The Shadow Admin
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| Assunto: Mabelle Smith Dom Fev 15, 2009 2:40 pm | |
| [Dados do Player] Nome: Ayla Idade: 15 E-mail: ayla_mendonca@hotmail.com Comunicadores (MSN, YM, AOL..): ayla_mendonca@hotmail.com Tem outro personagem no RPG? Se sim, cite-os, e também a espécie a qual pertencem: Sim. Angelique Bruni (mediadora), Jonathan Maldok (deslocador), Josh Fuller (fantasma), Henry Raavi (bruxo), Juliene Roxe, Ellie Parrish e Andrew Compton (humanos). [Dados do Personagem] Nome: Mabelle Smith Idade: 24 anos Data de Nascimento: 12/05/1985 Data de Morte: 13/04/2007 Local de Origem: Sydney, Austrália Artista utilizado: (gente, sério, eu não sei o nome dela, é uma modelo da Victoria Secrets e eu procurei em tudo que é lugar mas não achei, prometo, que assim que achar me manifesto.) Características Físicas: Cabelos lisos e pretos, assim como seus olhos. Pele alva e estatura mediana, corpo com curvas sinuosas. Características Psicológicas: Apesar da morte conturbada, não é alguém com um psicológico afetado. Sempre foi tranquila e paciente, mas suas atitudes sempre tiveram consequências extremas. Uma personalidade sensível, porém, uma mulher forte que conseguiu tudo o que queria apenas com esperança e persuasão. Biografia : Falar sobre morte não é algo que as pessoas gostem de fazer, ainda mais quando o assunto for sua própria morte. Chega a ser até intrigante, já que todos têm a certeza de que vão morrer um dia, mas ninguém gosta de pensar sobre isso. Eu nunca me importei em pensar ou falar sobre o tema. Morrer é tão natural quanto viver para mim e talvez este tenha sido um dos motivos que me levou a pular daquela janela num dia de chuva como aquele. “Sabe aquela velha expressão: ‘vou me suicidar´; que as pessoas costumam usar quando está um dia chuvoso, numa cidade pequena, sem nada para fazer? Pois bem, eu levei-a muito ao pé da letra e acabei tendo meu corpo arremessado a 30 metros num piso cinza e maciço do pátio daquele prédio.
Eu não pretendia me matar um mês antes que acontecesse, pelo contrário, foi à única vez na vida que tive medo de morrer, de morrer e perder tudo o que tinha conseguido. Trabalho, família e amor. Mas a vida de uma pessoa muda muito dentre um mês e foi isso que aconteceu quando tive aquela briga com meu noivo e, até então, meu chefe, de quem eu esperava um filho. É claro que eu sabia que ele me traia e ele não fazia questão de me negar isso, mas não foi o principal motivo para que eu me matasse. Ele foi um dos, mas, jamais, o razão especial.
Naquela tarde de chuva, uma chuva que não pausava fazia uma semana, eu saí aos berros da sala de Ben e apanhei meu casaco, sem olhar para trás e encarar seus olhos azuis tentando me dizer o que a boca já falara: “Acabou!” Eu teria colocado um fim naquilo no momento em que o encontrei aos beijos com a secretária, minha colega de trabalho, mas não foi isso que fiz por ainda acreditar, por ainda sonhar e esperançar, que poderia haver mais uma chance. Descobri que não havia quando me joguei em dos sofás vermelho de meu apartamento e chorei Eu chorei o que tinha que chorar e gritei o que tinha que gritar nos dias que se seguiram. Eu perdi meu noivo, meu emprego de jornalista, publicitária e agora tudo o que me restava era um filho sem pai, mas também o único que me dava ânimo para viver, já que nem meus pais – os que me expulsaram de casa e da Austrália – eram capazes disso. Estava grávida de quatro meses de uma perfeita e saudável menina e o que estragou isso e o resto de vida que eu ainda tinha foi aquele maldito tombo naquela maldita escada. Eu sabia que eu deveria usar o elevador, mas não quis ouvir quando minha vizinha sugeriu e preferi me arriscar a descer todos aqueles degraus numa pressa imensa à procura de um emprego que eu já mais teria por ser gestante. Desci os lances com o cuidado de me escorar no corrimão e olhar por onde eu pisada, mas um infeliz escorregão fez tudo desandar e só o que me lembro foi de meu corpo rolando dez degraus a baixo, depois as luzes do hospital e o vazio. Um vazio que eu senti quando, ao notar meu corpo diferente, descobri que não tinha mais meu bebê, que ele estava morto. Meu único pedaço de vida tinha morrido e eu já não precisava carregar um corpo vazio e pesado num mundo insolente e covarde. Foi por isso que, dois dias depois de receber a licença médica, eu me aproximei daquela janela e não pensei em mais nada, com medo de desistir. Eu abri a vidraça, o vento forte açoitando meus cabelos e a chuva lavando minhas lágrimas, corri os dedos pela grande, a única que me impedia de prosseguir, e passei minhas pernas por cima dela, tudo que me mantinha suspensa eram minhas mãos, que se esforçavam para não escorregar no cano frio e molhado. Deixei que meus dedos escorressem e desprendessem do encosto, meu corpo indo para frente imediatamente e se debruçando em um turbilhão de lembranças que invadiram minha mente como uma enxurrada selvagem e violenta. Fechei os olhos e deixem que a dor viesse, mas o pacto foi tão grande que a dor não veio, só a morte instantânea”E foi esta forma que acordei aqui. Depois de me levantar do pátio molhado e não sentir mais meu corpo sólido. Não tive medo. Eu sabia o que era e sabia que era a morte e só ela. Sempre suspeitei que a única razão para eu ainda vagar, perdida no mundo dos mortais, era o fato de eu ter propositado minha morte. Eu não tenho escolha ou solução, eu continuarei aqui, talvez décadas, séculos, milênio. É algo com que me conformei, depois de ter minhas dúvidas respondidas e depois de ter passado dois anos, somente andando, sem rumo ou destino. Não procurei saber o que fizeram com meu corpo, ou se meus pais choraram sobre meu caixão, tive medo dessas respostas. Não teria motivos para querer viver de novo ou morrer de verdade. Afinal, eu escolhi isso e eu nunca me arrependi. | |
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