Pleasant and calm morning visit. Or almost!

Aquele dia estava quente. Quente, claro e agradável. Aquele clima me lembrava, em muitas coisas, o Brasil. Eu não era ingênua de esperar que nevasse na Califórnia, mas também não havia me ocorrido que as coisas não fossem tão radicalmente diferentes de minha terra natal. E isso, claro, era mais um dos milhares fatores positivos que me faziam gostar daquela pequena cidade. Acordei com o pé direito e até dei um abraço em Jana antes de ir para o banho e me aprontar. Nós havíamos alugado um pequeno, mas lindo, apartamento longe do centro, e estávamos adorando tudo. Eu iria até a casa de minha irmã para dar um oi.

Aleh era ótima, claro. Uma advogada renomada na cidade e eu tinha imenso orgulho disso, é claro. Eu a amava e tinha de admitir isso. Não fomos criadas sempre juntas, mas eu a admirava. Sem falar que tê-la ali era bom se eu viesse a, futuramente, precisar de qualquer coisa. Eu tinha Jana, mas era bom conhecer mais pessoas. E eu sabia que isso não demoraria nada para acontecer. Afinal, eu sou uma pessoa sociável, na medida do possível. Não de forma escandalosa eu acho, mas sempre adorei fazer social. E em uma cidade lindinha e romântica como aquela, eu sabia que seria fácil arranjar bons amigos.

Logo que terminei de me aprontar, dei um ‘tchausinho’ para Jan e saí. Eu havida decidido caminhar, por incrível que pareça. O corpo que tenho é, modéstia a parte, belo por natureza, mas eu não podia simplesmente me descuidar. Calcei um tênis, coloquei um short um pouco acima do joelho, uma blusa branca leve e de alças e prendi o cabelo no alto da cabeça, evitando, assim, o suor. Uma maquiagem suave arrematou a produção simples. Não me arrependi de ter ido a pé. Todo o trajeto era maravilhoso. Andando por entre as charmosas calçadas da cidade, eu podia avistar o mar e ainda sentir aquela brisa gostosa que me fazia sentir-se em um filme de Hollywood. Não demorou para que, surpresa, eu me desse conta de que já havia chegado à casa de minha irmã.

A casa não era uma mansão, mas era muito bonita. Tinha uma jardim impecável e combinava com tudo em volta. Entrei pelo portal e subi as escadas que davam para a porta de entrada. Toquei a campainha e esperei que ela atendesse. Contudo, a pessoa que abriu a porta só fez com que algo em mim despertasse. E eu desconfiava que a parte de mim que despertou não era assim tão confiável.

Sentei-me na cama, depois de uma boa noite de sono. Primeiro olhei para o meu lado. Ninguem. Bem, não é como se fosse surpresa... Depois olhei para o relogio a meu lado. 9:30. Cedo... Provavelmente é por me ter deitado ás 23 horas, ontem. Ridiculo.. Fui para a cozinha e tomei o cavé-da-manhã. Enquanto o tomava comecei a planear o meu dia. Então, primeiro acho que vou correr. Depois tomo banho, vou ás compras, almoço, tento escrever alguma coisa... Ai meu deus, a vida de casado esta a dar cabo de mim! Então, como tinha pensado, depois de acabar de comer, fui vestir uma roupa mais pratica, sai e comecei a correr.

Estava calor e o dia estava bastante agradavel. Eu podia ver que várias pessoas tinham tido a mesma ideia. Carmel era uma excelente cidade para passear ou correr. Sem muitos carros nem pessoas, quente e com uma excelente vista, em vários sentidos. Depois de algum tempo e vários quilometros decidi voltar para tras. Já se tornava um pouco tarde...

Cheguei e fui directamente para o duche. Não demorei muito tempo e quando sai pus apenas uma toalha em volta de minha cintura e me dirigi para o quarto, só que antes de lá chegar alguem tocou a campainha. Ok, eu posso estar só de toalhinha mas seria uma grande falta de educação se não fosse ver quem era... O que faço? Oh, vou abrir a porta.... E foi o que fiz. Corri para a porta e a abri, e... wow! Quem é esta? Vá lá Gui, não fiques ai parado! Especialmente parado a olhar para esses sitios! Voltei a olhar para a perfeita cara dela.

- Bom dia! - sorri para a perfeição na minha frente - Posso ajuda-la? - Querida, diz o que queres que eu faço na hora!

Confesso eu que não estava preparada para... aquilo. E, olhe, o sentido deste “aquilo” não é nada ruim. Na realidade, ser recebida por um loiro sensual era a ultima coisa que eu esperava naquela manhã. Não que eu estivesse reclamando, longe disso. Na realidade, era apenas isso o que faltava para fazer o meu dia melhorar ainda mais. Sem falar nela. A toalha que no momento era a única peça de roupa que ele usava e estava tão ousadamente enrolada em seus quadris definidos. E eu tenho de admitir que meu olhar foi um pouco além dos quadris, mas minha atenção foi logo desviada para... hm, o rosto dele.

Nós nos olhamos mutuamente por um momento. E por um instante nós não falamos nada. Somente aquele clima um pouco sacana e olhares comprometedores. Contudo, ele pareceu se acordar do ‘transe’ logo.
- Bom dia! Posso ajuda-la? – Ele perguntou, endereçando-me um sorriso que fez meus pelos eriçarem e eu ficar um pouco sem fala por alguns segundos. Fechei minha boca e limpei a garganta rapidamente antes de responder.

- Bom dia. – Sim, você pode me ajudar, meu bem. Ah, se pode! – Eu vim ver minha irmã Aleh. – E foi então que a ficha caiu. Bem, a ficha já deveria ter caído a um bom tempo, quando ele havia aberto a porta. Mas, por algum razão, eu me vi certamente distraída do fato de que Aleh era casada. E se tinha um homem que podia morar lá, só podia ser o esposo dela. – Você deve ser o marido dela. Prazer, eu sou Dahiane. – Sorri abertamente para ele, estendendo a mão. E enquanto isso, eu xinguei em todos os idiomas que eu conhecia e amaldiçoei todos os santos por ele ser o marido dela. E de certo esses xingamentos não são nada bonitos para por aqui.

Ela ficou um tempo apenas olhando para mim sem responder mas depois limpou a garganta e falou - Bom dia. Eu vim ver minha irmã Aleh. Você deve ser o marido dela. Prazer, eu sou Dahiane. - Dahiane! A irmã da minha mulher que ia viver pertode nós... Porque eu me casei, mesmo? Oh, sim! Porque eu não sou bom da cabeça, como é que me fui esquecer disso! Ora, Aleh já me tinha contado que a irmã era bonita, mas... Por amor de Deus! Bonita, pois sim...

-Sim, sou eu. - e nem sabe o quanto eu gostava de não ser, neste momento.- Prazer em conhece-la, Dahiane. Sou Guilherme, mas me pode chamar de Gui. BEm, Aleh, de momento não está em casa, mas se quiser pode entrar e esperar por ela. Não deve demorar tanto assim. - ela entrou e eu lhe disse para se sentar na sala enquanto eu ia vestir qualquer coisa mais...

Ai meu deus... Se agora já é assim e estou casado a tão pouco tempo, nem imagino como vai ser depois.. Vá lá Gui, voce consegue se controlar! Aleh também não deve tardar muito.. Isso, vá, controle-se... Depois de infelizmente me ter vestido voltei a descer para ir ter com a irmã de Aleh, minha esposa. Me sentei um pouco distante dela - todo cuidado é pouco... - e um silencio se instalou entre nós... Olhei para o relógio. Ok, Aleh ainda deve demorar ainda algum tempo... Melhor fazer falar algo entretanto...

-Então, Dahiane... Ahm... Está a gostar de Carmel, até agora? - " Está a gostar de Carmel, até agora?"?! Oh, por amor de Deus! Muitos parabéns pela originalidade, Gui! E o tempo, não? Também é um optimo assunto para falar enquanto tenta não saltar para cima da irmã de sua mulher...

- Sim, sou eu. – Ele respondeu.

Ali, ainda de pé em frente a porta de entrada, desejei tanto que a resposta fosse negativa. Seria perfeito se ela fosse: “Oh, não, eu sou solteiro e você pode me atacar quando quiser. Aliás, eu adoraria que me atacasse AGORA.”. Mas não. Aquele monumento loiro e deslumbrante permaneceu sendo educado, apesar de haver algo em seu olhar que... bem, eu podia jurar que era o tipo de desejo masculino que eu conhecia.

- Prazer em conhece-la, Dahiane. Sou Guilherme, mas me pode chamar de Gui. Bem, Aleh, de momento não está em casa, mas se quiser pode entrar e esperar por ela. Não deve demorar tanto assim. - Ele continuou. Aleh Não estava em casa?

Surpresa!

- Ah, claro! - Eu anuí rapidamente com a cabeça, concordando em “espera-la” e entrei dentro da casa. Guilherme fechou a porta e afirmou que iria por alguma roupa mas que droga! e logo voltaria. Vou te contar, era realmente difícil dizer adeus àquele peitoral perfeitamente definido. Mas eu não podia simplesmente puxar ele pelo braço ou pela toalha e falar que eu adoraria que ele continuasse semi-nu.

Caminhei até a sala de estar e sentei, observando os bonitos móveis usados por Aleh. Ela tinha um bom gosto, fato. E este gosto se aplica aos homens também, eu notei. Aliás, tenho de confessar que Guilherme estava igualmente irresistível na roupa que escolheu para vestir. Ele sorriu e sentou-se no sofá comigo. Estava um pouco longe demais para o meu gosto, afinal, eu não iria pular em cima dele ou algo assim. Pelo menos eu estava tentando me convencer disto. Por um momento permanecemos em silencio. Foi igual a quando nos observamos mutuamente quando eu cheguei. Aqueles olhares discretos e ao mesmo tempo comprometedores estavam levando minha cabeça à mil! Pelo menos ele decidiu falar algo. Não era exatamente o que eu imaginava [ou queria] que ele falaria, mas serviu para quebrar o clima gelo.

- Então, Dahiane... Ahm... Está a gostar de Carmel, até agora? – Eu sorri instintivamente. Meu sorriso com certeza não era nada inocente, mas vamos fingir que ele não percebeu.

- Oh, por favor me chame de Dahi! – Fiz um gesto divertido, deslizando poucos centímetros para perto dele enquanto cruzava lentamente as minhas pernas expostas pelo mini-short. Não sei se ele notou, mas realmente não me importei. Afinal, ele com certeza não estava pensando em nada fora do normal. Ele é o marido de minha irmã! O que ele poderia pensar, huh? – E sim, estou adorando. É uma cidade cheia de surpresas interessantes, de fato. – Lancei mais um olhar intenso para ele para arrematar a minha frase. Se ele fosse esperto o suficiente, iria entender que a surpresa interessante em questão era ele.

Ela sorriu de uma maneira não muito inocente para mim. - Oh, por favor me chame de Dahi! - Dahi se chegou mais perto e cruzou as pernas. Pernas... Dahi... Irmã! Esposa! Acorda Gui! - ...eia de surpresas interessantes, de fato. - sim, surpresas. Sei o que você quer dizer...

Quer dizer, como poderia eu saber que a irmã de Aleh era... ahm... Dahi. Ai meu deus... Agora compreendo o que todos os meus amigos queriam dizer com: "Gui, voce não foi feito para se casar!" É, o casamento torna esta situação um pouco dificil, né? Enfim, pelo menos ela não parecia estar com vontade de me saltar para cima... Nem sei como! Sou perfeito! Ela tem de ter um graaaaaaaande amor pela irmã para não estar interessada... Quer dizer, até de toalha ela me viu! Mas que surpresas podia ela ter tido? Bem, eu já me exclui da lista de possibilidades, uma vez que ela é irmã de Aleh, e deve ama-la coisa que eu devia estar a fazer melhor neste momento... e isso tudo. Ai, mas o quanto eu gostava de ser a surpresa dela e de não estar casado... neste momento...

- É concordo... - Se falta algo melhor para dizer... Enfim - Bem, eu não sei quanto tempo Aleh demora - tomara que seja muitooo! pouco - mas, quer algo para beber, enquanto espera? Pode ainda demorar algum tempo até ela chegar. Pelo menos é o normal... - também há outra maneira de ajudar a passar o tempo, né? Ai Deus, me ajuda???

Gui demorou um pouco a responder. Parecia estar imerso em pensamentos. Me pergntei que pensamentos seriam esses e a minha curiosidade aflorou total. Depois de um breve momento, ele respondeu ao meu comentário malicioso.

- É concordo. Bem, eu não sei quanto tempo Aleh demora mas, quer algo para beber, enquanto espera? Pode ainda demorar algum tempo até ela chegar. Pelo menos é o normal...

Não sei porquê, mas a informação de que Aleh iria demorar fez algo se acender dentro de mim. No pior sentido da frase! Porque isso fazia minha mente burbulhar de idéias nada puras sobre como passar o tempo com o meu queridíssimo cunhado. Aquele sofá aconchegante, por exemplo. Ou a mesinha.... Ah, mas que droga! Eu preciso parar de imaginar essas coisas e o quanto antes! Mas ele é tããão lindo...

- Eu vou esperar por ela. – Sorri abertamente para ele. Eu até tentei controlar meus lábios para não demonstrar tanto prazer em saber que ela ia demorar bastante, mas simplesmente não consegui. Fiquei feliz por isso. É, sou uma péssima irmã. – E aceito um pouco de água, obrigada. – Meu sorriso permaneceu intacto. Como se estivesse tatuado em meu rosto. E o pior é que a parte Dahi-Felina estava rugindo dentro de mim. Controle-se Dahi... Controle-se...

Ele levantou e foi buscar água na cozinha. Eu fiquei lá, balançando minha perna de impaciência e ansiosidade – ansiosa pelo quê? Droga, eu sou um demônio – até que ele voltou com uma jarra e um copo. Me serviu educadamente e nossos dedos roçaram um no outro quando ele me deu o copo de água. Sentou-se ao meu lado (mais perto que antes, eu notei) e sorriu. Não resisti.
Em um impulso, fingi que o copo estava escorregando de minhas mãos e fiz com que todo o líquido caísse em cima dele. Mais precisamente em cima das calças dele. Agora deduza o que uma água muito gelada pode fazer com certas partes sensíveis...

- Oh meu Deus, me desculpe! – Eu peguei uma flanela que estava em cima da mesinha e, impulsivamente, comecei a secar (pelo menos tentei) a água. – Que destraída eu sou, sinto muito! - Esfreguei o pano, ainda movida pelo impulso e depois olhei para ele.

Paralisei com o olhar dele. Foi simplesmente... %$#@#$
E então ele me agarrou.