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Nome: Dahi
Idade: 18
E-mail: dlindamattos@hotmail.com
Comunicadores
[msn] - dlindamattos@hotmail.com
[ym] – dlindamattos@yahoo.com.br
Tem outro personagem no RPG? Sim. Encarregada de Suzannah Simon, Sebastian Drake, David Webber, Cadance Fox e Debora Mancuso.
[Dados do Personagem]Nome: Romeu Montecchio
Idade: 23 anos
Data de Nascimento: 1985
Local de Origem: Veneza; Itália
Artista Utilizado: Henry Cavill
Características Físicas: Moreno, corpo bem distribuído [herdade de família, já que não faz muitos exercícios] olhos verdes e intensos, traços bem definidos, fortes mas ao mesmo tempo suaves. 1,73 de altura e cabelos castanhos.
Características Psicológicas: Romeu é absurdamente romântico, às vezes fugindo da realidade por conta disso. Costuma divagar sobre tudo e sua paixão pela poesia o faz “filosofar” bastante durante o dia-à-dia. Pretende ser um escritor de romances de época e tem como inspiração o famoso Willian Shakespeare, que promoveu a inspiração para o seu nome.
É calmo e passivo e é difícil descontrolar-se, mas quando o faz, torna-se perigoso e imprevisível.
Não é tímido, porém é recatado. É um pouco conquistador, mas isso depende de seu humor. Romeu é, acima de tudo, gentil e prestativo; sempre pronto para ajudar as pessoas próximas a ele, provando que é leal e realmente corajoso.
Biografia:
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem diga nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.Eu repassei esse pequeno trecho de ‘Sonho de uma noite de verão’ em mente enquanto olhava as estrelas reluzentes e tão magnificamente brilhantes que me faziam exultar, mesmo que o mais provável fosse que eu acabasse por derramar lagrimas melancólicas na grama verde que descansava sob meu corpo. Meu peito tinha uma pressão inexplicável e meu corpo implorava por sono e descanso. Meu cérebro, no entanto, queria permanecer acordado; fazendo com que meus olhos presenciassem o esplendor pleno de toda a noite.
Aquele fora um dos dias mais infelizes de minha vida.
Eu havia perdido a pessoa que havia gastado horas me ‘treinando’, educando e me passando todo o conhecimento que parecia ser inesgotável. O homem mais brilhante, astucioso e sábio que eu havia tido o prazer de conhecer.
Paolo Montecchio, meu avô, havia falecido às oito horas da manhã, depois de uma noite agonizante e, de longe, a mais perturbadora que já tive. Ele estava morto por minha causa. Ele fora ferido unicamente por minha causa.
Por minha causa... O ancião de sessenta e quatro anos, acabara envolvido com um bruxo e, depois de uma briga insuportável, Paolo acabou sendo gravemente ferido no peito. Eu realmente não sei como isso aconteceu, pois estava debruçado sobre minha mesa, desenvolvendo mais uma de minhas coleções de poemas. Mas me lembro com uma aflição esmagadora, da uma vez alva camiseta branca de meu avô, naquele momento tão coberta por seu sangue carmim. Constatar que ele estava gravemente ferido só fez com que eu me sentisse uma dor liquidante em alguma parte irreconhecível de meu ser.
Corri para ajuda-lo, levando-o até o hospital mais próximo; mas de nada adiantou. Não precisei ouvir nada depois de ver a expressão e olhar do médico que estava encarregado do caso. Ele havia se extinguido da Terra. Havia ido para longe, muito longe.
Ó dor que alimenta a minha angustia,
Faz com que minha carcaça se esqueça do sono que tu tira de mim,
E transforma o meu peito em areia e pó... Pisquei fortemente, fazendo com que brilhantes gotas do liquido de diamente escorrecem lentamente pelo meu rosto.
Muito longe eu podia ouvir a voz de meu primo Benvólio, ecoando no ar como se fosse um canto descompassado. Ele me chamava. E eu sabia que deveria me levantar da grama do cemitério e encarar o fato de que eu havia perdido a pessoa mais importante da minha vida. Eu precisava viver.
Romeu Montecchio... Nome incomum, mas ao mesmo tempo absurdamente sujestivo. Já não bastava eu ter sangue de verdadeiros Montecchio? Não, não bastava. Meus pais fizeram questão de me batizar com o nome completo do personagem de Willian Shakespeare. Sempre disseram que minha paixão pela poesia nasceu daí, mas tenho certeza de que há algo muito mais intenso por trás de tudo. Eu só não possuo esse peculiar conhecimento.
Lembrei-me de minha saudável infância. Das brincadeiras incomuns e das aulas com Paolo. Fora inolvidável passar meus primeiros oito anos de vida na Itália. Minha mãe, uma veneziana encantadora, acabara por falecer depois do parto. Eu e meu pai, o Sr. Montecchio, nunca constituímos laços muito estreitos, portanto acabei por ser educado por meu avô.
Desde que havia visto o primeiro espectro, ele estava lá, me instruindo e dizendo o que fazer.
A Família era constituída quase integralmente por médiuns, também nomeados Mediadores. Alguns possuíam “poderes” extras, outros tinham dons psíquicos. Mas eu não passava de um mediador. Não que isso fosse algo que não me desse orgulho. Sempre fui feliz com a minha capacidade de interagir integralmente com fantasmas desde muito novo.
E, desde cedo, soube da quase regra que era ter relações restritas a pessoas psíquicas. Deixe-me ser mais claro: Nós da família Montecchio, só podíamos nos envolver com mulheres médiuns. Assim estaríamos garantindo a permanência do legado em nossa família.
Apesar de que isso não me aparentava ser bom, nunca cheguei a me rebelar. Se era assim que tinha de ser, assim seria.
Mas as coisas mudaram pouco a pouco. De repente eu não mais via os becos românticas de Veneza, e sim as ruas movimentadas da Califórnia, nos Estados Unidos. Como tinha apenas oito anos quando lá cheguei, logo esqueci as queixas e me acostumei a conviver mediante às palmeiras e aos costumes distintos do lugar.
Vivi por cinco anos em Altaville e mais dez em Alpine. Não posso dizer que tive uma adolescência relativamente normal comparada à dos jovens californianos que sempre encontrei. Para começar, eu vivia cercado por pessoas “mortas”, por assim dizer. Mediei ao lado de meu avô por muitos anos. Desfrutamos da companhia um do outro e de ninguém mais, por tempo suficiente para percebermos como seria difícil uma pressuposta perda. Mas as vezes penso que ele me preparou para esse momento. Ele me preparou muito quase ilegivelmente para o dia em que ele fosse me deixar e eu tivesse que aprender a conviver com a minha companhia e a de ninguém mais.
Que o vento leve este tão amargo sentimento
E que volte em um redemoinho feroz os acontecimentos
A solidão é dourada aliança
Como o sabor doce e voraz de uma prometida vingança. E eu não via a hora de sentir aquele sabor. O sabor da vingança.
Formular poemas intrínsecos era um ato impulsivo. Eu estava meditando e, no momento seguinte, me encontrava criando poemas que expressavam de forma sem igual os meus pensamentos.
A partida de meu avô apenas alimentou um ódio adormecido pelos Bruxos. Apenas me fez desejar aniquilar todos eles, mesmo que soubesse que meu avô não voltaria. Eu já havia procurado-o para ter certeza de que ele não voltaria. Mas não, ele fora em paz e não continuaria “perambulando” por aí. De certa forma fico feliz com isso, mas e agora?
O ultimo desejo de meu avô foi que ele fosse enterrado em uma pequena e romântica cidade chamada Carmel. Queria permanecer lá até “caísse no esquecimento”, segundo suas palavras. Também pediu a mim que morasse lá. Naquele momento eu assenti sem hesitar, concordando com qualquer pedido que ele viesse a fazer. Nada importava agora.
Depois do sepulcro que aconteceu ao por do sol, eu apenas havia me deitado calmamente na grama verde do cemitério e encarado as estrelas e a lua até o momento em que me vi obrigado a sair.
Benvólio e Marcus me levaram para a minha nova casa e por lá ficamos. Vamos dividir a casa por um tempo. Na realidade eu não sei a quantidade de semanas, meses ou anos que teremos pela frente em Carmel, mas eu sei que o meu destino nessa promete solidão. Mas eu estava preparado. Eu estava preparado para a dor.