca perca as esperanças.

Eu soltei uma risada amarga - E por que isso?

-Porque é tudo o que nós temos, você sabe - Ele colocou a mão em meu ombro - Você fez o que fez porque o amava, Susannah. Você o amava o suficiente para deixa-lo ir. Não existe melhor presente que você poderia ter dado a ele.

Eu balancei minha cabeça, minha visão ainda estava embaçada por lágrimas.

- O que não vai acontecer, Padre Dominic.

-O que não vai acontecer, Susannah? – ele perguntou delicadamente.

-O provérbio. Se você ama algo, deixe-o ir. Se for para ser seu, ele voltará. Você não sabe? Você não leu?

Quando eu olhei para Padre Dominic para ver o que ele pensava disto, eu vi que ele nem mesmo estava me olhando. Estava olhando fixamente para Jesse na cama. Os olhos azuis de Padre Dominic, eu notei, estavam tão cheios de lágrimas quanto os meus próprios.

-Susannah – ele disse em uma voz estrangulada - Olhe.

Eu olhei. E quando eu movi minha cabeça, senti os dedos da mão que eu estava segurando de repente apertaram os meus.

Uma cor que antes não tinha estado apareceu na face de Jesse. A face dele não estava mais da cor de folhas de papel. A pele dele estava no mesmo tom de azeitona que eu tinha visto anteriormente, no celeiro dos O'Neils.

E isso não era tudo. O tórax dele estava subindo e descendo visivelmente agora em baixo da manta que o cobria. A pulsação corria visivelmente no seu pescoço.

E, quando eu estava lá de pé, o encarando, os olhos dele se abriram...

...E eu estava caindo, tão forte quanto eu fazia toda vez que ele olhava para mim, nas piscinas escuras e fundas que eram os olhos de Jesse... Olhos que pouco estavam me vendo, mas que me reconheceram. Reconheceram minha alma.

Ele ergueu a mão que eu não estava apertando, arrancou a máscara de oxigênio que estava cobrindo o seu nariz e falou, e disse uma única palavra.

Mas uma que palavra fez meu coração cantar.

-Hermosa.


Última edição por Suzannah Simon em Qua Nov 26, 2008 5:42 pm, editado 2 vez(es)
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