The Shadow Admin
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| Assunto: Ellie Parrish Ter Dez 02, 2008 8:37 pm | |
| [Dados do Player]Nome: Inês Idade: 14 E-mail: suegomes_17@yahoo.com.br Comunicadores (MSN, YM, AOL..): suegomes_17@yahoo.com.br [Dados do Personagem]Nome: Ellizabeth Parrish Idade: 23 Data de Nascimento: 06/06/1985 Local de Origem: Itália, Toscana Artista Utilizado: Michelle Monaghan Características Físicas: Ellie é dona de um corpo esbelto, atraente, morena de olhos azuis esverdeados, alta e magra. Características Psicológicas: Seu psicológico é perturbardor, possui raciocício rápido e uma mente evoluída, mas seus instintos assassinos são mais fortes e seu sarcasmo intenso. É extremamente fria e reservada, não age por impulso e não só é vingativa como seu trabalho depende disso. Biografia: Sonhos e lembranças são pedaços de vida. A lembrança dos tempos passados, em seus intantes de dor ou alegria, contribui para retemperar nossas forças e para fazer de nossa estrutura interior um bloco compacto e sólido, preparado para enfrentar as circunstâncias do presente e as incertezas do futuro.
~*~ Ela caminhou a passos sonoros pela sala extensa e fria daquele largo hospital. Seu olhar de eminência e desprezo pareceu não revelar que aquela situação lhe parecia desagradável, mas depois de tanto tempo aprendera a mentir através de sua expressão inescrutável. Sentia, em cada poro do seu corpo, que não era certo estar ali, naquela hora, naquele momento, mas se recusava veemente a virar-se para trás. Sinais de uma personalidade forte e decidida.
Decidira, a mais de um mês, que iria até o fim e suas idéias já estavam minuciosamente planejadas em sua cabeça. Maquinava cada ato de seu espetáculo dramático como se ensaiasse para a apresentação. A cada passo que dava sentia uma forte intrepidez tomar conta de si e já não mais pensava em voltar.
Outro. Ela suspirou pesadamente. Seria mais outro para sua lista.
Mas como poderia ser só mais um? Este não era um outro qualquer, era alguém que lhe deixara marcas, marcas de um doloroso passado que terminaram em cicatrizes invisíveis.
Ellizabeth não era o que se chamava de rancorosa. Conseguia dissolver suas máguas como ácido, assim que tocassem seu coração. Mas não negava ser obstinada em seguir um roteiro de árdua vingança e era isso que tornava suas tristesas soluveis, era isso que tornava seu coração venenoso.
Naquela noite, admirando o brilho enluarado iluminar o infidável corredor, Ellie parou. Parou e suspirou, sentindo cada osso do seu corpo deixar o peso de uma postura inquebrável como gelo, seus músculos se dissolveram e suas mãos receberam toda a tensão de uma mente conturbada, começando a tremer, antes mesmo de alcançar a maçaneta daquela porta. Aquele portal para um destino traçado por um intelecto maníaco que tinha como objetivo apenas uma palavra: morte.
Uma mercenária. Era assim que se denominava. Mercenária de uma vida pecadora. Suas mãos, que tremiam apenas com a certeza de um futuro incerto, eram as mesmas mãos que carregavam o ónus de um assassinato.
Suspirou mais uma vez, deixando-se levar pela capa preta da morte que determinara sua sina. Abriu a porta e adentrou o sala branca que exalava um forte cheiro de desinfetante. Elizabeth viu-se adquirir uma coragem que viera como uma explosão, tomando conta de seu coração de pedra, então seguiu seus planos, como se representasse uma cena de um teatro magistral. Aproximou-se do enfermo, seus olhos brilhando, deixando de ser azuis para adquirir um verde escuro resplandecente.
Chegou a hora! E como esperara por isso. Quase que sua vida toda. Agora, ele parecia tão frágil dormindo, tão mortal. Seu desejo se intensificou a medida que tirava a arma de seu sobretudo.
Seria tão mais fácil se ela simplesmente o asfixiasse, mas a simplicidade de tal ato tornava-o humano demais para alguém como Ellie. Ela precisava tornar as coisas mais diabólicas e crueis, precisava pagar com a mesma moeda com que fora comprada. Só que o juros havia aumentado e ao invés de arrancar-lhe o coração, iria arrancar-lhe a alma.
A pistola prateada brilhou sobre seus olhos e admirou-a antes de apontar para o homem imóvel, de cabelos cor prata. O homem estremeceu e suas pupilas reviravam-se, sua respiração fazia paracer que ele previa o perigo, mesmo em estado de sono. Elizabeth, sôfrega e desesperada, apertou o gatilho com um sorriso exposto em seus lábios rosados. Um, dois, três... Tiros ecoaram pelo corredor daquela ala hospitalar e no minuto seguinte sangue escorreu do lençol branco, pingando no piso de mármore e formando uma poça logo abaixo da maca. Ellie riu e correu para a porta, limitando-se a olhar para aquele, aquele que lhe dera vira, aquele que ela tirara a vida. Fechou a porta e pulou para uma das janelas que entregavam-se ao brilho da lua. O corredor findava em uma porta larga de correr, que apresentava a seguinte palavra em sua plaqueta: Psichiatria (em Italiano)
~*~
Quatro anos depois
Somente o som da televisão se propagava por aquela casa e o escassez de uma voz próxima deixava o ambiente com aspecto de só. Mas enganou-se quem o imaginou só. Havia alguém lá, alguém silecioso, calado, que não sentia necessário o uso das cordas vocais. Elizabeth Parrish aparecera na sala, se embebando com uma garrafa de vodka. Tapeava o controle, se sentando ao sofá, mas não encontrou nada que lhe interessasse na televisão, a não ser o noticiário local daquela pequena e vazia cidade que era Carmel. Atirou o controle para longe e bebericou um pouco do álcool.
Não sabia ao certo porque bebia, mas sabia que era para acabar com algo dentro de si. Talvez o arrependimento de ter matado incontável número de pessoas, dês de seus 17 anos. Talvez quisesse apagar as lembranças de sua infância sofrida e violenta. Talvez quisesse esquecer o assassinato da mãe e as torturas do pai. Ou talvez só quisesse se entregar as fraquesas humadas.
Elizabeth não sentia necessidade em se drogar, fazia por prazer, por passatempo, diversão...
Ouviu o telefone tocar e o atendeu, antes que o som forte trouxesse a dor culminante em sua cabeça. - Alô! - disse com o tom frio e cortante - Eleonor? - perguntou a voz masculina e grossa, do outro lado da linha. Ellie se ageitou decentemente, ao ouvir o som de sua identidade falsa. Deixou a bebida em cima da mesinha e pigarreou respondendo: - Ela! - É Fred, tenho mais um servicinho para você! - Quanto? - Depende da forma como for executado. - passou a mão sobre os lábios e arquejou, demorando alguns momentos até dizer: - Podemos tratar disso no Café, às 8:00? - Às 8:00 parece ótimo para mim. - Certo, até! - Até!
Desligou o telefone e se jogou novamente sobre o sofá almofadado. Passou a mão sobre o rosto e fechou os olhos para se perder em pensamentos remotos.
~*~
Há um mal que eu vi sob o Sol e que é comum entre os homens. (Eclesiastes 6:1) | |
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