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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] Atrama

Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

 Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]

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Corinne L. Nurse
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Corinne L. Nurse


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MensagemAssunto: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyQui Out 09, 2008 3:43 pm

Sinceramente, eu tenho plena convicção de que os cineastas possuem uma visão muito, mas muito distorcida da realidade. Por quê? Bem, é por conta de algo muito simples... O vento no alto de um penhasco sempre parece ser um tanto favorável para os cabelos tão bem cuidados das atrizes, não? Ou melhor, eles parecem soprar em profunda sintonia com a autêntica emoção/intenção que determinada cena quer passar. A depender do clima de certa representação, pode soprar uma brisa suave, quase amena, ou um princípio de um furacão. Mas nunca... Nunca o vento – ainda que em princípio de furacão – parece ficar tão desordenado e irritante quanto o natural. Mas, claro, nada do que alguns efeitos básicos cinematográficos sejam capazes de fazer... E um grupo enorme de cabeleireiros, maquiadores e afins também. Já que, após o vento absurdo, elas continuam lá, lindas e maravilhosas, pronta para chorar rios de lágrimas, rir de felicidade, ou pular da beira do penhasco que nem uma retardada.

E quanto a mim, uma mera mortal... Bem, acredito que nem todo o laquê do mundo fosse capaz de resistir a esse vento.

Eu já tinha levado mais lapadas de cabelo na cara do que seria possível imaginar por toda a minha existência. E não era nenhum exagero. De alguma forma, aqueles ventos pareciam indicar que eu não deveria estar ali. Deveria estar em casa, pensando na vida, ou melhor, pensando no quanto é injusto ter que escolher o que você vai ser por toda a existência com apenas 17 anos... Ao pensar nisso, me jogar de um penhasco não parece ser tão ruim assim. E, sim, agora eu estou sendo exagerada.

De qualquer forma, não é algo tão importante e nem tão urgente assim escolher que curso eu vou seguir quando finalmente for para uma faculdade... Mas eu gosto de exagerar e precipitar algumas coisas, pelo menos de vez em quando. E pensar em ser responsável é bem melhor do que ficar lidando com outras coisas um tanto quanto inconvenientes e aborrecedoras. Como um pai e uma secretária, por exemplo.

Eu ainda não tinha superado isso? Bem, talvez... Mas quem disse que é fácil superar alguma coisa? Quanto mais... Bem, isso importa menos ainda.

Enfim, desde que eu cheguei a Carmel e avistei aquele penhasco, eu fui com a cara dele e tive vontade de conhecê-lo. Ele podia ter um declive meio suspeito e uma altura aterrorizante para uma pessoa um tanto quanto inexperiente como eu, mas quem disse que eu me importei com isso? Não que minhas irmãs – principalmente a Morgs – ou minha mãe saiba da minha mais nova idéia – insana(?) – que eu chamo de minha mais nova aventura, mas, se ele era aparentemente tão difícil de subir devido seu aspecto íngreme, e no entanto era tão visitado, deveria ter algo lá em cima que valia à pena... E realmente valia, pelo menos se você não levar em conta o fato de que tem um vento rebelde querendo arrancar seus fios de cabelo fora e tudo o mais.

A vista era evidentemente magnífica. Se eu tivesse o mínimo de aptidão para artes plásticas, essa era, sem dúvida, uma imagem que eu gostaria de retratar, principalmente ao pôr-do-sol. Mas eu não era louca a ponto de assistir ao pôr-do-sol ali e ter que descer aquilo tudo novamente quase que às cegas. Era por volta das duas da tarde, o tempo estava um pouco ameno – apesar do vento.

Então, o pôr-do-sol só ficaria em minha imaginação, pelo menos por enquanto. Suspirando, eu me sentei numa pequena elevação rochosa que tinha a uma distância razoável da beirada do penhasco e abracei minhas pernas, logo depois de ter improvisado um rabo de cavalo para prender meu cabelo (que, pelo volume, não deveria estar me proporcionando uma aparência muito apresentável). Passei a observar as ondas se quebrando ao longe e uma ou outra gaivota voando, para em seguida dar vôos rasantes para capturar alguns peixes... E depois cansei.

Não que a paisagem seja extremamente ruim, mas, passada toda a adrenalina – e a fadiga, vale ressaltar – da subida, eu senti necessidade de fazer alguma coisa além da que eu estava fazendo. Ficar filosofando enquanto estava a apreciar algo por muito tempo nunca foi o meu forte (há exceções, claro); eu sou muito agitada para ficar em meio à ociosidade por muito tempo. Apesar disso, eu ainda queria ficar ali. Não que esse seja um pensamento contraditório, mas a idéia de descer o penhasco tão logo depois de ter subido não é o que eu posso chamar de melhor opção. Então, eu efetivamente busquei algo para fazer, já que não tinha ninguém ali para que eu pudesse socializar/conversar/discutir/torrar a paciência e similares.

Relanceei ao redor e respirei fundo. Eu tinha levado certo tempo para subir até o topo e não é como se alguém fosse se materializar por aqui em tão pouco tempo, então, não vi problema em exercitar um pouco minhas habilidades. Com um breve sorriso, eu estendi minha mão e me concentrei no mar à minha frente. Instantes depois, eu pude observar a rocha a minha frente parcialmente inundada ao passo que uma pequena esfera de água se formava logo acima dela.

Dos quatro elementos, por algum motivo que me é desconhecido, a água é o que eu tenho uma maior afinidade (talvez porque, de todos, é o que eu consigo manipular com uma maior facilidade). Minhas experiências com os outros três nunca foram muito promissoras, era válido ressaltar. Eu já fui soterrada (sim, exagero) várias vezes, quase me queimei em tantas outras enquanto tentava controlar o fogo... E minha experiência com o vento atual dizia que, evidentemente, ele não ia muito com a minha cara. Talvez, por essa razão, eu gostasse tanto da água.

Não sei por quanto tempo fiquei “brincando” com a água. Ainda que meu senso artístico fosse quase inócuo, eu gostava de fazer as mais diversas formas e esculturas com a água. Era um bom passatempo, porque, vez ou outra, eu nem tinha a mais parca idéia do que eu pretendia retratar com determinada imagem... O fato da água ser incolor também não ajudava muito, mas, bem, é vamos relevar... Àquela altura, eu havia transformado aquela esfera em um protótipo de serpente e a fiz circundar lentamente meu corpo, como se fosse um pseudo-escudo. Estava tão entretida com aquele ato que mal notei que eu já não era a única pessoa no alto daquele penhasco...
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyQui Out 09, 2008 4:36 pm

Sabe quando você é criança e lê todos aqueles contos de fada e desejava ser uma fada ou possuir qualquer objeto (como uma varinha de condão, ou uma lâmpada mágica) que fizesse com que a magia realmente existisse e seu maior medo era que uma bruxa má estivesse no seu caminho. Aí você cresce mais um pouco e ao invés de ler (ou escutar) contos de fada você vai ler algo do gênero, digamos, de Harry Potter. E bruxos passam a ser coisas legais. E você quer uma carta de Hogwarts e tudo mais. Então. Na fantasia isso é tudo mais legal. Bruxa má ou bruxos do bem. Porque se você passa 17 anos da sua vida com seu pai te escondendo um segredo desse tamanho... Bem, você vai odiar isso tudo.

O fato é que eu, aparentemente, era uma bruxa e usava meus "poderes mágicos" sem saber e era isso que ferrava com minha vida. Que me fazia ficar cansada só de piscar e que nunca me deixava chegar atrasada nas aulas, porque aparentemente eu tenho uma facilidade natural para lidar com o tempo. Grande coisa, eu preferia ter uma facilidade natural de possuir pais normais. Bem, pelo menos um PAI normal, que pelo menos não ficasse me escondendo segredos desse porte, achando que era para o meu próprio bem. Como se fosse pro meu bem eu ser uma... Estranha e ter essas habilidades e ficar usando elas de modo errado por aí porque meu próprio pai não me contou.

Tudo bem, eu entendo que ele tenha sido expulso da família, ou algo assim, por amar a minha mãe que, pelo menos, é uma pessoa normal, e que por isso mesmo não era aceita pela família do meu pai que aparentemente era composta de babacas de primeiro grau. Ou algo do gênero. Pelo menos nesse quesito meu pai se salvou, mas parece que a coisa não ia ser tão simples assim porque... Porque simplesmente não seriam simples assim!

E quem se dava mal com isso tudo? Sim, euzinha. Porque quando eu achava que minha vida estava pra ficar interessante (num nível normal de interessante) e que eu havia conhecido alguém... Bem, alguém que talvez fosse... Especial (e acredite a breguice toda dessa frase dói até em mim, principalmente considerando de quem eu estou falando que apesar de... Especial... Continua tendo um ego superinflado e por isso mesmo não pode ficar sabendo que é... Especial. Preciso parar de repetir essa palavra.) E agora com esse segredo do tamanho do mundo nas minhas costas e o fato de que meu pai quer me ensinar a ser uma bruxa decente (e isso tá parecendo uma série da Disney né? Que irônico) eu simplesmente não sei o que fazer com ele. E muito provavelmente eu não devia nem estar me preocupando com ele, mas eu não consigo.

Isso é motivo o suficiente pra uma garota pegar o carro e dirigir até o penhasco mais perigoso da cidade pra pensar né? Não me matar, mas só pensar, juro, apesar de a idéia ser perigosamente tentadora demais no meu atual humor, mas não é o tipo de coisa que eu realmente conseguiria fazer.

Mas quando eu cheguei lá, havia uma garota... Envolta em água, mas não estava molhada... A água se movia ao redor dela de um modo... Mágico. Arregalei os olhos e, admito que se meu pai não tivesse me contado tudo, além de eu provavelmente não estar aqui para ver isso eu provavelmente não teria chegado à conclusão mais óbvia tã rapidamente. Aquela garota era uma bruxa!

- Hey! Hey! Você... Como faz isso? - Perguntei, de repente, sobressaltando a garota e... Coitada. Lição numero 1: Não assuste uma bruxa que brinca com água.
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyQui Out 09, 2008 7:45 pm

Eu, definitivamente, deveria ser mais cautelosa no que se refere ao fato de ser uma bruxa, eu me sinto na obrigação de dizer a mim mesma. Porque, em primeiro lugar, minha noção de tempo é a pior possível. Diga que eu devo estar num lugar em tal horário que eu lhe mostro a minha total incapacidade de pontualidade inglesa (até porque, eu sou americana; e, até porque, eu não sou o que podemos dizer de alguém absolutamente responsável...). Melhor ainda, pergunte quanto tempo se passou desde o último instante em que eu vi alguma coisa que eu, muito provavelmente, irei dar uma noção de tempo muito além ou muito aquém da verdadeira. É algo simples, óbvio, preciso da minha natureza; mas, bem, quem disse que eu aprendo?

O caso é que eu me distraio muito com algumas coisas que eu faço, de forma a que eu acabo por perder a idéia de que existe uma realidade ao meu redor. E conjurar magias, definitivamente, se enquadra nessas opções. E isso, aliado à minha falsa noção de tempo, significa dizer que determinadas situações não são muito favoráveis.

Sem falar que, para completar, meu senso de sigilo não parece ser dos mais sigilosos, se é que me entende. Quer dizer, ele até é, um pouco... Mas só quando a droga toda já está feita e eu tenho que virar em mil para consertar a burrice que eu fiz dando desculpas esfarrapadas.

Então, depois de toda essa breve explanação – que se estenderia em tantos outros argumentos se eu tivesse mais tempo –, posso finalmente dizer aquela frase clássica que muita gente sente vontade de dizer/pensar/gritar em momentos como esse? Bem, posso.

Você está ferrada, Corinne.

Definitivamente ferrada.

Eu não soube ao certo o que aconteceu realmente e acredito que se fosse retratar a ocasião para alguém, ela seria meio instantânea. Porque, num segundo, eu ouvi uma voz que definitivamente não era fruto da minha mente perguntar de forma atônita como eu fazia aquilo e, no segundo seguinte, estava... Bem... Molhada. Encharcada, sendo mais precisa.

Bendita hora que eu inventei de “brincar” com água.

Minha mente processou o fato de forma quase que simultânea e começou a trabalhar de forma incessante, buscando alguma desculpa, não só esfarrapada, mas evidentemente plausível para dar a quem quer que estivesse naquele penhasco comigo.

Respirando fundo, eu me virei lentamente para a garota e franzi o cenho um pouco, esboçando o ar mais deslavado e desentendido que fui capaz de esboçar em toda a minha vida.

-Isso o quê? – sério, eu devia receber um prêmio por conseguir ser tão dissimulada. Minha voz saiu extremamente calma, embora por dentro eu estivesse em pânico e repassando todas as conjurações que sabia aplicar com precisão para tentar escapar daquela situação sem que aquele segredo específico tivesse de ser revelado, de algum modo... Só espero que a mamãe tenha compaixão pela filha do meio dela na hora em que for matá-la. Pisquei repetidas vezes antes de prosseguir; o ar que a garota esboçava agora não era dos melhores. – Desculpe; eu realmente não entendi a sua pergunta... Como eu fiz o quê? – ‘tá, isso é realmente idiota, mas eu queria ganhar tempo. A única opção que me vinha era desmemoriar a garota; mas mexer com a mente alheia era algo muito delicado e não é como se eu tivesse sangue-frio para não me preocupar se isso acarretaria algum dano mental para ela, ou algo do tipo. – Eu não vi nada de errado aqui... Apenas uma onda enorme que acabou por me encharcar toda pouco antes de você chegar. – oh, céus, Corinne Nurse, você já teve mentiras melhores... Você já parou para observar a altura desse penhasco? A única possibilidade de você se molhar com uma onda daqui de cima é se tivesse ocorrido um tsunami...
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyQui Out 09, 2008 7:51 pm

-Isso o quê? Desculpe; eu realmente não entendi a sua pergunta... Como eu fiz o quê? Eu não vi nada de errado aqui... Apenas uma onda enorme que acabou por me encharcar toda pouco antes de você chegar...

Ah.
Claro. O tal d'O Segredo. Parece nome de livro de auto-ajuda se você quer saber, mas claro, sem saber que eu sabia o que ela era ela não podia me falar... Mas aí se ela soubessa que eu sabia o que ela era e soubesse que eu sou ou que ela é... Isso seria certo? Meu pensamento ficou tão confuso que eu não sabia nem o que falar direito mais. Apenas apontei para ela, fazendo um movimento circular com o dedo indicador, como se tivesse imitando o movimento que a água havia feito ao seu redor.

- Essa coisa com a água. E eu sei que você entendeu o que eu quis dizer... Além do que... Se você quer manter segredo do fato de ser o que é, uma tsunami fictícia não é exatamente a melhor saída... - Eu me aproximei, cautelosa, colocando as mãos nos bolsos, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. - Você é uma bruxa, não é? Como... Eu.

Uau, dizer isso em voz alta é realmente... Estranho.
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyQui Out 09, 2008 8:21 pm

‘Tá, o.k., a pseudo-tsunami, depois de ter saído do campo da abstração e ter sido transformada em palavras, não parecia ser das minhas idéias mais geniais. Ao terminar de proferir essas palavras, a garota pareceu ainda mais confusa, o que me fez particularmente notar que a minha desculpa não colou. Meu pensamento ainda corria de forma alucinada, buscando uma solução para esse grande problema.

Bom, seria muito ridículo jogar areia na cara dela e sair correndo para fazê-la pensar que tudo aquilo que era vira fora uma alucinação? Talvez ela pense que a subida até aqui a tenha afetado a tal ponto que a deixou com insolação, o que, evidentemente, a fez ter uma miragem com água... Ainda que não houvesse nenhuma explicação plausível para o fato de eu estar nessa suposta miragem também.

A questão mais preocupante – além de todo o resto – era o fato de que aquela garota não me era estranha... E, a julgar pela fisionomia, ela não deveria ser muito mais velha do que eu. Poderia até ter a minha idade, eu me atrevo a supor. E, ao levar em conta o fato de que não há muitas opções de colégios aqui em Carmel – só uma, para ser mais exata –, eu devia conhecê-la de vista, já que freqüentávamos o mesmo colégio.

Bem, se eu fugir agora, e ela me abordar lá depois, eu posso muito bem fingir que não a conheço, não é mesmo?

Eu relanceei ao redor, em busca de possibilidades... Tentei manter o ar ameno de antes quando avistei a minha arma. Coloquei minhas mãos para trás, instintivamente, comecei a manipular a terra da forma mais cautelosa possível, sem que ela percebesse. Eu continuei a observá-la calmamente, vendo-a apontar para mim e num breve gesto com os dedos indicar o que ela supunha ser o que eu estava fazendo antes de ela ter chegado. E, bem, eu realmente estava, mas não é como se ela precisasse saber disso...

-Essa coisa com a água. – olha, isso se chama manipular elementos, vulgarmente falando. – E eu sei que você entendeu o que eu quis dizer... – sério? Eu conservei o ar ameno de antes, ainda me fazendo de desentendida. Comecei a sentir a areia se agregando em meus dedos e respirei fundo. – Além do que... Se você quer manter segredo do fato de ser o que é, uma tsunami fictícia não é exatamente a melhor saída... – poxa, ela não precisava ser tão sincera quando se referiu à minha desculpa quase que arruinada e nada infalível... Isso me magoou profundamente. A areia formava um montinho agora. – Você é uma bruxa, não é? Como... Eu. – então, ela soltou a informação-chave.

Mas que diabos, ela é uma bruxa também?

Eu não consegui esconder o ar surpreso diante de tal informação. A areia parou de correr e eu crispei a mão na qual ela estava a se acumular num gesto involuntário. Mas que... Como? Se ela é uma bruxa, por que raios, então, ela ficou surpresa com a minha magia?

-Você é uma bruxa? – eu questionei, entre perplexidade e descrédito, gargalhando em seguida. Ela não estava falando sério, estava? Pelo ar que ela esboçou, definitivamente estava. – Digo, se você é uma bruxa, por que então se surpreendeu com o que você supostamente diz que me viu fazer? – completei, adquirindo um ar desconfiado. – Sabe, não é como se eu pudesse acreditar em suas palavras...
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyQui Out 09, 2008 8:32 pm

-Você é uma bruxa? Digo, se você é uma bruxa, por que então se surpreendeu com o que você supostamente diz que me viu fazer? Sabe, não é como se eu pudesse acreditar em suas palavras...

A garota disse rindo da minha cara. Oras, e lá é minha culpa que nem todo mundo tenha um pai covarde (ok, não covarde já que exigiu muita coragem da parte dele fugir com a minha mãe, mas ainda assim a parte de não me contar foi pura covardia, até o Sr Samuel Good teria que admitir isso), mas retomando o raciocínio não é minha culpa que meu pai tenha decidido que seria legal se eu não soubesse desse lado da família dele. Quem sabe eu não teria nascido com esse lado da família dele, não é? Mas eu nasci e ele simplesmente resolveu que era mais legal ainda ignorar isso por de-zes-se-te anos. DEZESSETE ANOS! Então desculpa aí, oh toda poderosa feiticeira se eu fico surpresa com essas coisas ainda.

Eu estava ainda refletindo sobre essas coisas, quando a observei mover muito sorrateiramente uma das mãos atrás do corpo e estava erguendo a mão muito rapidamente. Antes que eu conseguisse compreender totalmente o que estava acontecendo um monte, e eu quero dizer UM MONTE de areia estava parado no ar há poucos centímetros do meu rosto. Aquela... Aquela... Hunf. Pela carinha de espanto dela, agora ela acreditava em mim. Eu andei calmamente para o lado dela e então a areia caiu no chão ou foi soprada pelo vento. HA. Toma. Essa. Papuda.

- Samantha Good, o prazer é todo seu. E a sorte também. - Eu disse estendendo a mão. Agora ela não ia ter como não acreditar em mim.
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyQui Out 09, 2008 9:27 pm

Eu realmente não sei de onde eu tiro essas idéias. Não estou falando num sentido absolutamente denotativo, é válido ressaltar; não é como se eu acreditasse que meu cérebro ficasse no meu pulmão e vice-versa. Porque, muitas vezes, eu chego a surpreender a mim mesma com a agilidade dos meus pensamentos. Um cérebro genioso, no duplo sentido da palavra.

Não que meus pensamentos fossem muito nocivos, por assim dizer. Tinham certo teor de humor negro, é verdade, mas nada muito preocupante... Pelo menos eu acho. E, bem, se levarmos em conta, eu iria fazer isso de qualquer forma, eu apenas estou unindo o útil ao agradável... Novamente.

A idéia surgiu quando eu senti a areia firmemente entre meus dedos ao mesmo tempo em que ponderava sobre a suposta afirmação dela. Não é como se uma informação desse teor pudesse ser apenas comprovada por palavras... Ela podia muito bem estar jogando comigo, para obter uma resposta mais concreta acerca daquela dúvida que eu suscitei em sua mente. Sabe, para quem é algum fã de Harry Potter ou algo assim, não é nenhuma surpresa que o fato de alguém ser bruxo deve ser mantido em segredo para os trouxas, para não corrermos o risco de sofrer todas aquelas coisas estupidamente reais que costumam tratar, não somente nessa história, mas em tantas outras em que os bruxos figuram como bonzinhos e tudo o mais.

Então, a única forma de eu obter a veracidade de suas palavras, era testá-la, de alguma forma. Por isso, eu fiquei ainda mais convicta de que estava agindo corretamente em jogar a areia na cara dela e tal. Seria matar dois coelhos com uma cajadada só. Porque, assim, se ela fosse realmente bruxa, ela decerto que pararia meu ataque; se ela não fosse, restaria o meu plano anterior (sair correndo e fazê-la achar que imaginou tudo aquilo). Um plano simples, mas brilhante em toda a sua simplicidade. Eu podia buscar uma solução melhor depois, se ela acabasse por estar blefando comigo e tudo o mais. A questão primordial era ganhar tempo.

É claro que ambas as idéias tinham falhas. A primeira, principalmente, se mostrava a mais preocupante. Porque, tipo, para ela ter se surpreendido com uma magia tão simples quanto a que eu fiz, era correto dizer que o grau de experiência dela nesse campo era nulo, praticamente o de uma amadora. Será que ela reagiria de forma satisfatória ao meu ataque? Mas, bem, eu contava com o elemento-surpresa. Bruxos novos, principalmente os inexperientes, acabavam por executar alguma magia de defesa quando se encontravam em situação de perigo. Era algo involuntário, intrínseco do nosso instinto de preservação. Para dizer a verdade, eu ainda chego a fazer isso, ainda que raramente.

Quanto ao outro plano... Ela poderia muito bem sair atrás de mim e me ver descendo o penhasco, não é mesmo? Bem, nem tudo é perfeito.

Respirei fundo novamente e resolvi arriscar. Num gesto rápido, eu joguei na direção de seu rosto o punhado de areia que tinha em mãos. Hesitei entre correr e permanecer ali para presenciar o resultado (principalmente porque, bem, a hipótese dela ser fanática por Harry Potter me parecia mais viável do que o fato de ela ser realmente uma bruxa, devo confessar). E, novamente, surpreendi-me ao notar que a areia parou a poucos centímetros do seu rosto.

Own, não é que a amadora era mesmo uma bruxa?

Não contive um suspiro de alívio. Pronto, resolvida a questão. Minha mãe não precisava mais cometer filicídio do meio...

Observei-a caminhar calmamente em minha direção, esboçando um ar de poucos amigos. Arqueei uma sobrancelha para ela e sorri meio de lado para a areia caindo no chão e sendo soprada lentamente pelo vento. Tornei a mirar a amadora e percebi que o ar enfezado continuava lá... Qual é; será que ela não tinha senso de humor? Francamente!

-Samantha Good, o prazer é todo seu. E a sorte também. – ela se apresentou, estendendo a mão em seguida. Eu apenas me limitei a bater as mãos uma na outra por um tempo para tirar o resquício de areia que havia nelas.

-Corinne Nurse. – me apresentei, sustentando o sorriso, apertando a mão dela calmamente. – O prazer e sorte é todo seu também, já que você também é bruxa e, por causa disso, eu não preciso desmemoriá-la por conta da situação, embora pretendesse utilizar esse fato como último artifício... E algo podia sair errado. – ‘tá, não era uma efetiva verdade, mas também não consistia numa total mentira. – E desculpe pela areia e tudo mais, mas, você sabe, são apenas procedimentos usuais para constatar a veracidade das suas palavras. – não que houvesse algum ressentimento evidente em minhas palavras, maaaas... – Agora, Samantha, o que realmente me intriga é... Como você se surpreendeu com o fato de ter me visto realizando uma magia tão simples quanto aquela?
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyQui Out 09, 2008 10:06 pm

-Corinne Nurse. O prazer e sorte é todo seu também, já que você também é bruxa e, por causa disso, eu não preciso desmemoriá-la por conta da situação, embora pretendesse utilizar esse fato como último artifício... E algo podia sair errado. E desculpe pela areia e tudo mais, mas, você sabe, são apenas procedimentos usuais para constatar a veracidade das suas palavras. Agora, Samantha, o que realmente me intriga é... Como você se surpreendeu com o fato de ter me visto realizando uma magia tão simples quanto aquela?

Eu não pude deixar de dar uma risada com suas palavras.

- Então... Quer dizer que se alguém te confrontar durante o jantar o procedimento usual é começar uma guerra de comida e torcer pra pessoa não te levar a mal? - Disse irônica, me sentando em uma pedra antes de a encarar e responder sua pergunta, tentando ser o mais sucinta possível e tentar não transparecer o certo nojo que eu sentia da situação. - E respondendo a sua pergunta, eu descobri que sou uma bruxa a exatas... 21 horas e alguns minutos. Meu pai achou que seria... Seguro esconder esse pequeno... Fato de mim...

Eu não sabia até onde eu poderia falar sobre isso com ela, apesar de uma parte de mim achar que seria seguro. E ia ser bom ter alguém de fora pra conversar sobre isso, de qualquer modo.

- Hey... Eu te conheço, não conheço? Você está na minha classe de matemática!
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptySeg Nov 03, 2008 1:47 pm

Então, a amadora não era nenhuma fanática por Harry Potter buscando alguma evidência de que o mundo mágico existe de verdade e, tão pouco, queria me expor num evento como a mais nova aberração da natureza. Eu ainda estava aliviada com isso, mas, obviamente, nem morta iria confessar de que tinha pecado por ter sido tão relapsa com minha própria magia e quase ter quebrado o sigilo... Por duas vezes. E, ainda levando em conta Harry Potter – oh, sim, tirando as varinhas, eu até gosto da história... e do(s) ator(es), obviamente –, eu fico muito feliz pelos nossos bruxos não proibirem o uso da magia fora da escola para menores de idade. De qualquer forma, nem temos escola. E duvido que algum de nós fosse concordar com isso, depois de tanto tempo. Eu não concordaria.

E talvez até fosse presa por representar um perigo à tradição e à sociedade bruxa, mas isso não é muito importante. Eu penso no escarcéu que muito provavelmente iria fazer se isso acontecer de fato, um dia. (E, sendo sincera, espero que nunca aconteça).

De qualquer forma, quando eu terminei minha breve explicação e meu pedido de desculpas sem teor algum de arrependimento, a amadora demonstrou que tinha um pouco de senso de humor quando começou a rir da minha cara. Eu apenas arqueei uma sobrancelha, perguntando-me mentalmente se ela acharia igualmente engraçado que eu ainda tivesse algum punhado de areia e a fizesse agradavelmente “comê-la”. Sorri meio de lado enquanto a observava se sentar em uma pedra próxima a nós, cruzando lentamente os braços num típico gesto de quem pergunta de forma muda o que aparentava ser tão divertido para ela... Talvez ela tenha captado minha mensagem, pois acabou falando alguns instantes depois.

- Então... Quer dizer que se alguém te confrontar durante o jantar o procedimento usual é começar uma guerra de comida e torcer pra pessoa não te levar a mal? – oh, não é que a amadora sabe ser mesmo irônica? Ri de leve em resposta.

-Hm, por aí... Mas, pense pelo lado bom, se o jantar estivesse muito chato antes, eu poderia dizer que contribui para quebrar toda aquela monotonia. – sorri de forma irônica. – Mas, você sabe, se a pessoa me levar a mal, realmente, quem vai sair perdendo será ela... – pelo ar que ela esboçou, eu soube que ela não estava muito satisfeita com a minha resposta.

Samantha ficou em silêncio por alguns instantes e esboçou um ar que eu não soube indicar com muita precisão. Eu aproveitei a deixa para secar minhas roupas – agora úmidas, é válido acrescentar – antes que qualquer outro maluco resolvesse aparecer no topo do penhasco e perguntasse se essa era uma nova forma de lavagem a seco – ou, pior, fosse mesmo um fanático por Harry Potter e formasse uma gangue para me seqüestrar por pensar que eu fosse parente dele ou algo assim –, e antes que eu pegasse uma pneumonia ou algo do tipo e passasse o resto do ano entrevada em uma cama.

Eu estava a secar a minha calça quando ela começou a responder meu anterior questionamento, confessando que havia descoberto que era uma bruxa a menos de 24 horas. Eu parei meu precioso trabalho e ergui o olhar para encará-la, demonstrando certa surpresa por conta do feito. Abri a boca para responder, mas percebi que não sairia muita coisa coerente de lá e tornei a fechá-la. Voltei a terminar a secagem de roupas e respirei fundo.

Sabe, pelo jeito que ela falou do assunto, eu não estava muito certa de que seria uma boa opção dizer, ainda que fosse sem nenhum teor de seriedade, que se ele fosse meu pai eu decerto o mataria por esconder algo do tipo. As perguntas vieram aos montes e eu tentei dar certa linearidade e lógica a elas. A principal foi, definitivamente, o fato de ela nunca ter notado, ainda que minimamente, que havia algo de errado com ela. Tipo, será que ela nunca tinha feito nada de “esquisito” ou algo assim? Não sei, ter levitado cadeiras, feito cabelos mudarem de cor ou crescerem, e tantas outras coisas mais. Mas talvez o pai dela fosse pirado o suficiente para ter selado os poderes da filha quando ela ainda era pequena. Ele deve ter trauma de inquisições, ou algo do tipo.

Enfim, não importa... Eu acho. Ele devia lá ter suas razões, embora eu pense que nenhuma me parece suficiente para levá-lo a uma situação tão extrema. Não mesmo.

-Hey... Eu te conheço, não conheço? Você está na minha classe de matemática! – Samantha engatou num novo questionamento, ao notar que o silêncio havia se instalado entre nós. Àquela altura, eu tinha terminado com minhas roupas e tentava dar um jeito na juba que certamente havia virado meus cabelos. Observei-a por alguns instantes, num ar sério que eu dificilmente gosto de fazer, e me acomodei numa pedra próxima a ela.

-Hm, acho que sim. Eu tenho a impressão de que já vi sua cara em algum lugar... Se não somos da mesma classe, a gente pode ter, não sei, se esbarrado lá na Junípero Serra. Eu estudo lá também. – como se em Carmel tivéssemos muitas opções, maaas... – Você não sabia que era bruxa? Hm, então ‘tá explicado o fato de não saber reconhecer magias simples de manipulações... Mas é bem simples... – eu aproximei meus dedos do chão e voltei a “brincar” com a água novamente. Estendi a palma da mão e mostrei uma pequena esfera d’água para ela. – Você visualiza em mente um dos elementares vindo até você e estabelece os comandos... E eles automaticamente obedecem. A chave é a concentração, obviamente. E isso, é claro, serve para todas as outras magias que você realizará, um dia. – sorri de leve antes de prosseguir. – Uns elementos acabam sendo mais fáceis de serem controlados do que outros; e isso varia conforme a pessoa. Acredito que seja algo a ver com afinidade, mas nem mesmo os mais velhos sabem ao certo a razão de isso acontecer. – dei de ombros, como quem não se importa, e deixei a água “ir embora”. – Mas, bem, você nunca suspeitou que havia algo de errado durante o tempo em que esconderam de você o fato de que era uma bruxa? Ou, bem, acabaram por fazer algo para que você se comportasse como alguém normal e só agora resolveram te dizer a verdade...?
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptySeg Nov 03, 2008 2:30 pm

-Hm, acho que sim. Eu tenho a impressão de que já vi sua cara em algum lugar... Se não somos da mesma classe, a gente pode ter, não sei, se esbarrado lá na Junípero Serra. Eu estudo lá também. Você não sabia que era bruxa? Hm, então ‘tá explicado o fato de não saber reconhecer magias simples de manipulações... Mas é bem simples... Você visualiza em mente um dos elementares vindo até você e estabelece os comandos... E eles automaticamente obedecem. A chave é a concentração, obviamente. E isso, é claro, serve para todas as outras magias que você realizará, um dia. Uns elementos acabam sendo mais fáceis de serem controlados do que outros; e isso varia conforme a pessoa. Acredito que seja algo a ver com afinidade, mas nem mesmo os mais velhos sabem ao certo a razão de isso acontecer. Mas, bem, você nunca suspeitou que havia algo de errado durante o tempo em que esconderam de você o fato de que era uma bruxa? Ou, bem, acabaram por fazer algo para que você se comportasse como alguém normal e só agora resolveram te dizer a verdade...?

Eu a observei executar o feitiço aparentemente simples tentando imitá-la, mas sem paciência para me concentrar extamente então só consegui fazer um bocado de areia levitar, sendo interrompida pelo final da frase dela.

- Bem... - Eu respirei fundo. - Eu acho que ele tinha esperanças que eu não tivesse herdado esse lado da família. Minha mãe é humana então eu suponho que deve haver essa possibilidade de o gene não ser... Dominante ou coisa assim, mas obviamente é. - Eu ri. - A parte engraçada é que eu, aparentemente, sou capaz de parar o tempo inconscientemente por alguns instantes quando estou atrasada ou nervosa, e cara, isso cansa... Mas eu achava que o motivo de eu nunca estar atrasada quando deveria estar era sorte e o cansaço era pressão baixa... Então outro dia eu abusei, desmaiei na escola, apesar de eu ter que considerar o fato de que um garoto pode ter influenciado isso também e meu pai percebeu que ele só estava tentando se enganar e me contou tudo... Sinceramente, se a família dele for tão ruim quanto ele diz, eu não tenho certeza se quero fazer parte disso... Eu só quero ser normal e não ficar desmaiando toda vez que eu ficar nervosa por causa do cara que eu go... Talvez esteja ficando a fim, por causa de uma porcaria de dom que ninguém nunca perguntou se eu queria ter. - Resmunguei. - Sem ofensas. - Eu disse rapidamente. - É só que ninguém nunca mais se preocupou com meu pai, ou com o fato de ele ter tido uma família... Então se meu pai nunca me contou a culpa é dessas pessoas que praticamente o deserdaram... E eu realmente não consigo entender... São pessoas que me rejeitaram também, e eu não faço questão nenhuma de ser como elas.
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MensagemAssunto: Re: Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado]   Numa tarde, no alto de uma penha...[RP Fechado] EmptyTer Jan 13, 2009 10:45 pm

Eu não posso negar que não senti a mais ínfima compaixão pela amadora por conta da sua situação atual, afinal, não deve ter sido algo relativamente fácil para ela ter descoberto, depois de tantos anos, que era algo ao qual ela era sem saber durante toda a sua existência. São raras as pessoas que sabem lidar com as mudanças, ainda mais sendo tão bruscas e tão influentes em suas respectivas vidas. Mais do que certamente, ela parece não estar conseguindo lidar muito bem com o que passou conscientemente a ser agora.

Eu a observei refletir a respeito de minhas palavras em profundo silêncio e evitei rir ou fazer algum comentário a respeito da sua tentativa frustrada de manipular a areia que se encontrava entre nós; sabia que, no fundo, concentração era o que ela menos possuía naquele momento, e não é que eu estivesse com vontade de zoar com a cara dela depois de ela ter revelado para mim, uma estranha, uma parte importante da sua vida. Ora, posso gostar de me divertir à custa dos outros, mas chego a ter certo senso de quando chega o momento de terminar com a brincadeira e começar a falar sério; embora confesse que conversar de forma séria não esteja dentro das minhas mais importantes qualidades... Mas, de alguma forma, meu lado mais sensato e amadurecido – se é que eu posso considerar como verdadeiro o fato de que eu tenho um – estava um tanto quanto aflorado aquela tarde e eu senti certa vontade em auxiliá-la no objetivo de lidar com toda aquela situação da forma mais fácil e espontânea possível. O que é um grande avanço, quando estamos falando de Corinne Nurse.


Eu escutei seu relato em profundo silêncio, ponderando mentalmente os fatos que considerei notavelmente importante e guardando tantos outros para questionar quando ela terminasse de expor o que pretendia. Não pude deixar de prender o riso quando ela titubeou ao falar sobre “o cara que ela talvez estivesse ficando afim” e dei de ombros, como quem não se importa realmente, quando ela mencionou a respeito de ser uma bruxa e do quanto parecia insatisfeita com aquela situação. Olha, para ser sincera, não acredito que se eu estivesse no lugar dela estaria agindo de forma melhor do que a dela. Ela encerrou suas palavras referindo-se aos Good e a situação de seu pai frente àquela família; não contive um pequeno sorriso sarcástico antes que finalmente me manifestasse sobre o que ela expusera.

-Eu vou te confessar uma coisa, amadora... – comecei, sustentando o sorriso, e arqueando uma sobrancelha de leve antes de prosseguir. – Eu realmente não sei se o que seu pai te falou sobre os Good se enquadra no que eu entendo sobre ser ruim, mas, definitivamente, só de pensar que os Good têm a intragável da Lindsay como líder atual, eu definitivamente não tiro a razão de seu pai quando ele decidiu ficar por todo esse tempo afastado dela... Tendo ele sido ou não deserdado ou desterrado por conta disso. – respirei fundo por alguns instantes antes de prosseguir, careteando mentalmente por estar tendo uma postura excentricamente séria para falar com ela. Definitivamente, estou surpreendendo até a mim mesma agora... – Sem ofensas, claro; mas, se você tiver o azar de conhecê-la um dia, entenderá sobre o que eu estou falando... – gracejei num meio sorriso. – Mas nem todos nessa família são ruins... Pelo menos eu acho. O sucessor dela, Paris, que deve ser seu primo ou algo assim, pode até fazer praticamente tudo o que ela manda, mas não parece ser tão insuportável quanto a velhaca. – além de ser um gato, é claro. – Então, creio que os Good ainda têm salvação. – ri baixinho. – Bom, acredito que devo ignorar a parte em que você diz só ter uma possibilidade de estar gostando do cara que gosta, embora fique notadamente curiosa em saber quem é. – falei num ar completamente inocente, como quem não quer nada. – Mas, bem, posso dizer que, mesmo que você deseje ser alguém normal, querer ser algo e poder ser algo são coisas obviamente distintas, e você, infelizmente, não pode mudar o que você é apenas porque deseja isso... – ela fez um ar de que isso era óbvio e eu não pude deixar de gargalhar por conta disso. – ‘Tá, eu sei que você sabe, mas eu estou gostando desse negócio de falar sério, para variar... Mas então... O que eu realmente queria falar é que, se você quiser, eu posso te ajudar com toda essa coisa de ser bruxa e tudo o mais. É claro que, bem, não sou o símbolo da perfeição nesse quesito, mas posso tentar... – eu estendi de leve a mão para ela e fiz uma pose ligeiramente debochada. – Mas... E aí? Tutora e aprendiz? Colegas? Início de uma provável amizade?


[off: Sorry a demora homérica, Bells! - se esconde - ]
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