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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Oh, you are just like me! [fechado] Atrama

Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

 Oh, you are just like me! [fechado]

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Sebastian Drake
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MensagemAssunto: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptySeg Out 06, 2008 9:39 pm

Se há uma coisa que o fato de ser um fantasma te faz aprender é ser... Observador.
Ou talvez isso seja só uma característica minha, sei lá. Mas o que está em questão é que, sim, eu sou observador. O que é algo meio obvio, já que praticamente ninguém interage comigo, sabe? Porque, cara, eu sou-um-morto. É até engraçado pensar nisso por este ângulo, mas eu nunca fui de fazer muitos floreios. Sem mencionar que eu já morri há quase um século, então eu já me acostumei ao que eu sou. Um fantasma.

Depois que eu, por algum motivo que não me convém, acabei vindo para mais uma cidade cheia de palmeiras da Califórnia. Nunca me afastei de todo do lugar onde eu nasci, mas, depois de algum tempo, eu decidi que não voltaria mais lá. De qualquer forma, parar naquela cidade não estava em meus planos. De qualquer forma, segui meus instintos e rumei para lá. Aprendi que nunca se sabe o que o destino nos reserva, e, como eu definitivamente não tenho muita coisa para fazer, apenas me mudei de lugar.
Após chegar à Carmel - e isso foi recente – sempre sinto que.. Bem, que pessoas me observam. Não sou nenhum ignorante e sei que existem Médiuns, mas não é possível haver tantos, não é mesmo? Então, quando vejo alguém olhando para mim, só digo a mim mesmo que ela não está olhando pra mim. E sim para algum ponto que atravessa o campo onde o meu corpo invisível se encontra.

Me “alojei” em uma Escola/Universidade. O Campus era bastante grande e estava sempre cheio de pessoas. Depois de passar apenas algumas horas lá, eu já sabia que fora uma boa escolha. Ir para lá, digo. Porque nada pior do que estar em completa solidão, acredite. De alguma forma, nós Fantasmas estamos sempre dentro de nosso “casulo”. Mas, quando estamos entre muitas pessoas, podemos fingir que ainda precisamos de Oxigênio para respirar ou água para beber. E era isso o que eu estava fazendo no primeiro dia de aula da missão Junípero Serra.

Sentei em um banco do “jardim” que estava desocupado e iniciei a observar tudo a minha volta. Os alunos zanzavam de lá para cá, cheios da excitação sempre presente em seus primeiros dias de aula. Sorri ao observar alguns alunos fazendo graça e fiz caretas ao observar as diversas [e um pouco macabras] cenas que costumam ocorrer entre jovens. Jovens atuais, pelo menos.
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Helena T Korsakov
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptySeg Out 06, 2008 10:09 pm

Nova cidade, novo ambiente, novas pessoas. Eu já havia passado por isso vááárias vezes. Bom, pelo menos era melhor do que ficar parada na mesma região. As pessoas não são interessantes assim por tanto tempo. É que nem televisão, sabe? Uma hora você enjoa do programa e tem que mudar de canal. Foi perambulando por aí que eu vim parar em Carmel. Pra mim, era só mais uma cidade. Essas cidades menores geralmente me prendiam por menos tempo, mas bom... Não é como se eu estivesse com pressa, certo?

Andei por praças, passei pela frente de residências. Observei tudo o que podia e o que não podia também. Mas aquele pessoal ali parecia um pouco tedioso. Depois de muito andar por aí, fui até a escola local. Qual o melhor lugar para ver adolescentes em sua forma mais primitiva como numa escola de ensino médio?

Caminhei por entre as pessoas observando-as por completo. Pelos anos que eu havia passado fazendo isso, já tinha alguma experiência. Por exemplo, sabia que a menina que ficava no canto roendo unhas, muito provavelmente não era nenhuma santa envergonhada de falar com o seu objeto de desejo mais à frente. Quer dizer, envergonhada de falar com ele, ela podia até ser. Mas só de fazer isso também, porque segundo a minha experiência, de inocente aquela ali não tinha nada.

Era até divertido aquilo ali de vez em quando. Afinal de contas, eu tinha que me contentar com isso mesmo, né? Tá, era legal ver um cara sem camisa [na pior das hipóteses] de vez em quando, mas até isso enjoa quando você faz demais [dá até dor de dizer, mas é verdade]. Suspirei. Não que eu precisasse do ar, mas era divertido. E dá ambientação ao que eu tô querendo te dizer, certo?

Arrepio. "Aaaaai!", eu dei um gritinho. Tá, era escandaloso, mas não é como se alguém fosse ouvir. Eu já tinha até deixado de esperar/procurar alguma reação. Enfim, andando por aí, vi um rapaz um pouco mais afastado dos outros, sentado sozinho em um banco. Passei meus olhos mais a frente automaticamente, mas depois, tendo processado a imagem, voltei a olhar para ele. Nada dispensável, huh? Ah, se eu fosse viva...

Andei até onde ele estava e parei em sua frente. Virei um pouco a cabeça, examinando-o de várias ângulos. - Humm, um pedaço de mal caminho, né? Bastava ganhar uma corzinha e ficava perfeito! - Apertei os olhos como quem analisa aplicadamente e me agachei apoiando os braços nos joelhos para vê-lo melhor.
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptySeg Out 06, 2008 10:35 pm

Continuei observando os alunos da escola por algum tempo. Eu gostava de ver como as pessoas se comportam hoje em dia. Não que eu tenha nascido na Idade Média ou algo assim. Mas na época em que eu vi ao mundo as garotas não usavam mini-shorts ou se comportavam de forma... er, da forma que elas se comportam hoje em dia.
E o comportamento humano é algo que vale uma boa atenção, ressalvo. Porque eles tem algumas ações, ou fazem umas coisas que me deixam.. hm.. impressionado? Desconcertado? Estupefato?
É você vê muita coisa quando é um fantasma. Descobre cada segredo das pessoas e conhece-as mais intimamente do que qualquer pessoa viva. Pena que isso não valha para absolutamente nada.
Bem, em geral.

Vi um casal de namorados se beijando a alguns metros dali. Por um lado eu senti inveja do rapaz e por outro eu senti pena da garota. Pois mal sabia ela que ele ficava com duas ao mesmo tempo. Eu o havia visto há vinte minutos atrás com uma loira que era, aparentemente, uma líder de torcida. Juro que se ele fosse um mediador ou qualquer coisa assim, eu socaria a cara dele. Mas como ele não é, e eu sou alguém tecnicamente sem corpo concreto, tenho de me limitar a praguejar e manda-lo para o inferno.
Sinceramente! Os jovens estão cada vez piores!

Depois de um tempo, eu... Senti algo estranho. Er, não era exatamente estranho, mas era peculiar o bastante para me fazer olhar em volta e querer tomar nota do porque de eu ter sentido... aquilo. Sim, eu sou altamente observador e, não, eu não sou sensitivo. Mas é simples, quando você passa quase noventa anos como um espectro, você aprende a sentir a “vibração” que há quando outro espectro está perto.
Porem não vi nada. Digo, eu não podia saber de que lado aquilo vinha, então simplesmente ignorei a sensação.

Contudo, fui fortemente surpreendido.
Alguns momentos depois, para meu completo susto, uma garota [uma garota fantasma, eu notei] aproximou-se de mim, olhando-me minuciosamente e de forma que chegava a ser desconcertante. Eu tentei abstrair aquilo, olhando para frente e fingindo não vê-la realmente, quando ela se pronunciou. Bem, na verdade não foi bem isso, mas ela me deixou igualmente surpreso.

- Humm, um pedaço de mal caminho, né? Bastava ganhar uma corzinha e ficava perfeito! – Neste momento eu não consegui me segurar. O que ela pensava que estava fazendo? Tinha algum distúrbio ou algo parecido?
Me virei, involuntariamente, para ela, encarando-a com as duas sobrancelhas erguidas e o queixo parcialmente caído em sinal de... surpresa? Talvez mais que isso.
Ela era bonita e estava agachada, olhando-me mais minuciosamente ainda. Mas arregalou os olhos quando me viu olhar diretamente para ela. E não, eu não entendi nada daquilo.

- Me desculpe? O que você disse? – Eu, propositalmente, abstraí a parte do “pedaço de mal caminho” e até tentei não pensar nisso. Aquilo era por demais constrangedor.
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptySeg Out 06, 2008 10:49 pm

Estava envolvida demais nas minhas importantes ponderações sobre a aparência do rapaz para notar qualquer reação sua. Porém, não pude deixar de notar quando ele ergueu as sobrancelhas e olhou diretamente pra mim. Diretamente? Não, não podia ser... Devia ter sido só impressão. Sinceramente, eu pensei que depois de cinco anos já teria me acostumado com esses olhares me atravessando. Olhei para ele de novo. Não, definitivamente, ele não estava me atravessando. Arregalei os olhos com surpresa. Será que...? Prendi a respiração por um momento na expectativa [os hábitos de viva insistem em ficar impregnados].

- Me desculpe? O que você disse?

Isso foi demais para a minha pobre pessoa. Ele começou a falar e foi o suficiente para eu cair para trás de susto. Com os braços apoiados agora no chão, olhei em volta procurando a pessoa com quem ele falava. Não tinha ninguém por perto que estivesse ao menos olhando na nossa direção. Olhei para ele mais uma vez e de volta para a multidão. Não é possível... É? Ofegante [mais uma vez, o trabalho do psicológico. Quem diria que o psicológico afetava até a vida após a morte, hein?!], me virei lentamente para ele, me levantando devagar como se se o fizesse rapidamente, ele poderia desaparecer.

- Você pode... me ver? - Balancei a mão na frente dele como quem testa a visão de alguém. Então me senti ridícula. Aquilo devia ser um mal entendido. Não sei como, mas mais ridículo ainda era pensar que ele havia me visto. Que bobagem... Certo?
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyTer Out 07, 2008 4:13 pm

E depois de tudo, eu ainda me surpreendia com certas coisas...
E de quebra, surpreendido outra pessoa também. Na realidade, é bem possível que, julgando pela feição estupefata, a pessoa em questão tenha se surpreendido muito mais que eu. E nessas horas eu só consigo pensar no irrefutável fato de que o mundo é meio demente. Isso mesmo. Quando vivos, somos seres descrentes [ou crentes demais] e que tem uma visão completamente distorcida do que é a realidade. Porque, ao contrario do que pensamos, existem “almas penadas” como dizem por aí. Bem, creio que “almas penadas” seja um termo um tanto quanto irritante. Mas, como você já deve ter percebido, eu nunca encontrei um termo que se enquadre a mim e que também me agradasse.

Continuei olhando fixamente para a garota à minha frente. Ela continuava com os globos oculares quase saltando para fora das órbitas. Sua boca estava um pouco aberta, como se ela não conseguisse se concentrar o bastante para ver que... que seja lá o que ela pensava era algo errado. Talvez eu também tivesse essa mesa expressão estampada em meu rosto, mas por uma razão diferente.
Ela olhava para trás e depois olhava novamente para mim. Como se realmente acreditasse que eu não falava com ela, e sim com alguém posicionado atrás dela ou algo do gênero. Confesso que sofri para me acostumar com esses olhares dados pelos humanos. Às vezes realmente penso que estão olhando para mim. Mas como eu não sou um humano, realmente me senti fora de órbita ali. Se bem que eu sabia, intrinsecamente, que o louco ali não era eu.

A garota levantou-se de onde estava muito devagar e sem desviar o olhar intrigado.
- Você pode... me ver? – Ela perguntou, completamente descrente da resposta da própria pergunta.
Agora eu já estava um pouco mais... recomposto? Bem, de fato, eu estava menos embasbacado com os primeiros dizeres dela que é constrangedor só de lembrar.
Olhei para ela, paciente. Mas isso não a fez se acalmar um pouco ou parar de ofegar [uma ação intrigante da parte dela].
- É, eu te vejo sim. Você é morena, tem cabelos longos e castanhos, uma tatuagem no pulso, olhos muito azuis para um fantasma e parece estar completamente chocada. – Yeah, eu não menti quando disse que era observador. E isso foi mesmo uma imitação de piada. Meu tom de voz não foi nenhum pouco hostil; pelo contrario, eu tentei não assustá-la muito. Mas não creio que tenha feito-a se acalmar.
A pergunta é: o que diabos estava acontecendo com ela?
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyTer Out 07, 2008 5:59 pm

Okay, isso era estúpido. É claro que ele não estava falando comigo, que coisa mais besta de se perguntar! Se ninguém falara em cinco anos, porque iriam começar agora? Eu já tinha passado da fase de acreditar que aquilo tudo era uma pegadinha de mal gosto, ok? Tinha suas vantagens em algumas horas, em outras era um saco, mas enfim, era fato. Ou ao menos eu achava que era até aquele momento. Mas um conhecimento de cinco anos não se dissipa fácil assim! Continuei olhando para ele atentamente, procurando qualquer sinal de loucura, autismo, esquizofrenia ou derivados, que pudesse justificar o fato de ele estar ali falando sozinho e ter me matado de susto [se eu já não estivesse morta]. Foi então que ele fez aquilo de novo.

- É, eu te vejo sim. Você é morena, tem cabelos longos e castanhos, uma tatuagem no pulso, olhos muito azuis para um fantasma e parece estar completamente chocada.

O susto veio outra vez. Dessa vez se limitou a um tremor no corpo e não mais à queda, mas ainda assim veio. Como se quisesse checar se era verdade, olhei para o pulso vendo o já conhecido desenho. Soltei uma exclamação em um sinal de novo susto e voltei os olhos novamente arregalados para ele. Abri a boca umas duas vezes antes de conseguir realmente emitir algum som. E vale ressaltar que isso não é algo que acontece com muita freqüência.

- Como... Como você... fez isso? - Cheguei mais perto dele como que para olhar ainda mais atentamente, procurando qualquer coisa de anormal. Porque tinha que ter. Teria o sacudido se achasse que ia ter algum efeito. Era outra área que eu já tinha dado como perdida. Só porque ele podia me ver não significava que podia fazer outras coisas. Afinal, teoricamente os fantasmas eram feitos de éter, fumaça, gás, algodão-doce gasoso... enfim! Qualquer coisa dessas não-sólida. Então ele poderia até ser o primeiro médium de verdade que eu tinha encontrado, mas isso não significava que pudesse fazer qualquer coisa além de me ver e ouvir...
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyTer Out 07, 2008 7:26 pm

E novamente o olhar chocado e o contornos dos lábios formando um perfeito ‘O’.
Não os meus, mas o da estranha garota fantasma que aparecera do nada e se manteve agindo como uma... Bem, realmente não sei qual palavra se enquadraria naquele comportamento curioso [para não dizer bizarro]. Continuei olhando-a e vi quando ela, involuntariamente, ergueu o pulso e olhou o desenho tatuado neste. Eu ainda não havia tomado nota do que exatamente era, mas ambos sabíamos que eu não estava errado. Sobre a tatuagem, digo.
Depois de constatar que eu realmente podia vê-la [e eu não entendo o porquê da surpresa. Afinal, isso é bastante normal], ela soltou uma exclamação e hesitou por um bom momento, ainda um pouco extasiada pela óbvia descoberta. Desde quando um fantasma não sabe reconhecer outro fantasma? Pergunta de um mihlão de dólares!
Bem, não sei se é porque eu nunca tive dificuldade em... er, observar e perceber as coisas. Mas toda a reação abismada da garota foi bem intrigante.

- Como... Como você... fez isso?
Depois de fazer a pergunta hesitante, ela deu um passo para frente, encurtando a distancia entre nós. Eu a observei por alguns instantes, sem conter este meu impulso. Ela também me lançou um olhar especulativo e me observou, como se para comprovar que eu realmente estivesse ali.

Agora eu começava a entendê-la. Bem, pelo menos eu acho que sim. Porque a única explicação para ela se manter tão ignorante com relação ao assunto espectro/fantasma/espírito/alma só podia ser o fato de ela ser “nova” no “ramo”, se é que me entende. Ela, muito provavelmente, havia falecido há pouco tempo e não havia tido a oportunidade de conhecer bem o plano espiritual e toda essa coisa.
Aquilo me enterneceu um pouco. Não, não era pena, mas senti um desejo de ajudá-la.
Dei um meio sorriso e dei mais um passo em sua direção. Ficamos frente a frente e, em ainda com o meio sorriso e olhando-a nos olhos, eu toquei a sua mão e a segurei sobre a minha. Ela voltou a arregalar os olhos.
- Eu sou como você. – Eu disse, olhando nossas mãos.
Depois de alguns instantes eu soltei a mão e dei um passo para trás. Bem, creio que ela havia entendido agora.
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyQua Out 08, 2008 7:01 pm

Apesar de eu ter ficado ainda mais atônita depois que constatei que ele podia me ver, ele pareceu ter ficado menos confuso do que antes. Será que ele tinha entendido alguma coisa e eu não? Poxa, peraí... Qual era a informação óbvia que eu tava perdendo ali? Minha ficha ainda não tinha caído. Não podia dizer o mesmo da dele, por outro lado. Dando um meio sorriso, o rapaz se aproximou mais de mim e agora me olhava nos olhos. Minha expressão ia ficando cada vez mais confusa. Quando ele ergueu a mão eu ainda não tinha idéia do que fosse fazer. Na verdade, eu não tinha idéia de que ele podia fazer algo.

Foi então que eu senti. Ele segurou a minha mão sobre a dele e a sensação fluiu e ecoou por todo o meu corpo. A minha surpresa foi imensa, mas acho que a minha expressão não permitia mais um aumento visível na aparência; já havia chegado ao máximo. Aquele toque era quente, era... estranho. Não sei se devia ser quente, mas depois de tanto tempo sem nenhum contato com outro ser, minha mão parecia queimar. Eu costumava tentar segurar a minha própria mão ou me abraçar pra tentar me enganar, mas decididamente não era a mesma coisa. Naquele momento eu não sabia como tinha conseguido "viver" tanto tempo daquele jeito.

O impulso tomou conta de mim. Ele sempre toma. O rapaz se aproximou de mim e disse: - Eu sou como você. Foi a gota d'água. Provavelmente o impulso se imporia ele tendo falado isso ou não, mas a fala pareceu apertar o gatilho. Por uma fração de segundo eu processei aquilo que ele tinha dito. Como eu? Mas... como? Existiam outros como eu?

Eu poderia pensar mais sobre isso se fosse uma pessoa mais racional. Mas ser racional é tão... chato. A ação tomando conta do pensamento, simplesmente eu me atirei para frente e, segurando o rosto do rapaz com as duas mãos, beijei-o. Sim, sim, você leu certo. Qual o problema? Tente ficar sem contato físico com outras pessoas por cinco anos e veja o seu estado no final do período! Além do mais, eu sou uma pessoa sociável, aquilo tinha sido simplesmente o ápice da minha sociabilidade. Ele decididamente não esperava por essa, mas ao menos não me deu um mega empurrão seguido por uma bicuda no nariz. Isso teria sido chato.

Depois de uns cinco segundos em transe, eu o soltei e dei uns dois passos para trás, voltando ao local onde eu me encontrava antes do acontecido. Continuava olhando-o com curiosidade, sem o mínimo pudor ou embaraço. Por que deveria sentir isso? Enfim, vendo que ele parecia bastante confuso e embaraçado com a situação, dei a minha "explicação sensata".

- Cinco anos. - Aparentemente eu ainda não fazia sentido. - Cinco anos desde que eu falei ou toquei alguém pela última vez. Cinco anos é muito tempo. - dei uma pausa, olhando profundamente nos olhos dele. E então, adotando um olhar curioso, porém desinibido, me dirigi até o banco para me sentar e puxei-o pelo braço para que sentasse também. - Agora... O que você quis dizer com... ser como eu? Você... morreu?
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyQua Out 08, 2008 10:28 pm

Talvez fosse impossível que a moça à minha frente ficasse ainda mais surpresa, já que a cota já estava praticamente em seu ápice. Realmente, acho bem difícil alguém conseguir se mostrar tão chocado quando ela no momento em que eu a toquei. Ela ficou sem fala [como se ela tivesse conseguido formular alguma frase concreta...] e agiu de forma mais estranha ainda. Digo, seu corpo tremeu muito ligeiramente, mas como meus “antenas” de observador estavam ligadas, eu seria capaz de notar qualquer coisa.
Depois de eu ter soltado sua mão e lhe dito que nós éramos “iguais” [evidentemente me referindo ao fato de nós termos morrido e... bem, termos continuado aqui por motivos incógnitos.] Helena me lançou um olhar um tanto quanto significante. Eu me perguntei o que será que ela pensava, já que suas sobrancelhas estavam franzidas por cima de seus grandes olhos azuis arregalados.

Mas, acredite, eu não estava nem um pouco preparado para o que se seguiu. Na realidade, creio que seria a ultima coisa que eu pensei que fosse me acontecer. Eu poderia ter pensado um bocado de coisas, mas o que se sucedeu não foi uma coisa que eu consideraria. A estranha e atraente garota que havia aparecido tão repentinamente e agido de forma tão absurdamente peculiar conseguiu me levar a uma estagio de estática e choque tão elevado, que eu soube que havia ficado tão surpreso quanto ela.
Ok, ok, pode parar de se perguntar o que aconteceu. Mas é que é difícil para mim digerir tal acontecimento.
O fato é que ela, com um ímpeto claramente movido por um impulso, se inclinou e... me beijou.
Como eu já disse anteriormente, eu fiquei estático. Talvez até extasiado, mas não sei explicar muito bem minhas ações naquele momento. Porque creio que fui levado a algum estagio onde não havia nenhuma lucidez. Consequentemente, não sei realmente como agi. Acredito que tenha simplesmente ficado lá, estático e perguntando a mim mesmo se aquilo estava mesmo acontecendo. Não que fosse algo ruim, muito pelo contrario mas quando você é pego completamente de surpresa, seus reflexos ficam mais lentos e digerir o ato propriamente dito é difícil. Ainda mais para uma pessoa que passou décadas sem se relacionar com o sexo oposto, se é que você me entende.

- Cinco anos. – Ela murmurou baixo depois de ter separado seus lábios dos meus. Eu acho que parecia meio patético ali, ainda surpreso demais para falar algo – Cinco anos desde que eu falei ou toquei alguém pela última vez. Cinco anos é muito tempo. – E eu entendi exatamente o que ela queria dizer. Eu sabia o que ela estava sentindo e o que ela havia passado. Só que, no meu caso, isso havia acontecido há muito mais tempo. E eu queria falar isso para ela, mas eu só conseguia ficar olhando-a; esporadicamente abrindo a boca, mas de lá não sabia som algum. Uma replica exata do próprio comportamento dela segundos atrás. Que ironia...

Ainda um pouco impulsiva, ela me puxou para o banco onde eu estava anteriormente sentado e me olhou diretamente nos olhos. - Agora... O que você quis dizer com... ser como eu? Você... morreu? – Involuntariamente, eu puxei o inútil ar e somente a olhei por alguns instantes. Aquele beijo, obviamente, fora apenas ma necessidade dela. Não havia nada pessoal, então porque eu deveria levar para esse lado? Era melhor agir como se nada houvesse acontecido. Alem do mais, ela parecia estar realmente curiosa.
Tratei de me recompor e respondi a ela com a tonalidade de voz mais tranqüila que consegui usar.
- Sim, morri. Há muito tempo atrás. – Fiz uma rápida pausa – Uh, eu sou Sebastian. Sebastian Drake. Bem vinda ao meu mundo.
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyQui Out 09, 2008 10:27 pm

O rapaz parecia bem surpreso depois do meu... impulso. Quando eu era viva, tinha a noção de que nem sempre as pessoas compreendiam ou até mesmo gostavam do meu jeito de agir. Mas acredite... Essa pequena noção que eu costumava ter já havia se esvaído há muito tempo. Enquanto ele levava alguns segundos para se recuperar, eu continuava encarando-o fixamente à espera de alguma resposta.

- Sim, morri. Há muito tempo atrás. – Ele fez uma rápida pausa – Uh, eu sou Sebastian. Sebastian Drake. Bem vinda ao meu mundo.

Morreu? Tipo... Sério? Morreu, de morrer mesmo? Eu começava a passar da fase de surpresa, mas aquilo tudo era interessante demais pra ser tratado com normalidade. Eu procurei alguém por tanto tempo... Já havia desistido de encontrar. Já havia presenciado pessoas morrerem sem vê-las sair dos seus corpos, como eu imaginava que veria. Agora, o fato de aquele rapaz estar ali, falando comigo, me tocando e beijando muuuito bem, trazia tudo o que eu achava que sabia de volta em questão. Tinha tanto que eu queria perguntar que eu mal sabia por onde começar. Decidi optar pelo básico.

- Uh... Obrigada. Helena Korsakov. Você pode me chamar de Hels ou qualquer outra coisa que quiser. - disse com uma leve ponta de malícia e continuei depois de uma pausa - O que nós estamos fazendo no seu mundo? Quer dizer... Depois de morrer, a gente não deveria descansar, encontrar os anjinhos e etc, etc? - Comecei a falar cada vez mais depressa, fazendo a última pergunta com uma cara de surpresa como se tivesse acabado de pensar na possibilidade - Isso aqui é o inferno?
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyDom Out 12, 2008 10:11 pm

- Uh... Obrigada. Helena Korsakov. Você pode me chamar de Hels ou qualquer outra coisa que quiser. - Preciso dizer que esta frase provocante me deixou um pouco afetado? Talvez não de um modo muito bom, ressalto. Digo, o ímpeto desvairado que havia tomado conta da moça já era constrangedor por si só. Mais joguinhos de palavras e malícia não estavam me deixando muito a vontade. Não que eu seja insociável, mas nunca consegui me acostumar com o comportamento feminino atual. De qualquer forma, eu não tive muito tempo para pensar ou devanear sobre isso. Muito felizmente, Helena [agora eu sabia seu nome] continuou a falar. Interrogar, na verdade.
- O que nós estamos fazendo no seu mundo? Quer dizer... Depois de morrer, a gente não deveria descansar, encontrar os anjinhos e etc, etc? – Ela fez uma pequena pausa e arregalou os olhos. – Isso aqui é o inferno?


Suas palavras saíram bem depressa. Evidentemente sem dar algum espaço para que eu respondesse duas contínuas perguntas. Eu não a culpava nem um pouco por ser tão curiosa quanto a isso. Eu tive de descobrir isso sozinho, infelizmente. Quando temos pouco tempo como espectro, tudo o que desejamos saber é o porquê de estarmos lá e não no céu, paraíso ou o que seja. É frustrante e, pelo menos comigo, causou uma sensação de impotência muito intensa. Eu ainda estava tentando me “recuperar” disto, em todo caso.
Eu quase ri da ingenuidade vinda de Helena. A achei meiga por isso. E quase engasguei ao constar isso.
- Não. Creio que isso não seja o inferno. – Eu disse, com a voz meio esganiçada e tratando de parecer o mais causal possível. – Eu não tenho uma resposta muito concreta para você, mas creio que temos um motivo para permanecermos aqui. Talvez algo pendente. Eu só não sei qual o motivo – ou talvez não queira saber. Mas isso eu abstraí. – Mas eu confesso que ficaria bem feliz em ir logo encontrar os tais anjinhos. – Eu disse e talvez tenha parecido aborrecido. Um pouco cansado, talvez.
Levei a mão até a nuca e tentei não a encarar diretamente nos olhos. Porque era isso o que ela fazia sem cessar. E era quase desconcertante. Uma visão bela, porém irrefutavelmente desconcertante.
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Helena T Korsakov
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptySeg Out 13, 2008 12:02 am

- Não. Creio que isso não seja o inferno.

Respirei aliviada por um instante. Porque... sério, eu posso ter sido meio manipuladora de vez em quando, ou ter abusado um pouco da gula e luxúria, mas me mandar pro inferno já é uma atitude muito drástica, não? Não é possível que Deus só estava me olhando quando eu tava fazendo coisa errada. Mas não, já que ele diz que não era o inferno, eu acredito. Claro que eu acredito. Nessas cirscunstâncias, se ele me dissesse que eu tava presa no meio do caminho pra me tornar a reencarnação do coelhinho da páscoa eu tava acreditando!

– Eu não tenho uma resposta muito concreta para você, mas creio que temos um motivo para permanecermos aqui. Talvez algo pendente. Eu só não sei qual o motivo. Mas eu confesso que ficaria bem feliz em ir logo encontrar os tais anjinhos.

Motivo pendente, huh? Tá, o que pode ter ficado pendente na minha vida? Os mais ou menos setenta anos que eu deixei de viver, talvez? Tudo bem que até agora eram só cinco, mas eu tenho certeza que se não fosse aquela porcaria de ônibus, meu número não ia ser chamado até eu estar lá pela casa dos oitenta. Sério. Vaso ruim não quebra fácil. Só se estiver dentro de um ônibus...

Essa história de motivo pendente tinha me deixado encucada e eu fiquei ali refletindo sem tirar os olhos dele, como se o rapaz [Sebastian, certo?] fosse me dar alguma resposta por telepatia. Eu cheguei a abrir a boca pra fazer uma nova pergunta, mas foi aí que ele resolveu levantar o braço para coçar a nuca. Ele não estava exatamente à vontade comigo, mas eu estava muito distraída pra notar isso. Distraída pela sombra do desenho que eu vi quando a camisa subiu. A minha boca permaneceu aberta desde o momento que eu ia começar a pergunta, até que eu falei:

- Espera aí. Pára tudo!! - tirei os olhos do lugar onde eu vira a tatuagem por um segundo, olhando para o rosto dele e continuei - O que é isso?? - Sem cerimônia, puxei a camisa dele para cima para poder ver o que estava tatuado. O desenho ocupava a parte logo acima da calça e se estendia por dentro. Levantei uma sobrancelha e sorri numa expressão maliciosa. - Uuh, sexy! Não achei que esse era o seu estilo, Sebby... - aumentei o sorriso, continuando no mesmo tom - Mas ainda deve ter muita coisa que eu não sei sobre você, certo? - dei uma pausa, pra dar efeito à fala - A gente pode dar um jeito nisso, sabe?!
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Sebastian Drake
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyTer Out 14, 2008 6:01 pm

Sabe, às vezes certos [ e insignificantes ] gestos, acabam desencadeando uma série de acontecimentos que são capazes de embasbacar qualquer um. Ou então, deixar esse ‘qualquer um’ um tanto quanto constrangido. Na realidade, certas cenas podem chocar desesperadamente as pessoas. Principalmente se a vitima dessas hipotéticas sucessões for um fantasma morto nos anos 40! E acredite, ter morrido há sessenta anos atrás não ajuda nada.
Bem, deixe-me explicar a finalidade de ter decorrido sobre o assunto dito...
O fato é que eu não estava muito a vontade ali, sentando com a Helena. Não que ela fosse uma companhia ruim [Deus, definitivamente não é isso], mas, pelo que os sinais que ela emanava diziam, Helena se tratava de alguém bastante impulsiva. E ela era uma fantasma.
Fantasma + Impulsividade = Problemas para Sebastian Willian Drake.
De forma indireta, é claro. Porque é bem irônico dizer que um fantasma tem problemas, se entende o que quero dizer.
Certo, continuo complicando as coisas. Bem, não é ‘complicar’ a palavra certa, e sim ‘enrolar’, eu acho. Mas é que eu fiquei tão sem ação que realmente não sei como dizer que fugi pela tangente. Não fugir da forma que você está pensando, mas veja bem:
- Espera aí. Pára tudo!! – Quando ela vociferou [é isso aí, ela vociferou] essas palavras, eu arregalei os olhos e fique parado, exceto pelo meu braço, que abaixei inocuamente e a olhei em interrogação. Mas ela tinha um brilho estranho no olhar; coisa que me assustou bastante, confesso. - O que é isso?? – Foi então que ela avançou sobre mim e levantou a minha camisa. Eu ainda não havia entendido o motivo do alarde até que ela praticamente enfiou os olhos dentro da minha “pele” e ergueu uma sobrancelha com um sorriso desconcertantemente maroto nos lábios. Eu juro que senti a minha pele corar. Não de um jeito gay, mas de um jeito... Hm... surpreso? De qualquer forma, eu percebi que ela estava surpreendida com a tatuagem tribal que possuo no lado esquerdo abaixo do umbigo.
Só que ela não parou por aí... ela teve que continuar, para melhorar a situação. - Uuh, sexy! Não achei que esse era o seu estilo, Sebby... – O que diabos... Sebby?
Man, tenho certeza de que pareci meio maníaco naquela hora. - Mas ainda deve ter muita coisa que eu não sei sobre você, certo? - Meu queixo caiu novamente, é evidente. Aliás, acho que a cota de vezes em que eu fiquei chocado aquele dia foi um pouco mais que interminável. E quando eu pensei que ela havia terminado, finalmente, de falar frases que só enchiam a minha garganta de nós, ela continuou. - A gente pode dar um jeito nisso, sabe?!

Eu simplesmente fiquei alí, olhando para ela sem conseguir balbuciar uma silaba sequer, e desejando entrar em qualquer outro lugar, menos aquele. Aquilo era demais para mim. Olha, eu não sou nenhum homossexual e muito menos um pudico. Mas, entenda, não é como se eu flertasse todos os dias. E, também, ela só não estava acostumada em ser uma fantasma e estava atirando para todos os lados em busca de atenção. Eu mesmo fiz isso. Mas eu só não fazia a mínima idéia de que, em um belo dia, uma moça como ela iria chegar até mim e... E aquilo!

E foi por isso que eu fiz a minha escolha. Bem, não quanto ao assunto, mas o meu ímpeto foi, exclusivamente, me retirar dali e recuperar a minha sanidade e coerência.
Sem dizer nada, eu apenas desapareci dali. Eu não conseguiria balbuciar nada mesmo. E se eu conseguisse, o que eu diria? "Hey, tenho um compromisso com o psicológo agora, até mais!" ? Oh, por Deus!
Em todo caso, fui para um lugar onde ela tinha poucas chances de me encontrar. Afinal, o ‘plano espiritual’ é um lugar onde existem muitos, muitos espectros. Além do mais, eu duvido que ela conseguisse chegar até lá.

Não que eu não quisesse ficar lá. Não que eu não estivesse absolutamente perturbado e querendo desesperadamente vê-la de novo.


-


[off: Mi, desculpa pelo post ruim. Inspiração zero =/]
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MensagemAssunto: Re: Oh, you are just like me! [fechado]   Oh, you are just like me! [fechado] EmptyTer Out 14, 2008 7:09 pm

Aquela tatuagem havia me deixado embasbacada. Tá, eu admito, eu tenho um fraco por caras tatuados. Especialmente naquele lugar abençoado. E não, eu não medi minhas palavras ao demonstrar a minha completa aprovação. Por que deveria? Ora bolas, o comentário era positivo, era um elogio! Mas aquele rapaz era um pouco diferente dos que eu estava acostumada a lidar [não que depois de cinco anos eu continuasse acostumada a lidar com qualquer tipo de rapazes, né? Acho que isso pode ter influenciado um pouquinho]. Não vou dizer que não gostaria que ele fosse um pouco mais... saidinho. Mas aquela atitude dele tinha o seu charme. O rosado que preencheu sua face foi o complemento certo pra aquele gesto de coçar a cabeça. Mal sabia ele que tinha uma arma poderosa em mãos...

Sorri ainda mais com a sua falta de jeito, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele desapareceu. Assim. Do nada. E eu que pensava que já tinha visto de tudo. Será que eu podia fazer isso também? Quer dizer... Eu sabia que dormia de vez em quando. Mas será que dormia mesmo? Será que quando eu achava que estava dormindo, eu desaparecia assim que nem ele? Mas por que ele tinha desaparecido agora? Não parecia estar com sono...

Ainda fiquei alguns segundos olhando para os lados e esperando que ele reaparecesse, mas isso não aconteceu. Meus ombros caíram e eu suspirei, me desanimando um pouco. Tipo assim... A primeira vivalma alma que eu via em cinco anos simplesmente desaparecia diante dos meus olhos e eu não podia fazer nada. E essa nem era a única razão. Pode pensar o que quiser, mas eu havia gostado dele. Tá certo que eu provavelmente gostaria de um contador-barrigudo-com-verruga-no-nariz se ele aparecesse na minha frente por agora, mas o fato é que não tinha. Aquele rapaz tinha. Sebastian.

Mas veja pelo lado bom. Ao menos agora eu tinha um objetivo. Eu ia caçar aquele fantasma. E ia achar ele, custasse o que custasse!


[off: Que nada, Dahi, eu adorei o post!!! Acho que a gente fecha aqui, né? ;D]
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