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Face a face com o sobrenatural. Baseado na série de Meg Cabot, 'A Mediadora'.
 
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Bem vindo!
Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) Atrama

Deu-se inicio de mais um semestre na cidadezinha de Carmel. Misterios estão sendo, pouco a pouco, revelados e segredos antes bem guardados, estão começando a vir a tona. Bruxos, Mediadores e Fantasmas se encontraram, chocando-se uns com os outros, e sem conseguir evitar os ligigos, as paixões avassaladoras, o ódio ou o amor. E agora? Que escolha você fará?

Bem vindo ao jogo!
Big Brother Carmel
- CALENDÁRIO -


Dia on:
11 de Setembro
Clima: Levemente fresco em Carmel. Algumas nuvens começam a nublar o céu; uma ameaça delicada à uma chuva vindoura.
Horário: Noite.

OFF: Favor finalizar suas ações até o dia 14 de setembro. A partir daí, poderão postar livremente na categoria Big Brother Carmel. Ps.: Só poderão postar os personagens que receberam uma mp da Admnistração.
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Agradecimentos à Meg Cabot, por ceder-nos a maravilhosa série de livros 'A Mediadora', e aos players e jogadores do board.

Proibida a Cópia total ou parcial.
Obrigada.

 

 Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)

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David Webber
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David Webber


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MensagemAssunto: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptyQua Abr 29, 2009 12:09 pm

- DAVID!!!! – Ouvi minha gata me gritar. Só que os cabelos sedosos e os traços lindos dela estavam contraídos em uma careta de raiva. Pura raiva. Droga, minha mãe havia descoberto. – SABE QUANTO CUSTOU ESSE VASO? SEU PAI ME DEU ELE HÁ CINCO...– Tentei parar de ouvir, mas ainda assim sabia o que ela estava dizendo. “Há cinco anos de quando voltou da Suécia e é uma verdadeira relíquia!” Algo do gênero.

Eu estava morto. Muito morto. E não só pelo fato de que ela ia me esganar por ter quebraço o vaso precioso dela. Eu não precisava olhar para meu quarto para saber que ele estava mais desarrumado que o normal. É, é bem impossível encontrar meu quarto em um momento bom, lê-se, arrumado. Mas ainda assim, os auto-falantes do computador não costumam descansar no cesto de roupa suja e meu Mp3 não é de ficar dentro do lixeiro. É, cara, tava tudo bem pior. Mas, qual é, era final de semana! Eu merecia, saca? Além do mais, eu precisava mesmo de um porre. Tudo começou com minha galera e tal. Tava todo mundo bebendo feliz, zoando e coisas do tipo. Sabe que eu não percebi MESMO o momento em que fiquei completamente bêbado? N’um momento tava tudo normal, do outro o chão tava se aproximando do meu rosto; conseqüência do fato de que eu perco completamente toda a minha coordenação motora quando bebo. Mas, qual é! O lugar tava cheio de gatas na noite passada; eu não podia simplesmente ficar de braços cruzados enquanto elas se divertiam! Ahhh, as mulheres! Definitivamente o meu ponto fraco! Em geral, ou animadinhas demais, ou enraivadas demais. Nunca há um meio termo, mas acho melhor assim. As mais violentas são meu tipo preferido. Há!

Eu abri os olhos muito lentamente e com um extremo cuidado. A primeira coisa que eu vi foram raios de sol. É, raios de sol filhos da puta. Porque minha pupila se contraiu, meus olhos doeram e minha cabeça rodou assim que eu fiz o movimento idiota de me mexer. Voltei a ficar exatamente imóvel, com medo de que meu cérebro vazasse pelas minhas orelhas. A dor era bem parecida. Mas nada que uma boa chuveirada e umas aspirinas não curassem. Permaneci paralisado alguns minutos mais, tentando sobreviver ao primeiro impacto. Mas eu sabia que minha mãe não iria demorar a aparecer no quarto como um furacão desgovernado, então achei melhor me esgueirar para o banheiro antes que isso acontecesse.

Tomei um longo banho. Daqueles em que você praticamente dorme debaixo do chuveiro. Er, tá, confesso que cochilei dez minutos, mas depois de começar a me afogar pelo nariz com a água eu acordei totalmente. Me enchi de analgésicos contra dor de cabeça e fui encarar a fera. Ela já estava terminando de limpar a sala, mas eu podia ver o estrago que havia causado. Coisas saídas, chão sujo de lama vinda dos meus tênis, dentre outras coisas bem lamentáveis. Fiz uma careta e depois murmurei desculpas para a linda Kaytleen que tentava arrumar tudo. Eu pude ver o desapontamento no rosto dela e fui enche-la de beijos; mesmo sabendo que iria levar sermão.

Sermão dado, fui comer e depois... morrer de novo na cama. Dormi a tarde inteira. Felizmente a babá de Summy a havia levado para algum passeio. Do contrario ela com certeza encarnaria que eu tinha de leva-la para ver o ‘Sol lá de fora’, ou as ‘graminhas verdes’. Mas como por um milagre, às por volta das cinco da tarde eu estava completamente recuperado da ressaca mortificante. Tomei outro banho, dei um arrumada no meu cabelo (minha única vaidade; herdei do meu pai), coloquei uma roupa legal e fui dar uma caminhada. Eu não tava com muito saco pra andar de skate, então não o levei. Caminhei por alguns quarteirões e parei perto da grande calçada que antecipava a praia de Carmel. Era um dos meus lugares preferidos, aquele. Haviam muitas palmeiras que proporcionavam sombra na grande extensão da calçada, pessoas caminhando e levando seus animais pra passear, vendedores de sorvete e cachorro-quente e muita água de coco. Perfeito para namoradinho e tudo mais. Me encostei numa das palmeiras e meditei. Estar ali só deixou minhas anteninhas ligadas. Quem sabe eu não esbarrava com alguma gata por lá?


Última edição por David Webber em Dom Jun 14, 2009 11:55 pm, editado 1 vez(es)
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Helena T Korsakov
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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptyQua Abr 29, 2009 8:57 pm

Okay Helena, se controle. Você é uma pessoa equilibrada, controlada e independente, que não vai perder a cabeça por uma coisa besta assim. E você é uma pessoa coerente também, que vai explicar pra as pessoas que estão lendo o que diabos acabou de acontecer. Não que eu não esteja super empolgada pra relembrar toda aquela porcaria, claro! Calma, respira. Mas eu simplesmente não conseguia me acalmar. Depois de ter visto aquela cena, me teletransportei instintivamente pra longe dali. Tá, não foi tão longe assim, mas foi meio que automático. Grande ironia do meu inconsciente me mandar justamente pra aquele lugar. Com tantos outros, eu tinha que ir justamente pra aquele. Comecei a andar sem parar. Na minha irritação, eu tinha que fazer alguma coisa e ficar me teletransportando de um lugar pra outro simplesmente não ia ser suficiente.

Não conseguia tirar aquela imagem da cabeça. Sebastian, o meu Sebastian cheio de mãos com uma menina. Isso que ela era, uma menina. Uma pirralha. E não tinha como ele vir me explicar depois (se é que tinha alguma intenção de fazer isso), eu tinha visto tudo. Vi como ele passou a mão no rosto dela. O olhar de abestalhada que ela deu pra ele depois disso. E pensar que ele ficava passando aquela imagem de garoto tímido e tudo mais. Então aquilo era realmente só uma fachada? Quantas garotas ela tinha conseguido com aquela lábia? Eu tinha vontade de me esmurrar só pelo pensamento de ser uma delas. Se eu fosse um desenho animado, neste momento haveria fumaça saindo pelos meus ouvidos.

E o grande problema é: Eu não sou assim. Não sou mesmo. Eu nunca fui do tipo que chora por homem. Na verdade, nunca fui muito do tipo que chora e ponto. Mas as lágrimas teimavam em vir dessa vez. Se controle, Helena, não seja mais estúpida do que você já foi! E eu continuava andando. Parecia que, por mais que eu andasse, nunca chegaria longe o suficiente. Passava por algumas pessoas, atravessava outras, eu não me importava. Nada mais importava naquele momento. Eu havia passado muito tempo sozinha, foi esse o problema, com certeza. Passara muito tempo sozinha e desaprendera sobre os truques do sexo oposto. Só isso poderia explicar como eu entrara naquela história toda. Mas mesmo depois de tudo, quando eu repassava momentos com ele na cabeça, não conseguia ver maldade, falsidade. Simplesmente não conseguia. Mas não importava, eu vi o que vi e não podia mudar isso.

Caminhei, caminhei, até um ponto que não consegui mais. Eram muitas emoções de uma vez só e eu tinha que extravasar de alguma forma. Sem nem pensar, me dirigi ao primeiro objeto que vi pela frente (que por acaso veio a ser um banco em que, por sorte, não havia ninguém sentado) e virei, jogando-o para longe (ou relativamente longe - dentro do possível, né...). É incrível como sua força aumenta quando você combina o fator raiva com o fator fantasma. Olhando para frente, vi que o banco por pouco não acertou um rapaz que passava e notei que ele provavelmente me enxergava, porque me fitava diretamente com uma expressão estranha. Olhei para ele com raiva.

- O que é que você tá olhando?? - Disse, em tom agressivo. - Tá com algum problema?? - Continuei andando sem dar muita importância para ele. Quer dizer, quem é que fica justamente na frente de um banco sem prestar atenção em nada? Se o banco o tivesse acertado seria bem feito! Hunf...
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David Webber
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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptyQui Abr 30, 2009 12:08 pm

Estava quente, verdade. Quente mesmo. Aquela, em geral, era a hora do dia em que eu saia pra praticar algum esporte ou caminhar por aí; um costume que eu não conseguia largar. Passar tardes em casa só se for pra assistir algum campeonato ou dormir. Agora que eu não precisava mais bancar a babá de Summer, as coisas estavam melhorando. Falando nisso, que babá gatinha ela foi arrumar, hein? Deixa só eu a encontrar que vou perguntar se ela não quer serminha babá. Mas preciso ter direito a banho. Há. Imaginei a cara dela se me ouvisse falando isso.

Bem, voltando aos graus Celsius extremamente elevados que era Carmel naquela tarde, eu agradeci por não ter me empacotado nem nada assim. Pela manhã sempre havia frio e muita neblina, mas pela tarde o inferno queimava. Me desencostei da palmeira por um momento e fui comprar um sorvete antes que eu derretesse. Como sempre o meu problema em enfrentar filas aflorou. Havia um ruivinho de uns oito anos com aparelhos nos dentes e sardas no rosto inteiro. Ele cutucava e importunava o que estava a sua frente, um pequenino de uns cinco anos. Agüentei até quando pude. Quando a paciência se esvaiu, eu puxei o demônio ruivo pelos cabelos e joguei pra fora da fila. Ele gritou pela mãe (que eu não tinha visto, mas que estava falando no celular a uns cinco metros de distancia), que se olhou para ele assustada. Ele me dedurou, mas olhei para o lado oposto e me pus a assoviar com cara de anjo. A mulher deu uma reprimenda no moleque e se virou. Sorri demoniacamente para ele. Ele começou a chorar de ódio. A essa hora o pequeno de cinco anos já havia comprado seu sorvete e era minha vez.

Comprei um sorvete de creme e voltei para a minha palmeira. Pensei em sentar em um banco que ficava próximo, mas preferi continuar em pé. Dali dava para ter uma plena visão da praia e dos biquínis coloridos desfilando pela areia. Ô lá em casa! Se eu usasse chinelos eu até iria até a areia dar uma caminhada também, mas naquela hora não. Em um determinado momento, enquanto tomava meu saboroso sorvete, senti uma movimentação estranha por perto. Algo... piscando. E no instante seguinte, vi uma coisa de cimento que outrora estivera presa ao chão vir direto a minha cara. Me abaixei rapidamente, a tempo de ver a coisa voar por cima de mim e continuei abaixado por um momento, assimilando o fato. Mas o que diabos era aquilo? Eu estava sendo castigado por Deus, é isso? Por ter tentado roubar uma mísera cruz da capela? Porque da ultima vez que encontrei uma fantasma ela arremessou um banco de carvalho pesadíssimo na minha cabeça. E a sensação de Dejá-vù veio devido eu ter feio o mesmo movimento para me safar de ser esmagado por algo grande e pesado. Inferno! Isso já é perseguição.

Me levantei rapidamente, ainda com olhos meio arregalados e então finalmente enxerguei a pessoa causadora... daquilo. E meu queixo meio que caiu quando eu a vi. Ca-ra-lho que ga-ta. Fiquei um momento só a encarando. Fiz o máximo de esforço cerebral que eu pude e notei que ela parecia bem aborrecida. É, acho que a um segundo atrás eu também parecia bem aborrecido.
-O que é que você tá olhando?? Tá com algum problema?? – Uau, era ela agressiva. Do jeito que eu gosto. Selvagem...
- Er, na verdade eu estou. – Me recompuz um pouco. Eu acho. Ela olhou pra mim com mais raiva ainda e eu dei um sorriso amarelo. – Você me deve um sorvete. – Apontei com a cabeça para o chão e a massa disforme que era o sorvete agora. – Ele estava bem gostoso, sabe? – Continuei sorrindo.


Última edição por David Webber em Dom Jun 14, 2009 11:56 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptySex maio 01, 2009 2:14 am

O rapaz quase atingido pelo meu banco agora me olhava com uma expressão estranha. Era só o que me faltava. Como se eu já não tivesse o suficiente na minha cabeça. Comecei a andar antes que ele pudesse se manifestar. Esse meio tempo entre a minha "caminhada" e a fala dele foi suficiente para que eu pudesse me irritar ainda mais. Por que estava tudo dando errado? Quer dizer, tinha tantos outros bancos sem pessoas desaforadas na frente pra eu jogar... Por que eu tinha que descontar a minha raiva justamente em um que fosse trazer um rapaz inconveniente pra torrar a minha paciência? Porque, veja só, se o que ele falou não fosse pura provocação, então eu não sabia dizer o que era.

- Er, na verdade eu estou. – Não consegui acreditar que estava realmente ouvindo aquilo. Parei de andar e simplesmente congelei ali, ainda de costas para ele. – Você me deve um sorvete. – Me virei lentamente e vi quando ele apontou com a cabeça para o resto do seu sorvete no chão. Fechei os olhos e respirei fundo. Mal ouvi a frase seguinte. – Ele estava bem gostoso, sabe?

Não dava pra acreditar que ele estava falando uma coisa dessas. Oh Senhor, eu devo ter sido muito ruim durante a minha vida pra merecer tudo isso. Quer dizer, primeiro eu morro mal tendo vivido. Isso já é ruim o suficiente, você não acha? Muitas pessoas ficariam desanimadas, desmotivadas. Mas não eu. Eu continuei seguindo em frente, procurando sempre alguma coisa pra me entreter lá sem incomodar ninguém. Aí me dão Sebastian. Eu penso "Finalmente... Deus percebeu que eu existo!". Então eu acho que Ele percebeu o engano. "Não, minha filha", Ele disse, "Houve um problema na entrega, esse aqui não é o seu". E aí Ele, que deu, tomou de volta. E agora me aparece esse poltergeist em forma humana. Eu realmente devo ter nascido marcada.

Caminhando lentamente para me aproximar do rapaz, olhei fixamente nos seus olhos, os meus quase fumegantes. Quando estava perto o suficiente para que ele pudesse me ouvir em tom baixo, disse entre dentes:

- Não me faça te explicar o que eu quero que você faça com esse sorvete... - Olhei para ele, pedindo ao Senhor que tirasse aquele sorriso insuportável da cara dele. Ou então eu não poderia ser responsabilizada pelas minhas ações.
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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptySeg maio 25, 2009 10:57 am

Olha cara, eu não fazia idéia do que poderia ter acontecido para deixar uma garota fantasma de tanto mau humor; mas eu tenho certeza de que era algo bem forte. Digo, só há duas coisas que podem fazer uma mulher agir daquela forma (abstraindo a parte sobrenatural da coisa): A primeira é TPM e a segunda chama-se ‘Sentimento de traição’. A primeira opção eu tenho certeza que não era; afinal, fantasmas não ovulam e seria bem sinistro se o fizessem. Mas já a segunda... Hum, era até um bom palpite meu. Quando o quesito era espectros, eu era, modéstia a parte, um PhD. Já havia conhecido uma quantidade considerável de fantasmas jovens. E, acredite, eles tem uma forma de viver que é bem parecia com a dos vivos. Interagem entre si, tem amizades e alguns até namoram! Nenhum preconceito contra isso; muito pelo contrario. Não vejo os fantasmas da forma que muita gente vê. Alguns são uns filhos da puta, mas outros (ou outras) são até gente boa. Pessoas que até aprendo a gostar.

Mas aquela ali... Bem, ela definitivamente me chamou atenção. Claro, como poderia não chamar? Ela quase me assassinou! Há, mas não é isso o que eu quis dizer. Ela simplesmente era linda demais para ser ignorada. E eu jamais faria isso, faria? Eu a encarei; sem conseguir evitar um sorriso leve. Sorriso esse que a estava deixando, de alguma forma, ainda mais enraivecida. Mas o que diabos... ?
Nesse momento uma certa curiosidade se apossou de mim. Apesar das pressuposições sobre a razão de ela estar agindo daquela forma, eu queria mesmo era descobrir o que havia acontecido. Por isso, resolvi mudar de tática. Se eu continuasse a irritando as conseqüências não seriam tão boas para mim quanto eu queria. Afinal, viriam mais bancos, postes e talvez até carros. Agora tenha uma noção do quanto fantasmas ficam psicopatas de vez em quando.

Ela me olhava com impaciência; nervosismo; ódio? Bem provável. Eu estava adorando a situação, mas como disse anteriormente, era melhor eu mudar de atitude. Parei de rir e a olhei mais seriamente. Fiz uma cara de garoto inocente e dei um meio sorriso triste a ela.
- Bem, me desculpe por te aborrecer. Eu só estava aqui, tomando tranquilo o sorvete, sabe? Tentei ser simpatico, mas tudo bem, vou te deixar em paz. – Ela era uma fantasma, mas ainda tinha sentimentos, cara. E ela tinha cara do tipo de garota que fica toda com pena e tudo mais. Bancar a vitima era até legal. E, pensando bem, eu era mesmo uma vitima ali. O mínimo que ela devia estar fazendo era pedir desculpas. Eu me virei com uma cara de derrotado e comecei a ir embora; caminhando pela calçada coberta pelas sombras das palmeiras.


Última edição por David Webber em Dom Jun 14, 2009 11:56 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptySáb maio 30, 2009 4:20 pm

Meu humor não estava nada bom e não tinha nenhuma perspectiva de melhora. Aquele garotinha lá na frente também não contribuía em nada para isso. Pelo menos ele parou de rir. Sério, não tem uma coisa que irrite mais do que uma pessoa com um sorriso besta pra você quando você tá naqueles momentos. Porque... sim, eu estava naqueles momentos. E eu não podia ser responsabilizada pelas minhas ações. Quer dizer... Com que frequência você tem uma decepção amorosa com o seu namorado fantasma? Eu diria que não muitas. Então, sim, acho que Deus teria que me perdoar dessa vez. "Namorado". Era isso o que ele era pra mim? Parecia uma palavra estranha. Você ainda namora depois que morre? Além disso... Eu não tinha mais certeza de que ele tinha o mesmo conceito de mim que eu tinha dele. Quer dizer... De repente ele não era tão antiquado assim e gostava de um relacionamento aberto. Fechei os olhos, imersa nesses pensamentos. Por que me incomodavam tanto? Que saco... Eu não podia sentir dor física mas podia sentir essa porcaria? Porque eu não ficava insensível por completo logo de uma vez?

Ao abrir os olhos novamente, voltei a ter uma leve noção da realidade. Quer dizer, pelo menos no sentido de enxergar o mundo à minha frente novamente. O rapaz agora tinha um olhar mais sério. Então a sua expressão mudou drasticamente. Ele sorriu de novo, mas era um sorriso meio melancólico, triste. Mas que diabos...?

- Bem, me desculpe por te aborrecer. Eu só estava aqui, tomando tranquilo o sorvete, sabe? Tentei ser simpatico, mas tudo bem, vou te deixar em paz.

Levantei as sobrancelhas, incrédula diante daquela reação. O que tinha acabado de acontecer ali? Ele estava me pedindo desculpas? Mas o que...? E aquela atitude irritante, petulante e insuportável que ele tivera antes? Do outro jeito ficava tão mais fácil... Eu podia canalizar a minha raiva nele e tudo ficava menos ruim. Mas agora ele havia dado as coisas e começara a caminhar, me deixando lá parada com cara de besta. Comecei a me sentir culpada e isso só fez a minha raiva aumentar. Como se já não bastasse tudo o que tinha acabado de ver, ainda tinha que me virar com o projeto de poltergeist que eu havia acabado de ofender! Droga...

- Okay, espera aí. - Falei alto, caminhando até ele, depois de revirar os olhos para mim mesma. - Eu... Ahm... - Okay, aquelas palavras teriam dificuldade pra sair. - ... sinto muito pelo seu sorvete. - Dei uma pausa, olhando para o lado e passando a mão pelo cabelo, inquieta. - Eu só... - Respirei fundo, fingindo pra mim mesma que isso poderia ajudar a me acalmar. - ... não estou num bom dia...
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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptySeg Jun 15, 2009 12:30 am

Eu dei cerca de cinco passos quando ouvi a voz dela ecoar. Desculpa se eu humilho nesse quesito, cara, mas há coisas que, se você pensar bem, são esperadas. Até clichês! A alma da coisa é você compreender os fantasmas. Começar a... se colocar no lugar deles. Mesmo que isso seja sinistro pra caralho. Digo, quem é que sai por aí fingindo que é fantasma? Eu sei, as crianças no dia do Halloween. Mas fora isso, é bem estranho realizar o tal ato. Mas quando eu decidi fazer, compreendi bastante coisa e isso até me ajudou a melhorar ainda mais o meu, modéstia a parte, perfeito trabalho como deslocador. Ou sou mestre nisso, não negue. E é ótimo quando você se dá conta disso. E eu me dei ali, logo que a ouvi falar.

Tocar fundo no coração de donzelas revoltadas não é realmente o meu forte, mas eu sabia muito bem fazer isso. Se bem que sei ofender alguém muito mais do que causar pena (é meu orgulho, man!),como era mais ou menos o caso, mas ainda assim funciona! No começo eu agia como se eles não tivessem sentimentos e sempre acabava me (desculpa o palavreado) fudendo por causa disso. É como disse anteriormente. Quando eles ficam com raiva, ficam insanos e assassinos, cara. Dá uma adrenalina louca, mas é perigoso. Isso já me rendeu uns bons ossos quebrados, mas eu sobrevivi. Hoje em dia sei resolver as coisas com menos punho. Pelo menos com mulheres. Não tenho paciência com espectros homens. Além de homens, sempre acabo caindo no braço com algum e dando porrada. A parte foda é que eles se recuperam rapidamente e eu não. Ter que explicar para a minha mãe sobre todos esses acidentes estranhos é um saco, mas no fundo acho que ela desconfia de minha condição de Deslocador.

Assim que ouvi a voz da fantasma bonita, eu parei de andar. Antes de me virar um dei um sorrisinho vitorioso endereçado a mim mesmo. Eu havia conquistado a primeira parte do plano. Percebi que ela estava caminhando em minha direção, demonstrando impaciência. Mas pelo menos havia uma ruguinha de culpa no na testa dela. Me virei e a olhei, ainda fazendo aquela cara de cachorrinho poodle perdido na mudança.

- Eu... Ahm... – Você consegue! – ... sinto muito pelo seu sorvete. – BINGO! Ela não estava gostando nada de fazer aquilo e eu quase senti um pouco de hesitação ou perceber o quanto ela parecia chateada. Me compadeci ligeiramente, olhando-a com genuína... compreensão? Não, para isso eu precisaria saber o que aconteceu. - - Eu só... não estou num bom dia...

Eu poderia me humilhar um pouquinho ou bancar o idiota perguntando se ela queria conversar sobre isso. Mas as pessoas já esperam esse tipo de pergunta e um ‘NÃO’ já é quase a resposta automática. Por isso decidi agir mais como... eu mesmo.

- Sei que a minha opinião não te interessa, mas você sabe que não vai ganhar nada descontando a raiva nos outros, não sabe? – fiz uma pausa – Qual o seu nome? – Me encostei em outra palmeira e dei uma olhadela para a praia. Preferia não ficar encarando-a. Quando as mulheres percebem que homens estão meio a fim, elas dão uma de difícil. E aquela ali já estava sendo difícil o suficiente.
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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptySeg Jun 22, 2009 12:34 pm

Ainda estava num processo ilusório de respiração. Eu realmente precisava me acalmar. Não que aquela criatura estivesse ajudando muito, mas enfim. Ele pareceu aceitar as minhas sofridas desculpas, apesar de continuar com aquela cara de filhotinho recém-atropelado. Eu deveria simplesmente ir embora dali. Ir pra qualquer outro lugar onde eu não tivesse que me preocupar com os sentimentos feridos de um rapazinho qualquer. Mas para onde eu iria? Quer dizer, não é como se eu tivesse um lugar isolado assim pra me acalmar. Todos eles estavam marcados por memórias que eu definitivamente não queria revisitar naquele momento.

Helena Korsakov, olhe pra você! Que coisa mais patética ficar se martirizando por causa de homem! De um fantasma! Você nunca precisou de ninguém e não pode começar agora! É, pensar isso era tão mais fácil do que colocar em prática... Seria tão bom se essa parte sentimentalóide da minha pessoa tivesse botão de on e off. Voltei a respirar fundo e olhei para o rapaz à minha frente.

- Sei que a minha opinião não te interessa, mas você sabe que não vai ganhar nada descontando a raiva nos outros, não sabe? – Olhei para ele, me irritando ainda mais e fechei as mãos em punho, tentando manter o controle. De que adiantava ele me lembrar daquilo? Será que ele achava que isso ajudava em alguma coisa? – Qual o seu nome?

Ao invés de olhar para mim, ele então desviou o olhar para a praia. Bom, melhor assim. Respirei fundo mais uma vez. Bom... Quem disse que o efeito psicológico não é importante? Se eu não tivesse esse artifício, provavelmente já tinha avançado no garotinho ali e não ia ser nada bonito. Mas agora eu estava me acalmando de verdade... Eu esperava.

- Helena... Korsakov. - Disse, no sotaque russo que sempre se acentuava quando eu dizia meu nome. - Não que isso seja da sua conta... - Falei, só pra lembrar que eu ainda não estava no humor pra gracinhas. Depois perguntei num tom mais leve. - E o seu?
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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptySeg Ago 17, 2009 12:10 pm

Eu vi quando os pequenos e bonitos dedos dela se fecharam em punho, mas ignorei isso, mantendo uma expressão que não era feliz, mas que também não era mais de causar dó. Era uma expressão mais neutra, como se eu não estivesse muito interessado nela, mas ao mesmo tempo queria ouvir o que ela tinha a dizer. Porque por mais que uma pessoa esteja puta da vida, stressada, cansada, de saco cheio; elas sempre gostam de desabafar com outro alguém que não esteja diretamente envolvido. Em especial as mulheres, que sempre ficam carentes quando isso acontece. E eu podia ver que a moça a minha frente tava mesmo precisando desse tipo de coisa. Talvez ela não aceitasse muito bem o meu ombro amigo, mas eu iria oferecer de maneira discreta ainda assim. A decisão era dela.

De qualquer forma, eu gostava de uma quebra de rotina. Conversar com ela, por mais intragável que ela pudesse estar sendo naquele momento, era bem melhor que ficar vagando sozinho pela praia. Não que eu não fosse arranjar alguém pra conversar, mas não seria tão peculiar quanto topar com a bonitinha ali. Eu já disse e repito: Mulheres nervosinhas e selvagens fazem muito o meu tipo. E aquela... uau, ela era com certeza era selvagem o bastante para mim. Olhei para ela e vi a ruguinha entre suas sobrancelhas ir anuviando suavemente. Ela começava a se acalmar um pouco, eu podia ver. Pelo menos ela estava tentando.
- Helena... Korsakov. – Eu quase soltei um assovio ao ouvir o nome cheio de sotaque sair daquela boca sensual. E eu, é óbvio, me distanciei dos meus objetivos anteriores, me distraindo momentaneamente ao olhar pros lábios dela. – Não que isso seja da sua conta... – Tá, isso me vez voltar à superfície. Eu acordei do rápido transe e a olhei nos olhos dessa vez. Meu deus, que olhos... Dave, foco!! – E o seu?

Então o meu nome era da conta dela? Bem, eu não estava nem aí pra respostar. Só fiquei animado por estar fazendo-a acalmar-se um pouco. Eu acho.
- Sou David Webber, prazer em conhecê-la Helena. – Falei em um tom que beirava o profissional. Era melhor eu ir devagar. Intimidade ali só iria piorar a situação. – Você... quer caminhar? Não precisamos conversar se não quiser. Mas caminhar me acalma. Talvez possa ter o mesmo efeito em você. – Arrisquei. Medo.
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Helena T Korsakov
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Helena T Korsakov


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MensagemAssunto: Re: Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado)   Eye for an eye, revenge for revenge! And kisses too. (fechado) EmptySeg Ago 17, 2009 11:07 pm

Inspira. Expira. Inspira. Expira. É, até que aquilo parecia estar fazendo algum efeito. Efeito placebo, eu sei, mas ainda assim. Melhor que nada. Agora eu só tinha que manter a minha mente longe de certos acontecimentos e ia ficar bem. Não iria me irritar com aquele rapaz. Por que me irritaria, certo? O sol brilha, o céu é azul e os pássaros cantam. O mundo é belo. Yeah, right... Sabe como se chama isso, Helena? Fase dois: negação.

- Sou David Webber, prazer em conhecê-la Helena.

David Webber. Okay, o nome não me dizia nada, mas isso era um bom sinal. E o fato de não haver nenhum S no nome dele era melhor ainda. Voltei o olhar – que até então estava meio fora de foco – para ele e tentei sorrir, torcendo as mãos num gesto característico da minha ansiedade. Suspirei.

– Você... quer caminhar? Não precisamos conversar se não quiser. Mas caminhar me acalma. Talvez possa ter o mesmo efeito em você.

Olhei para a praia de relance e então de volta para David. Bom... Minha situação não tinha exatamente como piorar, certo? Então eu podia ir com ele... O máximo que podia acontecer era arranjar outro problema... O que pelo menos serviria para tirar o primeiro da cabeça! Okay, nada a perder. Давайте (let’s go)!

Dei alguns passos para frente e esperei que ele acompanhasse, sem falar nada. Depois de alguns instantes, virei a cabeça, vendo que ele parecia meio desconfortável por algum motivo.

- Você pode falar qualquer coisa... – Disse, um pouco mais relaxada e voltando a olhar para frente. – Não tem nenhum banco por perto agora... – Dei de ombros, ainda sem olhar pra ele. – É você quem vai levar a fama de esquisito mesmo... – Falei, imaginando a cena do rapaz andando pela praia e conversando sozinho. E nem isso me animava! Nossa, o meu estado era realmente grave...
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