When two prouds arguing...

A noite anterior havia sido agitada. Depois de termos quase sido mortos por seguranças de uma boate, saímos de lá em disparada. O nosso objetivo, conseguir documentos que citassem Ellizabeth Parrish, foi atingido, e voltei pra casa com o simples desejo de dormir. Tanto que enquanto Erica estava no banheiro, eu simplesmente peguei no sono, de roupa e tudo.

Naquela manhã, acordei antes dela e resolvi tomar um banho. Depois de vestir roupas limpas, me lembrei dos documentos de Parrish e começei a lê-los. O negócio começava a ficar entendiante, e os guardei embaixo da cama.

Erica acordou em seguida, e, depois de ter pedido o café no quarto, começou a procurar...os tais documentos. Virou o quarto de cabeça para baixo e não achou, até que começei a rir descontroladamente.

Eu estava tão absurdamente cansada na hora em que chegamos da boate que apenas fiz tomar banho e dormir, mas na verdade não consegui dormir direito, ainda estava muito irriquieta, rolava de um lado para o outro, tentando colocar minha cabeça em ordem, até pegar no sono.

Eu me acordei com uma dor de cabeça incrível, não tinha ânimo para me levantar, apenas peguei o telefone e pedi café no quarto. Matt, ao meu lado, por sua vez, estava acordado,e aparentemente fazia um bom tempo.

Eu tomei um banho rápido, vesti a minha calça jeans e uma blusa, e fui procurar os documentos que havíamos pego ontem para dar uma olhada. Eu procurei em todos os lugares, mas não estava encontrando. Eu entrei em pânico pensando de que, talvez, nós tínhamos quase morrido por nada.

De repente eu ouço a risada que provinha de Matthew.

-Mas que....Por que raios você está rindo, Mathew? Não vê que não encontro os documentos?- falei, irritada.

- Mas que....Por que raios você está rindo, Mathew? Não vê que não encontro os documentos? - Falou ela, em um voz irritada e nervosa. Eu simplesmente continuei rindo, até que apontei embaixo da minha cama.

- Sabe, se procurasse melhor talvez não precisasse passar por isso - Falei, enquanto me levantava para atender a porta. O café havia chegado, e parecia que tinha um monstro faminto dentro do meu estômago, clamando por comida. Tratei de me servir de dois ou três croassants de chocolate e sentei na cama, enquato ela me olhava, incrédula. Se agachou, levantou a colcha que cobria o colchão e achou os vários papéis, espalhados pelo carpete escuro.

Quando levantou, eu não pude deixar de fazer uma piadinha, falando "Tadãã!". E o que recebi em troca por não tê-la avisado antes? Bem...

- Sabe, se procurasse melhor talvez não precisasse passar por isso -

Eu olhei com ódio quando ele proferia aquelas palavras e apontava para a parte de baixo da sua cama. Quando eu iria fazer alguma coisa, a campanhia tocou, e ele foi atender, aidna rindo. Ele atacou o café da manhã, enquanto eu o olhava, querendo matá-lo ali mesmo.

Eu me abaixei e procurei os papéis, e, quando finalmente os achei, Matt ainda fez piadinha sobre isso.

Eu então comecei a falar [strike]ou gritar, na verdade[/s]

-MAS QUE DROGA, MATTHEW! ESTAMOS EM UMA MISSÃO IMPORTANTE, AJA COMO ADULTO UMA VEZ NA SUA VIDA!- disse, enquanto lá fora começava uma torrente chuva a cair.

- MAS QUE DROGA, MATTHEW! ESTAMOS EM UMA MISSÃO IMPORTANTE, AJA COMO ADULTO UMA VEZ NA SUA VIDA! - Ela berrou, a plenos pulmões. A raiva começou a me consumir, e respondi, irado - CREDO, NÃO DÁ PRA FAZER UMA BRINCADEIRINHA COM VOCÊ QUE JÁ SURTA! QUANDO SE SUICIDAR POR TRABALHAR DEMAIS, ME AVISA, QUE EU VOU QUERER ASSISTIR! - Gritei, enquanto largava os croassants com violência no prato e me levantava da cama. Ela me olhava como se eu fosse um inseto, e a recíproca era verdadeira. Afinal, porque tudo com ela tinha que ser levado tão a sério? Diversão faz parte da vida, que saco.

Nisso, uma chuva torrencial começava a cair, e os pingos lavaram as janelas do quarto. Um vento açoitava as árvores lá fora, mas parecia que a verdadeira tempestade estava ali dentro.

CREDO, NÃO DÁ PRA FAZER UMA BRINCADEIRINHA COM VOCÊ QUE JÁ SURTA! QUANDO SE SUICIDAR POR TRABALHAR DEMAIS, ME AVISA, QUE EU VOU QUERER ASSISTIR! -

Eu suspirei de raiva, estava cada vez mais irritada com ele, e, se eu não fosse um pouco racional, pegaria minha .38 agora...bem, talvez não chegaria a esse ponto, porque eu iria ser presa, mas ao menos uma boa surra eu tinha vontade de dar nele agora.

Eu tentei respirar fundo para me acalmar, mas logicamente não consegui. Como alguém poderia ser tão criança a ponto de fazer isso em uma missão importante desse jeito?

- BRINCADEIRINHA? ESTAMOS TRATANDO DE UMA ASSASSINA PROFISSIONAL, CASTUS! VOCÊ É MEU PARCEIRO NESSE CASO, DEIXE DE INFANTILIDADE E TRABALHE!

- BRINCADEIRINHA? ESTAMOS TRATANDO DE UMA ASSASSINA PROFISSIONAL, CASTUS! VOCÊ É MEU PARCEIRO NESSE CASO, DEIXE DE INFANTILIDADE E TRABALHE! - Ela gritou, e provavelmente todo o hotel ouviu. O meu sangue ferveu ao ouvir as últimas palavras e retruquei, cheio de raiva - INFATILIDADE? PELO AMOR DE DEUS, VOCÊ É UMA MANÍACA. TALVEZ PIOR QUE PARRISH! PARE DE ACUSAR OS OUTROS E OLHE PARA SI MESMA, MISS PERFEIÇÃO! PORQUE PARECE QUE ARRISQUEI A MINHA VIDA PARA SALVAR UM MONTE DE LIXO! AGORA, ME DÁ LICENÇA QUE EU NÃO TENHO QUE ATURAR OS SEUS INSULTOS IDIOTAS! - Berrei, enquanto abria a porta. A minha vontade era jogar ela pela janela, para não ter que ouvir aquilo.

Quem ela pensava que era para me chamar de infantil? A pessoa mais madura do mundo? Aquilo já estava me enchendo, e, por fim, bati a porta com um estrondo, saindo do quarto.

INFATILIDADE? PELO AMOR DE DEUS, VOCÊ É UMA MANÍACA. TALVEZ PIOR QUE PARRISH! PARE DE ACUSAR OS OUTROS E OLHE PARA SI MESMA, MISS PERFEIÇÃO! PORQUE PARECE QUE ARRISQUEI A MINHA VIDA PARA SALVAR UM MONTE DE LIXO! AGORA, ME DÁ LICENÇA QUE EU NÃO TENHO QUE ATURAR OS SEUS INSULTOS IDIOTAS!

Mas que....

ele falou isso berrando, e batendo a porta.

eu queria ficar no quarto para me acalmar, enquanto ele ia embora, e, com um pouco de sorte, pedia transferência do caso, mas, eu decididamente não sou uma pessoa com propensão a me acalmar, por isso resolvi segui-lo:

-DEIXA DE SER MAL-EDUCADO E BATER A PORTA! E OLHA SÓ, VOCÊ NÃO PRECISAVA TER ME SALVADO DE NADA, EU ESTAVA COM TUDO SOBRE CONTROLE, VOCÊ QUE SURTOU EM IR BATER NO SEGURANÇA, A CULPA FOI SUA!

Algumas portas se abriram para ver o que estava acontecendo, mas se fecharam ao tempo que eu mandei cuidarem da própria vida

Erica abriu a porta e foi atrás de mim - DEIXA DE SER MAL-EDUCADO E BATER A PORTA! E OLHA SÓ, VOCÊ NÃO PRECISAVA TER ME SALVADO DE NADA, EU ESTAVA COM TUDO SOBRE CONTROLE, VOCÊ QUE SURTOU EM IR BATER NO SEGURANÇA, A CULPA FOI SUA! - Gritou, e algumas portas se abriram, mas logo se fecharam, mediante o aviso da loira de que quilo não os interessava. Enfim, com aquele comentário, tive vontade de matar realmente ela. Era assim que me agradecia por salvar sua vida? Por arriscar a minha em nome de sua segurança? Francamente, eu esperava mais dela.

- TÔ NEM AÍ SE FUI MAL-EDUCADO. EU VI MUITO BEM QUE ESTAVA PETRIFICADA, E O CARA TE PRENSOU NA MESA, NÃO DANDO CHANCE PRA VOCÊ PEGAR SUA ARMA. PRONTO PRA TE ESTUPRAR. SE QUERIA VIRAR UM CADÁVER DESFIGURADO, PORQUE NÃO AVISOU ANTES? EU TERIA DEIXADO ELE TE MATAR NUMA BOA! - Berrei de volta, já no segundo lance de escadas. Ok, era mentira o que eu havia dito. Quer dizer, eu não queria que ela morresse na noite passada, e nem em noite alguma. Seria um desperdício grave de pessoa.

TÔ NEM AÍ SE FUI MAL-EDUCADO. EU VI MUITO BEM QUE ESTAVA PETRIFICADA, E O CARA TE PRENSOU NA MESA, NÃO DANDO CHANCE PRA VOCÊ PEGAR SUA ARMA. PRONTO PRA TE ESTUPRAR. SE QUERIA VIRAR UM CADÁVER DESFIGURADO, PORQUE NÃO AVISOU ANTES? EU TERIA DEIXADO ELE TE MATAR NUMA BOA!

Enquanto eu ficava com mais raiva ainda, ele descia as escadas. Tentei, em vão, refrear o impulso de ir atrás dele, mas, acabei o seguindo, e, chegando à fachada do prédio, onde ele estava parado, talvez escolhendo a direção do caminho que iria tomar agora.

Com a chuva pesada caindo sobre mim, eu ainda não tinha consciência que queria acabar com aquela discussão

-OLHA SÓ, SE NÃO GOSTA DE MIM, ENTÃO DEVIA TER DEIXADO ELE ME MATAR MESMO, MAS NÃO, VAI DAR UMA DE HERÓI E ACABA ACONTECENDO O QUE ACONTECEU! VOCÊ NÃO TEM IDÉIA DE COMO EU FIQUEI VENDO SUA VIDA EM RISCO COM AQUELES BANDIDOS,MATTHEW!

agora gritávamos em plena rua. ótimo.

Eu já estava na rua, encharcado com a água que insistia em cair do céu, quando ela gritou - OLHA SÓ, SE NÃO GOSTA DE MIM, ENTÃO DEVIA TER DEIXADO ELE ME MATAR MESMO, MAS NÃO, VAI DAR UMA DE HERÓI E ACABA ACONTECENDO O QUE ACONTECEU! VOCÊ NÃO TEM IDÉIA DE COMO EU FIQUEI VENDO SUA VIDA EM RISCO COM AQUELES BANDIDOS,MATTHEW!

O que ela tinha dito? - Espera aí! Você disse que ficou precoupada comigo ontem à noite? Eu ouvi direito? - Falei, abaixando o tom de voz e me aproximando dela. As pessoas na rua não paravam de olhar para nós dois e, em pouco tempo, tínhamos uma consideravel platéia, para uma cidade pequena como Carmel.

Eu estava com raiva, minhas palavras saiam sem ao menos eu pensar no que elas podiam implicar. Só quando Matthew mudou de expressão, chegou mais perto de mim e abaixou o tom de voz, que eu percebi que havia falado algo demais,

Espera aí! Você disse que ficou precoupada comigo ontem à noite? Eu ouvi direito?

Eu fiquei vermelha. Tentei desconversar.

-Eu...não...quer dizer, sim, ou melhor, você é meu parceiro, sem você o caso seria prejudicado, atrasaria...- falei, ainda ruborizada, olhando algumas pessoas que estavam aglomeradas a olhar para nós, mas não estava pensando nisso agora, e nem pensando na chuva que caía, mas sim nas minhas palavras e o que eu realmente queria dizer com elas.

- Eu...não...quer dizer, sim, ou melhor, você é meu parceiro, sem você o caso seria prejudicado, atrasaria... - Falou ela, com um voz tremida, enquanto suas maçãs do rosto tomavam a cor do verdadeiro fruto.

- Ah, até parece. Iriam condenar os seguranças em dois tempos, você sabe. Estava realmente com medo que eu morresse ontem...e não foi por motivos profissionais - Eu havia conseguido fazê-la se sentir desconfortável, e a cada palavra chegava mais perto. Estava molhado até os ossos e com um frio quase insuportável, mas nada disso importava naquele momento.

Ah, até parece. Iriam condenar os seguranças em dois tempos, você sabe. Estava realmente com medo que eu morresse ontem...e não foi por motivos profissionais

Eu senti que ele estava se aproximando de mim à medida que dizia aquelas palavras, e eu sabia que elas eram verdade, era isso que eu estava tentando esconder , tirar do meu pensamento esse tempo todo. Querendo esconder de mim mesma, mas eu não podia dizer isso a ele....

-Eu...eu...não...bem, eu não sei do que você está falando, Castus, por favor

Disse, com aspereza em minha voz,mas mesmo assim não movia um passo

Ela estava petrificada, e parecia estar suando frio. O rosto de Erica já havia ultrpassado a marca de vermelho leve à muito tempo, e, naquela hora, estava mais para pimentão - Eu...eu...não...bem, eu não sei do que você está falando, Castus, por favor... - Falou, como se suas palavras fossem lixas. Mas ainda assim havia uma pontinha de nervosismo e um pouco de gaguejo.

Meu corpo estava a poucos centímetros do dela, de modo que fose possível ouvir sua respiração. Afastei uma mecha loira do rosto dela e a encarei, olhando bem fundo naqueles olhos azuis - Ah, você sabe sim...e é justamente por essa causa que me permito fazer...isso - Terminando a frase, a beijei. No meio da rua, com várias pessoas olhando e uma chuva em que parecia que o mundo iria desabar. Um beijo longo, quente, ávido. O que eu havia recebido no dia anterior não era nada comparado à aquilo. Coloquei meus braços em torno da cintura dela e a puxei para perto, Erica não oferecedo nenhuma resistência.

Matthew se aproximou de mim de um modo que eu não estava prevendo. Com a sua rápida ação eu fiquei estática, sem saber o que fazer, o que dizer, apenas eu não ofereci resistência aos seus modos. Meu coração estava palpitando de um jeito diferente, ainda mais rápido quanto foi na boate. Minha respiração ficou suspesa, e eu não pude fazer mais nada, eu não queria fazer mais nada, apenas queria ficar ali, com ele, e desfrutar daquilo. Talvez já não adiantasse mais lutar contra aquilo, era uma coisa estranha, mas...

Ele me beijava com suavidade e intesidade, e eu o correspondia, sem oferecer resistência alguma...

Ele me puxou mais próximo a ele,mas eu não ligava quem estava vendo, quem poderia ver, o que iss poderia significar, mas....

.....mas eu não estava preocupada, não naquele momento...

O que eu estava fazendo?