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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Bem vindo!
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Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

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Henry Raavi
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MensagemAssunto: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyTer Fev 17, 2009 1:00 pm

“E lá estava ele, de volta aquela mesma cidade a qual ele pertenceu a tantos anos, dês de que nascera.
Não poderia negar que estava notoriamente diferente do que era há dez anos atrás e não poderia deixar de constatar, todavia, que continua exatamente a mesma. A cidade com cheiro caseiro de interior se misturando ao odor da areia molhada e da maresia.

Henry aspirou aquele ar, sentindo seus pulmões se inundarem e reconhecendo aquela mesma atmosfera úmida e poluída, ainda que mais poluída que o normal. Os ares da Califórnia, com certeza, eram diferentes dos de Washington e ele considerou isso.

Ele reconhecia aquela mesma sinfonia que ressoava em seus ouvidos, vindo dos carros lutando contra o barulho efervescente do oceano. O silêncio massacrante da antiga Carmel não existia mais e ele reputou está diferença como a mais palpável.

Seus dedos correram sobre o paletó de lã e ele o tirou se amaldiçoando por trazê-los. Caminhou pela extensão da passarela que dividia o asfalto quente da areia amarelada e se permitiu admirar uma paisagem extasiante.

As luzes de néon começavam a piscar ao longe, ainda sim que o sol não tenha se posto. Os vermelhos, azuis e violentas se mesclavam numa mistura estrondosa de cores que queimavam pelas ruas arborizadas de Carmel. Os carros buzinavam e piscavam suas luzes amarelas e vermelhas e as casas e lojas abriam-se num glamour notável.

Todo o alvoroço de uma cidade turística e toda a beleza de uma mesma.

Do outra da calçada o oceano salgado vinha beijar a areia doce e sensível ao seu toque. As palmeiras se balançavam ritmadas ao vendo e os pássaros cantavam e voavam, como uma peça teatral. O sol, numa luz natural e única, estava no topo daquele céu que estendia seu pano azul como fundo para um cenário perfeito.
As ondas iam e vinham em seqüência, nunca se repetindo e sempre se misturando aquela cor indistinguível, de um azul esverdeado, refletindo as luzes do céu e do sol.

Uma linha imaginaria fazia a ruptura daqueles dois distintos cenários que, em outros olhos, jamais seria considerado possível estarem tão pertos um do outro.

Ainda que a cidade fosse um portal para lembranças amarguradas, sentia-se pronto para um novo recomeço. Não naquele lugar, ponderou. Mesmo tendo as mais belas praias e as mais verdes palmeiras, sentia-se deslocado de Carmel. Era como estar solitário andando por entre as pessoas. As lembranças não era o que o afligia e sim o vazio presente em todo aquela beleza externa, epidérmica.

Henry soltou seus ombros e respirou fundo, notando que já chegara a seu destino e ainda sim as memórias o trucidava de forma impiedosa, contudo, indolor. Estava frente ao luxo de um hotel refinado, talvez o maior desta cidade.

A superfície espelhada refletia aquela paisagem inebriante e ele não repensou antes de se aproximar das portar de vidro e se dirigir até o balcão. Pensar o estava cansando, talvez pensar demais fosse pior do que não pensar e esta filosofia era o que o convencia de apenas deixa-se relaxar, mesmo que improvavelmente.

Seus sapatos ecoavam o barulho pelos pisos lustrados da recepção e carrinhos deslizavam carregando bagagens e mais bagagens numa movimentação infatigável.

Repousou sua mochila, que carregara sobre as costas dês de que saíra do aeroporto e inclinou-se sobre o balcão de mármore, a fim de indicar seu desejo. Sorriu cordialmente, assim que a recepcionista se aproximara com um sorriso amistoso.
- Um quarto, por favor. - pediu com polidez e então toda uma enxurrada de perguntas lhe foram feitas, antes de que pudesse assinar o cheque.

Um pouco depois do que previu, já se encontrava dentro de um luxuoso elevador, com tapetes e lustres. Uma cor creme preenchia as paredes e o dourado detalhava o teto e o espelho.
Acostumara-se a tais luxos, seu trabalho proporcionara viagens iguais e esta era só mais uma primazia de ser um jovem médico, recém formado, não é espanto que ele seja convocado para conferências e trabalhos temporários.

Não obstante, desta vez era mais que uma simples viagem, era algo pessoal que o remexia internamente e fazia sua mente viajar a mil, capturando lembranças de sua família e de sua árdua infância nesta cidade, até o momento em que fora embora e sobrevivera, para logo depois retornar.
Suspirou, se culpando por mais uma vez voltar a chacinar sua mente com um passado distante, porém, não distinto.

Tentava ignorar muitas coisas dentre sua vida e uma delas, além de seu passado, era seu presente. Um real presente, um dom, que ele considerava uma maldição, mas não a odiava, no entanto.
Ser diferente era considerado doentio, para ele era uma sina, algo que lhe foi proposto e terá de se acostumar, ainda que lhe custe mais do que talvez agüente.

As portas abriram e sua memória se fechou. Obrigou-se a ignorar tais desgostos e caminhou pelo corredor vazio, até o quarto que lhe fora designado. Orou mentalmente para que, pelo menos desta vez, pudesse deitar-se e dormir, mesmo sabendo que dormir não era um privilégio para alguém como ele.

Girou a maçaneta e adentrou a porta. [...]

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Última edição por Henry Raavi em Seg Mar 09, 2009 8:34 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyTer Fev 17, 2009 4:34 pm

Eu estava arranjando o que fazer em Carmel,as aulas já tinham começado...mas,ás vezes eu ficava sem nada para fazer.....como hoje.....
E em dias como esse,eu costumo ou sair ou fico aqui vendo televisão ou me arriscando de fazer algo novo.....
Porque,bem,eu não precisava trabalhar,na verdade,eu não precisava nem estudar, o dinheiro que meus 'pais' me deixaram me bancam para o resto da vida.....se bem que,não os vejo como pais....porque,eles não foram,já que não basta deixar dinheiro para você e pronto....
Não,não era assim....
Mas,eu não queria ficar lembrando disso,na verdade,o meu objetivo aqui era conhecer os mediadores e tudo mais,o que eu estava fazendo muito bem obrigada.....
O motivo de ainda não ter procurado uma casa fixa,foi porque....bem,eu não sei se realmente vim para ficar aqui.....
Aqui já tem muitos,fantasmas ou não,que sabem do meu segredo,ou pelo menos parte dele....não que eu tenha o intuito de fazer com que ninguém saiba,em uma cidade como Carmel é impossível você esconder que é mediadora de quem também é....a não ser que você ignore o fantasma mais próximo a você e eu não faço isso......os fantasmas são muito legais.....quando você também é com eles......
A minha 'suposta' família,Simon,eu ainda não tinha visto,mas ainda teria tempo,ou não,essa não é minha prioridade...
E justamente por conta de um fantasma que eu tinha algo a fazer hoje...
Uma senhora morreu....sem testar uma receita que ela tinha feito.
E ela estava me seguindo pela 'casa' toda para eu fazer isso.
O que,no fim das contas,acabei fazendo....
Estava na cozinha agora e tirava uma espécie de lasanha do forno,o cheiro era muito bom....só restava saber se o sabor também era....ou se eu tinha seguido as instruções direito...
Ela,Melanie,como descobri ser seu nome estava toda animada do meu lado e quando eu estava cortando a lasanha...ou sei lá o que era...ela desapareceu e disse um 'eu volto depois para ver o resultado'....o que não entendi bem o porque....e continuei ali,até que ouvi passos e pensei que era ela voltando para ver o resultado e imaginando que eu que teria que comer.....
E quando olhei para cima vi um rapaz......e ele não tinha nem um brilho incomum....muito menos se parecia com a sra. Melanie....
-Quem é você?
Eu perguntei instintivamente apontando o dedo para ele e logo vi que ele estava olhando para o meu dedo e cautelosamente baixei o olhar também......não era de se estranhar que ele estivesse olhando o dedo apontado,afinal,não era só o dedo,mas a faca também....
Mas não tirei a faca dali,continuei do mesmo jeito....e continuei as perguntas...
-Como,diabos,você entrou aqui?E o que,pelo amor de Deus,você faz aqui?
É,não fosse situação eu riria por ter colocado dois nomes importantes na mesma frase,mas eu não estava para brincadeiras agora.....
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyTer Fev 17, 2009 7:14 pm

[...] Henry viu todos os seus planos de deitar-se e relaxar irem por água a baixo no momento em que notou que o quarto de hotel não era exatamente o que esperava.

Sua beleza era realmente admirável. A cama bem posta, o televisor no alto de uma estante preta, sófas e outros móveis adornavam a suíte, que além de tudo, ainda continha uma pequena sala ao fundo. As paredes em cor creme, igualmente a todo o hotel, contrastava com o escuro dos móveis de mogno. A vidraça dava para um vista indescritível do oceano a alguns metros de distância e toda a dimensão do apart hotel tinha espaço suficiente para que pudesse desfrutar de seu descanço.
Contudo, não fora só isso que notara. Havia algo estava diferente e ele não demorou a perceber que não era o único naquele aposento.

Ainda que a cama estivesse impecavelmente arrumada e o ar de limpeza se visesse presente em todo o local, ele não pode ignorar que havia alguém se acomodando ali.
As malas de roupa delatavam isso e alguns objetos, que não compunham a decoração, também.

Ele ouviu alguns murmurio vindos da cozinha e isso o chamou a atenção.
A princípio resolveria voltar para a recepção e pedir para que lhe arrumassem outro quarto, mas percebeu ser tarde, quando a pessoa que habitava o aposento pareceu notar sua presença.

Henry deixou sua mochila em algum canto no chão, perto da porta e se dirigiu para onde vinha o ruído.
Esperou que pudesse explicar o mal entendido e assim, depois de arrumar, enfim, um quarto vazio, poderia reposar e dormir, tentando aliviar o peso da viagem cansativa.

Mas o que aconteceu foi pior do que prevera.

Encontrou na cozinha uma mulher. Olhos castanhos intensos e cabelos na mesma cor. Seus cabelos presos num rabo alto e sua roupa coberta por um avental. Uma sensação entranha o invadiu e ele apenas à ignorou.
Não teria notado a beleza dela, caso tivesse visto, primeiro, o que segurava em suas mãos.

Ela olhou-a com os olhos abertos, assustados.
Sua boca voluptosa ligeiramente aberta numa expressão de espanto, óbviamente não esperava ter seu quarto invadido por um estranho.
- Quem é você? - ela perguntou depois de alguns minutos o encarando. Ela apontou-lhe uma faca, institivamente, como que para se proteger e Henry encarou aquele objeto reluzente com um susto visível em seus olhos. Não esperava chegar em seu quarto e ser esfaqueado, ainda que seus poderes permitissem se proteger. - Como, diabos, você entrou aqui? E o que, pelo amor de Deus, você faz aqui? - ela continuou numa frase confusa e séria.

Henry apenas levantou as mãos, num sinal de confiança ou talvez porque ela ainda lhe apontava a faca.
- Calma! - ele falou - Esse quarto é meu... - sua voz dura, ainda que tentasse manter a calma, não seria fácil com aquela faca a centímetros de seu corpo - ... Eu acho. - acrescentou - Será que pode... Abaixar a faca? - perguntou rispidamente, apontando para a peça afiada. [...]
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyTer Fev 17, 2009 8:38 pm

Em uma situação dessas uma pessoa não sabe o que fazer,ou talvez saiba,mas eu não sabia.....ou pelo menos não lembrava agora.....
Bom,eu não fiquei com medo,mas bem,não é comum pessoas,que não são fantasmas nem são empregados do hotel entrarem aqui sem minha permissão,e a faca?
Eu continuava com ela apontada para o rapaz.....que aliás,pude notar ser bem bonito....Loren,o que você está pensando?
Foco,você tem que saber o que ele está fazendo aqui....
E então ele levantou as mãos....peraí....eu virei policia agora?Tudo bem,eu estava com a faca,mas não iria revistá-lo ou coisa do tipo....
-Calma!
Ele disse,mas,quem tem calma em uma hora dessas?Eu não....
-Esse quarto é meu.......Eu acho
-Nossa,que coincidência,é meu também.
Eu disse ironicamente....
-Será que pode...Abaixar a faca?
Pediu ele rispidamente...
Bom,nessa hora,eu confesso,fiquei um pouco sem graça,ele não tinha cara de ser uma pessoa do mal,e eu já tinha entendido a confusão que tinha dito e então baixei a faca..
-Ahm,desculpa,eu....-Disse sem graça.....Não sabia o que falar,e nem precisava oras,aquela situação não precisava de palavras e sim de ações e foi exatamente isso que eu fiz....
Comecei a sair da cozinha e ir em direção a porta e sentia ele me acompanhando com o olhar,talvez sem entender.....vai saber?
E eu me virei novamente para ele....forçando um sorriso a sair...
-Que tal resolvermos isso?
Apontei sugestivamente para a porta.
E ele começou a protestar....oras,quem ele achava que era para protestar?Eu tentando ser o mais educada possível e ele lá....a mais isso não ia ficar barato,não ia mesmo.
-Olha aqui,quem você acha que é?Chega no meu quarto......--E tornei a repetir...-...no meu quarto...e se acha no direito de reclamar...me desculpe,mas quem tem primeiro esse direito sou eu.
Disse isso em um tom também ríspido e já quase gritando de raiva.........ele veria ali quem tinha mais poder sobre aquele quarto!
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptySex Fev 27, 2009 12:03 am

[...]Em outra situação ele poderia dizer simplesmente que aquela garota é linda e até mesmo chamá-la para sair se ela não o ameaçasse apontando-lhe uma faca.
Não fosse o objeto afiado, também havia sua voz ríspida e seu olhar massacrante que, apesar de zangado, ela parecia, ainda sim, tranqüila ou ao menos tentava se manter serena.

Depois de pedir que ela abaixasse a faca, o que o estava incomodando muito e impedindo de a ver um diálogo plausível entre ambos, ela o olhou sem graça e depois voltou a fitar a faca.
- Ahm, desculpa, eu... - ela soltou uma frase desconexa e gaguejou por um momento.

Henry vacilou por um instante e suspirou quando ela abaixou o objeto. Isso tudo porque ele só pediu uma noite de descanso para alguém que viajou horas e horas em um voo agitado.
Talvez devesse estar acostumado a não ter uma vida tranqüila e sadia, nunca foi assim.
Mas por um momento, só por um momento, ele queria poder se jogar na cama e dormir sem sonhar com absolutamente nada.
Foi exatamente por isso que ele protestou diante da medida tomada pela mulher a sua frente.

Ela se dirigiu à porta com o intuito de que saíssem do apartamento e resolvessem isso em outro lugar, talvez na recepção. Foi o que ele constatou pelo que ela disse
- Que tal resolvermos isso?
- De forma alguma eu saio desse quarto. - protestou euforicamente. Tinha uma idéia em mente e não mudaria.

Estava cansado, seu corpo clamava por uma água quente e seus ossos pareciam despedaçar a cada passo que dava.
Nenhum de seus poderes poderiam resolver toda esse fadiga. Somente a antiga, velha e sempre ativa medicina caseira: banho e cama.

- Desculpa moça, mas eu só quero descansa. - ele falou, tentando parecer educado, o que não conseguiu já que seu tom foi mais para frio e ríspido que educado e Cortez.
Ela estivera sendo educada e ele se arrependeu por não retribuir. Mas só por um instante, já que no outro a seguir ela deixara a educação de lado e partira para o mesmo tom de voz que ele... Ou até um pouco mais agressivo.
- Olha aqui, quem você acha que é? Chega no meu quarto... - ela disse e enfatizou - ...No meu quarto... E se acha no direito de reclamar... Me desculpe, mas quem tem primeiro esse direito sou eu. - o tom dela havia aumentado e ela se manteve controlada para não gritar, apesar de não ter conseguido alcançar tão bem esse objetivo.

- Escuta, tá legal. - ele pediu, também falando alto - Me escuta. Eu só quero descansar... Só isso... - falou gesticulando com as mãos nervosamente - Só tô pedindo isso... - Henry soltou um suspiro forte e soltou as mãos, deixando o ombro cair. Seus dedos alcançaram os fios grossos de seu cabelo e ele disse - Quer falar com a recepção? Com o dono do hotel? Com o presidente? - ela interrompia suas falas, mas ele parecia ignorar - Ótimo, vamos falar com eles... - ele saiu pelo quarto à fora e alcançou um corredor, olhando para trás e esperando que ela o seguisse, mesmo a contra-gosto.[...]
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptySáb Mar 07, 2009 7:35 pm

Todos tem problemas,mas,porque...eu pergunto,porque tinha que acontecer justo isso comigo?
Sim,eu queria algo para me distrair,mas a lasanha já estava de bom tamanho........ok,mentira,não estava,mas não precisava ser isso....
E enquanto,por um momento eu caí no erro de ser educada com ele,ele fez o favor de não o ser.....perdi a paciência....e olha que conseguir isso de mim com toda certeza é uma proeza.....
-Escuta,tá legal. Me escuta. Eu só quero descansar....Só isso. Só to pedindo isso.
E ele começou a mexer no cabelo de um jeito tão bonito que quase esqueci o porque mesmo estava brigando com ele.....e por um momento,só por um momento eu tive pena dele,mas aí retornei a minha consciência....
-E eu só quero ter o meu quarto só para mim.
Disse com raiva e quase gritando,aquela quase calma já esquecida......o que acho que foi um tanto de ignorância minha repetir que queria o quarto só para mim tantas vezes....e ele foi saindo e falando algo que não pude entender,já que no mesmo momento estava gritando com ele...só captei o final....
-Ótimo,vamos falar com eles...
Com eles quem meu Deus?
Ah,claro,o pessoal do hotel,e quando saí para o corredor pude notar ele parado olhando para trás para ver se eu ia...mas é lógico que eu ia....
-Olha cara,eu não tenho nada contra você,só entenda que o quarto é meu e é melhor arranjarmos outro pra você ok?Você com toda certeza não quer dormir no sofá quando está pagando caro por uma cama ok?
Disse reunindo toda minha calma possível....mas um deslize dele,e a calma não viria mais tão rápido assim...
Comecei a andar do lado dele a passos rápidos...
-No meio do caminho tinha uma pedra...tinha uma pedra no meio do caminho...
Sussurrei isso para mim mesma esperando que ele não tivesse ouvido,mas acho que ele ouviu....mas,sem problemas.....
Eu nunca ia me esquecer dessa pedra......
Eu já estava até com a respiração tranqüila quando a sra. Melanie apareceu de novo....
-Volte outra hora...
Eu disse sem nem ligar se ele me acharia uma louca ou não.....e ela sumiu,acho que entendeu a situação....
Chegando a recepção o sr. Dawn abriu um sorriso ao qual eu não retribuí...
-Em que posso ajudá-la Srta. Simon?
É,eu tinha chegado bem na frente dele até a recepção...
-Bom sr. Dawn,o hotel de vocês cometeu um equívoco e enviou este rapaz.. - E gesticulei com as mãos na direção dele...me toquei que não sabia seu nome,mas não queria saber também...- ...para o mesmo quarto que eu,espero que o senhor possa consertar esse erro o mais rápido possível ok?Senão....posso não fazer Direito.....mas sei bem o que poderia acontecer...
Comecei a frase em um tom sério,que logo se tornou um tom chantageador....
Oras,eu sei me virar muito bem sozinha,obrigada....

Spoiler:
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptySex Mar 13, 2009 10:40 pm

[...]Ter uma relaxante e serena noite de sono pareciam idéias distintas naquele momento, ao menos para Henry e a cada passo que dava em direção ao imenso corredor daquele hotel, mais desistia de tais pensamentos e tudo o que fazia era se praguejar por não ter escolhido outro hotel ou até mesmo por sua má sorte.

Quando fora chamado para àquele pequeno auxílio em Carmel, achou que a única dificuldade que teria de enfrentar era se lembrar do seu passado resguardado em cada canto daquela cidade litorânea. Jamais pensou que outros problemas poderiam intervir na sua estadia, mas ainda tinha a esperança de que este fosse o único e o menor deles.

Otimista, porém, nem tanto. Caminhou a passos longos pelo corredor de cor marfim que os levaria até o elevador, já não se preocupou mais se estava sendo seguido ou não, iria resolver este empecilho sozinho ou com a moça e preferia que ela estivesse junto, para solucionar logo de vez este embaraço.

- Olha cara, eu não tenho nada contra você, só entenda que o quarto é meu e é melhor arranjarmos outro pra você ok? Você com toda certeza não quer dormir no sofá quando está pagando caro por uma cama ok? - ela disse, logo atrás dele, o seguindo rapidamente. Henry soltou um suspiro forte e fechou os olhos, jogando a cabeça para trás. A última coisa que queria era novas discussões e talvez por isso tenha sido mais educado desta vez, ainda que sua vontade fosse de gritar. Porém, sabia, no fundo, que a culpa não era dela, um dos motivos pela qual tentou se apaziguar e responde-la num tom normal.
- Também não tenho absolutamente nada contra você. Me desculpa se foi isso que aparentou... - sua voz era rígida, contudo, ainda baixa - Também não quero pagar caro por toda está confusão. - como se ele não tivesse dito nada, ela simplesmente aumentou os passos e se dirigiu até o elevador, passando em sua frente. Toda aquela calma que ele mantinha em respeito à ela e até à sua própria saúde, pareceu se dissipar no ar e agora ele queria realmente, realmente gritar. Gritar com ela.

- No meio do caminho tinha uma pedra... Tinha uma pedra no meio do caminho... - ela sussurrou, baixo, para que ele não escutasse, mas não baixo o suficiente, já que ele pode ouvir de forma clara e por isso exibiu um sorriso sarcástico, justamente para que ela notasse, logo depois sussurrou, no mesmo tom que ela, ou até mais alto para que ouvisse.
- Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra... - ela o olhou de esguelha e apenas ignorou novamente.
Henry sorriu, não sarcástico, mas natural, pela primeira vez estava achando graça da situação, ainda que preferisse estar descansando em uma cama grande e acomodada, lendo algum livro ou apenas dormindo.

A medida que andavam o elevador parecia ficar mais longe, somente para piorar a situação, então ele começou a assoviar discretamente, feliz por notar que isso incomodava a mulher ao lado. Ainda que ela se mantivesse o mais firme possível para ignorá-lo

- Volte outra hora... - ela disse casualmente, tanto que chegou a assustá-lo, então ele rolou os olhos e disse
- Eu definitivamente mereço toda esta loucura. - claro que ela ouviu, mas pareceu empenhada em ignorá-lo o máximo possível e isso com certeza o irritava extremamente, mas entendia a jogada e não ia deixar se abalar.

Finalmente chegaram ao elevador. Henry se inclinou e levou a mão para apertar o botão do terraço, mas ela se adiantou e eles quase se tocaram. Porém, ele se afastou e murmurou um pedido de desculpas qualquer.
A viagem até a recepção pareceu durar horas ao invés de minutos. Ambos apenas olhavam para o teto, ou o espelho, ou a porta, ou os números, evitando se encarar até que as portas finalmente se abrissem. E elas abriram, revelando o piso lustroso da recepção e a balburdia de pessoas entrando e saindo, arrastando suas malas e indo até os elevadores.

Foram até a recepção sem dizer absolutamente uma palavra e ainda evitando troca de olhares.
Henry se distraia vendo as pessoas ou apenas se odiando por não ter escolhido outro hotel, outra hora, outra cidade...
O que de fato seria melhor, ir para outra cidade era tudo o que ele queria, ao menos teria sossego, pelo menos achava que teria, a julgar pelo seu atual pessimismo, chegou a pensar que seria pior ou igual em qualquer outro lugar.

Ele apenas deixou que ela se adiantasse, deixando que ela fosse em sua frente e a ignorando, assim como ela fazia com ele. Mas chegou logo atrás, a tempo de ouvir a pequena discussão que se iniciava na recepção.
- Bom sr. Dawn, o hotel de vocês cometeu um equívoco e enviou este rapaz... - então ela apontou na direção dele, de forma nervosa e confusa. Ele lembrou-se que não havia se apresentado. Teria considerado de uma falta de educação imensa, se não fossem as circunstâncias - ... Para o mesmo quarto que eu, espero que o senhor possa consertar esse erro o mais rápido possível ok? Senão... Posso não fazer Direito... Mas sei bem o que poderia acontecer. - ela continuou, nervosa, assustando o recepcionista, porém, Henry se adiantou, quando sr.Dawn - como ouviu se chamar - abriu a boca para pronunciar algo.
- Me desculpe, sr. Dawn, certo? Desculpe toda a confusão, mas, realmente, eu só queria uma noite de sossego. Estou acabado, a viagem foi longa e o dia cansativo, só quero meu quarto, porque eu estou pagando bem cara para dividi-lo com esta senhorita. Ainda mais quando ela tem uma faca em suas mãos. - Henry soltou uma pequena risada o que fez o recepcionista também rir e isto irritou a garota, que até então ele não sabia o nome, profundamente, fazendo-a suspirar forte e desfiar um pequeno e nervoso discurso, sua irritação alegrava Henry. Ele não podia negar que ela ficava engraçada quando nervosa e até mais bonita, com os olhos castanhos brilhando e faíscando intensos.
- Me desculpem, realmente eu... - sr. Dawn tentava, mas era interrompido pela moça a sua frente, ainda irritadiça, mas se acalmando a medida que desabafava.
Henry apenas a olhava e olhava o recepcionista, esperando o seu momento de falar.[...]


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Última edição por Henry Raavi em Seg Mar 16, 2009 10:27 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptySeg Mar 16, 2009 8:22 pm

Não tem quando,por mais que você tente,você faz de tudo,mas a calma e a paciência parece sempre e sempre ir embora?

Pois é,isso não é do meu feitio,em geral sou uma pessoa...bom,eu não diria bem calma,mas calma com certeza....e
paciente,mas esse rapaz tinha conseguido tirar tudo isso de mim..em alguns minutos...eu me pergunto,porque eu?

Ok,eu já me fiz essa pergunta,mas,as vezes é bom repetir para ver se isso realmente está acontecendo,melhor do que me beliscar..ele já estava me achando louca mesmo....oras,e desde quando eu ligo para a opinião dele?

Na verdade,me surpreendi que ele conhecesse Drummond,mas preferi ignorar,assim como o fiz o caminho inteiro,até mesmo quando ele pediu desculpas...afinal eu também pedi desculpas,e o pedido dele,foi em resposta ao meu,estávamos quites não?

Não,mas é lógico que não,seria demais se estivéssemos,afinal,não merecemos isso.......meu Deus,eu ajudo um monte de fantasmas desde que tinha,sei lá,desde que era pequena,e não podia ser ajudada agora?

Nossa,eu estava perdendo novamente a paciência,quando uma fala dele,definitivamente,me ajudou a perder....de novo...eu estava com sentimentos muito inconstantes hoje....

- Me desculpe, sr. Dawn, certo? Desculpe toda a confusão, mas, realmente, eu só queria uma noite de sossego. Estou acabado, a viagem foi longa e o dia cansativo, só quero meu quarto, porque eu estou pagando bem caro para dividi-lo com esta senhorita. Ainda mais quando ela tem uma faca em suas mãos.

E soltou uma risada e foi acompanhado pelo sr. Dawn...bom,digamos que eu perdi a calma..pela milésima vez.Acho que já disse que tinha perdido a calma,mas não custa relembrar...

-Eu tenho todo o meu direito de ter a faca na mão,eu estava cozinhando e.....e não devo satisfações a vocês..e continue com as gracinhas,que eu vou torcer para a faca poder voltar pra minhas mãos o mais rápido possível.

A raiva na minha voz se tornou rapidamente um tom ameaçador,eu não tenho medo de muita coisa na vida,e tenho muito amigos fantasmas,senão amigos,pelo menos conhecidos,é lógico que ele não precisa saber disso..ainda.

-Me desculpem,realmente eu...

-Cometeu um erro?Que bom que o senhor sabe,e é bom consertá-lo bem rápido.

Não,talvez nenhum dos dois tivessem culpa pelo erro,mas,eu não estava conseguindo segurar mais minha raiva,ela acabava sendo descontada em alguém,mesmo sem eu querer.

Devo admitir,no rapaz ao meu lado eu queria despejar a raiva sim,ele merecia....okay,ele não merecia,mas nesse momento ele merecia e muito.

O sr. Dawn disse algo,que eu não ouvi direito,mas parecia que ele estava perguntando se nos eramos namorados...nos quem?Eu e..e esse cara do lado?

Nunca,eu devia ter imaginado a pergunta,eu estava ficando louca,ter visto fantasmas não me fez bem....eu teria que me internar....

-O que o senhor disse?

Eu disse sem entender muita coisa,o rapaz fez menção de que ia falar e eu coloquei a mão na frente de seu rosto,em um claro pedido de silêncio.

-Não diga nada sr. Dawn,só resolva,me desculpem....os dois..pela minha alteração...eu,eu não estou nos melhores dias.

Era uma total mentira,mas,eu tinha que pedir desculpas,eu sabia que ainda me alteraria mais,que eles já ficassem avisados....

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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptySeg Mar 23, 2009 7:14 pm

[...]Quanto mais nervosa ela ficava, mais divertia Henry, algo nela era atrativo o bastante para fazer ele achar graça e até mesmo não conseguir mais prestar atenção no recepcionista. Todavia, ainda estava irritado com todo aquele alvoroço o que não o fez se esquecer de que, com certeza, demoraria para poder ter seu momento precioso de descanso.

Ainda que a culpa não fosse total da garota ao seu lado, boa parte de seu nervosismo era associado à pequena discussão que haviam tido e ainda tinham desde o encontro que tiveram na cozinha, aliás, desde que ele viu aquela faca apontada para seu pescoço.
Não que fosse um real perigo, ele poderia contornar isso facilmente, apenas usando seus poderes, mas jamais faria isso, primeiro porque ela estava indefesa, segundo porque ele não iria se expor. De qualquer forma ela não era uma ameaça, exceto quando estava na TPM, com certeza, toda mulher é uma ameaça nesses dias do mês.

Como era de se imaginar, ele se arrependeu do comentário sobre a faca porque isso ocasionou uma série de sermões vindo por parte dela, contudo, ele não deixava se achar atrativo e até mesmo interessante.

- Eu tenho todo o meu direito de ter a faca na mão, eu estava cozinhando e... E não devo satisfações a vocês... E continue com as gracinhas, que eu vou torcer para a faca poder voltar pra minhas mãos o mais rápido possível.

Henry apenas riu e ignorou o comentário, dando de ombros e se voltando para o recepcionista que era arduamente interrompido por ela.

- Me desculpem, realmente eu...

- Cometeu um erro?Que bom que o senhor sabe e é bom consertá-lo bem rápido. - ela interrompeu a tentativa fracassada do recepcionista de acalmá-la e Henry abafou um sorriso, para não deixar a situação pior do que já estava.

- Desculpa moça, mas esse nervosismo não resolve. - ele disse, evitando olhá-la e com a voz distante, displicente, como que provocação. Ele sabia que merecia que ela descontasse a raiva toda nele, afinal, Henry não estava facilitando, de forma alguma.

Quando ela pensou em dizer algo, o recepcionista se adiantou, tentando não começar uma discussão, porém, no meio da pressa, ele atropelou as palavras e acabou falando o que não devia.

- Bem, por acaso vocês são namorados ou coisa do... do tipo? - ele gaguejou notando o olhar massacrante que ela lhe lançou, quando ele começou a proferir a frase.

Henry o olhou desnorteado, confuso e seu olhar também era mortífero.

Ainda que fosse apenas o nervosismo, era óbvio de que ele e a moça não eram namorados, jamais, afinal, ele nem sabia como ela se chamava, quanto mais seriam namorados.

Contudo, ele se ponderou e apenas sorriu, nervosamente, respondendo ao recepcionista
- De forma alguma... - ele riu - Nem sequer nos conhecemos... - sua voz era esganiçada, ainda que permanecesse o tom rouco e aveludado.

A garota, por sua vez, tentou se manter o mais calma possível, ainda que olhasse para o recepcionista como se fosse cortar seu pescoço e sua voz irritada era, com certeza, uma prova da sua ira

- O que o senhor disse? - ela perguntou, faiscando os olhos, parecia não acreditar que pudesse ser pior do que já estava sendo.

Henry pensava o mesmo, isso tudo porque ele foi para Carmel com o simples intuito de fazer um bom trabalho, mas parecia que seria difícil de isso acontecer já que, desde que chegara nada estava dando certo. Pessimismo não, realidade.

No entanto, ele não podia negar que estava sendo divertido. Ainda que depois, em seu quarto, relembrando todo o acontecido ele fosse se perguntar: "Porque diabos estava rindo seu imbecil"; no momento, o rosto ruborizado e a voz irritadiça dela, somente o deixava admirado.

Ele pensou por um momento, refletiu sobre se devia dizer mais alguma coisa, então abriu a boca, pensando em se desculpar, ou esclarecer algo mais, mas, foi bruscamente interrompido por ela, a qual colocou a mão na frente de seu rosto, num sinal para que ele não falasse nada.

Isso o deixou exasperado, a falta de educação dela para com ele era palpável e ele se perguntou, mais uma vez, se todas de Carmel eram desta forma ou se ela tratava todos dessa forma, chegou a pensar que o problema era só com ele, não que ele se achasse culpado, mas alguém como ela, com a aparência e o porte da mesma, não poderia ser sempre assim, ele esperava que não.

- Não diga nada sr. Dawn, só resolva, me desculpem... Os dois... Pela minha alteração... Eu, eu não estou nos melhores dias. - ela falou depois de um tempo quando os gaguejos de sr. Dawn não serviram em nada para responder-lhe.

Depois da palavra "desculpem" e "os dois", Henry não conseguiu pensar em mais nada a não ser no que diria a seguir.
É claro que ele já havia pedido desculpas antes, tendo como resposta uma fala nada agradável da moça ao lado, porém, ele achou que não deveria devolver na mesma moeda, ainda que o seu "eu" imprudente brigasse para que o fizesse.

- Está desculpada. - ele disse somente, rolando os olhos e evitando olhá-la, então se virou para o sr. Dawn e perguntou - Será que poderia resolver nosso problema, agora, por favor? Está se dificultando cada vez mais a situação e eu não quero novas discussões, então... Poderia ser rápido? - ele pediu, seu desespero para que pudesse voltar para seu quarto correto era quase tangível. Mas ela não parecia se preocupar que eles estivesse nervoso ou coisa do tipo, aliás, sua frieza para com ele era tão mais doloroso do que sua irritação.

Contudo, Henry apenas ignorou-a também, ainda que irritado e perturbado em seu íntimo, lutando contra seus pensamentos imbecis e sua vontade de provocá-la, só para que ela o notasse novamente.

Mas sua luta interna foi interrompida, minutos depois, quando o recepcionista, vidrado na tela de seu computador, virou-se para ele e para a moça, com uma feição desanimadora.

- Será que poderia esperar ali, naquela sala da recepção? - então ele apontou para uma pequena saleta, com algumas revistas e um conjunto de sofás cor dourado, a parede creme, um local luxuoso, uma sala de espera.

- Por quê? - perguntaram os dois ao mesmo tempo, nervosos e se inclinando para frente do balcão

- Por favor... - o recepcionista pediu, implorou

Henry suspirou forte e apenas pensou que ao menos assim poderia descansar, então se virou para a garota e disse, com um sorriso, mesmo depois de tudo, ainda provocativo.

- Vamos?[...]



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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyTer Mar 24, 2009 9:11 pm

Um,dois,três,quatro,cinco índiozinhos,seis,sete,oito,nove...tem dez índiozinhos....

A música não tinha muito a ver...sim,eu sei disso,mas não custava pensar nela,custava?Não.

E porque,diabos,ele ria de uma situação dessas?Por que eu não podia estar assim também?O stresse pode me deixar velha mais cedo...eu estudo medicina,eu sei disso. Ou pelo menos eu acho que sei...

- Está desculpada. -Eu peço desculpas tentando ser mais educada possível e ele nem sequer se dá o trabalho de olhar pra mim?- Será que poderia resolver nosso problema, agora, por favor? Está se dificultando cada vez mais a situação e eu não quero novas discussões, então... Poderia ser rápido?

Novas discussões....eu acho que ele se referia a mim,poxa,será que eu estava sendo tão chata assim?

Como uma coisa me tirava totalmente do sério....eu respirei fundo e preferi ficar quieta por enquanto,não valia a pena falar algo.

Eu já estava cansada da situação toda,eu já tinha mudado meus sentimentos tantas vezes em poucos minutos,eu tinha gritado,eu tinha ouvido coisas que não queria ouvir e não sei como ainda não tinha explodido de vez. E eu me segurava justamente para isso não acontecer.

Eu deixei tudo nas mãos do estranho ao meu lado e fiquei só observando.

Os minutos passavam e nada era resolvido,eu ainda estava quieta,mas estava prestes a falar algo para agilizar toda história quando o sr. Dawn começou a falar,eu já estava dando graças a Deus que tudo seria resolvido quando ouvi o que ele disse.

- Será que poderia esperar ali, naquela sala da recepção?

É,seria resolvido,mas não agora...

Olhei para a sala que ele apontava e parecia um lugar confortável,mas não mais que o meu quarto,que o meu sofá...

- Por quê? -Eu perguntei instintivamente ao mesmo tempo que ele..pelo menos a gente parecia concordar em algo de vez em quando.

- Por favor... -Ele pediu claramente dando a entender que ele não queria mais confusão.

Então ele se virou pra mim com um sorriso,que apesar de provocativo,era lindo,bom,na verdade,ele era lindo....

Fico me perguntando...se não fosse a situação,eu seria mais educada com ele,bom,eu tentei,e aparentemente ele estava tentando também..

– Vamos?[...]

Eu sorri também,bom,se ele podia ser educado,eu também poderia..mesmo que minhas ações não dependessem das dele....mas parecia.

Eu só concordei com a cabeça e fui andando ao seu lado em direção a sala..

Eu folhei uma revista e perdi a paciência...revistas de fofoca não eram o meu forte.

-Por que aqui não pode ter revistas decentes?

Eu estava pensando alto,mas eu não ligava pra isso,eu observei toda a decoração da sala e logo me cansei,por fim,resignada,me virei pra ele.

Ele parecia ser o único que não tinha perdido a paciência,ou pelo menos aparentava ser,eu estava cansada da situação e queria puxar algum assunto,mas,por algum acaso eu tinha idéia de como começar?

Eu apoiava minha cabeça na mão e o braço estava apoiado no sofá,eu estava sentada confortavelmente e ele estava do meu lado...tantos sofás na sala..e nós sentamos um do lado do outro..eu suspirei e novamente me virei para ele.

-Simon.

Eu estendi a minha mão livre para ele,esperando que ele retribuísse o gesto.

Simon era somente meu sobrenome,mas eu não queria nem precisava dizer meu nome agora,a hora certa chegaria...
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyQua Mar 25, 2009 4:45 pm

Henry não esperava que no fim tudo pudesse dar certo, aliás, ele não esperava em momento algum que ele e a moça poderiam se entender de forma educada e sem troca de farpas, até porque, tudo que acontecera até ali fazia-se pensar que seria impossível tal hipótese.

Mas, notavelmente, a situação parecia se apaziguar e à medida que os dois não discutiam mais e seus rostos tornavam-se amenos, o recepcionista soltava um suspiro de alívio e voltava a olhar para a tela de seu computador, tentando, de todas as formas, arrumar uma solução.

Bem, ao menos ele estava tentando.

E para não tornar o trabalho dele desagradável, Henry tentava parecer o mais agradável possível, se permitindo sorrir para a moça quando a convidou para que se retirassem até a sala apontada pelo recepcionista.

Surpreendentemente, ela retribuiu o sorriso, o que assustou, porém, encantou Henry, já que achou seu sorriso doce e notoriamente lindo. Já poderia afirmar que o sorriso era a característica mais marcante na beleza da moça.

Porém, ele apenas ignorou tais pensamentos e a seguiu, se sentando, propositalmente, ao seu lado, em um dos sofás da saleta.
Claro que poderia ter escolhido diversos outros sofás à distância, mas achou que seria mais conveniente se estivessem próximos, afinal, tentaria, pela última vez, ter um momento de paz, então iniciaria um diálogo e seria desagradável que conversassem tão longe um do outro.

Obviamente ele poderia encurtar tão pretexto e dizer logo de uma vez que queria sentar-se ao lado dela porque queria, ora, e quem iria julgar?

Bom... Talvez uma pessoa, mas não era o caso de se lembrar dela, agora.

Henry se moveu nervosamente no sofá, tentando pensar em algo para dizer e sem a mínima vontade de ler quaisquer daquelas revistas ali, sobre a mesa.
Contudo, a moça parecia bem à vontade com a situação, lendo uma manchete qualquer de uma revista qualquer.

- Por que aqui não pode ter revistas decentes? - comentou, mais como um pensamento alto, se referindo a uma revista que lia sobre fofocas e logo depois desistindo e a colocando sobre a mesinha, junto das outras.

Henry pensou em dizer algo, mas apenas sorriu. Mais algo surpreendente a respeito dela, não pensou que, diferentemente da maioria, ela não gostasse de revista de fofocas e isso com certeza era uma qualidade.

Então ela se virou para ele e por um momento, o silêncio trucidante preenchia a sala e um desconforto voltava a tomá-lo.

Ela não parecia desconfortável e até mesmo, à vontade, firmou o braço sobre o encosto do sofá e apoiou a cabeça com a mão. Algo que ele julgou até mesmo sedutor, a supor que a expressão serena em seu rosto a deixava, com certeza, bem mais bonita do que quando nervosa.

- Simon. - ela disse de repente, estendendo-lhe a mão livre.
- Raavi - ele apertou sua mão e, da mesma forma que ela, somente disse seu sobrenome, mantendo a polidez.

O ambiente de harmonia parecia estranho para Henry, ao menos no momento, já que há poucos minutos ele e Simon parecia querer massacrar um ao outro, todavia, estava sendo interessante e até divertido poder ter um diálogo simples e sem rodeios ou discussões ou qualquer tipo de briga.

Pela primeira vez naquele dia, ele se sentia descansado.

- Então... Simon? O que está fazendo em Carmel? - perguntou naturalmente, acertando sua postura no sofá e sorrindo de canto, esperando que ela respondesse.[...]
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyQua Mar 25, 2009 5:35 pm

As pessoas sempre me surpreendem,apesar de gostar de falar mais com fantasmas,sempre que falo com pessoas vivas,elas me surpreendem,sempre.

-Raavi. -Ele disse retribuindo o aperto de mão.

Eu disse,as pessoas vivas geralmente me surpreendem,tudo bem,ele estava tentando ser simpático,não era muita surpresa,mas desde que começamos....hm,ok,desde que eu comecei uma inútil discussão,eu pensava que não seria capaz de me dar bem com ele.

Mas,assim como as aparências,as primeiras impressões também nos enganam.

Eu sabia que assim como eu,ele tinha dito também somente o sobrenome,não era estranho,só diferente.

- Então... Simon? O que está fazendo em Carmel?-Ele perguntou ao mesmo tempo que se ajeitava no sofá e abria novamente um sorriso,ele sorri muito.

Eu comecei a refletir sobre a pergunta dele,o que eu fazia aqui?

Eu não poderia dizer a verdade,não,ou pelo menos não toda a verdade.

-Eu vim pelo estudo.

Eu não estava mentindo,só ocultando fatos,o que não é a mesma coisa,acredite,eu tinha vindo estudar,mas não vi só estudar medicina,vim estudar mais a fundo os fantasmas e meu 'dom' ou 'maldição',veja como quiser.

-Medicina. -Eu disse com um aceno de cabeça meio que para confirmar o que tinha dito.

Ele começou a rir e isso me intrigou profundamente,eu olhei pra ele e ele começou a se explicar.

-Desculpe,mas,você faz medicina?

Ah,ele por algum acaso estava zombando de mim?Achando que eu não tinha capacidade de fazer medicina?

Eu podia não dedicar todo o meu tempo a isso,mas eu gostava da medicina também,ai de quem falasse que eu não gostasse.

Quer dizer,se fosse alguém que eu conheço,ainda vai sabe?Mas,alguém que eu só vi agora e só sei o sobrenome?

-Não entendi,o que você quis dizer com o riso e com a pergunta? -Eu perguntei já levemente irritada,será que eu não poderia ter alguma conversa decente com esse Raavi sem ele me dar motivos para brigar?

-Sim,eu faço medicina,por que?

A essa altura,a irritação,que há muito eu pensei estar esquecida,estava voltando muito rápido e eu já estava olhando pra ele com muita raiva.

Ah,como eu queria chamar algum fantasma agora para dar um jeito nele,mas,eu daria uma chance a ele.

Porque,eu poderia ter cometido um equívoco também. E continuei a fitá-lo esperando uma resposta,no mínimo,decente.

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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyQui Abr 02, 2009 5:14 pm

Ele realmente não devia ter dito o que disse, realmente não devia mesmo. Mas ele disse e não pode se conter de rir quando ela lhe confessou que fazia medicina em Carmel. Era óbvio que ela não tinha a mínima aptidão para lhe dar com pacientes, ela mesma sequer tinha paciência. Então não era plausível a idéia de se tornar doutora, julgou até que ela só fazia tal curso por mando dos pais.

Henry poderia dizer isso porque ele era médico, um dos motivos para estar em Carmel e sabia o quanto ele tinha que aguentar, mas sempre mantendo a calma, tinha uma tranquilidade ilimitada, só que não parecia ser o caso da morena que tinha uma taxa de tranquilidade à baixo do normal da população, foi o que ele pensou, já que desde o inicio ela parecia bem nervosa e como alguém pode fazer medicina sem ter paciência com os pacientes?

De qualquer modo, ele viu que o momento de paz e sossego tinha durado muito menos do que ele esperava e isso era lastimável. Imaginou que demoraria menos para ela explodir, mas seu comentário irônico sobre ela fazer medicina foi à gota para que a garota - Simon - se irritasse novamente.

- Não entendi, o que você quis dizer com o riso e com a pergunta? - ela perguntou, já se irritando e mais uma vez foi provado, para Henry, que ela jamais poderia lhe dar com outras pessoas, como poderia se seu forte, com toda certeza, não era serenidade? Nem mesmo calma, paciente, tranquilidade e quanto mais ela se irritava mais ele provava para si mesmo que tinha razão. - Sim, eu faço medicina, por que? - disse o olhando com raiva e exacerbação.

Enfim, nem mesmo Henry com seu gênero extremamente e até irritantemente calmo, conseguia se manter tranquilo na presença daquela garota irritadiça. Já não achava mais graça em suas explosões e poderia afirmar com toda certeza que fora um tremendo desprazer conhecê-la. Se praguejou por ter invadido o quarto dela, antes tivesse sido o de um assassino, talvez assim se considerasse mais sortudo.

Mas agora o estrago já estava feito e o que lhe restava era tentar tornar a situação menos desagradável o possível, então fez um grande esforço para tornar-se calmo novamente e tentar acalmá-la, dizendo em um tom baixo:
- Bem, por nada, só acho que não é seu forte. - disse com um sorriso amistoso, tentando voltar ao clima apaziguado. Porém, foi traído pela própria imaginação, já que ficou a imaginar que os pacientes dela sairiam do hospital direto para um manicômio e isso o fez rir, sem poder de conter, cada vez mais provocando a ira da moça.

Era verdade que ela se estressava por qualquer motivo, mas ele admitia que um pouco da culpa se devia ao fato de ele não se conter em provocá-la, mesmo que estivesse se cansando das discussões, não negava que ainda sim era divertido. Uma infantilidade de sua parte, admitia e talvez, mais tarde, tentasse consertar isso, mas, de qualquer forma, sua implicância para com ela não era algo que ele pudesse adestrar tão facilmente, porventura fosse só uma forma de chamar-lhe a atenção.

Mesmo que estivesse sendo divertido até aquele momento, só era divertido até um certo ponto, mas não achou tanta graça depois do que ela disse ao seu respeito e isso o fez ficar igualmente exasperado ou até mais do que ela. Fazendo com que dissesse:
- Quer saber por que não acho que você é apta para ser médica? Porque você realmente NÃO É apta para fazer medicina. - falou, dando ênfase ao "não" - Não sei se ensinaram na sua escola, mas geralmente o médico tem que ser tranquilo e a palavra tranquilidade passa longe de alguém como você. - disse num desabafo, já que não aguentava mais toda aquela situação e mais alguns minutos com ela, ele explodiria e não sobraria uma pedra naquele hotel para contar história. É, talvez sua calmaria não fosse tão ilimitada assim.

Infelizmente ele sentia que era a mesma situação com ela, já que ao invés de entender e compreender o que ele disse, ela ficou ainda mais irada. Admitia: até ele iria ficar desgostoso caso alguém lhe dissesse isso, mas já mais daria motivo para que alguém dissesse e jamais gritaria por isso, no máximo usaria um outro argumento contraditório, mas hoje não parecia ser um bom dia para àquela, de modo que ela realmente gritou e se enfureceu ainda mais.

Então a discussão voltou a toda força, acabando com qualquer oportunidade da paz voltar. Acho que falavam tão alto que até mesmo os hospedes do hotel poderia ouvir na recepção. Suas falas eram desconexas e em tons altos, todo que se ouvia era uma balburdia e cada um querendo falar, e falar mais alto que o outro.

Assim, Henry jogou para o ar toda a paciência que tinha e mesmo que depois fosse se arrepender, ele preferia se arrepender descansando em sua cama, num quarto de hotel, só para ele, com nenhuma morena [s]bonita[/s] irritante para perturbá-lo.
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyDom Abr 05, 2009 5:15 pm

Confesso,paciência não é uma das minhas virtudes,mas,com os meus pacientes,eu tento ser a pessoa mais paciente do mundo,chega a ser uma ironia não?

Mas com os fantasmas é a mesma coisa,meu único problema é com pessoas normais.

Sabe,eu não tenho problemas,só,sei lá,acho que pessoas que não sejam fantasmas e nem estejam doentes são mais difíceis de convivência.

Por conta disso,as vezes,ou na maioria das vezes,eu perco a paciência fácil com pessoas como .... como posso dizer? Perco paciência rápido com pessoas do tipo dessa do meu lado.

Eu procurei olhar em volta,reparando os detalhes da sala pra me acalmar,mas isso não me acalmava, nem mesmo ver chiclete no teto provando ainda mais a incompetência do pessoal do hotel conseguia me acalmar,pelo contrario,me deixava ainda mais irritada.

Como eu fui ficar hospedada tanto tempo nesse hotel?

Ok,o atendimento não era tão ruim assim, mas os hospedes que começaram a chegar eram,não no sentido da beleza,mais pela educação mesmo.

- Bem, por nada, só acho que não é seu forte.

Ele falou,me tirando dos meus pensamentos,e de repente começou a rir,como se isso por algum acaso fosse me fazer sorrir também,rolei os olhos e continuei séria.

Eu comecei a encará-lo novamente,essa explicação dele não provava que eu tinha cometido um equívoco ao me alterar,pelo contrário,só mostrava que eu estava certa.

-E você por algum acaso é algum tipo de analisador de perfis?

Porque eu tinha que esquecer a palavra exata justo agora?

- Quer saber por que não acho que você é apta para ser médica? Porque você realmente NÃO É apta para fazer medicina. Não sei se ensinaram na sua escola, mas geralmente o médico tem que ser tranquilo e a palavra tranquilidade passa longe de alguém como você.

A raiva já tinha me inundado por completo,e as lágrimas logo começaram a vir,embaçando minha visão.

-Não é porque eu trato você assim,que eu trato todos assim.

Eu disse isso,aumentando completamente meu tom de voz,estava pouco me lixando sobre o que os hospedes e empregados do hotel iriam pensar de nós,eu só precisava colocar aquilo pra fora.

-Eu...VOCÊ nunca me viu atendendo,nem nada do tipo,quem você acha que é pra falar comigo assim? Você é um estranho que acha que sabe,mas não sabe nada,portanto faça o favor de se calar.

Eu sei que não devo satisfações a esse cara,mas nessas horas,quem lembra disso?

As lágrimas já caiam e a minha respiração já estava ficando alterada,eu não estava assim pelo que ele disse,eu estava assim por conta da raiva,eu não ligava para o que ele estivesse falando,eu só queria voltar para o meu quarto.

Isso é pedir demais?

Eu já tinha me levantado e já estava me dirigindo a recepção,quando me lembrei de algo e virei novamente para ele.

-Você nunca mais fale comigo nesse tom,ou melhor,nunca mais fale comigo,ou irá se arrepender e você não tem nem idéia do que lhe poderá acontecer. -Era por essas e outras razões,que falar com pessoas normais poderia ser trabalhoso.- E sim,isso é uma ameaça.

O sr. Dawn chegou no meio da minha última fala,mas eu não ligava para o que ele pensava,só olhei pra ele,e ele entendeu o que meu olhar quis dizer.

-É..hm,o problema foi resolvido senhores,vocês podem voltar ao quar...er,quer dizer,cada um pode ir para seu próprio quarto.

Ele disse cautelosamente e mostrava nervosismo, na certa com medo que eu pudesse explodir com ele também.

-Obrigada.

E saí dali,eu não precisava ficar mais ali,eu enfim voltaria para um local onde eu teria um pouco de sossego.

Eu respirava profundamente enquanto ia subindo para o quarto.

Quando cheguei no quarto,eu deitei na cama e apaguei,tentando assim,esquecer o dia de hoje,o que depois se mostraria bem difícil.
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MensagemAssunto: Re: And this is just the beginning... (fechado)   And this is just the beginning... (fechado) EmptyQui Abr 16, 2009 10:33 pm

[...] A situação estava ficando mais crítica do que ele pensava. No começo poderia ser engraçado vê-la se irritar daquela forma e até provocá-la, mas ela, por outro lado, não parecia achar tanta graça e por consequência, Henry começava a enxergar que não era tão hilário assim.

Por um momento se sentiu um estúpido... Especialmente quando notou os olhos marejados da garota a sua frente, mostrando que ela não estava simplesmente irratada, estava mesmo muito irritada.

Sim, ele se sentia um completo estúpido.

Não que ele fosse totalmente culpado, mas era ele quem tinha maior parcela de culpa e estava começando a reconhecer isso, percebendo que apesar de querer irritá-la, não queria que ela chorasse, não queria vê-la chorando e um sentimento estranho começava a tomar conta dele, um arrependimento que ele achou que nunca ia sentir, principalmente por estar discutindo com alguém que a minutos atrás ele considerava irritante e impaciente.

Mas ela não parecia tão irritante, parecia mais irritada e de alguma forma ele não gostou disso, achou-se um idiota e tentou consertar de todas as formas, ainda que as investidas dela o deixasse nervoso, tentou se ponderar e refletir mais sobre o que ele é e não o que ele estava sendo.

- Não é porque eu trato você assim,que eu trato todos assim. - ela gritou, as lágrimas embaçando sua visão e molhando seus olhos.

- Escuta... Eu sei... - ele falou com mais cautela, tentando uma aproximação, mas não pareceu surtir efeito, quanto mais ele falava mais ela se zangava e ele se zangava.

- Eu...VOCÊ nunca me viu atendendo, nem nada do tipo, quem você acha que é pra falar comigo assim? Você é um estranho que acha que sabe, mas não sabe nada, portanto faça o favor de se calar. - disse ainda mais alto, chamando a atenção dos hospedes e do recepcionista que já estava chegando.

- Eu não sou ninguém, tem razão. ENTÃO porque você ainda está aqui ouvindo minhas idiotisses? Vamos, o quarto é seu, até o hotel é sou, só não precisa ficar aqui... - ele gritou, talvez mais irritado consigo mesmo e querendo que ela fosse embora de todas as formas para evitar que continuassem discutindo e para evitar se arrepender.

Nesse momento eles já estavam de pé, ambos bem próximos e cada um falando mais alto que o outro, gesticulando e apontando.
Henry preferia estar em uma espelunca do que ali, naquele hotel, vendo aquela garota gritar e chorar e ainda saber que a culpa é totalmente sua.
Antes tivesse escolhido o pior hotel de Carmel, teria descansado mais, aliás, agora ele estava mais cansado do que alguém que não dorme a semanas, na verdade, ELE não dorme a semanas, desde de que decidira vir para essa cidade, logo essa cidade. Já não tinham acontecido coisas suficientemente ruins aqui?
Parecia que não...

- Você nunca mais fale comigo nesse tom, ou melhor, nunca mais fale comigo, ou irá se arrepender e você não tem nem idéia do que lhe poderá acontecer. - ela gritou, minutos depois do que ele disse e parecia ainda mais violenta, na verdade, estava mesmo mais violenta, nada que o fizesse sentir medo, contudo. - E sim,isso é uma ameaça. - ela e ele não não se assustou nem com o tom nem com a ameaça, então ela achava que poderia ser mais perigosa que ele?

Mais perigosa que um bruxo?

Ela não o conhecia, jamais saberia com quem estava tratando, talvez se soubesse teria um pouco mais de cautela com suas palavras.

- HA! E o que você pode fazer comigo? Hã? Me matar? Pois tente, talvez consiga me matar e será famosa por ter matado um... - mas ele não terminou, não poderia, como poderia contar seu segredo que ele lutou tanto pra esconder?

E a medida que discutia com ela, mais demonstrava seus poderes, a começar pelo jarro de flores em cima da pequena mesinha de centro que começava a chacoalhar perigosamente.

Ele notou isso e achou estranho. Era impossível acontecer algo do tipo, ao menos improvável já que ele treinou muito para controlar seus poderes e nunca alguém o havia irritado o bastante para que ele perdesse o controle de suas ações, não só relacionadas ao fato de ser um bruxo, mas também por estar gritando e dizendo àquelas coisas que jamais diria alguém, especialmente à uma mulher.

Havia algo nela que o descontrolava internamente, cada parte de si estava fora do lugar e mais descontrolado ficava quando olhava para ela e para seus olhos castanhos faíscantes, irritadiços e até mesmo assustados.

Tinha que dar um fim nisso e antes que o fizesse de forma errada, por sorte, o recepcionista chegou e ele agradeceu mentalmente por isso, já que ao se concentrar no homem bem trajado, ele simplesmente conseguiu fazer com que o jarro parasse de balançar e conseguiu se controlar em relação à ela, já que evitou olhá-la novamente até que tudo fosse esclarecido.

- É..hm, o problema foi resolvido senhores, vocês podem voltar ao quar...er, quer dizer, cada um pode ir para seu próprio quarto. - ele gaguejava, parecia assustado com toda a discussão e, assim como Henry a moça, queria terminar logo com isso.

- Obrigada. - a garota falou somente, tentando ser educada com o recepcionista que não tinha culpa de nada. Ele realmente não tinha, mas não era motivo para Henry o agradecê-lo, de forma que ele simplesmente passou pelo recepcionista e apanhou a chaves que ele tinha em mãos, sem nada dizer.

A garota, Simon, já ia à sua frente, apressada para voltar ao quarto e à fim de não arrumar discussões, ele deixou que ela fosse, apanhando o elevador seguinte.

Para seu azar, como se não bastasse toda a confusão, o recepcionista o colocara no mesmo andar que a garota de cabelos castanhos. Mas, felizmente, os quartos eram distantes, de forma que ele pode entrar para o seu sem se preocupar se iria vê-la de novo e se novas discussões começariam.

Agora, diferente de antes, ele entrara cauteloso, apoiou-se sobre a porta a entreabrindo e olhou para dentro do quarto vasculhando qualquer resquício que delatasse ter alguém ali.

- Por favor, diga que não tem ninguém. - ele pediu sussurrando para si mesmo e como se suas preces fossem atendidas, realmente não havia ninguém e ele pode respirar fundo, agradecendo por tudo ter, finalmente, acabado.

Sem nem mesmo se arriscar a tomar um banho ou buscar sua mochila que havia esquecido na recepção, ele se jogou na cama, apagando a luz do abajur e logo pregando os olhos, tentando recuperar as várias noites de sono perdidas e o desgaste físico que sofrera esta tarde.

Contudo, ele dormiu sonhando com uma certa morena irritante que atormentava até mesmo seus sonhos... Porém, poderia dizer com certeza que não era um pesadelo.


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