Beatricce Del Vecchio Mediadores
Mensagens : 83 Data de inscrição : 29/11/2008
| Assunto: Um copo de água e um fantasma para viagem! [rp fechado] Seg Jul 06, 2009 10:10 pm | |
| Eu ainda estava relutante em aceitar a idéia de que a boca de Neil se enconstou na minha, e ainda mais relutante em aceitar a idéia de que eu havia correspondido, porque, certamente, aquilo não era verdade. Se houvesse alguém que eu desprezava mais do que a morte das araras-azuis da Macedônia, era Neil Acker. Aquele homem conseguia despertar em mim os mais terríveis sentimentos, e maximizar o meu desejo homicida, me transformando num tipo de Coréia do Norte que lança seus mísseis contra Acker. E com sucesso.
Se houvesse algum tipo de macumba que funcionasse, tal como Neil pregava, eu com certeza venderia meu rim esquerdo para que alguém fizesse algum tipo de feitiço que tirasse aquela criatura da minha vida. Invariavelmente meus pensamentos paravam na repugnante pessoa, e, somente pelo fato de minha mente estar impregnada com o ódio mais mortal que se possa existir. Eu não me arrependeria de passar toda a minha vida na prisão por ter matado Neil Acker. Eu poderia passar meus ultimos dias de vida com a certeza de que havia feito um bem para a humanidade.
Infelizmente, uma pequena parte de mim ficava intrigada com alguns fatos anteriores, como por exemplo saber como raios ele descobria tanto sobre mim, e como ele conseguia perceber que estava falando com um fantasma. Havia alguma coisa de muito intrigante em Neil Acker, mas eu estava chegando a um ponto que não me interessava mais saber o que poderia ser.
Já fazia algum tempo que eu não tomava o café da lanchonete próxima à praça, e decidi ir até lá, até mesmo para espairecer. Aquele café deveria conter uma dose de cafeína que a Saúde Pública com certeza baneria, pois era o único que conseguia me deixar acordada, e, por isso, era certamente a hora de tomar um pouco daquilo.
Mas eu não esperava encontral aquilo lá. Foi de longe que eu ouvi alguém bradar: Acker, mesa 6!, e, em estado de choque, parei longe o bastante para vê-lo sem ser vista. Fiquei parada por algum tempo, sem saber o que fazer. Então quer dizer que o grande mago, sábio e vidente agora precisava ser garçom para pagar as contas? Saí da lanchonete com uma dor no coração por nunca mais poder tomar o café milagroso...
Fui direto para o hospital, e, aquele começo de manhã serviu para dar um norte de como iria ser meu dia. Já não bastava ter que ver o rosto de Neil novamente, ainda me deparo com um fantasma me seguindo. Eu não tinha percebido ele até sair da UTI e me deparar com um rapaz azulado me olhando como se estivesse vendo um fantasma. Irônico, não?
- O que estou fazendo aqui?- ele perguntou, trêmulo.
Revirei os olhos. Nem ao menos ele sabia que estava morto? Isso era com certeza muito azar para um dia!
- Você está morto.- disse, com bastante tato, o que não me fez enteder o porquê do morto ter entrado em parafuso. Pelas poucas palavras que ele me dizia, e que eu conseguia captar, ele nem ao menos sabia quem era! Eu estava praticamente tentando expulsá-lo e exorcizá-lo, quando um insight se apoderou de mim. Sorri diabolicamente.
-Eu irei te ajudá-lo, se você fizer algo para mim antes- disse, e, sem ao menos esperar sua resposta - que era óbvia, visto seu grau de desespero-, pedi para que me acompanhasse até a lanchonte maldita. Sentei numa mesa e pedi para que chamasse o garçom - Neil.
Beatricce del Vecchio, dessa vez você fez a coisa certa! | |
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