Dados do Player:
Nome: Leh Abelha
Idade: 15 (Em dezembro, 16 XD)
E-mail: leticiabelha@hotmail.com
Comunicadores
msn:leticiabelha@hotmail.com
Tem outro personagem no RPG? Não
Dados do Personagem:
Nome: Felicia Ann Cross
Idade: 17
Data de Nascimento: 12/12/1990
Local de Origem: Seattle, Washington
Artista Utilizado: Ally Zetterberg
Características Físicas:
Possui um rosto expressivo e forte de traços bem definidos e bonitos, olhos azuis amendoados, pele clara e um vasto cabelo loiro claro que fica entre ondulado e liso (leia: não decidido). Possui uma compleição delicada, um tanto baixa (1,59) e magra apesar de não ser grande fã de esportes. Possui cintura fina e quadris médios, mas não é muito bem dotada no quesito seios.
Características Psicológicas:
Sua característica mais marcante é provavelmente a impulsividade, suas ações são um tanto imprevisíveis, já que na maior parte do tempo nem ela mesma sabe o que está fazendo. Um tanto dramática e, às vezes, infantil. Evita responsabilidades a todo custo. Distraída e desastrada, atrai problemas com uma freqüência excepcional. Possui um senso de humor peculiar e tem dificuldade em levar alguma coisa a sério. Geralmente divertida e despreocupada, costuma arrastar os amigos para suas próprias confusões. Dona de um humor inconstante, costuma se expressar com exagero. Apesar de poder ser considerada uma relativamente inteligente não é uma pessoa com tendência ao esforço por isso sua média escolar costuma ser medíocre. Quando quer algo procura se mostrar meiga e gentil, o que costuma funcionar bem com a maioria das pessoas. O que mais detesta é se sentir entediada.
Biografia:
God, eu devo ser realmente interessante para escrever uma biografia aos dezessete anos.
Bem, meu nome é Felicia (pode me chamar de Fee) e tenho 17 anos. Meus pais se conheceram e me tiveram enquanto ainda estavam na faculdade. Eles nunca chegaram a se casar. Minha mãe, Charlotte Bradley diz que isso aconteceu porque, na época, ela rejeitava os costumes burgueses da sociedade que nem mesmo aceitava as mulheres como iguais aos homens e pregava a submissão das mulheres aos maridos.
Eu sempre pensei que meu pai talvez nunca a tivesse pedido em casamento.
Mas não é como se eu realmente achasse que os dois deveriam ficar juntos. Nunca daria certo. A única coisa que os dois fariam seria brigar o dia inteiro.
Então, eles seguiram suas vidas separados, ele na ensolarada Carmel e ela na chuvosa Seattle, no estado de Washington. Como é mais comum, eu fiquei com a minha mãe e via meu pai apenas esporadicamente.
Eu e Charlotte nos damos consideravelmente bem apesar dela não entender porque eu me meto em tantos problemas. Desde que eu entrei na escola minha mãe tem sido chamada para uma conversa com o diretor com uma freqüência alarmante. Mas é sério, a culpa não é minha.
A verdade é que eu vejo pessoas mortas. Com que freqüência? Muito mais do que eu gostaria. Afinal, quem gostaria disso? Ninguém, pode ser muito incomodo, principalmente quando você é única que pode vê-los.
Mediadores. É assim que as pessoas como eu são conhecidas. Nós podemos ver fantasmas e devemos ajudá-los a passar para o outro plano, seja lá o que estiver os esperando lá. Para isso, nós temos que ajuda-los a cumprir a missão que eles deixaram incompleta em vida. É mais complicado do que parece. Essas missões podem ser bem difíceis (por não falar em possíveis problemas com as autoridades e ossos quebrados) e alguns mortos se mostram extremamente relutantes em deixar esse mundo. Quando isso me acontece preciso dar alguns chutes neles para que me deixem em paz.
A primeira vez que eu me lembro de ter visto um fantasma foi no enterro de uma tia, a única irmã da minha mãe. Eu não a conhecia bem, mas tinha certeza que era ela que estava ali parada com um ar sereno junto à minha mãe que chorava e não morta, como devia ser. Ela parecia emanar uma luz prateada, mas estava bem. Ela olhou pra mim e sorriu.
- Felicia? Você me vê?
Eu assenti.
- Oh! Outra com o dom na família. Eu precisava mesmo ver você de partir.
- Partir?
- Eu estou morta, você sabe, não é mesmo?
- Você parece bem...
- Eu estou bem. Mas eu tenho que ir embora. Acho que esse era meu assunto inacabado, dizer a você que vai encontrar mais pessoas como eu sou agora e que você precisa ajudá-las a partir.
Ela me beijou na face e sua luz pareceu apagar até que ela desaparecesse por completo.
No começo não entendi muito bem o que ela queria dizer, tinha apenas cinco anos na época, mas logo aprendi que não devia mencionar as pessoas extremamente pálidas e brilhantes que eu conhecia. Minha mãe achava que eu tinha uma imaginação fértil demais e quando mencionava isso na frente de outras pessoas ela ficava muito constrangida e murmurava alguma coisa sobre meus amigos imaginários como desculpa.
Eu apenas descobri exatamente o que eu era alguns anos depois quando eu me mudei para uma escola que ficava numa construção muito velha. Eu já havia aprendido: quanto mais velho o lugar, mais chances de alguma alma estar penando por ali.
Quando eu entrei no banheiro feminino, um grupinho de garotas conversava animadamente sem parecer notar a presença de um rapaz bonito encostado à parede de braços cruzados ouvindo com uma expressão entediada. Ele tinha a pele pálida e estranhamente luminosa. Eu desviei o olhar dele e me demorei lavando as mãos e me mirando no espelho até que o grupinho saiu me deixando sozinha com o fantasma.
- Você não deveria estar aqui. É um banheiro feminino. É muito rude ficar espionando desse jeito. Porque não vai assombrar o banheiro masculino?
Ele pareceu desnorteado por um momento sem saber se eu estava falando realmente com ele mas então uma expressão presunçosa passou pelo seu rosto.
- Ah! Uma mediadorazinha! Que gracinha... Bem, não há nada que eu queira ver em um banheiro masculino e eu já estava aqui antes de isso ser uma escola. Portanto se alguém tem que ir embora...
- Do que você me chamou?
- Mediadora. Aquela que fala com os mortos e os ajuda a passar para outro plano. Um dom excepcional, certamente.
- Você conhece outros assim?
- Você não conhece?
- Nenhum que seja convincente. Responda à minha pergunta, por favor.
- Não era você que estava me mandando embora há pouco tempo?
God, onde estará velha e boa loira do banheiro?
- Conheci dois. Mas eles acabaram passando pro outro plano primeiro que eu. – Ele sorri.
Acontece que em alguns casos, nem mesmo o próprio fantasma sabe o que deixou inacabado e acabam ficando entre a morte e a vida por tempo demais. Perguntei-me há quanto tempo esse estava aqui.
Numa escola velha e cheia de fantasmas, uma mediadora não poderia mesmo fazer muitos amigos. Pessoas que falam sozinhas e estão sempre no lugar errado e arrumando confusões costumam ser evitadas. Loucos, é assim que nos chamam. Retomei a rotina da minha velha escola e passei a visitar a diretoria toda semana.
Logo minha companhia mais constante era o fantasma arrogante que eu tinha conhecido no primeiro dia. O nome dele era Steven e apesar de tudo ele me ajudou um tanto.
Agora, você deve ser perguntar: Mas e aí, como você foi parar em Carmel?
Pois é, eu fui expulsa da escola, mas a culpa não foi minha, juro, foi aquele fantasma idiota do antigo bibliotecário que quebrou as janelas.
Não, fui eu, mas a culpa foi dele.
Enfim, sem saber mais o que fazer com a filha delinqüente, minha mãe me mandou para viver com meu pai na Califórnia. De acordo com ela conhecer gente nova e mudar de ambiente vai me fazer bem.
Isso mesmo! Agora eu posso conhecer alguns surfistas fantasmas! Eba!
