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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Bem vindo!
What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) Atrama

Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

 What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)

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Josh Fuller
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MensagemAssunto: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptyTer Dez 23, 2008 6:25 pm

Esse era um dos momentos da minha morte que eu mais odiava, simplesmente porque já não é chato se sentir entediado quando vivo, imagina quando se está morto e tem uma eternidade toda pela frente?

É complicado.

Movimentei meus pés, para frente e para trás, mantendo minhas mãos apoiadas no telhado, onde eu estava sentado.

Eu costumava me acomodar na cúpula daquele colégio, dês de que me "mudei" para Carmel. Era um lugar sereno, onde eu podia refletir e aproveitar dos imensos anos de inércia que viriam pela frente. Os únicos momentos que tornavam aquele ambiente agitado eram quando tocava o sinal e os alunos trocavam de sala simultaneamente. Mas acho que nenhum deles achava estranho o fato de ter um homem sentando no telhado de uma igreja num dia ensolarado como aquele. Não se importavam, nem mesmo me viam.

Eu me acostumei a ser o excluso da sociedade, já que não era algo que eu pudesse mudar ou escolher, então quando os via animados, comentando as fofocas dos últimos dias, eu apenas me limitava a ignorar e me perder entre as paisagens que se podia ver daquela altura.

Exatamente isso que eu estava fazendo agora. Olhando o sol forte no horizonte, sem me preocupar que o fogo alaranjado maltratasse meus olhos. Eu via a nesga do oceano ao longe e o brilho reluzente do sol àquela altura refletir no verde marinho.
Era admirável. Pena que ninguém se dava ao trabalho de apreciar, já que achavam que tinham muito pouco tempo para isso. Eu tinha muito tempo, o tempo que quisesse e me arrependo de não ter encontrado esse tempo quando eu era vivo.

O sinal tocou e o badalo tilintou quando foi a hora dos alunos trocarem de sala.
Rapidamente saíram de cada porta cerca de 40 a mais alunos, todos alvoroçados procurando por seus armários.
Eu apenas observei, com o corpo imóvel e os olhos atentos, deixando meus ouvidos percorrerem o som das falas desconectas para ouvir algo interessante.

- Ela é nova! - falou um rapaz, aparentemente apatetado.
Eu imediatamente me desconectei das outras vozes e, mesmo àquela distância, pude ouvir com atenção o rapaz descrevendo-a. - Dizem que ela é filha de um boxeador. - comentou com uma garota de pele bronzeada e os cabelos dourados, refletindo a cor do sol. Ela parecia ter consciência da beleza de seus cabelos, pois não parava de balançar os cachos, sobretudo em direção ao rapaz com quem conversava.
- Como se chama? - perguntou com uma voz extremamente doce e enjoativa.
- Eles a chamam de Caddie. - eu reconheci esse apelido instantaneamente, já o tinha visto ser pronunciado antes, mas desta vez não levei em consideração achando que era só uma coincidência.

Voltei minha atenção para a paisagem, sem me importar com o resto do assunto.

Eu tentava prestar atenção nas nuvens brancas ou no azul do céu.
Qualquer lugar que não levasse meus pensamentos diretamente a ela. Mas estava desistindo dessa luta, sabia que mais cedo ou mais tarde eu perderia e estaria destinado aqueles pensamentos que consumiam o resto de juízo que eu ainda tinha na mente.

Estava se tornando cada vez mais impossível conciliar meus pensamentos e deixar de me lembrar daquela noite.

"Você está agindo como um idiota ou o quê? Será que dá pra falar alguma coisa?"

Foi a primeira frase que ela me disse, a primeira vez que me dirigiu a palavra àquela noite.
Eu ainda altercava contra minhas lembranças para não recordar a última coisa que ela me disse antes de bater a porta e desta vez, só desta vez, eu consegui não relembrar e manter meus pensamentos vagos por um curto momento.

Eu estava ferido e realmente não costumava me depreciar de tal forma, mas era difícil controlar as emoções, ainda mais depois de apenas uma semana.

Ainda me lembrava, mesmo contra minha vontade, quando ela disse sobre nos vermos depois. Parece que isso não foi comprido, porque depois da festa nós não voltamos a nos falar.
Claro que no momento em que ela fechou aquela porta eu desisti de tudo e voltei à praia, mas não me demorei. Tinha algo que gritava dentro de mim, exatamente como agora, me dizendo para vê-la e eu fiz isso, eu voltei lá.

Essa era a pior parte da lembrança.

Deixei que aquelas memórias voltassem à tona e me recordei exatamente de tudo que tinha acontecido. Da forma que ela saiu rindo com suas amigas e pareceu não me notar. Do jeito como ela olhou para aqueles caras que as seguia e de como ela entrou divertida naquele carro enquanto os outros - os rapazes - foram logo atrás.

Não dei para esconder o meu desapontamento e a minha decepção e eu soube, a partir daquele momento, que tudo que aconteceu entre nós não significou nada para ela e, como eu tinha imaginado, outra coisa interessante aconteceria naquela festa pra ela esquecer do que houve anteriormente.

Ficar me remoendo era a última coisa que eu queria tudo o que eu queria naquele momento era poder contar com alguém. Não um alguém qualquer, a única pessoa que parecia me entender, mesmo que eu não quisesse ser compreendido, mas para a minha imensa infelicidade esta pessoa estava esquecida em alguma parte da Inglaterra e as minhas esperanças de encontrá-la eram nulas.

Parei de olhar para o céu e soltei minha postura, que agora, eu pude constatar, estava rígida e minhas mãos se contraiam na terracota a ponto de quase partir uma telha.

Suspirei fundo e fiquei de pé, olhando de cima os poucos alunos que restaram no pátio e dentre eles eu vi ficar por último uma garota morena com um estilo bastante próprio e chamativo.
Eu sabia que a conhecia de algum lugar, mas estava longe demais para que eu pudesse distinguir e o corredor coberto por onde ela passava continha uma sombra escura, tendo, assim, uma visibilidade zero.

Apenas observei, até que fosse quase impossível vê-la, passando por debaixo da cobertura do telhado.
Ainda me inclinei pra frente, bastante tentado a continuar olhando, quando senti algo partir debaixo dos meus pés e vi uma das telhas escorregarem até o chão, se despedaçando lá em baixo.
Sem apoio algum meus pés escorregaram e meu corpo curvou-se perigosamente para frente, fazendo com que eu não tivesse bases e começasse a despencar.

~~~~

Não é preciso descrever como foi meu encontro com o piso cimentado do pátio, mas se fosse comparar, eu diria que me espatifei exatamente como aquela telha, ou até mesmo como uma banana madura despencando do cacho, é... Uma banana seria a melhor comparação. Eu despenquei como uma banana e virei uma torta estirada no chão.

~~~~

- Ai! - eu fiz, num tom sem muita sonoridade.
Se eu não fosse um fantasma com certeza todos os meus ossos do corpo teriam sido quebrados e muídos, eu não conseguiria nem mesmo respirar sem deslocar uma coluna ou rachar a bacia. Aliás, se eu não tivesse morto, teria acabado de morrer.

Levantei-me, sentindo meus "ossos" voltarem ao lugar, enquanto limpava minha roupa empoeirada.

É isso o que eu ganho quando minha curiosidade resolve atacar.

Tirei meu casaco de frio - sim, eu sei que o sol estava de matar e as pessoas queriam se afundar num cubo de gelo, mas uma das vantagens de ser um morto-vivo é que eu não sinto calor. - e o amarrei na cintura, só mesmo por costume, não porque ele estivesse me incomodando.

Eu me esqueci da garota quando, bem, quando minha cabeça bateu em alguma parte daquele pátio, então não me surpreendi quando não a vi mais ali, na verdade, não me surpreendi quando não vi ninguém ali. Estava sozinho.

Sentei-me em um banco que ficava por ali, bem a baixo da estátua do Padre - o qual foi homenageado quando deram seu nome ao colégio.

Tudo o que me preocupei em fazer foi me entreter com algumas poucas pessoas que passavam por ali para admirar o turismo da escola. Geralmente este era um colégio mais movimentando - em relação aos turistas -, mas em tardes em que o sol parece não dar um descanso a pele Albina da maioria deles, os turistas costumam não vir.

Respirei fundo pela enésima vez e joguei meu corpo mais preguiçosamente em cima daquele banco, colocando minha cabeça pra trás e tentando - impossivelmente - sentir os raios do sol invadir meus poros. Infelizmente este era um privilégio que somente os vivos tinham, mais pareciam não gostar nem um pouco disso.

Como dizem, só sabemos dar valor as coisas quando não as temos mais, não é?

E eu estava aprendendo isso, mesmo depois de morto e mesmo depois de achar que eu não poderia perder mais nada.


Última edição por Josh Fuller em Sáb Jan 17, 2009 12:05 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptyTer Dez 30, 2008 8:18 pm

Poderia ser constrangedor estudar em Carmel se eu ligasse para isso. Se fizesse diferença para mim, aquele bando de caipiras murmurando coisas pelas minhas costas, eu ficaria aborrecida. Mas, como não faz diferença, eu simplesmente ignoro. Ou me aproveito da situação e usufruo da atenção direcionada a mim. Atenção esta que vem de todos os lados, devo ressaltar. Era a minha segunda semana em Forks e as pessoas ainda estavam murmurando coisas sobre mim. E a maioria era relacionada a violência, claro. Violência é meu tema preferido, então não posso culpa-los. Alguns diziam que eu tinha quebrado as pernas de um cara e enfiado o naris de outro para dentro do cérebro. Uma criança de aparentemente seis anos me perguntou se eu já tinha matado alguém e eu respondi, muito evidentemente, que sim. Ela me olhou como se eu fosse... hum... uma assassina, e saiu correndo e gritando. Eu gargalhei de forma que alguns poderiam até me achar meio maníaca, e fui beber meu refrigerante.

Naquele dia eu estava particularmente... animada. Finalmente havia conseguido trocar de quarto com Jackson! Ele reclamou bastante, mas acabou cedendo. Sempre o fazia. Crescer junto com um lutador profissional de boxe pode parecer ameaçador, mas meu pai é manteiga derretida e faz tudo que eu quero. Bem, quase tudo pelo menos. Há coisinhas que eu ainda não consegui, mas não é algo que eu não vá conseguir nunca. Pode parecer clichê, mas eu nunca desisto do que eu quero e sempre consigo as coisas que desejo. É só uma questão de tempo. Lembro do ano anterior, quando Jackson tinha um campeonato de uma semana para ir até Paris e disse que não iria me levar , pois eu tinha de estudar e toda essa merda. Primeiro bati nele por não ter deixado. Bati forte, gritei e esperneei. Depois, passei os dias seguintes tentando ser gentil, paparicando-o, fazendo o café-da-manhã, estudando feito louca [ou pelo menos fingindo estudar] e ajudando velhinhos a atravessar as ruas. Em fim, eu virei uma verdadeira menina prodígio! Mas o caso é que ele continuou impassível, sem se deixar levar por meus artifícios apelativos. Até que chegou o grande dia. O dia da viagem. Acordei muito mau, com um humor péssimo e uma careta enorme. Pedi a Jackson para, pelo menos, acompanha-lo até o aeroporto e ele não negou. Me segurei até o ultimo momento, mas quando ele saiu para os portões de embarque, eu simplesmente desabei em lagrimas, chorando dramática e inacreditavelmente. E foi aí que meu pai simplesmente derreteu como manteiga no sol, me pegou nos braços e me carregou para a Europa com ele. E sem bagagem nem nada! E o lugar onde quero chegar é, minhas lagrimas tem poder e eu não as desperdiço em qualquer situação. Elas podem vir a calhar quando eu precisar.

Assim que a serene que avisava o fim do terceiro tempo soou, foi como se um furacão repentinamente havia passado pela sala de aula. Em um momento estavam todos lá, e em outro só havia eu. Tudo bem que sou meio estourada, mas também não tenho que sair correndo da sala como se minha vida dependesse disso. Algo que eu havia notado é que a maioria de meus companheiros de aula eram... infantis. Até parece que eu não conseguia ver os papeizinhos que voavam por cida de minha cabeça ou por trás de mim. Eles, muito evidentemente, eram bastante interessados na vida alheia, e a minha era o assunto vip! Eu só ria comigo mesma e ignorava. Até liguei meu I-phone em um determinado momento e fiquei escutando algumas bandas de Hip-Hop contemporâneas.

Peguei minha bolsa e saí da sala. Eu vestia saia. Não visto saia com muita freqüência, mas abri uma exceção naquele dia. Até ignorei os trilhões de reclamação que recebi por parte das freiras nojentas da Missão. Dane-se elas. Dane-se as minhas pernas quase completamente expostas pela micro-saia. Só tem uma coisa com que eu realmente me importei enquanto caminhava por aquele corredor dos armários. O cara que pegou na minha bunda enquanto eu passava.

Eu parei na hora, contendo todo o ódio dentro de mim para fazer com que minha vingança tivesse o efeito desejado. Me virei e olhei para a cara de safado dele. Era um dos populares e metidos a besta. Fingi um sorriso sedutor e me aproximei ousadamente.
- Gosta de acariciar jovens colegiais, huh? – perguntei, sorrindo maliciosamente enquanto passava a mão no peito dele. Ele gostou muito disso e sorriu ainda mais.

- Só quando elas são gostosinhas como você. – afirmou. Cerrei meus dentes e contive a raiva. Fui decendo minha mão, mais e mais, até que peguei naquele lugarsinho em especial. Ele arregalou os olhos, mesmo que estivesse adorando a situação. Aposto que nenhuma garota havia feito aquilo com ele em plena manhã e no meio de um corredor cheio de gente. Eu podia ver as pessoas se aproximando e observando tudo.
- Então vai adorar essa carícia. - Olhei para aquela cara nojenta dele e, perdendo o controle, fiz o que eu desejava fazer. Apertei com muita, muita força os testículos dele, fazendo-o se contorcer e gritar de dor.
- “Gostosinho”, hein? – Falei, apertando com mais força ainda. Eu quase podia sentir as bolas dele sendo esmagadas na minha mão. Sorri diabolicamente enquanto via uma multidão de pessoas se juntar ao nosso redor. – Agora pede desculpas, imbecil. – Falei, agora com mau humor. – Anda, energúmeno!! – Ele murmurou “desculpas” de maneira tão humilhante que eu praticamente exultei. Sorri ainda mais e só soltei quando ouvi o grito.

- Por Deus, o que é ISTO?? – Droga, era o reitor. Soltei os testículos do cara, que caiu no chão, ainda se contorcendo e gemendo de dor. E eu sabia que não estava em bons lençóis.

E foi por isso que eu acabei caminhando em direção à sala da reitoria. Padre Dominic estava ao meu lado, completamente estupefato e chocado com a minha atitude. Eu não estava nada arrependida, vale ressaltar. Paramos em frente à sala dele. Ele olhou no relógio impacientemente e fez uma careta fenomenal. Balbuciou algo para si mesmo e abriu rapidamente a porta.
- Srtª Fox, eu tenho uma palestra importantíssima pra fazer agora, mas não pense que sairá ilesa disso. – Ele ia me dar palmadinhas, é? – Conversarei longamente com a Srtª sobre respeito com o próximo e contuda sociamente aceitável, mas somente quando chegar. Até essa hora, você ira ficar nesta sala e não sairá em hipótese alguma, está me ouvindo? – Ele me olhou, exigindo confirmação.

- Claro, claro. – Dei de ombros, rolando os olhos.

- Certo. – Ele estava mesmo apressado. Tanto que virou rapidamente as costas e saiu. Eu pude ouvir a fechadura sendo girada por fora. Ótimo, eu estava trancada na sala de um coroa.

E foi aí que ele se materializou em minha frente.
- Josh?!? - Meu queixo caiu.


Última edição por Cadance Fox em Qua Jun 17, 2009 9:00 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptyQua Dez 31, 2008 12:04 pm

Era incrivelmente assustador como as coisas andavam tão agitadas ultimamente na minha monótona - agora não tão monotóna - vida fantasmagórica.
Primeiro o capítulo - do qual eu me forço a esquecer - daquela festa infeliz onde conheci ela. Sim, ela, porque eu não sabia seu nome.
Agora, quando pensei que pudesse relaxar e tomar um solzinho naquela tarde de Carmel, eis que me aparece Caddie.

Quem é Caddie?

Não é simplesmente a aluna nova do colégio.
Ela era alguém que eu conheci pouco depois de... Bater a caçoleta, por assim dizer.
Bom, lembra quando eu disse que só conheci a Kat de Mediadora?
É, eu estava mentindo.
Eu também conheci a Cadence.
Foi na Inglaterra mesmo, ela estava com o pai - à trabalho - e eu estava zinguezagueando por aí, quando Kat foi embora Deus sabe pra onde. Eu me assustei ao perceber que ela podia me ver e depois de muita conversa nós ficamos amigos... Íntimos. O resto é história.

Por isso eu me lembrava daquele apelido e achei que fosse só uma simples coincidência, pois aí está. Não foi coincidência!

Depois de me sentar, perto da estátua do Padre, eu fiquei vendo o pequeno movimento dos turistas, até que esse movimento cresceu e eu só vi algumas pessoas encaminhando para o corredor coberto, rumo aos armários dos alunos.
Eu fui atrás, não por curiosidade só... Okay, por curiosidade, pura e simples.

E foi aí que eu a vi.
A mesma garota que eu estava "espiando" em cima do telhado, mas agora eu podia notar visivelmente quem era e tamanho foi meu susto quando me dei conta de que era a Caddie.

- Deus! - eu murmurei e me aproximei mais pra entender porque tanta balburdia ao redor dela. Ignorei os calafrios que eu causava e cheguei a tempo de ver ela com a mão naquele lugar de um garoto com uma pose de metido.

~~~~~~

Sim! Naquele lugar particularmente sensível de qualquer homem.

~~~~~~

E confesso que fiquei com pena do rapaz quando ela sem dó sem piedade apertou com força. Mas é claro que devia ter motivos, então eu só contive um sorriso quando ele murmurou um "desculpa" humilhante a ela e caiu no chão se contorcendo de dor.

- Por Deus, o que é ISTO?? - alarmou-se um Padre de olhos azuis que eu reconheci sendo o diretor do colégio.

Mau, muito mau!

Ele segurou Caddie pelo braço e a arrastou até um sala, ali perto, murmurando algumas coisas, chocado e assustado. Caddie não pareceu nem um pouco arrependida e eu lembrei de que essa era mais uma de suas características marcantes, confesso que o que mais me chamou a atenção nela.
Eu os segui, para ver até onde isso dava e o vi resmugando alguma coisa como "palestra" e "não saia em hipótese alguma"

- Claro, Claro! - Caddie falou, dando de ombros e eu sorri de novo com a sua falta de preocupação. Acho que se fosse qualquer outro estaria se lamuriando e pedindo desculpas ao padre. Sinceramente, acho que se fosse qualquer outro não saíria apertando as bolas de algum metido à safado. Mais uma coisa que era chamativo e atrativo nela.

Eu estava do lado de fora da sala e vi quando o padre saiu porta a fora e passou a chave pela fechadura, trancando-a lá dentro.

Eu não demorei muito para me materializar para dentro da sala.

Quando eu disse que precisava conversar com alguém, eu realmente precisava conversar com alguém e mesmo que não tenha sido da melhor forma, foi bastante coveniente a aparecição repentina de Caddie.

- Josh?!? - ela falou abrindo a boca.

Eu já estava acostumado com esse tipo de atitude. Digo, quando alguém vê um fantasmas geralmente ele abre a boca e sai correndo, gritando.
Mas no caso, ela não estava assustada por ter visto um fantasma, ela estava assustada por ter ME visto.

- A mesma Cadence de sempre. - falei com um sorriso, me aproximando.


Última edição por Josh Fuller em Seg Jan 05, 2009 12:00 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptySáb Jan 03, 2009 10:48 am

Eu realmente não esperava por aquilo. Digo, não só por acabar trancada na sala do reitor por ter quase estourado as bolas de um cara. Mas sim por ele ter aparecido ali. Digo, na ultima vez que nos vimos eu estava na Europa, na referida viajem que tive de ser dramática para conseguir embarcar. Nós nos conhecemos em Londres, enquanto eu vagava por perto da “arena” onde meu pai ia lutar. Foi engraçado inclusive. Eu estava tão excitada e feliz de estar lá que não pensava em outra coisa. Nós nos esbarramos por acaso e foi como se nos conhecêssemos há tempos! Damos uma volta pela parte mais bonita da cidade e até rolou aquele clima. Digo, eu sei que ele é um fantasma, mas me diga qual mediador nunca se envolveu com um? Nós podemos tocá-los, senti-los e, o mais importante, eu descobri por experiência própria que eles totalmente dão conta do recado. Pelo menos o Josh deu e muito bem!

Caramba, vê-lo, com a aparência exatamente igual a da ultima vez, era como voltar no tempo. E isso era bem legal, diga-se de passagem. Mas ainda era estranho vê-lo ali. Até meditei sobre a possibilidade de eu estar vendo coisas ou estar meio alucinada, mas eu sabia que ele estava mesmo lá.

- A mesma Cadence se sempre. – Falou com seu sotaque britânico. Um sotaque muito sensual, inclusive. Se aproximou e eu sorri ladinamente, reconhecendo aquela voz rouca que uma vez me deixara louca. Uau, parecia uma eternidade! Mas fazia apenas alguns meses. Um ano, para ser mais precisa. Eu realmente precisava de mais uma dose de Josh e me dei conta disso assim que o vi.

- O mesmo Josh de sempre. – E literalmente também. Dei um passo na direção dele. – Por Deus, o que você esta fazendo aqui? – e antes que ele interpretasse mau a minha pergunta, eu continuei – Na América, digo. – Ele respondeu. Oh, Deus, ele é completamente louco. E eu adoro isso. Muito. – Seja bem vindo, então. – Sorri abertamente para ele e não consegui esconder a malicia em meus olhos. Que tal relembrar os velhos tempos hein, bonitão?


Última edição por Cadance Fox em Qua Jun 17, 2009 9:00 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptySeg Jan 05, 2009 12:30 pm

E não é que as coisas podem melhorar?

A alguns minutos eu estava me torturando com as memórias daquela festa e agora, por mais incrível que pareça, eu não conseguia nem me lembrar do que disse a meio segundo. Era o efeito de Cadence sobre as pessoas.
Ela as vezes chega a ser tão divertida à ponto de causar amnésia. Eu sei, fascinante!

Instantaneamente eu me lembrei de tudo que aconteceu na Inglaterra quando nos conhecemos e posso afirmar com certeza que diversão é só uma das suas qualidades.
Quando eu disse que nos conhecíamos "intimamente" eu não estava abusando de pleonasmo, nós realmente nos conhecíamos bem, muito bem.

Sim, meu passado é vergonhoso, a não ser que considere normal um fantasma dormir com uma humana. Além de improvável é lamentável, mas não posso dizer, em hipótese alguma, que foi ruim, muito pelo contrário.

E agora ela estava ali, ao vivo e a cores, bem diferente do que eu me lembrava e bem melhor, claro. Eu não podia negar que era bom ela estar ali, como se fosse uma injeção de adrenalina ou algo do tipo. Porque além de estar totalmente energizado eu me esqueci, felizmente, de toda aquela balburdia que havia revirado minha "morte" do avesso.

Depois de um tempo, acho que se acostumando com a minha presença, ela respondeu ao que eu disse e eu sorri quando ela se aproximou. Acho que eu não era o único feliz por poder relembrar o passado
- O mesmo Josh de sempre. - falou e eu me limitei a rir do comentário - Por Deus, o que você esta fazendo aqui? - ela perguntou e eu ergui uma sobrancelha especulativamente, mas ela respondeu de imediato - Na América, digo.
- Vim rever uns amigos - respondi, com o mesmo sorriso e ela retribui sorrindo com malícia, então eu tive certeza de que nós compartilhávamos a mesma idéia.
- Seja bem vindo, então.
- Acho que eu vou gostar daqui - eu respondi sem nenhuma vergonha na cara e com certeza eu usava um tom malicioso, o que ela respondeu mostrou bem que ela tinha entendido o recado.

Eu sabia que iria me arrepender depois, mas se eu vou mesmo pro inferno, por que não aproveitar?
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptyTer Jan 13, 2009 9:22 am

Agora a ficha finalmente começou a cair para mim; me deixando crente de que Josh estava mesmo ali e, segundo ele “para rever uns amigos”. Me perguntei quais amigos o Josh tinha exceto eu. Não sei de nenhum outro envolvimento dele com outras pessoas, mas acho que não ficaria muito surpresa se ele tivesse mais amigos americanos além de mim. Ele era gato e até sociável. Porque não teria? Ah! Porque ele é um fantasma.
Isso me dá um pequeno espaço para a exclusividade, mas eu também nunca poderia simplesmente pegar na mão dele e desfilar pelo colégio. Eu ia parecer louca, aliás.

As vezes isso me deixa bolada, sabia? Não poder exibir coisinhas lindas para que as pessoas fiquem com inveja. Porque, na realidade, eu acho que a reação delas ao saber que eu me envolvo com fantasmas não seria nada cobiçosa e sim... Enojada. Hoje em dia as pessoas morrem de medo de fantasmas e, por serem almas os acham nojentos, asquerosos e blá blá blá. Isso é pura porcaria mental. Cara, se elas soubessem o que estão perdendo! Imagina se o Brad Pitt morresse agora e virasse um fantasma! Eu ia correndo mediar aquele deus grego. Err, não que eu estou desejando que ele morra, mas você entendeu. O fato é que, em resumo, mediadores tem um dom chiquérrimo. Humanos sem dom são... puramente meros.

Tivo o vislumbre perfeito da boca sensual de Josh se abrindo em um sorriso que, eu suspeitava, era provavelmente o espelho do meu. Eu e ele sempre nos entendemos mutuamente, e as vezes conversamos apenas pelo olhar, se é que você me entende. Como mensagens subliminares passadas de mim para ele e vice-versa. E, olhando-o diretamente nos olhos, eu entendi muito bem que ele estava louco pra aprontar. Realmente, o mesmo Josh de sempre.

Veja bem. Josh é um fantasma. E se há um fato incontestável é que fantasmas geralmente vivem entediados com tudo. Eu podia ver naquelas faces contraídas e sensuais que ele também estava precisando de uma dose de Caddie. Uma dose das boas; talvez bem parecida com aquela que tivemos na Europa. Ah, nós dois íamos gostar disso. Porque não tentar, huh?

- Acho que eu vou gostar daqui – o tom dele era despudorado. Haha, isso simplesmente evaporou quaisquer últimos neurônios éticos que havia em minha mente conturbada. E provavelmente não foi surpresa quando eu praticamente voei em cima dele, capturando aquela boca totalmente sensual e jogando nós dois para trás, fazendo que nossos corpos esbarrassem nos moveis do reitor. Vários objetos e coisas caíram no chão, mas nãoo estávamos nos lixando para isso, é lógico!

Ele beijava exatamente igual. Urgente, ansioso, selvagem e cheio de desejo. Cara, porque que os vivos não podem beijar assim? No dia em que eu encontrar um cara que beije como o Josh, eu me caso! É, acho que você entendeu que será difícil para mim. Mas eu não acho que beije de forma tão diferente da dele. Como eu disse anteriormente, nossos movimentos eram mútuos. Parecidos. Enfiei a mão por dentro da camiseta dele enquanto nos movia de lugar e o jogava na parede. Ele se virou e me imprensou, sem parar de me beijar com aquela língua ousada e... P%$#@ que saudades disso!


Última edição por Cadance Fox em Qua Jun 17, 2009 9:00 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptySex Jan 16, 2009 4:03 pm

Eu sabia que estava fazendo a coisa errada, mas o pior de tudo é que eu estava gostando e Cadence parecia gostar tanto quanto eu, já que no minuto em que aquele tom maclioso saiu da minha boca ela se jogou para cima de mim e me beijou. Não era um beijo delicado ou tímido, era urgente, ávido, sôfrego. Não pensei em mais nada a não ser na forma como ela conseguia transformar minha sanidade em pó e levar tudo para os ares.
Eu retribuia o beijo na mesma intensidade e no mesmo rítmo, era como se nós tívessemos ensaiado e isso tornava tudo muito mais excitante e incrontrolável.
Tanto que quando ela me empurrou na parede e colocou suas mãos por baixa da minha blusa a situação se tornou ainda mais impossível se de controlar e eu me virei, pressionando-a contra a parede e sentindo o calor do seu corpo sobre o meu. Era incrível que até mesmo eu, sendo um fantasma, podia sentir o quanto ela é quente.
Separei meus lábios dos seus e minha boca trilhou um caminho até seu pescoço, beijando e mordiscando, enquanto ouvia os gemidos baixos que ela soltava e a respiração forte em meu ouvido.
Eu sei que não devia estar fazendo isso e que deveria me controlar, como na noite da festa, mas o caso é que eu não queria me controlar, aprendi que não deveria me controlar, eu estava cansado de agir de acordo com as regras e pela primeira - talvez segunda - vez na minha morte eu quebrei a maior regra que era imposta a fantasmas: nunca se envolver com mediadores.
Mas como não tem um texo assinado por Deus ou sei lá quem com um mandamento sobre isso, não era bem um quebrar de regras e eu teria uma desculpa para dar quando eu fosse pro inferno.
Não sei se Cadence pensava nisso, ou se ela pensava no que quer que fosse, porque assim como eu, parecia não pensar em nada a não ser no que fazer à seguir.
Eu sabia o que fazer, talvez porque já tivesse lhe dado com ela antes e isso tornava tudo ainda mais interessante do que fosse possível.
Capturei seus lábios com intensidade e prazer, minha mão percorreu toda a extensão do seu corpo, até alcançar a pele quente da sua coxa.
Caddie desabotuou o zíper da minha calça e eu sabia o que ela queria, então deixei que a tirasse enquanto eu arrancava minha camiseta e minhas mãos voltavam para o corpo dela, suspendendo sua blusa para que ela deixasse eu tirar. Sua respiração pesada, seu fôlego falhando, ela sorriu e novamente me separei dela, minha boca seguindo uma trilha de fogo por seu corpo, até que ela não tivesse mais roupa nenhuma.

Ela não parecia se importar com isso, eu com certeza não me importava com isso, então tudo fluia naturalmente, ou quase natural.


Última edição por Josh Fuller em Sáb Jan 17, 2009 11:53 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptySex Jan 16, 2009 9:25 pm

Eu senti o corpo dele apertando o meu, colando-se a mim como se a vida dele dependesse disso. Er, tudo bem que na verdade ele não está vivo, mas você pegou a alma da coisa. Aliás, falando em alma, quando eu morrer eu quero ser como o Josh! Há, eu tou só brincando, mas ele definitivamente é a idealização de um espectro gostoso para mim. Qual é, o cara é um verdadeiro sex-appeal! Nem a MORTE parou o sujeito e isso SIM é ser fodão. Tudo bem que eu desconfio que a causa pela qual ele continua aqui nessa vida não seja dada ao fato de que ele é um amante perfeito, mas ainda assim era legal imaginar que sim.

Ou melhor, imaginar não. O legal mesmo era viver e sentir ele ali. Tão insaciável e meio tarado. Há, eu gostava disso nele. O modo com que Josh se comporta faz com que as mulheres se sintam infinitamente desejadas e eu voltei a praguejar todos os santos por terem matado o Josh. Quem dera ele ainda fosse vivo.. ahh...

Se bem que, lá estava ele, mortinho da silva, e ainda assim quase me fazendo subir pelas paredes. Ele separou seus lábios dos meus e começou a beijar toda a extensão de meu pescoço, orelha nuca e busto. Eu suspirava e ofegava de excitação enquanto arranhava não tão levemente as costas dele em um abraço sôfrego. O bom de ele não ser vivo era que ele não se machucava, entende? Eu podia arranhar até não poder mais, que nenhuma marca ficaria. Bem, ele sentiria os arranhões, mas do jeito que ele é com certeza gostava.

Ele continuou mordiscando levemente minha pele por uns momentos, mas creio que não se agüentou e voltou a capturar os meus lábios. Eu correspondi com ardor e o beijo era tão intenso que nós dois já entravamos em um estagio ainda mais perigoso. Mais lascivo, para ser sincera. Sim eu estava excitada até o ultimo átomo do meu corpo e eu sabia que Josh também. Afinal, ele era homem e eu podia perceber isso pelo volume duro feito pedra que roçava entre as minhas pernas.

Uma das mãos dele começou a percorrer por toda a extensão de meu corpo e eu adorei a sensação. Quando ele finalmente me tocou em meu ponto mais sensível, eu não consegui sufocar um gemido de prazer no ouvido dele. Eu sabia que Josh sempre adorou que eu fizesse isso [gemer no ouvido, digo] e isso só o instigou ainda mais. Aliás, isso me instigou. Agora eu estava mais impaciente e ansiosa por ele.

Desci as mãos e desabotoei o zíper da calça dele de forma urgente e apressada. Ele mesmo arrancou sua própria camiseta e eu me apressei em levantar as mãos para que ele retirasse a minha blusa pelo pescoço. Assim que o fez, nós voltamos a se agarrar, tão selvagens quanto podíamos. Minha respiração falhava e eu tinha que me esforçar para respirar. Ele não tinha esse problema, então só me incitava ainda mais. Desceu sua boca e foi beijando todo o meu corpo enquanto tirava minhas peças de roupa. Não demorou muito para que nós dois estivéssemos completamente pelados ali na sala do reitor de uma escola religiosa.

Antes que ele voltasse à minha boca, eu o empurrei novamente pela sala, esbarrando novamente em varias coisas (e fazendo uma bagunça infernal no lugar) até que encostamos na mesa de mogno do padre. A mesa era espaçosa e serviria como uma luva. Joguei ele em cima da mesa e subi também.


Última edição por Cadance Fox em Qua Jun 17, 2009 9:01 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptySáb Jan 17, 2009 12:32 pm

Caddie estava me levando a loucura e ela sabia disso e não parava.
Claro que eu só podia ser um louco em estar fazendo o que realmente estava fazendo, mas eu já cometi loucuras como essas antes e exatamente com a mesma pessoa, então eu já não me importava, paguei por tanta coisa quando era vivo, aqui não poderia ser pior.

Aqui... Na morte... Nunca pensei que os mortos ainda pudessem fazer isso, mas foi provado teóricamente que podem, ao menos eu posso, ou a Caddie me faz poder e já é o bastante.
Afinal, a eternidade não era tão monótona quanto eu pensei que fosse.

Cadence me empurrou, antes que eu pudesse voltar a beijá-la e nos jogou em cima da mesa do padre, de forma selvagem. Eu ri e me virei para ficar por cima dela.
O corpo curvado, ela estava pronta e desejosa, eu vital e ávido.
Absortos no momento, cegos a toda e qualquer restrição imposta pela natureza de ambos.
Ela agarrou à mim em busca de apoio e eu já previa isso.
Meus lábios trancados no dela, prendendo qualquer grito, para que ninguém ouvisse e interrompesse aquele momento, para que ninguém estragasse todo aquele frenesi à que nos entregamos.
Meu corpo dentro do dela, estabeleceu um ritmo a qual ela respondeu. Um grito abafado e ela demonstrando sua urgência, e logo nos separamos, mas mais rápido ainda, eu a preenchia, a penetrando facilmente e cada vez mais fundo, como quando em Lodres, mas com a mesma excitação de uma primeira vez. A cada investida lenta e vagorosa, ela soltava um gemido baixo em meus ouvidos e eu aumentava o ritmo, a deixando cada vez mais insandecida.
Minha boca percorrendo toda a exntensão do seu corpo, pescoço, colo, seios...
Como se não podessemos mais esperar, alcançamos juntos o clímax, satisfeitos, mas insasiados.

Ela estava arfando e eu sorria, esperando que o arrependimento viesse logo a seguir, mas foi uma espera em vão, porque ele não veio e ainda que imprudente, eu me sentia feliz, por ter quebrado as regras e por ter sido com ela.
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptySáb Jan 17, 2009 1:22 pm

Eu estava completamente ensandecida. Minha mente corria à 200km e eu estava a beira de perder o controle. Bem, er, eu tenho que admitir que, na realidade, meu controle já tinha ido para as cucunhas naquele momento. Eu estava agindo totalmente por instinto, sem pensar nas conseqüências e aproveitando o frio na barriga e a adrenalina forte que corria por minhas veias. Era bom me sentir assim. Me sentir realmente descontrolada e sentindo a insanidade se espalhar pelo meu cérebro, fazendo com que eu me sentisse livre e desempedida. É obvio que a situação não era mesmo aquela, já que nós poderíamos ser pegos ali. Bem, EU iria ser flagrada pelada em cima da mesa, mas não ele. Ele não iria ser visto e, muito provavelmente, eu iria ser mandada para um hospício sob a acusação de estar me auto-comendo. Hahá, é claro que isso nem me passou pela cabeça naquele momento. Naquela hora a única coisa que eu queria era o Josh. Josh, Josh.... Só o Josh.

Ele se virou, ficando por cima de mim e eu, instintivamente, o agarrei, colando novamente os nossos corpos e me fizesse sentir toda a sua virilidade de contato ao meu corpo. Ele uniu nossos lábios novamente, quase não me deixando respirar por isso. Não me importei. Eu queria mais. Suas mãos passeavam livremente pelo meu corpo e eu me projetava para cima, para ficar ainda mais colada a ele. Eu sufoquei um grito de prazer quando o senti finalmente dentro de mim. Sua masculinidade se encaixava perfeitamente a mim, como se estivesse sido feita só para isso. quem dera.

Ele me preencheu por completo para, segundos depois, se afastar lentamente, criando uma seqüência de movimentos que eram um verdadeiro frenesi. Eu sufocava meios gritos e ofegava de excitação. Sua boca explorava meu corpo e eu fazia o mesmo enquanto suspirava e gemia em seu ouvido. O prazer que me invadia era estarrecedor, sedicioso e, acima de tudo, fantástico. Eu estava cega, sendo ciente apenas do corpo dele entrando e saindo de mim, e desejei que não terminasse nunca ao mesmo tempo em que o prazer aumentava e eu desconfiava que o clímax estava batendo à porta.

Ele veio arrabatadoramente. Completamente delirante; louco; conhecido. Eu conhecia aquela sensação e foi como relembrar a primeira vez em que estivemos juntos há quase um ano atrás. Dessa vez não consegui sufocar o grito e ele saiu livremente pela minha garganta. O gemido rouco que ele deu foi excitante e eu me agarrei a ele, completamente suada e ofegante. Ele não saiu de dentro de mim. Apenas descansou lá e me agarrou pela cintura.
- Uau. Isso foi... – Eu murmurei, completamente sem fôlego. Ele completou minha frase e eu sorri. Ainda estávamos insaciados, contudo. E eu praticamente exultei quando senti sua virilidade ganhar vida novamente.

É, nós começamos tudo de novo.


Última edição por Cadance Fox em Qua Jun 17, 2009 9:01 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptyQua Jan 28, 2009 11:23 am

Às vezes eu me pergunto se foi mesmo uma boa idéia ter saído de Londres e vindo morar aqui, em Carmel. Eu adorava Londres. Sem dúvidas, aquela era mais do que apenas a minha cidade natal, era a minha casa.

Morar com uma mãe alcoólatra e estressada é uma barra que eu tenho que suportar quase 24 horas por dia. “Quase” porque eu sempre dou um jeito de me afastar dela, de me manter longe de casa só pra não ter que aturá-la dizendo que eu deveria ajudá-la mais nos afazeres domésticos ou coisas do gênero. Mas às vezes ela pega demais no meu pé, e é quando eu me irrito com ela e saio de casa, sem dar grandes explicações e desejando não voltar mais.

Hoje era um típico dia desses, em que eu não teria hora para voltar e que passaria, com certeza, boa parte do dia de ovo virado com qualquer pessoa que relasse um dedo em mim, mesmo que sem querer. Eu juro que adoraria não ter essas fases macabras, mas é tão inevitável.

Eu acordei cedo nesta manhã, meu celular sempre me despertava na hora certa da escola. Bem que eu preferia ter ficado na cama até mais tarde, mas as responsabilidades de adolescentes me chamavam, infelizmente.
O ritual de sempre se fez presente... no meu caso, um ritual que poderia demorar uma eternidade até. Banho, tomar café-da-manhã, escovar os dentes, maquiagem, escovar os cabelos, escolher as roupas e, por fim, arrumar todo o material escolar que eu havia me esquecido de fazer no dia anterior. Desde o momento em que liguei o chuveiro até a hora em que consegui juntar todos os meus livros nos braços minha mãe estivera me torrando a paciência. Que tipo de prazer ela sente em ser tão irritante? E, graças a ela, eu me atrasei para a escola.

Não sei não, mas eu acho que ela estava numa daquelas ressacas brabas. Mas também, que se foda. A escola até tem sido bem interessante, só pelo fato de poder passar bastante tempo longe dessa casa.

A pior parte do meu dia ainda estava prestes a chegar, mas foi revoltante quando eu cheguei à escola e, acreditem se quiserem, fui barrada na entrada por algumas freiras mal amadas. E sabe o motivo pra isso? Minhas roupas. Que tipo de descriminação é essa, afinal? Só porque minha calça tinha alguns rasgos estratégicos ou porque minha blusa era justa demais? Ah, fala sério, eu já vi garotas desfilarem com saias na altura de suas virilhas por essa escola, e eles vem querer me barrar justo na minha manhã de cão?

- Olha aqui... freirinha... – eu disse a ela, apontando de leve um de meus dedos pra ela. – Eu preciso mesmo entrar, tá legal? Ninguém vai perceber que meus joelhos estão de fora... então, me deixa entrar logo vai.

Arg, quando eu disse que era meu dia de cão aposto que não levou tão a sério. Quem eles pensam que são pra me impedir de entrar na minha própria escola? Não são ninguém, mas bem que estavam montando uma barreira de resistência forte ali.

- Primeiro, mocinha, trate de não levantar a voz para mim. – a freira disse, e sabe que eu nunca parei pra observá-las de perto? Tadinha delas, devem passar um calorzão em baixo dessas batinas. – E depois, você conhece as regras da escola e sabe que tipos de roupas não são permitidas aqui.

- Que explodam as normas. – eu gritei, meio histérica. – Eu quero entrar nessa droga de escola agora mesmo...

Caramba, só agora eu percebi como eu estava em estado de nervos mesmo. Gritar pra uma freira não é uma coisa muito aconselhável, ao menos não aqui na Missão. E apontar o dedo para ela é ainda pior. Mas, mais pior do que isso é você passar por cima das ordens dela de uma forma... prática. E foi isso que eu fiz... eu fui bem prática. Se não queriam me deixar entrar por bem, eu entraria de qualquer jeito, mesmo que por mal.

Eu tinha uma boa vantagem em relação àquela freira: eu era rápida. Eu podia, perfeitamente bem, usar o meu charminho de carinha de garotinha que só quer chupar um pirulitinho e entrar para estudar na sua escolinha, mas eu não estava com ânimo para fazer uso de meus artifícios de boa moça. Entrei correndo, passando por algumas noviças pelo caminho e quase tropeçando nos alunos pivetes da escola. Que raiva que eu tenho de estudar com crianças.

Eu já estava bem atrasada, e sabia que já havia perdido muitas aulas, mas se eu não corresse direto para a minha sala, agora mesmo, eu iria ser pega pela freira e só Deus sabe que tipo de punição eu receberia.

Sabe, a primeira vez que eu entrei na Missão foi para uma festa que havia sido montada aqui mesmo. Foi uma loucura, porque sofremos um abalo sísmico e voltamos um trapo pras nossas casas. Mas foi nesse dia que eu conheci duas garotas com quem me simpatizei muito de cara, Caddie e Angel. Após aquela festa nós voltamos a nos encontrar em outras ocasiões... como no Baile de Máscaras, que foi simplesmente perfeito. Hum, por vários motivos... Não apenas porque dançamos muito... mas porque eu reencontrei quem eu pensei que nunca mais voltaria a ver novamente...

Oh, Josh Fuller... aquele dia foi tão especial. Tá, mas eu não quero ficar remoendo essas lembranças... não agora.

O bacana nisso tudo é que eu definitivamente ganhei duas grandes amigas, e não poderia estar mais contente com isso. A Agel é uma completa pirada, sempre aprontando o que você nunca espera que ela apronte... uma má influência que eu adoro ter por perto. A Caddie... hum... vejamos... ela é, sinceramente, demais. Eu confesso que fiquei bem assustada com a história toda de ela ser ligada nesse negócio de boxe, mas é até bem legal... já sei com quem contar quando eu precisar ser defendida. Se é que eu precise algum dia.

Quando nós nos juntamos boa coisa nunca sai dessa junção.

Mas hoje não é um bom dia pra mim, eu detesto passar as manhãs estressada desse jeito... eu só espero que, quando eu encontrar a garota boxeadora por ai, eu não desconte minha raiva em cima dela. Por falar nisso... eu ainda não a vi por aqui.

Cara, a Missão pode ser uma escola religiosa e meio pudica demais, mas é uma escola bem legal, sabe. Ainda tinha muita gente ali que eu não conhecia, mas até gostaria de conhecer.

Andando pelos corredores eu percebia os olhares curiosos das pessoas sobre mim. O que será que elas estavam pensando de mim? “Nossa, que garota linda” ou “Eu queria ter os cabelos dela.” Tá legal, me chicoteia vai... deviam estar tentando entender porque eu estava andando tão rápido pelos corredores. Deveria haver uma plaquinha na minha testa: “fugindo da freira mal encarada, saiam da frente e me dêem cobertura.”

Entrei em alguns corredores a fim de despistar a freira maldita, mas eu estava, na verdade, era me perdendo pela escola. Eu ainda não conhecia muitos caminhos por ali, sabia apenas onde ficava minha sala de aula, mas nunca havia cortado caminhos pra chegar até ela.
Eu comecei a me situar quando reconheci uma plaquinha indicando a enfermaria. Eu já havia estado ali, na festa mal sucedida, para ver como a Angel estava depois da cacetada na cabeça. Quando eu estava passando pela enfermaria eu percebi uma movimentação grande lá dentro através do vidro da porta. Tá legal, eu sou curiosa sim. Mesmo estando em missão de fuga eu precisava saber o que tinha acontecido. Adoro as desgraças alheias, mas no dia do acidente da Angel eu fiquei mesmo bem preocupada.

E olha só, pra minha surpresa, quando eu estava prestes a invadir a enfermaria, as pessoas se afastaram do circulo e abriram espaço para a minha visão. A razão para o furdunço era um garoto que estava sentando sobre uma maca... apenas de camiseta e cueca... com as mãos apertando... hum... os próprios testículos... e ele fazia uma variável imensa de caretas. Tentei segurar meu riso, era uma cena engraçada, até. Fiquei pensando o que tinha acontecido com as bolas dele.
Mas eu precisava mesmo era sumir de vista.

Virei alguns corredores a mais, parando em alguns momentos para decidir para onde ir. Mas, então, quando virei no quarto corredor, com quem eu dou de cara? De cara, literalmente, porque eu afundei meu rosto, sem querer, em seu peito... hum... macio.
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptyQua Jan 28, 2009 7:15 pm

Eu estava completamente maluco, mas ainda sim ciente dessa loucura.
O maior problema era que eu me sentia impossibilitado de me afastar dela, tanto que continuamos na mesma posição por um tempo.
Eu soube, naquele momento, que não tinha mais tempo para me arrepender, mesmo que eu não quisesse me arrepender, na verdade.
Eu nunca me arrependi da nossa primeira vez na Inglaterra e com certeza não me arrependeria agora, apesar da ocasião ser diferente e muita coisa ter acontecido nos últimos anos, uma dessas coisas era justamente aquela que eu queria me esquecer quando a reencontrei. E eu esqueci, ainda que parcialmente, Caddie me fazia esquecer de muitas coisas, inclusive de que eu sou um fantasma. Bem, na verdade eu não me sentia nem um pouco morto naquele momento e ela percebeu.
- Uau isso foi... - ela comentou entre suspiros, ainda sem fôlego
- ... Incrível. - eu completei e ela sorriu, então, mais uma vez, estávamos prontos e começamos tudo de novo.

Ainda insaciados e ensandecidos. Nossos corpos colocados sem nenhum espaço, como uma peça de quebra-cabeças. Eu me virei sobre a mesa, com Caddie sobre mim.
Desta vez ela quem estabeleceu o ritmo e eu obedeci, minhas mãos e lábios revistavam cada parte do seu corpo, descobrindo o que a fazia gemer com mais intensidade em meu ouvido.
A fase final veio mais rápida e avassaladora após as primeiras e vigorosas estocadas, transformando nossos gritos em um dueto, ainda sim que Caddie tivesse a cautela para que ninguém escutasse.
Estavamos saciados. Eu ainda a achando tão desejável quanto antes, mas estava ciente de que seria bom pararmos por aqui.
Cadence relaxou sobre mim e soltou um suspiro. Eu afastei seu cabelo e beijei seu pescoço, então sorri e levantei seu rosto para que eu pudesse olhar em seus olhos castanhos e reluzentes, tão reluzentes quanto lindos.

- Tudo bem? - eu perguntei sorrindo - Acho que o Padre pode estar voltando. - falei com o resto de sensatez que eu possuía, apesar de que nos últimos minutos eu não parecia tão sensato. Talvez porque o desejo tenha tomado conta do meu cérebro, o que não seria uma boa desculpa se eu fosse julgado por esse 'erro'.

Na verdade, eu não achei que estivesse errando, não agora, talvez mais tarde eu me sinta culpado, mas no fundo não considerei um erro já que eu me sentia bem ao lado dela e a única coisa que nos impedia de ficarmos juntos é, bom, o fato de eu estar morto e ela viva. Um dia, quem sabe, encontramos uma solução para isso. Não que eu ache que tenha alguma solução que possa me trazer a vida novamente, até porque estou bem morto e enterrado, ao que me consta.

Caddie se afastou e se sentou sobre a mesa, eu também me sentei, procurando por minhas roupas que sabe-se lá onde eu coloquei.
Eu me vesti, não por completo, ainda estava sem a camisa e ela só com a saia e o sutiã. Completamente linda.
E eu completamente babando. Não coloquei minha camisa, segurei-a em minha mão e me aproximei de Caddie... De novo.
Mesmo sabendo que era loucura e o Padre poderia estar voltando. Já estava bem claro meu estado de insanidade e ela não parecia querer que eu me afastasse.

A distância diminuiu, conforme eu me aproximava, até que eu a beijei, não tão sofregamente como antes, só que desejoso e terno.
Ela retribuiu, da única forma que me fazia arrepiar por completo e ela sabia disso. Ao menos parecia saber e se aproveitava.
Nossas línguas estabeleciam um ritmo único, quase ensaiado e excitante.

Poderíamos ter continuado com aquilo e ter ido mais longe, como antes. Nossos corpos se aproximaram, como um imã, instintivamente e eu a abracei, meus dedos traçando círculos em suas costas. Eu percebi quando suas pernas contornaram minha cintura e mais uma vez ela estava quente e eu ávido.
Mas antes que acontecesse de novo nós ouvimos um barulho na porta e um murmúrio baixo. Pareciam vozes, uma bem alterada e a outra num tom auto e desafiador.
Nos separamos, não por completo, eu ainda abraçava e ela manteve suas mãos ao redor do meu pescoço, só que não nos beijamos mais.

A fechadura se moveu e antes que pudéssemos nos separar ou que eu pudesse soltar o palavrão que estava martelando em minha mente desde o momento que nos interromperam, alguém entrou pela sala.
Não tecnicamente entrou, ela foi praticamente jogada porta à dentro.
O que me assustou não foi à voracidade com que ela foi empurrada para a sala e trancada, mas sim quem realmente era ela.

Maldição!

Eu pensei, não foi verdadeiramente esta palavra, mas era uma forma educada de expressar meu espanto.

Aquela que entrou lá, que foi jogada para junto de mim e Caddie - ainda abraçados e seminus - era nada mais nada menos que Katrina Sterling e eu reconheceria aqueles olhos em qualquer lugar.
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptyQua Jun 17, 2009 8:59 pm

Tenho certeza de que você já deve ter-se visto em uma ocasião que era tão agradável que não pensava em nada. Nem em parar e muito menos nas conseqüências. Bem, eu não pensava nunca nas conseqüências. E não é porque eu sou uma pessoa corajosa ou qualquer coisa genérica. E sim porque eu sou insanamente impulsiva. Não sei me controlar, não sei quando parar, não sei medir as decorrências ou seqüelas de um fato realizado. E é por isso que sempre acabo dentro das piores situações. Em algumas eu entro por espontânea vontade, mas outras me deixam realmente em apuros. E aquele dia era realmente um apuro em potencial! Não, na realidade eu já sabia que estava ferrada por ter massacrado os testículos daquele carinha que eu nem ao menos sei o nome. Mas sei que ele não vai esquecer de mim tão cedo! Huá. Ele deveria estar na enfermaria, morrendo de dor aquela hora. E eu estava... Bem, digamos que a minha situação era exponencialmente melhor!

Falando em melhor... mencionei anteriormente que a ocasião era agradável. Bem, agradável é muito pouco pra definir. Incrível, magnífica, maravilhosa... é, talvez isso se enquadre muito bem! Josh sabia onde eu queria ser beijada, tocada... Ele quase seguia a minha linha de pensamento, como se conhecesse o meu intimo. Eu o deixei continuar, o momento era praticamente glorioso. Eu estabeleci o ritmo entre nós, tocando-o com as mãos e, sem conseguir me controlar, arranhando todo o seu peito. Ele não podia ser realmente ferido mesmo, eu podia usar e abusar de minhas unhas. Meu corpo movia-se de acordo com nossos desejos, nossos anseios, nossas luxurias. Era parcialmente físico, mas ainda assim extremamente intenso. Meus olhos eram puro desejo e eu praticamente entrei em combustão quando cheguei ao topo do prazer. Um grito rouco escapou de minha garganta, por mais que eu me esforçasse para não fazer nenhum barulho.

Eu relaxei completamente em cima de Josh, encostando minha cabeça em sua nuca. Suspirei fortemente, como eu sempre fazia. Levantei um pouco a cabeça e o fitei. Ele sorriu bem levemente e de uma maneira que eu não podia deixar de achar sensual, e afastou uma mecha de cabelo do meu rosto.
- Tudo bem? – ele perguntou, ainda ostentando aquele sorriso filho da puta que me fazia ir às alturas. Eu anuí com a cabeça, ainda um pouco sem fôlego para falar normalmente. – Acho que o Padre pode estar voltando. – Esse ultimo murmúrio me deixou atenta. Aliás, me alertou. Soltei um gemido de desagrado e, mesmo sem querer, saí de cima dele. Me sentei sobre a mesa, resgatando as minhas roupas. Vesti a lingerie e a saia enquanto Josh fazia o mesmo. Em um determinado momento, antes que eu pusesse a blusa, eu senti as mãos possessivas de Josh novamente em mim. Me surpreendi, mas é claro que gostei. Aquilo era loucura e ele sabia disso, mas sabe do que mais eu gostava? De ele não ter ligado pra porra nenhuma e ter arriscado se divertir mais uma vez. Sorri ladinamente e, no momento seguinte, nossas bocas já estavam entrelaçadas em um jogo ousado e lascivo.

Os pelos de meu corpo já começavam a se eriçar e a vontade aumentar quando... ouvimos um barulho. Eu praguejei em voz baixa, olhando instintivamente para a porta de mogno do escritório do Padre Dom. E no momento seguinte, ninguém mais ninguém menos que minha nova amiga Karina, foi jogada no pequeno recinto. Meu queixo caiu e eu tirei rapidamente minhas mãos do pescoço de Josh. Ela obviamente iria me achar uma pirada. Semi-nua e sozinha dentro do escritório de um padre? Loucura total!
- Kath! – Eu basicamente gritei, me levantando e fingindo que Josh não estava ali. Mas foi então que eu percebi os olhares. Josh olhava para ela como se fosse uma aparição do além (que ironia!) e ela... como se já o conhecesse. Espera, ela estava olhando pra ele? O que diabos estava acontecendo?

Acho que agora foi a minha vez de pirar de verdade.
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Katrina Sterling
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptyTer Out 27, 2009 10:26 am

Essa vida é realmente muito irônica, e eu sempre soube, só nunca tinha dado muita importância a isso. Porque, na verdade, nunca pensei que ela fosse me apunhalar dessa forma, e tão friamente.
Era fato óbvio que eu não havia começado o meu dia muito bem, e se há alguém que pode afirmar isto com todas as certezas e razões, essa pessoa sou eu. Detesto ter que admitir, mas eu estava sim meio estressada. Talvez bastante estressada, mas não é como se eu pudesse simplesmente mudar isto.

Chegar atrasada à escola nunca foi de meu feitio, embora eu não me importe muito com isso. Escolas não significam muito mais que diversão, amigos, fofocas e paqueras mesmo. Mas ser barrada na entrada da escola por um bando de freiras mal amadas só porque há um rasgo – assim, bem mínimo – em minha calça, isso já é o cúmulo. Como se não bastasse, eu ainda precisei sair correndo pela escola, fugindo das megeras que me pretendiam me expulsar da escola por um simples rasgo na calça. Tá bom, talvez dois rasgos – um em cada joelho. E talvez não seja um rasgo assim tão mínimo, mas ainda assim isso não é motivo para que eu seja barrada. E se eu quisesse mesmo estudar?

A questão é que eu fui pega. Literalmente pega, pelo Padre – e diretor dessa escola ridícula – Dominic.
Não foi uma experiência muito agradável quando afundei meu rosto em seu peito, e muito menos quando ele me agarrou pelo braço e me levou em direção à sua sala. O que dois malditos rasgos – mínimos, ou talvez nem tanto – podem fazer com uma pessoa. Isso não é incrível? Pegar uma suspensão ou um maldito sermão por isso, apenas.

Foi o que pensei que aconteceria, mas esse não pareceu muito o objetivo do Padre, porque fui simplesmente arremessada para dentro de sua sala, sem muitas delongas. Ainda tentei argumentar, o único problema é que minha voz não parecia querer sair.

Eu nunca havia imaginado que um dia presenciaria algo daquele tipo. Eu estava bem diante do cara que me assombrou durante anos, quando eu era apenas uma garota que perdia seus dentes de leite a cada semana. E o mais surpreendente não era estar cara a cara com ele, seminu – que isto esteja claro -, mas sim saber que não éramos os únicos ali. E, pior que isso, antes de minha entrada gloriosa, Josh – seminu, fato -, ainda não era o único ali. Cadance, a garota boxeadora, parecia atordoada.

- Kath! – ouvi seu grito, e desviei meu olhar para ela.

Era absurdo, e patético. Cadance tentava arrumar o pouco de roupa que havia em seu corpo, enquanto Josh nem ao menos se dava ao trabalho de esconder aquele físico bem definido que eu nem imagino como um fantasma pode conseguir manter. Não, eu não estava admirando seu físico, foi apenas um comentário.

Eu queria entender o que, afinal, eu estava observando. Eles estavam fazendo o que a minha mente meio poluída realmente pensou que eles estivessem fazendo? Sim, porque as evidências são muitas. Mas como? Fantasmas... podem? Espera um pouco, há algum tempo atrás – e não estou falando de quando eu era uma mimada que brincava de bonecas -, mas há pouco tempo atrás, naquela festa à fantasia em que eu, Cadance e Angeline fomos, Josh realmente tentou algo desse tipo comigo.
Mas foi com ela que ele consumou!

Existe maldição pior que sentir ciúmes de uma garota que você jurou que seria sua mais nova melhor amiga, e, então, descobre que ela transou com o seu fantasma? Tá legal, ninguém nunca disse que ele era meu, mas deveria ser. Afinal, ele me assombrou por tanto tempo.
A verdade estava gritando para mim, e eu estava quase me recusando a encará-la de frente. “Os homens não são confiáveis. Nunca foram. Nem o seu fantasma centenário é confiável, percebe? Então vá lá e quebre a cara dele, só para ele entender que você realmente o odeia. Mas não o perca de vista, já que você muda de opinião muito rápido mesmo.”


O modo como Josh me olhava fez minha garganta secar. Era um olhar de completa incredulidade. Como se ele nunca houvesse me visto antes, e não acreditasse que a garota de cabelos loiros ali, era a Katrina dentes de leite que brincava de bonecas, com quem ele passava as tardes contando histórias malucas e me fazendo cócegas.
Por alguma razão eu compartilhei desse momento com ele, quando essas lembranças me vieram à mente. Foram tempos incríveis, porque só eu podia vê-lo, e não tinha que compartilhá-lo com mais ninguém.

Agora a sensação era outra, e os fatos também. Permiti compartilhá-lo com Cadance, e não tenho dúvidas de que ela usufruiu com satisfação. A raiva que eu estava sentido deles quase me cegou.
Respirei fundo, como se todo o ar à minha volta não fosse suficiente. Havia uma poltrona ali próxima, então decidi que seria melhor sentar, antes que meus joelhos cedessem ao peso da decepção nos meus ombros.

Eles ainda estavam me observando, e Cadance parecia ter percebido o modo como Josh me olhava. Notei que havia dúvida em suas expressões. Eu estava tão atordoada com a descoberta da traição que nem havia me dado conta que o fato de Cadance ter estado com Josh era também bem intrigante. Então eu não sou a única que pode vê-lo.

- Bom dia Caddie. – eu disse, com a voz entrecortada. – Que bom encontrá-la logo cedo.

E sorri, mesmo que falsamente.

- Padre Dominic também não deixou você assistir aula por causa das roupas? – perguntei, indicando com os olhos a sua exposição física. – Dá pra acreditar nisso, Caddie? Só porque eu estou com alguns rasgos na calça e você... Sem roupa!

Foi inevitável, mas um riso escapou dos meus lábios.
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Josh Fuller
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MensagemAssunto: Re: What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17)   What the fuck is going on here? [fechado] (censura 17) EmptySex Out 30, 2009 2:26 pm

Você realmente já desejou estar morto para não fazer parte de certa situação?
Bem, pela primeira vez eu queria morrer ao invés de encarar aquela cena. Mas nem mesmo isso eu poderia pedir, já que, afinal, eu estava morto - talvez não exatamente nos últimos 30 minutos - e a única forma de sumir para sempre daqui eu ainda não havia descoberto. Definitivamente a morte era um bálsamo nessas horas, mas puta que pariu, por que tudo tinha que ser complicado?

Eu já começava a crer que além de pagar por meus pecados em vida, também teria de pagar pelos meus pecados de morto. E nem sabia que morto poderia cometer pecados. Na verdade, sim eu sabia, mas eu já estava morto mesmo, que mais de ruim poderia me acontecer?
Porém, alguém lá em cima achou algo para me ferrar e foi acertar logo o meu ponto fraco. Quer dizer, senão por pura maldade do destino - ou quem controla ele -, como é que a garota que eu assombrei a vida inteira poderia reaparecer para mim bem quando eu estava... Bem, bem naquela hora?

Quantas chances havia de Katrina Sterling vim parar no mesmo fim de mundo que eu havia escolhido para ficar? E quantas chances havia de Cadence Fox vir para a mesma cidade? E, por Deus, quantas chances havia de Katrina me pegar no flagra com Cadie?
Alguém deveria estar rindo de mim nesse momento e eu me sentia péssimo.

Ainda não havia dado conta que o tempo corria e as pessoas agiam, meus olhos congelaram na imagem de Kat entrando na sala e tudo que eu conseguia focar era no seu ar de espanto, descrença e, mesmo que eu tentasse ignorar estupidamente, raiva.
Eu vi Cadie se afastar abruptamente, mas só fui me ligar do que estava acontecendo quando ela chamou Katrina pelo apelido.
Mas que droga estava acontecendo aqui, afinal?
Então, além de tudo, elas se conheciam. Ótimo! Ainda me fazem crer que era pura coincidência, definitivamente, alguém estava rindo da minha cara nesse momento.

As coisas pareciam fazer sentindo, ou não fazer sentido, mas o mais estranho de toda a situação estranha era a raiva de Kat. Sim, fazia alguns bons anos que não nos víamos, tempo demais, mas não tanto para que eu me esquecesse fácil das suas expressões. Como eu fiz parte de todos os momentos "emocionais", por assim dizer, da sua vida, como raiva, alegria, tristeza, tédio... Eu sabia bem que aqueles olhos faiscando, por mais discretos que fossem, significava raiva. Muita raiva!

Bem, eu também estaria com raiva por ser jogado sem cerimônias em uma sala da diretoria por coisa atoa. Mas não era exatamente por isso que ela parecia zangada. Não era o padre motivo da sua fúria, era algo um pouco pior.

Talvez por Cadie não ter mencionado que poderia ver fantasma, isso com certeza deixaria alguém aborrecido, mas não acho que ela também tenha contado algo para Cadence, então estavam no mesmo barco, todas com uma parcela de culpa.
Por um momento até pensei que a raiva poderia ser de mim, mas isso seria impossível. Totalmente impossível, afinal, não nos víamos a...

Droga, a muito tempo. Muito tempo mesmo e isso me lembrou que eu pensava bastante nela, recordava do passado, sentia saudade e um pouco de falta, eu imaginava como seria um reencontro, mas esse com certeza não era o modelo exato de reencontro que eu desejei.
Só que, de um jeito ou de outro, eu ainda sentia as mesmas coisas que sentiria em qualquer outra situação. Alguma mistura confusa de emoções, como saudade, alegria, surpresa e uma vontade imensa de abraçá-la. A última coisa não era o melhor agora, mas eu não acho que ela sentisse emoções diferentes.
Afinal, ela passou metade da sua vida comigo aboletando seu quarto e dizendo coisas idiotas sobre idiotices da minha antiga vida. Eu passei uma boa parcela da minha existência ouvindo suas estórias, participando de suas brincadeiras e compartilhando suas emoções. Eu me sentia, naquela época, como um irmão, um amigo estranho, alguém que sempre esteve ao seu lado, assim como ela esteve do meu. Era normal que sentíssemos saudades.

Mas então algo dilacerou minhas expectativas. Não sei bem o que era, mas a forma como ela respirou profundamente e se jogou no poltrona mais próxima poderia ser um sinal da minha suspeita.
Então o que era aquilo de repente?
Toda a saudade, alegria, mistura confusa de emoções não parecia presente na forma que ela agia. Eu acho que era algo bem mais frio, algo que não me lembrava nenhum pouco a antiga Kat.

- Bom dia Caddie. – ela disse, com uma voz fria como navalha – Que bom encontrá-la logo cedo.

Uma pausa para um sorriso se escárnio e ela continuou

- Padre Dominic também não deixou você assistir aula por causa das roupas? Dá pra acreditar nisso, Caddie? Só porque eu estou com alguns rasgos na calça e você... Sem roupa!

Eu pude sentir uma ponta de sarcasmo em sua voz que foi confirmado pelo riso irônico e o olhar maníaco psicopata que ela deu, eu estaria assustado se não fosse um morto. Eu estava assustado! Quem diria que aquela doce e meiga menininha poderia, algum dia, sorrir daquela forma? E dizer aquelas coisas?

Claro, também não diria que ela ia se tornar uma garota tão bonita e tão...

Deus! Eu tenho um problema grave para controlar meus hormônios!

Meus olhos desviaram para Caddie e ela parecia tão confusa quanto eu. Eu arqueei uma sobrancelha, abri a boca para dizer algo, tomei fôlego, mas parei no meio do caminho, ao invés disso pensei em me desmaterializar, eu conclui que elas teriam muito o que conversar depois de... Bem, depois de tudo, então comecei a desaparecer lentamente, mas também não me desmaterializei, por fim acabei não fazendo nada. Os olhos de Kat me prenderam e eu não fiz mais nada a não ser ficar a encarando, com a mesma intensidade que ela retribuía. Por mais que ela fingisse que eu era invisível, ainda sim não conseguia disfarçar, não para mim, a intensidade da situação.
Alguma coisa estava errada nisso tudo, porque, magicamente, a imagem da garota do baile me acertou como um raio e toda a cena voltou como um lampejo em minha memória.

Eu estava morto! Mais morto do que sempre estive.
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