[Dados do Player]
Nome: Amanda (Mandy).
Idade: 16 anos.
E-mail: naovoutepassar@hotmail.com (o nome do e-mail é zoado mas é esse mesmo).
Comunicadores (MSN, YM, AOL..)
Tem outro personagem no RPG? Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem:
[Dados do Personagem]
Nome: Raquel Bacellar
Idade: 17 anos.
Data de Nascimento: 01/01/1991.
Local de Origem: Desconhecida.
Artista Utilizado: Katharine McPhee.
Características Físicas: Veja na foto da atriz.
Características Psicológicas: Ácida, sádica e irônica.
Biografia:
Uma sala escura e fedorenta. Tinha um cheiro que lembrava comércio de peixe, aquele odor forte que parece impregnar em sua pele e não querer sair mais. Não me recordo de como cheguei naquele lugar. O que lembro é que, quando eu acordei estava amarrada em uma cadeira – mãos e pés atados –, sentia o gosto do meu próprio sangue no meu lábio – provavelmente um soco bem dado para que eu acordasse – e estava cercada por caras que eu jamais havia visto em toda a minha vida. No entanto, não estava surpresa em vê-los, sabia que a qualquer momento alguém – ou melhor, dizendo, “eles” – viriam atrás de mim.
- O que é vocês querem saber? – lancei a pergunta com a maior displicência, deixando que um sorriso torto brincasse no canto da minha boca e acabei soltando um grunhido baixo pela pontada de dor que senti.
Um homem praticamente calvo ajeitou o óculos de armação grossa, fazendo com que o mesmo deslizasse por sobre a ponte do nariz. Ergueu os seus olhos e me encarou. Vi, perfeitamente, as rugas se intensificando em sua testa e os pés de galinhas quando ele deu um enorme sorriso sádico.
- Não se faça de desentendida garota... Você sabe exatamente o que quero saber. – ele disse vagarosamente, engrossando a voz no final – Eu quero saber aonde aquele maldito fantasma escondeu o dinheiro! – cuspiu as palavras com se elas pudessem atingir e ferir e em seguida ajeitou novamente o óculos como dedo indicador.
Deve estar se perguntando o que raios está acontecendo, não? Ou, como foi que cheguei a esse lugar que nem eu mesma sei onde é. A única que eu sei e que tenho certeza é que: sabia de um segredo.
É um pouco estranho falar sobre isso, mas para que você possa entender melhor, irei te contar algumas coisas. Coisas que são difíceis de acreditar se você não possuir um pouco de loucura ou de insanidade. Você acharia que sou louca se te falasse que vejo fantasmas? E se, eu abusar um pouco mais da sua sã sanidade e dizer que, além de vê-los, posso me comunicar e... Tocá-los? Não, não estou mentindo e nem tampouco é uma piada. Se algum dia você achar que eu estou falando sozinha, pode ter certeza que no momento estou conversando com um espectro. Ah, não se preocupe, isso é dom e não uma doença transmissível que você pode pegar.
Esse dom foi herdado, passado através das gerações de minha família. Por sorte ou azar, acabou que foi repassado a mim. Confesso que no início é um tanto quanto medonho e aterrorizante, principalmente quando é criança e o dom ainda está se iniciando, começando a ser despertado. Muitas vezes acordava no meio da noite ouvindo sussurros ao pé do ouvido ou tinha a sensação de alguém estar me observando – e realmente tinha alguém. Hoje em dia, sei como lidar com ele. Já não acordo a noite assustada suando frio, ao contrário, escuto o que os sussurros querem me dizer. E, não por acaso, em uma noite ouvindo o que um espectro dizia foi que tudo começou.
Um rapaz que se chamava Samuel - entre vinte e trinta anos - veio me procurar, contou o que o levou de encontro à morte e, então, me pediu ajuda. A sua história se resumia em: muito dinheiro e pessoais atrás dele por causa da grana. E diante a sua história e seu pedido por minha ajuda não consegui negar – ainda mais por que ele havia dito que eu poderia ficar com todo o dinheiro.
Acho que agora já dá para ter uma idéia, não? Eu estava naquela sala porque o dinheiro estava comigo. E, enquanto eu não passasse a grana para eles não conseguiria sair. Isso é, se eles não resolvessem me matar.
- Não se faça de desentendida garota... Você sabe exatamente o que quero saber. Eu quero saber aonde aquele maldito fantasma escondeu o dinheiro!
Eu gostaria de rir, mas a pancada que recebi agora doía mais que antes. Foquei os meus olhos no rosto do cara. Ele armou toda uma expressão imponente, empinou o queixo e passou a mão por entre os fios oleosos de seu cabelo, deu um sorriso com a boca toda aberta mostrando alguns dentes já podres. Percebi que outro dois homens se aproximavam formando um cerco ao meu redor. Um deles brincava com uma faca, enquanto outro vinha com outra arma que poderia me causar um grande estrago, sem comentar na dor.
E foi no exato momento, onde eu pensava que morreria naquela sala escura cheirando a peixe, que o inesperado aconteceu.
Samuel surgiu.
Arregalei os olhos ao vê-lo. Remexi na cadeira. Respirei fundo.
- SAMUEL! – gritei.
Os homens entreolharam-se e caíram na gargalhada.
Idiotas. Eles não podiam ver Samuel, mas eu sim. E via perfeitamente o que ele estava fazendo. Ele vinha na direção deles com tudo e de repente... Um feche de luz. Um clarão iluminou tudo. Tive que fechar os meus olhos para não ficar cega, e mesmo assim senti um tremendo incômodo pela forte claridade. Quando tornei abrir os olhos tudo estava escuro novamente. Samuel havia desaparecido, da mesma forma que apareceu – num passe de mágica – e o mais incrível era que, os homens que estavam prestes a me matar também haviam sumido.
Depois daquele dia, onde Samuel salvou a minha vida, passei a dever a ele – ao menos é dessa forma que penso. Acho que acabei criando com ele um vínculo espectral, afinal. Hoje em dia os meus encontros com ele são mais freqüentes, ele vem me visitar muitas vezes de noite ou – se não achar loucura –, saímos juntos.
O que acabei de te contar foi o maior episódio da minha vida – e o melhor porque conheci Samuel. E você se pergunta como eu ainda não enlouqueci? Até hoje me pego fazendo essa mesma pergunta. Acho que depois de um tempo – dizendo a verdade, depois de alguns bons anos – você acaba se acostumando.
Agora queria que soubesse algumas particularidades minhas. Algo que acho importante para que você se dê bem comigo. Porque é fato, não é fácil lidar comigo. Sou o tipo de pessoa que você menos deseja por perto. Sou, para resumir bastante, algo que se assemelha aquela coisa de “geração coca-cola”. Disso aí você já pode ter uma base de mim. Não que eu seja uma jovem delinqüente, mas minhas atitudes e ações são um tanto quanto impensadas. Ah, e se de repente eu fizer um gesto obsceno só por você ter me dado um simpático oi, foi porque a sua cara me deu ânsia de vomito.