Dados Iniciais:
- Em uma temporada de bloqueio mental, resolvi escrever isso agora, de uma hora para outra, totalmente sem pensar, sem nexo, apenas as palavras foram fluindo, por isso é tão curta, mas eu consegui expressar o que estava em meus pensamentos nesse momento. A shortfic se passa em algum período entre Lua Nova e Eclipse.
Enjoy it.
-x-
Eu estava andando, meus passos ecoavam substancialmente pelo piso de concreto e as paredes revestidas com azuleijos brancos, mas que não estavam fazendo nenhuma iluminação perante aquele corredor escuro. Eu tentava andar o mais rápido que podia, tirando da minha cabeça as dores físicas que se tornavam mais agudas a cada momento. Abaixo de mim estava o piso quebrado, que, toda a vez que eu caía, penetrava em minha pele, fazendo com que uma dor lacinante perspasasse meu corpo. Mas isso não importava agora,não
deveria importar, porque uma dor maior estava me segurando agora, eu não podia deixar de pensar nele. Ele estava em perigo, não estava pensando em mim, o meu ''eu'' não existia agora, eu estava vivendo só para ele, e tinha a conviccção que era uma vida muito boa.
Vida. Tão superestimada. A pessoa que eu mais amava não estava tecnicamente viva. Sim,
existe uma vida depois da vida, e era essa que eu queria viver naquele momento, me transformar em uma como ele. Ele. Ah, como a simples menção de sua palavra denota seu rosto belo em meus pensamentos. Era como uma pintura atemporal que você não tem idéia de que possa existir, quanto mais estar na sua frente, ali, com você. O que eu não daria para sentir de novo o seu hálito gélido, o seu beijo, o seu corpo de mármore do meu...
Meu rosto ardia, e não por causa da poeira que era levantada quanto mais eu me locomovia, mas sim por pensar nele, não, na verdade não era por pensar nele, mas imaginar que eu não mais o tivesse. Não, não, não, era uma dor muito mais excruciante do que qualquer dor física. Infinitamente maior. Eu não conseguiria viver sem ele de novo, eu não tinha a mesma vontade de antes, ou melhor, eu nunca consegui viver, na verdade. Viver, de novo esse verbo, a palavra. O que é a vida? Vida para mim é qualquer lugar com ele, mesmo que não estejamos em um plano terrestre, ou ao mesmo humano.
Por que ele tem que se importar tanto com a minha humanidade? Eu nem ao menos me importo com ela tanto assim, não, eu não quero saber se eu irei ainda corar, ou ter fliuxo sanguíneo. Eu quero estar ao lado dele para sempre, para todo o sempre, e isso não será possível sendo humana. Ele não é um monstro. Não, não pode existir um mundo tão injusto que deixei Edward perecer em algum lugar.
Edward.....Edward...
Como esse nome me dói. Como eu queria ter ele agora ao meu lado, tocando a minha canção de ninar. Eu realmente mereço algo assim? Um amor incondicional, que cresce em uma medida que eu não imaginava ser realmente possível. A cada dia que se passa eu me vejo mais envolvida em meus sentimentos. Desde o primeiro dia que eu me deparei com seus olhos ônix eu sabia que minha vida não iria mais ser a mesma. Eu havia mudado. Ele havia me mudado.
E veio o primeiro fim. A minha separação quando estava com Alice e Jasper. Nem a adrenalina de ter um tracker como James em meu encalço tirava de meus pensamentos a visão dele. Eu me fazia lembrar todas as horas de seu toque, seu cheiro, sua face, sua voz. Eu não me permitiria esquecer qualquer detalhe dele que fosse. Nunca.
E veio o segundo fim. A dor se comparava a que eu estava sentindo agora. Não há palavras para exemplificar o que é morrer vivendo. É excruciante.
E agora isso. Ele está próximo, eu consigo sentir, mas receio chegar tarde demais. Agora está mais perto, consigo visualizar um feixe de luz pequeno. Uma luz nas sombras que me abominam.
Um grito. Parei. Agora eu tremia, enquanto chegava mais perto, estava sem cor, sem vida, o que eu iria encontrar dentro da câmara? Eu tinha medo, muito medo, agora era esse o sentimento que imperava. Eu entrei e....
-x-
Eu me acordei gritando, enquanto me debatia de um lado para o outro. ''Não, não de novo!''. Eu ofegava, estava hiperativa, descontrolada, mas, então, tudo mudou, eu o senti ao meu lado, deitado junto a mim, finalmente senti seu corpo de mármore gélido me entrelaçando. Ele estava confuso, mas a única coisa que eu consegui fazer aquela hora era abraçá-lo, tê-lo de volta em meus braços quanto a lembrança de não tê-lo voltou a me atormentar. Eu chorava, ele me consolava.
Meus olhos se encontraram com os de âmbar. Uma pintura. Um estátua. Meu Edward. Meu, meu, meu. Meu e de mais ninguém. Estava feliz em ser egoísta agora. Ele era meu, e eu era dele.
-Eu te amoFoi o que eu consegui dizer, trêmula, mas era só o que eu precisava dizer. Suas feições duras ficaram mais suaves enquanto percebia que eu estava mais calma.
-Eu te amo infinitamente mais, e foi só um pesadelo.- disse ele, me dando um beijo na testa.-
-Eu nunca mais irei deixá-la. É parte de mim agora.- disse ele, enquanto me deitava junto a seu corpo.
E eu soube, mais do que nunca , que eu pertencia a ele, e ele a mim, e nada iria mudar isso. Nada.